09 - IRpA e Dispneia - Bernardo Flashcards

1
Q

Quais doenças dificultam a troca gasosa nos pulmões?

A

Doenças pulmonares

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2
Q

Quais doenças dificultam a entrega de O2 para os tecidos?

A

Doenças cardíacas e anemia

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3
Q

Como as doenças cardíacas podem afetar o sistema pulmonar?

A

Por função cardíaca comprometida, causam congestão pulmonar e edema agudo de pulmão

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4
Q

Quais doenças aumentam a demanda muscular?

A

Doenças neuromusculares

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5
Q

O que falta de condicionamento físico afeta?

A

Não permite a otimização cardiovascular

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6
Q

Quais condições metabólicas podem levar à taquipneia?

A

Acidose metabólica, que pode ser causada por cetoacidose diabética ou choque hemodinâmico

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7
Q

Quais transtornos podem levar à hiperventilação?

A

Transtornos ansiosos ou psiquiátricos

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8
Q

Por que a “falta de ar” leva rapidamente o paciente ao Pronto Atendimento?

A

Pode ser bastante limitante e, potencialmente, grave

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9
Q

Por que é importante diferenciar a “falta de ar” de outros quadros médicos?

A

A “falta de ar” pode ser sintoma de várias condições como pneumonia, crise asmática, TEP, EDA, taquiarritmia, cetoacidose diabética e crise de ansiedade. Adequada identificação é necessária para tratamento correto.

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10
Q

Qual é a primeira coisa a responder quando se suspeita de insuficiência respiratória aguda?

A

É necessário avaliar se o paciente tem algum grau de dificuldade em oxigenar o sangue, seja na adição de O2 ou na eliminação de CO2 (ou seja, ver se ele tem critérios para insuficiência respiratória)

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11
Q

O que pode acontecer se a insuficiência respiratória aguda não for manejada corretamente?

A

Pode ter evolução grave, levando ao colapso cardiovascular e, no grau máximo, à uma parada cardiorrespiratória.

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12
Q

Quais são as duas principais dificuldades de troca gasosa em insuficiência respiratória aguda?

A

Adicionar O2 ao sangue e eliminar CO2 do sangue.

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13
Q

Quais condições podem causar colapso cardiovascular em insuficiência respiratória aguda não manejada?

A

Hipoxemia e acidose.

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14
Q

Qual é a primeira etapa na identificação durante o exame da dispneia?

A

Avaliar se o paciente apresenta sinais de insuficiência respiratória aguda.

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15
Q

O que deve ser considerado na segunda etapa da identificação da dispneia?

A

Diferenciar a “falta de ar” de outros quadros médicos como pneumonia, crise asmática, TEP, entre outros.

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16
Q

Por que o exame da gasometria arterial é importante no diagnóstico de insuficiência respiratória aguda?

A
  1. Permite confirmar a dificuldade de oxigenação
  2. Dá ideia da gravidade através do cálculo de Rel PaO2/FiO2
  3. Permite diferenciar o tipo de insuficiência respiratória (tipo 1 - hipoxemia sem hipercapnia, ou tipo 2 - hipoxemia com hipercapnia).
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17
Q

Quais são os sintomas e sinais físicos típicos da pneumonia?

A
  • História de tosse produtiva, febre e dor ventilatório-dependente
  • No exame físico, apresenta roncos e estertores localizados, além de macicez à percussão localizada.
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18
Q

Quais são os sintomas e sinais físicos típicos de edema agudo de pulmão?

A
  • História de piora da dispneia com decúbito, histórico de insuficiência cardíaca, e IAM prévio
  • No exame físico, apresenta estertores bilaterais mais acentuados nas bases, derrame pleural bilateral, estase jugular, edema de MMII, e pressão arterial muito elevada.
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19
Q

Quais são os sintomas e sinais físicos típicos de tromboembolismo pulmonar (TEP)?

A
  • História de início súbito, dor ventilatório-dependente, hemoptise, trombose em outro sítio e fatores de risco para TEP
  • No exame físico, pode haver presença de trombose em algum outro local, como nos membros inferiores (MMII).
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20
Q

Quais são os sintomas e sinais físicos típicos de crise asmática?

A
  • História de crises asmáticas prévias.
  • No exame físico, apresenta redução global da ausculta com presença de sibilos difusos.
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21
Q

Quais são os sintomas e sinais físicos típicos de derrame pleural volumoso?

