1. REGIME JURÍDICO E PRINCÍPIOS Flashcards
O direito de petição aos poderes públicos, assegurado pela Constituição Federal de 1988, impõe à administração o dever de apresentar tempestiva resposta. A demora excessiva e injustificada da administração para cumprir essa obrigação é omissão violadora do princípio da eficiência. Segundo o STJ, por colocar em xeque a legítima confiança que o cidadão comum deposita na atuação da administração pública, tal mora atenta também contra o princípio da presunção da legitimidade
errado
Segundo STJ a demora excessiva, além de ineficiente, é imoral, já que faz com que a população perca a confiança depositada no trabalho da administração.
OU seja, fere o princípio da Moralidade.
a presunção de legitimidade significa que os atos administrativos se presumem lícitos, motivo pelo qual são aptos a produzir os seus efeitos
Mesmo pertencendo ao quadro da administração indireta, o IPHAN deve obedecer aos preceitos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência
certo
a minha duvida ficou na administração indireta
mas de fato o IPHAN é uma autarquia e faz parte da adm indireta
O princípio da legalidade veda à administração a prática de atos inominados, embora estes sejam
permitidos aos particulares.
certo
atos inominados não estão previstos em lei
Em virtude do princípio da reserva legal, a administração pública deve fazer o que está prescrito em lei e abster-se de atuar quando a lei proibir.
errado
não se pode confiar princípio da legalidade com princípio da reserva legal, este é lei em sentido estrito
O Poder Judiciário tem competência para apreciar o mérito dos atos discricionários exarados pela administração pública, devendo, no entanto, restringir-se à análise da legalidade desses atos
errado
De fato, não pode examinar o puro mérito, assim entendido como conveniência e oportunidade. Agora, muitas das vezes, o aludido mérito é marcado pela ilegalidade. Por isso, é corrente o entendimento doutrinário e jurisprudencial de que é sim possível o exame do mérito quanto ao aspecto da legalidade.
“O Poder Judiciário tem competência para apreciar A LEGALIDADE dos atos discricionários exarados pela administração pública”
se a questão falar em:
1) Analisar/apreciar/Controlar o mérito => Não pode.
2) Controle de ato discricionário => Pode.
O princípio da autotutela permite que o Poder Judiciário intervenha para apreciar atos administrativos que estejam supostamente eivados de ilegalidades.
errado
A autotutela não se aplica ao Judiciário (exercendo a função jurisdicional), mas sim à Administração Pública.
Logo, o item está incorreto.
O princípio da proteção da confiança legítima não autoriza a manutenção em cargo público de servidor
público empossado por força de decisão judicial de caráter provisório posteriormente revista, ainda que
decorridos mais de cinco anos da investidura no cargo.
certo
– a teoria do fato consumado decorre da aplicação do princípio da segurança jurídica e defende a manutenção de determinadas situações após o decurso de longo período de tempo. No entanto, o STF entendeu que não é compatível com o regime constitucional de acesso aos cargos públicos a manutenção no cargo, sob fundamento de fato consumado, de candidato não aprovado em concurso, mas que nele tomou posse em decorrência de execução provisória de medida liminar ou outro provimento judicial de natureza precária, que posteriormente foi revogado ou modificado. Explicando melhor: se um candidato é desclassifica de um concurso, mas consegue uma medida liminar para obter o provimento, ele não poderá alegar o fato consumado se perder o processo, ao final do julgamento. Isso porque o candidato já tinha
noção de que o provimento era precário, sujeito à revisão ao longo do processo judicial. Daí porque não se pode alegar fato consumado, princípio da segurança jurídica ou proteção da confiança legítima para se manter num cargo cujo provimento decorreu de medida liminar
O princípio da juridicidade, por constituir uma nova compreensão da ideia de legalidade, acarretou o aumento do espaço de discricionariedade do administrador público
errado
O princípio da juridicidade decorre de uma ampliação do conceito de legalidade.
