12- Cardiopatias Valvulares Flashcards
Principais causas de Estenose Aórtica
#1 Degeneração senil #2 VAB #3 Febre reumática (#1 nos países em desenvolvimento)
Epidemiologia da Estenose Aórtica
25% de todas as valvulopatias
80% dos doentes sintomáticos são homens
Válvula Aórtica Bicúspide - epidemiologia, diagnóstico e tratamento
É a doença valvular congénita + comum (atinge 2% da população mundial).
+ em homens, jovens, 30-50 anos.
AD com penetrância incompleta (10% transmissão a familiares de 1º grau)
Ruído de ejeção protossistólico
Risco elevado de disseção, aneurisma e degeneração mais precoce.
Diagnóstico ao Eco TT - encerramento excêntrico das cúspides é característico.
Tratamento: Valvuloplastia por balão.
Sintomas Estenose Aórtica
DAS de esforço (dispneia, angina, síncope)
Sinais Estenose Aórtica
Aumento do impulso apical (NÃO DESVIADO) - por Hipertrofia Concêntrica
Sopro mesossistólico em crescendo-decrescendo (ouvido no ápex - Fenómeno de Gallavardin)
Diminuição de S2
Pulso parvus et tardus
S4 (mais tarde, S3)
Aumento onda A
Gold-standard diagnóstico Estenose Aórtica
Ecocardiograma TT
ECG não tem correlação com gravidade da obstrução.
Critérios de Gravidade da Estenose Aórtica
Sintomas (IDAS - IC, Dispneia, Angina, Síncope)
Área valvular <1,0 cm2 ou Psistólica >40 mmHg
Indicações cirúrgicas Estenose Aórtica
Sintomático + EA grave
Assintomático + FEVE <50%/ submetido a cirurgia cardíaca (CABG)/ VAB com aneurisma >5.5cm ou >4.5cm com crescimento >0.5cm/ano.
Válvula aórtica mecânica vs Prótese biológica
Duração infinita (vs 30% falência biológicas a 10 anos)
ACO para sempre (vs sem necessidade nas biológicas)
Valvulopatia percutânea
Se CI cirurgia aberta.
Risco de re-estenose de 80%/1 ano
Etiologia Insuficiência Aórtica
Doença Valvular Primária (<50 anos): VAB, Endocardite infecciosa, Febre reumática
Lesão da Raíz da Aorta (>50 anos): 80% é idiopática, DTC, HTA, Disseção aórtica, Sífilis
EA+IA: Reumática ou Congénita, quase exclusivamente.
Sintomas Insuficiência Aórtica
Aguda: Choque cardiogénico, EAP, Angina (que não responde a nitroglicerina)
Crónica: Geralmente assintomática. Palpitações, dispneia de esforço, fadiga.
Sinais Insuficiência Aórtica
Aguda: Sopro protodiastólico em decrescendo, Pulso bisferens
Crónica: Sopro meso-telediastólico (Austin-Flint, faz diagnóstico diferencial com EM), Aumento pressão de pulso, S3, Pulso Corrigan
Gold-standard diagnóstico Insuficiência Aórtica
Ecocardiograma TT
ECG: HVE ou sinais de sobrecarga do VE implicam fibrose (pior prognóstico)
Critérios de Gravidade da Insuficiência Aórtica
Largura jacto central >65%
Volume regurgitante >60mL/batimento
Fração regurgitante >50%
Reversão fluxo diastólico na aorta torácica descendente
Tratamento Insuficiência Aórtica Aguda
Cirurgia <24h
Vasodilatadores como ponte para cirurgia
B-bloqueantes são CI
Balão intra-aórtico CI
Indicações cirúrgicas Insuficiência Aórtica Crónica
Sintomas + IA grave
Assintomático + FEVE <50%/ Volume telessistólico >50 mm/ Volume telediastólico >65 mm
Etiologia Estenose Mitral
40% EM pura 60% EM associada a IM ou doença aórtica
#1 Febre reumática (rara em países desenvolvidos) Imunes Congénitas Calcificação Mixoma
Sinais e Sintomas de Estenose Mitral
Sintomas (geralmente progride para morte em 2-5 anos):
Dispneia + fadiga de esforço
Risco de TE
HT Pulmonar - IC direita
Sinais:
S1 aumentado
Opening Snap (distância a S2 é inversamente proporcional à gravidade da estenose) + rodado mesodiastólico
ECG: P mitrale (entalhada em D2)
Critérios de gravidade Estenose Mitral
Área valvular <1.5cm2
>50 mmHg HTP
Tratamento Estenose Mitral (critérios)
#1 Valvuloplastia percutânea por balão Sintomas + estenose grave Assintomático + HTP grave ou FA de novo
Etiologia Insuficiência Mitral (aguda e crónica)
Aguda: EAM com ruptura de músculo papilar póstero-medial; EI; Ruptura de corda tendinosa
Crónica: D. Reumática; PVM; MCHO; CIA ostium primum; Calcificação
Sinais e Sintomas de Insuficiência Mitral
Aguda: pode-se apresentar como choque cardiogénico, com EAP, PA diminuída e taquicardia.
Crónica: assintomática, sopro holossistólico que irradia para a axila, S3, desdobramento amplo de S2 e FA.
Critérios de gravidade Insuficiência Mitral
Volume regurgitante >60mL/bat
Fração regurgitante >50%
Área valvular >0.40cm2
Tratamento Insuficiência Mitral (critérios)
Aguda: estabilização HD com balão intra-aórtico/B-bloqueantes ou diuréticos #1 Reparação valvular (#2 substituição valvular)
Crónica: indicação cirúrgica se
1- sintomático + FEVE>30%
2- assintomático + FEVE<60% ou FA de início recente
V/F
A reparação cirúrgica da válvula mitral, em doentes com IM significativa, não se mostrou capaz de melhorar a sobrevida em comparação ao tratamento médico.
Verdadeiro.
Prolapso Válvula Mitral - epidemiologia, etiologia, diagnóstico e tratamento
Mulheres jovens (15-30a) - benigno e assintomático toda a vida; Homens >50a - curso cirúrgico
Etiologia: maioria idiopático; 20% CIA ostium secundum; DTC
Sinais: click mesossistólico + sopro telessistólico
Diagnóstico: por EcoTT, com deslocamento das cúspides >2mm para dentro da AE
Tratamento: cirurgia apenas se indicado no decurso de IM sintomática, senão profilaxia se EI ou B-bloqueante se sintomas anginosos.