A
  • História de alguma condição clínica que leve à formação do derrame
  • No exame físico, apresenta abolição da ausculta e macicez à percussão na região com derrame.
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22
Q

Quais são as principais causas de Insuficiência respiratória Tipo 1 (hipoxêmica sem hipercapnia)?

A
  • Pneumonia,
  • Edema Agudo de Pulmão,
  • Tromboembolismo Pulmonar,
  • Síndrome de Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)
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23
Q

Quais são as principais causas de Insuficiência respiratória Tipo 2 (hipoxêmica com hipercápnica)?

A
  • Doenças pulmonares obstrutivas como Asma e DPOC,
  • Uso de depressores do SNC como opióides e benzodiazepínicos,
  • Doenças Neuromusculares como Síndrome de Guillain-Barré, miastenia gravis, ELA,
  • Síndrome de Hipoventilação da Obesidade.
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24
Q

Quais são as alterações encontradas no raio-X de tórax para Pneumonia?

A

Condensação localizada, geralmente na base do pulmão, que aparece como uma área de opacidade.

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25
Q

Quais são as alterações encontradas no raio-X de tórax para Derrame pleural?

A

Aparece como um “Oceano branco”, indicando acúmulo de líquido na cavidade pleural e frequentemente levando à atelectasia do pulmão afetado.

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26
Q

Quais são as alterações encontradas no raio-X de tórax para Infiltrado intersticial do pulmão?

A

Padrão difuso de opacidades, podendo ser causado por edema agudo de pulmão, congestão pulmonar (como em infarto do miocárdio ativo ou insuficiência cardíaca congestiva descompensada) ou síndrome do desconforto respiratório agudo.

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27
Q

Quais são as alterações encontradas no raio-X de tórax para Pneumotórax?

A

O pulmão afetado aparece colabado, com a cavidade torácica do lado afetado mostrando hiperinsuflação e aparecendo muito mais escura em comparação ao lado não afetado.

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28
Q

Quais são as orientações gerais mais básicas para um paciente com insuficiência respiratória?

A

1) Fornecer O2 suplementar
2) Evitar que o paciente fique em decúbito a zero graus (deitado); a cabeceira deve ser mantida mais elevada.

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29
Q

Quando é altamente indicado o uso de Ventilação Não Invasiva (VNI)?

A

Se necessário, pode-se fornecer pressão positiva através da Ventilação Não Invasiva (VNI) para casos de:
1) DPOC descompensado
2) Edema agudo de pulmão (EAP)

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30
Q

Qual é a natureza da asma em termos de duração e ocorrência?

A

A asma é uma doença inflamatória crônica e intermitente.

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31
Q

O que caracteriza uma crise asmática?

A

A crise asmática é um episódio agudo relacionado à asma.

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32
Q

Qual é o fator desencadeante mais comum para crises asmáticas?

A

Infecções respiratórias virais são responsáveis por até 80% das crises asmáticas.

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33
Q

Como a má adesão ao tratamento afeta crises asmáticas?

A

A utilização incorreta de medicamentos (como bombinhas) ou má adesão ao tratamento pode aumentar a frequência das crises asmáticas.

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34
Q

Quais fatores ambientais podem desencadear crises asmáticas?

A

Exposição a alérgenos e poluição ambiental são fatores ambientais que podem desencadear crises asmáticas.

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35
Q

Quais outros fatores podem desencadear crises asmáticas?

A

Refluxo gastroesofágico e estresse emocional também podem desencadear crises asmáticas.

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36
Q

Qual é a principal queixa ou sintoma em uma crise asmática?

A

A principal queixa é dispneia aguda com piora progressiva.

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37
Q

Quais são os principais achados clínicos em uma crise asmática?

A

Os principais achados clínicos incluem tosse seca, sibilância e opressão torácica.

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38
Q

Quais são os primeiros passos na avaliação do paciente com crise asmática?

A

Identificar se há critérios para Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA), mover o paciente para a sala de emergência e iniciar o protocolo MOVED.

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39
Q

O que inclui o protocolo MOVED na crise asmática?

A

O protocolo MOVED inclui a escolha do melhor dispositivo de suporte respiratório (O2-terapia) e a realização de exames complementares como RX de tórax e gasometria arterial.

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40
Q

Quais são os focos da anamnese direcionada em uma crise asmática?