Segundo Di Pietro, por este princípio, ALÉM DA SUBMISSÃO À LEI, DEVERÁ OBSERVAR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E DEMAIS ATOS NORMATIVOS, aumentando a possibilidade de revisão judicial de seus atos. Pela juridicidade, o controle judicial vai além do mero controle de legalidade, abrangendo todo o ordenamento jurídico (leis, atos normativos, princípios, etc.). Consequentemente, a margem de liberdade da Administração fica mais restrita
Embora sem previsão expressa no ordenamento jurídico brasileiro, o princípio da confiança relaciona-se à crença do administrado de que os atos administrativos serão lícitos e, portanto, seus efeitos serão mantidos e respeitados pela própria administração pública.
certo
a proteção à confiança, ou confiança legítima, trata do aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica, representando a confiança que os particulares depositam na atuação da Administração. Em geral, os particulares confiam nos agentes públicos, crendo da legalidade dos atos administrativos, daí porque não podem ser prejudicados por uma ilegalidade que não deram causa
Em decorrência do princípio da segurança jurídica, é proibido que nova interpretação de norma administrativa tenha efeitos retroativos, exceto quando isso se der para atender o interesse público
errado
A Lei 9.784/99 preceitua que, nos processos administrativos, deve ser adotada interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, sendo, contudo, expressamente vedada aplicação retroativa de nova interpretação. NEM MESMO O INTERESSE PUBLICO PODE EXCEPCIONAR ESTA MEDIDA. Por exemplo: se a Administração alterar o seu entendimento sobre o pagamento de um benefício, decidindo cancelar os pagamentos até então realizados, não poderá determinar a devolução do que já foi pago. Note que a devolução atenderia ao interesse público, pois recursos ingressariam nos cofres públicos; no entanto, não será legítima a exigência da devolução.
O núcleo do princípio da eficiência no direito administrativo é a procura da produtividade e economicidade, sendo este um dever constitucional da administração, que não poderá ser desrespeitado pelos agentes públicos, sob pena de responsabilização pelos seus atos.
certo
O princípio da eficiência exige que Administração e os agentes públicos atuem com rendimento. Assim, será possível produzir mais utilizando menos recursos.
Trata-se, ademais, de um dever constitucional, tanto que o princípio consta expressamente no art. 37, caput, da CF. Além disso, os agentes públicos que não observarem o dever de eficiência podem ser responsabilizados civil e administrativamente.
Nessa linha, a própria Constituição prevê a realização do controle de economicidade por intermédio do controle interno e externo (art. 70). Se um agente público, por exemplo, tiver uma conduta antieconômica, poderá ser
responsabilizado pelos órgãos de controle.
O princípio da impessoalidade está diretamente relacionado à obrigação de que a autoridade pública não dispense os preceitos éticos, os quais devem estar presentes em sua conduta
errado
O princípio que exige atuação conforme preceitos éticos é o da moralidade. O princípio da impessoalidade, por sua vez, exige que a atuação administrativa tenha como foco a finalidade público, com atuações isonômicas e sem promoção pessoal de autoridades.
O preenchimento de cargos públicos mediante concurso público, por privilegiar a isonomia entre os concorrentes, constitui expressão do princípio constitucional fundamental republicano
certo
Devemos entender que desde a edição da Constituição da Federal de 1988, efetivou-se o
princípio republicano, que significa que o patrimônio público é do povo (res = coisa; publica = povo -> coisa do povo).
Logo, uma autoridade não pode contratar quem desejar, para isso terá que fazer concurso público, oportunizando condições de igualdade para todos os candidatos
Agente público que se utiliza de publicidade governamental com a finalidade exclusiva de se promover viola o princípio da publicidade
errado
A violação ao princípio da publicidade ocorre quando não se dá transparência a um ato ou informação que deveria ser divulgado. Por outro lado, utilizar a publicidade oficial para se promover representa ofensa aos princípios da moralidade e da impessoalidade.
Gerson, Governador de determinado Estado, fez constar na publicidade de determinada obra pública realizada durante o seu governo, seu nome e sua fotografia a fim de caracterizar sua promoção pessoal. Gerson feriu o princípio da publicidade, pois, de acordo com esse princípio, a divulgação das obras públicas deve ter apenas caráter informativo ou de orientação social.
errado
a publicidade das obras públicas deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, mas
isso é decorrência do princípio da impessoalidade, e não da publicidade. O princípio da publicidade
representa a exigência de publicação em órgãos oficiais como requisito de eficácia dos atos administrativos, além do sentido relativo à exigência de transparência da atuação administrativa. Perceba que não houve falha na ausência de transparência, mas sim na utilização da obra para promoção pessoal, ferindo o princípio da impessoalidade