14- AVALIAÇÃO HEPÁTICA FUNCIONAL Flashcards
Teste de função hepática:
Termo impreciso (há testes que medem a agressão ao fígado e a função de síntese hepática), mas consagrado pelo uso.
o Temos: três grupos de teste de função hepática
três grupos de teste de função hepática
Transaminases (aminotransferases) – injúria hepática
Enzimas canaliculares
Teste de síntese hepática – síntese hepática
Transaminases (aminotransferases) – injúria hepática
Movem o radical amina – estão dentro de inúmeras células no organismo, porém estão em grande quantidade no citoplasma das células do fígado – hepatócitos
Quando os hepatócitos são destruídos há a liberação dessas transaminases
Um aumento dessas Transaminases significa injuria no fígado
TGO e TGP
Quando elas estão aumentadas e não tem quadro clinico de lesão hepática elas podem estar vindo de outro local, pois estão presentes em muitas células do corpo
Enzimas canaliculares
Indicam injuria ou agressão as células das vias biliares ou colestase
Não medem função hepática
Fosfatase alcalina, Gama GT e 5-nucleotidase
Teste de síntese hepática – síntese hepática
Albumina, TAP/RNI e Bilirrubinas
testes medem o grau de Injúria Hepática/Agressão ao Fígado:
Transaminases (TGO e TGP - lesão de hepatócitos), Fosfatase Alcalina e Gama GT (lesão canaliculares e colestase).
Outros testes medem a capacidade de Síntese Hepática:
o Albumina (proteína produzida pelo fígado), Bilirrubina (grau de excreção hepática de bilirrubina) e TAP (fígado produz fatores de coagulação).
Pode haver Injuria hepática (agressão ao fígado) sem afetar a função hepática. Ex: hepative viral aguda.
Também pode haver perda da função hepática sem injúria. Ex: alcoolismo (paciente bebe por muito tempo, faz lesão crônica no fígado, após um tempo ele para de beber, posso não ter mais injuria, porem função hepática comprometida, não regenera.)
- Transaminases e enzimas canaliculares não mensuram função hepática
TESTES DE AGRESSÃO HEPÁTICA
AMINOTRANSFERASES – Enzimas hepatocelulares
Mudança do radical amino.
Indicam injuria de hepatócito.
o Não são teste de síntese hepática
AMINOTRANSFERASES
AST/TGO (aspartato) e ALT/ TGP (alanina).
o Presente em todas as células, mas em maior quantidade nos hepatócitos. Exemplo: lesões musculares, exercícios físico intenso, doenças pancreáticas…
o ALT é mais específica do fígado que a AST.
Está dentro da célula (hepatócito), então se eu tenho aumento dessas enzimas na corrente sanguínea nos indica que alguma célula está sendo destruída.
AST/TGO (aspartato) e ALT/ TGP (alanina).
Essas enzimas existem em praticamente todos tecidos, porém em quantidade maior no hepatócito, por isso quando temos aumento dessas enzimas na corrente sanguíneas, pensamos em doença hepática (destruição de hepatócito). Se não for hepatócito segundo tecido que mais tem transaminases são os músculos (doença neuromuscular, IAM, exercício extenuante podem elevar transaminases).
AST/ TGO:
Mitrocôndria e citoplasma
Fígado, músculo cardíaco e esquelético, rim,cérebro, pâncreas, pulmão, leucócitos, eritrócitos.
ALT/ TGP:
Apenas citoplasma.
Distribuição similar à AST.
> concentração no fígado/ Mais específica do fígado
Níveis séricos normalmente abaixo de 40 U/l.
Elevam-se na maioria das doenças hepáticas: qualquer insulto (agudo hepatite ou crônico álcool) que leve à injúria ou à necrose hepatocelular.
ALT/ TGP: Níveis > 1.000 – 2.000 U/l
marcada necrose celular, exemplo hepatites virais agudas (ou reagudização/flare de hepatite B crônica) ou isquemia hepática (no choque circulatório, por exemplo).
o 20 a 40 x o valor de normalidade quando por doenças agudas.
o 2 a 4 x o valor em doenças crônicas – 80 – 200 U/l
o ALT elevada deve-se pensar em primeira hipótese lesão em fígado, de forma secundária lesões musculares.
correlação entre a intensidade do aumento das transaminases e a extensão da lesão hepática
Pode haver correlação entre a intensidade do aumento das transaminases e a extensão da lesão hepática, porém não são úteis para avaliação prognóstica.
prognóstico não depende só da extensão da lesão,
Quanto maior destruição de hepatócito maior quantidade de transaminases detectadas no sangue, porém prognóstico não depende só da extensão da lesão, também está relacionado com metabolismo do indivíduo (como o corpo vai lidar com aquela lesão) excretar essas transaminases mais rápido ou não. Se ocorrerá alterar função hepática, síntese hepática, o grau de armazenamento da função hepática do indivíduo e etc.
Ex: um nível elevado de transaminases, porém função hepática e síntese hepática estão normais, é menos grave do que ao contrário
Primeiro exame que altera:
TAP! É o melhor exame para ver prognóstico. TAP> 7 já é indício de hepatite fulminante.
Critérios de Hepatite fuminante:
IMPORTANTE:
o Em hepatite aguda o TAP é o principal indicador de gravidade.
o Critérios de Hepatite fuminante: TAP e BILIRRUBINA.
Meia vida: ALT E AST
ALT 17h e AST 47h
Doenças com pouca inflamação e necrose determinam pequenas elevações (até 250 U/l): esteatose, cirrose, hepatite crônica, colestase de várias etiologias, neoplasia. Doenças com baixa inflamação e necrose, porém persistente por longos anos pode evoluir para cirrose hepática (estágio final da doença hepática).
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o Doença gordurosa do fígado
Esteatose: gordura paradinha ali no fígado
Esteatohepatite: gordura está provocando inflamação e atrapalhando o fígado que leva a um processo de cicatrização
Na maioria das doenças hepáticas, AST/ALT é tipicamente ≤ 1,
contudo na doença hepática alcoólica este quociente está entre 2 - 3.
o AST 2 a 3 vezes maior que a ALT.
o AST > pensar em causas não hepáticas ou alcóolica.
AST mais elevada na doença hepática alcoólica devido à maior lesão mitocondrial.
Álcool leva à deficiência da enzima piridoxina6fosfato, necessária à via enzimática de síntese da ALT.
AST > ALT em torno de 3 vezes.
Nas outras doenças hepáticas normalmente AST = ALT, ou o ALT um pouco mais elevado.
Aumento da AST nem sempre está relacionado à doença hepatobiliar, já que também é encontrada no coração, músculo, rins, cérebro, tecido pancreático, pulmão, leucócitos e eritrócitos.
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