A

A anamnese deve focar na história da asma, frequência de crises, uso de medicações, possibilidade de outras patologias e possíveis desencadeantes da crise.

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41
Q

Quais são os elementos chave no exame físico direcionado para crise asmática?

A

O exame físico deve avaliar sinais vitais, ausculta e percussão pulmonar, uso de musculatura acessória e nível de consciência.

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42
Q

Quais exames complementares são importantes na avaliação de uma crise asmática?

A

É importante realizar um RX de tórax e uma gasometria arterial.

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43
Q

Quais são os possíveis achados no RX de tórax em uma crise asmática?

A

O RX de tórax pode ser bastante normal, mostrar uma leve hiperinsuflação ou revelar um foco infeccioso que pode ter desencadeado a crise.

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44
Q

Como é determinada a gravidade de uma crise asmática de nível “Leve”?

A

Uma crise leve é geralmente manejada de forma conservadora. O paciente geralmente não vai ao Pronto Socorro e exames complementares como RX de tórax ou gasometria arterial geralmente não são necessários. O tratamento pode envolver inalação e retorno ao médico para acompanhamento.

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45
Q

Quais são as características de uma crise asmática “Moderada”?

A

Na crise moderada, o paciente pode ficar mais cansado ao falar, ter a capacidade de fala reduzida e mostrar intolerância maior ao decúbito.

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46
Q

Quais são os sinais clínicos de uma crise asmática “Grave”?

A

Na crise grave, o paciente está em repouso mas ainda apresenta sintomas severos. Sua frequência respiratória é maior que 30 ipm, e a utilização da musculatura acessória é significativa. Sibilos podem ser ouvidos tanto na inspiração quanto na expiração. A frequência cardíaca é maior que 120 bpm, e o paciente pode estar agitado. Outros indicadores incluem: saturação de oxigênio abaixo de 90%, pressão parcial de oxigênio (PaO2) menor que 60 mmHg e pressão parcial de dióxido de carbono (PaCO2) maior que 45 mmHg.

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47
Q

O que indica uma crise asmática com “Iminência de parada cardiorrespiratória (PCR)”?

A

Neste caso, pode haver colapso cardiovascular e neurológico. O paciente pode estar quase comatoso ou muito torporoso. A insuficiência respiratória é do tipo 2, com dificuldade de adicionar O2 ao sangue e de eliminar CO2, levando à retenção de gás carbônico.

48
Q

O que é o Peak-flow e para que ele é utilizado?

A

O Peak-flow é um aparelho que mede o volume expiratório forçado em um segundo (VEF1). O paciente assopra no dispositivo, e ele fornece uma leitura do fluxo máximo de ar que pode ser expirado, ajudando a avaliar a gravidade da obstrução das vias aéreas, comumente usado no manejo de condições como asma.

49
Q

Qual é a medicação principal no manejo de uma crise asmática aguda?

A

A medicação principal é um agonista beta-2-adrenérgico de curta duração. Deve ser administrado assim que a crise de asma é identificada. Os principais fármacos incluem Fenoterol (gotas para inalação), Albuterol e Salbutamol (spray em bombinha, 4 a 8 puffs). O tratamento deve ser repetido a cada 20 minutos durante a primeira hora de atendimento.

50
Q

Quais são os principais efeitos colaterais de um agonista beta-2-adrenérgico?

A

O principal efeito colateral é a taquicardia. É necessário ter cuidado ao administrar esse tipo de medicamento em pacientes com comorbidades cardíacas ou em idosos devido ao risco de taquicardia.

51
Q

Em que situações o anticolinérgico Ipratrópio é adicionado ao tratamento com B2-agonistas para crises asmáticas?

A

O Ipratrópio é adicionado ao B2-agonista se a crise é moderada ou grave. São adicionadas 40 gotas em cada inalação. A associação é particularmente benéfica em crises moderadas a graves, onde estudos mostram que aumenta o sucesso do tratamento no Pronto-Socorro e diminui a necessidade de internação.

52
Q

Qual é o benefício de associar anticolinérgicos como o Ipratrópio a B2-agonistas em crises asmáticas moderadas a graves?

A

O benefício é que a associação aumenta as taxas de sucesso do tratamento no Pronto-Socorro e diminui a necessidade de internação, aumentando assim a rotatividade do Pronto-Socorro. Em crises leves, essa associação geralmente não é necessária.

53
Q

Quando são indicados corticosteroides no manejo da crise asmática?

A

Corticosteroides são indicados principalmente nas crises mais importantes para diminuir a reatividade brônquica. Na urgência, o corticoide é administrado por via endovenosa (sistêmico).

54
Q

Qual é a orientação para o uso de corticosteroides em pacientes que recebem alta após uma crise asmática?

A

Se o paciente recebe alta após ter sido tratado com corticosteroides sistêmicos, ele deve continuar o uso por via oral (VO) por 5-7 dias. É importante lembrar de fazer o desmame gradual do corticoide.

55
Q

Quais são as opções de corticosteroides para o tratamento de crises asmáticas?

A

As opções incluem Prednisona por via oral (VO), Metilprednisolona por via endovenosa (EV), e Hidrocortisona por via endovenosa (EV).

56
Q

Em quais situações o sulfato de magnésio é indicado no tratamento da crise asmática?

A

O sulfato de magnésio é utilizado em crises graves e/ou refratárias ao tratamento inicial.

57
Q

Como é administrado o sulfato de magnésio no tratamento da crise asmática?

A

O sulfato de magnésio é administrado por via endovenosa (EV) ao longo de 20 minutos.

58
Q

Em casos de desencadeantes específicos como pneumonia bacteriana na crise asmática, que tipo de tratamento adicional pode ser necessário?

A

O uso de antibióticos (ATB) pode ser necessário para tratar a pneumonia bacteriana como desencadeante da crise asmática.

59
Q

Quais são os principais agentes causadores de pneumonia bacteriana adquirida na comunidade?

A

Os principais agentes são: S. pneumoniae (Streptococcus pneumoniae), H. influenzae (Haemophilus influenzae), e M. catarrhalis (Moraxella catarrhalis).

60
Q

Qual é a relevância da pneumonia bacteriana em relação às internações hospitalares?

A

A pneumonia bacteriana é muito relevante, sendo responsável por 15-20% das internações. Ela pode evoluir para condições graves como sepse.

61
Q

Quais são os sintomas comuns no quadro clínico agudo de pneumonia bacteriana?

A

Os sintomas comuns incluem febre, dor torácica de característica pleurítica, e expectoração. Pode haver sinais de gravidade como sinais de sepse.

62
Q

Quais outros sintomas podem auxiliar no diagnóstico de pneumonia bacteriana?

A

Além dos sintomas principais, outros que podem levar ao diagnóstico incluem tosse e sintomas respiratórios persistentes, febre persistente, e estertores na ausculta respiratória.

63
Q

Qual é a relação entre infecções respiratórias virais e pneumonia bacteriana?

A

Muitos casos de pneumonia bacteriana são precedidos por uma infecção respiratória viral. Sintomas como coriza, espirros, e dor de garganta (tipicamente associados a IVAS) podem estar presentes.

64
Q

Quais alterações na ausculta são esperadas em um paciente com pneumonia?

A

Na ausculta, é comum encontrar alterações como consolidação pulmonar.

65
Q

Quais outros sinais e sintomas podem ou não estar presentes no exame físico de um paciente com pneumonia?

A

Febre e queda da saturação de oxigênio (SaO2) podem ou não estar presentes. Além disso, sinais de sepse podem estar presentes, dependendo da gravidade da condição.

66
Q

Quais exames de imagem são importantes para confirmar o diagnóstico de pneumonia e o que eles mostram?

A

O exame de imagem, seja RX ou TC de tórax, é crucial para o diagnóstico de pneumonia. A presença de consolidação pulmonar nesses exames confirma o diagnóstico. RX de tórax deve sempre ser feito quando há suspeita de pneumonia.

67
Q

Quais exames laboratoriais podem ser úteis no diagnóstico e monitoramento da pneumonia?

A

Exames laboratoriais relevantes incluem contagem de leucócitos, onde a leucocitose pode estar presente. Gasometria arterial pode mostrar alterações típicas de Insuficiência Respiratória do tipo 1 (hipóxia sem hipercapnia). Hemocultura deve ser coletada sempre que o paciente tiver critérios de sepse, e em até 10% das pneumonias graves, o agente pode ser identificado.

68
Q

Quais são os fatores que influenciam a decisão de tratar pneumonia com antibióticos via oral em casa vs. antibióticos endovenosos no hospital?

A

Os fatores que influenciam essa decisão incluem: idade do paciente, presença de comorbidades, gravidade da pneumonia (intensidade dos sintomas, ex: dispneia importante e redução da SaO2), e a presença ou não de critérios de sepse (disfunções em órgãos como rins, sistema hematológico, neurológico).

69
Q

Qual é o tratamento principal para pneumonia e quais são os desafios associados a ele?

A

O tratamento principal para pneumonia é o uso de antibióticos. Os principais desafios são decidir qual paciente pode receber alta para tratamento domiciliar com antibióticos por via oral e qual paciente deve permanecer internado para o uso de antibióticos endovenosos.

70
Q

O que é o escore CURB-65 e quais são os seus componentes?

A

O escore CURB-65 é utilizado para avaliar a gravidade da pneumonia e auxiliar na decisão de internação. Os componentes são: C - Confusão mental; U - Ureia > 43mg/dL (indicando possível insuficiência renal aguda); R - Frequência respiratória > 30 irpm (taquipneia significativa); B - Blood pressure (PAS < 90mmHg ou PAD < 60mmHg); 65 - Idade ≥ 65 anos.

71
Q

Como o escore CURB-65 é usado para decidir o tratamento da pneumonia?

A

Baseado no escore CURB-65: 0 a 1 = Grupo 1 (baixa mortalidade), tratamento ambulatorial; 2 = Intermediário, internação breve ou tratamento ambulatorial assistido; 3 a 5 = Grupo 3, alta mortalidade (> 20%), paciente deve ser internado. Se estiver clinicamente bem, enfermaria é adequada; se necessário, considerar UTI desde o começo ou se houver piora progressiva. UTI é considerada desde o início se o escore for 4 ou 5.

72
Q

O que o critério CURB-65 está avaliando?

A

O critério CURB-65 está avaliando a gravidade da pneumonia com base na idade do paciente e em disfunções orgânicas causadas pelo quadro infeccioso. Ele ajuda a identificar se há critérios de sepse e auxilia na tomada de decisão quanto ao tratamento mais adequado (ambulatorial vs. internação).

73
Q

Qual é o tratamento para pneumonia de baixo risco em ambiente ambulatorial?

A

O tratamento em ambiente ambulatorial para pneumonia de baixo risco normalmente envolve o uso de antibióticos via oral, como Amoxicilina OU um macrolídeo (azitromicina ou claritromicina).

74
Q

O que é recomendado para o tratamento de pneumonia de baixo risco em pacientes internados?

A

Se o paciente com pneumonia de baixo risco for internado, a recomendação é iniciar uma terapia dupla com Ceftriaxona (CF3G) + Azitromicina (macrolídeo), ou uma monoterapia com Levofloxacino (quinolona respiratória).

75
Q

Qual é o tempo recomendado de tratamento para pneumonia em ambiente ambulatorial/domiciliar?

A

O tempo recomendado de tratamento para pneumonia em ambiente ambulatorial ou domiciliar é de 5 a 7 dias.

76
Q

Qual é o tempo de tratamento recomendado para pneumonia em pacientes internados e em quais situações ele pode ser prolongado?

A

O tempo de tratamento recomendado para pneumonia em pacientes internados é de 7 dias. Este período pode ser prolongado em algumas situações específicas, como: Abscesso pulmonar, Empiema (por derrame pleural), ou Falta de resposta adequada ao tratamento inicial (1ª tentativa de ATB).

77
Q

Quais são os indicadores de boa evolução no tratamento da pneumonia e seus respectivos prazos?

A
  • Em 1 semana: resolução da febre
  • Em 4 semanas: redução significativa da expectoração e dor torácica
  • Em 6 semanas: redução significativa da tosse
  • Em 3 meses: quase ausência de sintomas, exceto possível fadiga
  • Em 6 meses: retorno ao status basal da maioria das pessoas
78
Q

O que é considerado um indicador de má evolução no tratamento da pneumonia?

A

Sinais de má evolução incluiriam a persistência ou agravamento dos sintomas, como febre, tosse, dor torácica e expectoração, além de critérios de gravidade como sinais de sepse. A falha em alcançar os marcos indicados para boa evolução também é um sinal de tratamento inadequado.

79
Q

Quais são os sintomas clássicos de tromboembolismo pulmonar (TEP)?

A

Dispneia de início súbito, dor pleurítica (dor torácica ventilarório-dependente), hemoptise e taquicardia.

80
Q

Qual tipo de insuficiência respiratória é comum em casos de TEP?

A

Insuficiência Respiratória Aguda de tipo 1 (IRpA tipo 1)

81
Q

O que se pode esperar encontrar em exames complementares como RX de tórax e gasometria arterial em um paciente com TEP?

A

O RX de tórax pode não mostrar nenhuma alteração. A gasometria arterial geralmente indicará uma Insuficiência Respiratória Aguda de tipo 1 (IRpA tipo 1).

82
Q

Quais alterações podem ser observadas no exame físico de um paciente com TEP?

A

O exame físico pode não apresentar alterações notáveis, especialmente na ausculta pulmonar, que pode estar normal.

83
Q

Qual é a prevalência de trombose venosa profunda (TVP) concomitante em pacientes com TEP?

A

Cerca de 30-40% dos pacientes com TEP podem apresentar uma TVP concomitante.

84
Q

Em quais pacientes deve-se suspeitar de TEP?

A

Deve-se suspeitar de TEP em pacientes com fatores de risco, como imobilismo, neoplasias, obesidade, cirurgias recentes, e gestação.

85
Q

Quais podem ser os achados no ECG em um paciente com TEP?

A

O ECG pode mostrar taquicardia sinusal e/ou o padrão S1Q3T3, que sugere desvio do eixo cardíaco para a direita.

86
Q

Como o exame de D-dímero é útil no diagnóstico de TEP?

A

Um resultado normal no exame de D-dímero pode ajudar a afastar a suspeita de TEP em pacientes com risco baixo ou intermediário.

87
Q

Além de sintomas respiratórios, que outro quadro grave o paciente com TEP pode apresentar?

A

Alguns pacientes com TEP podem entrar em choque hemodinâmico, caracterizado como um tipo de choque obstrutivo.

88
Q

Qual é o exame padrão-ouro para confirmar o diagnóstico de TEP?

A

A angiotomografia de tórax com protocolo para TEP é o padrão-ouro para confirmar o diagnóstico de tromboembolismo pulmonar.

89
Q

O D-dímero é o padrão-ouro para diagnóstico de TEP?

A

Não, o D-dímero não é o padrão-ouro para o diagnóstico de TEP. Ele pode ser usado para afastar a suspeita em casos de risco baixo ou intermediário, mas a angiotomografia de tórax com protocolo para TEP é necessária para confirmar o diagnóstico.

90
Q

O que é o D-dímero?

A

O D-dímero é um subproduto da coagulação. Ele pode ser elevado em várias condições que envolvem formação de coágulos, tornando-o um teste com alta sensibilidade, mas baixa especificidade para TEP.

91
Q

Quando o D-dímero é útil no diagnóstico de TEP?

A

O D-dímero é útil para AFASTAR/DESCARTAR a possibilidade de TEP em pacientes com baixa ou média suspeita clínica com um valor normal, mas ele não capacidade de CONFIRMAR o diagnóstico

92
Q

Em pacientes com alta suspeita clínica de TEP, deve-se realizar D-dímero ou AngioTC?

A

Em pacientes com alta suspeita clínica de TEP, a angiotomografia de tórax com protocolo para TEP deve ser realizada imediatamente para confirmar o diagnóstico. O D-dímero não é indicado nesses casos, já que o foco é confirmar e não apenas descartar a condição.

93
Q

Quando se deve utilizar o teste de D-dímero para TEP?

A

O teste de D-dímero deve ser usado apenas em pacientes com baixa ou média suspeita clínica de tromboembolismo pulmonar (TEP).

94
Q

O que fazer se a probabilidade de TEP é alta?

A

Se a probabilidade clínica de TEP é alta, o paciente deve ser encaminhado diretamente para angiotomografia de tórax com protocolo para TEP, sem aguardar os resultados do teste de D-dímero.

95
Q

Quais são as características e pontuação do Escore de Wells para avaliar a probabilidade de Tromboembolismo Pulmonar (TEP) em pacientes?

A

O Escore de Wells é uma ferramenta de estratificação de risco para TEP que leva em consideração diversos critérios clínicos e pontuações associadas:
- Sinais clínicos de trombose venosa profunda (TVP): 3.0 pontos
- Fator de risco alternativo menos provável que TEP: -2.0 pontos
- Frequência cardíaca > 100 bpm: 1.5 pontos
- Imobilização recente ou cirurgia nas últimas 4 semanas: 1.5 pontos
- História prévia de TEP ou TVP: 1.5 pontos
- Hemoptise: 1.0 ponto
- Câncer (tratamento atual, nos últimos 6 meses ou paliativo): 1.0 ponto

Classificação de risco com base na pontuação total:
- Baixo: 0 a 1
- Intermediário: 2 a 6
- Alto: > 6

96
Q

Quais são as contraindicações para a realização de uma AngioTC (Angiotomografia Computadorizada) em comparação com um USG de Membros Inferiores (MMII) ou Cintilografia V/Q?

A

Principal contraindicação: Hipersensibilidade ao contraste iodado. Não há tempo para dessensibilizar o paciente em uma situação aguda.

Insuficiência Renal: Embora a insuficiência renal seja uma preocupação ao usar contraste iodado, a decisão de proceder com a AngioTC dependerá da gravidade do caso clínico. Se o exame for realmente necessário para o diagnóstico e tratamento de TEP, ele deve ser priorizado. Prioriza-se a vida

97
Q

O que é um Derrame Pleural e onde geralmente é diagnosticado e abordado?

A

Derrame pleural é o acúmulo de líquido no espaço pleural, que é o espaço entre as membranas pleurais que envolvem os pulmões. Este fenômeno é diferente de congestão pulmonar, que ocorre no parênquima pulmonar

Geralmente é diagnosticado e abordado em situações de urgência e emergência médica.

98
Q

Como a suspeita e confirmação de derrame pleural são feitas?

A

Suspeita é geralmente feita por meio de exame físico, que pode incluir sinais como diminuição do murmúrio vesicular e macicez à percussão.

Confirmação é feita através de exames de imagem, que podem ser: (1) RX de tórax; (2) USG pulmonar (3) TC de tórax

99
Q

O derrame pleural é uma doença?

A

Não, o derrame pleural não é uma doença em si. Ele é um achado clínico ou sinal que indica a presença de líquido acumulado no espaço pleural, que é a cavidade entre as pleuras (membranas que revestem os pulmões e o interior da caixa torácica). O derrame pleural pode ocorrer como resultado de várias doenças ou condições subjacentes.

100
Q

O que é um exsudato em relação ao derrame pleural?

A

Exsudato é um líquido pleural que possui um componente proteico significativo, geralmente indicando uma causa inflamatória como infecção, neoplasia ou doença autoimune.

101
Q

O que é um transudato em relação ao derrame pleural?

A

Transudato é um líquido pleural mais pobre em componente proteico, indicando um extravasamento de líquido geralmente associado a condições como hipertensão portal ou cirrose.

102
Q

Qual a importância da classificação em exsudato e transudato?

A

A classificação ajuda a determinar a possível causa subjacente do derrame pleural. Exsudatos estão frequentemente relacionados a causas inflamatórias, enquanto transudatos indicam extravasamento de líquido, geralmente devido a condições circulatórias.

103
Q

Qual é a abordagem primordial para determinar a causa de um derrame pleural?

A

A toracocentese é a abordagem primordial para determinar a causa de um derrame pleural.

104
Q

O que a toracocentese permite avaliar?

A

A toracocentese permite avaliar o aspecto visual do líquido, classificar o derrame em exsudato ou transudato, e verificar a presença de elementos estranhos como células neoplásicas, bactérias ou proteínas.

105
Q

Quando a toracocentese está indicada?

A

Diante o achado de um derrame pleural de etiologia indefinida e puncionável, com uma espessura do derrame ≥ 10mm à RX em decúbito lateral com raios horizontais à USG (ultrassonografia)

106
Q

Quais análises são realizadas para interpretar o líquido pleural?

A

As análises incluem dosagem de DHL e proteína total para determinar se é exsudato ou transudato, glicose, adenosina deaminase (ADA) para tuberculose pleural, celularidade total do líquido, cultura e bacterioscopia do líquido pleural, e pesquisa de células neoplásicas.

107
Q

Como se determina se o líquido é exsudato ou transudato?

A

A dosagem de DHL e proteína total é utilizada para determinar se o líquido é exsudato (valores elevados) ou transudato (valores normais ou baixos).

108
Q

Que análise é específica para a suspeita de tuberculose pleural?

A

A adenosina deaminase (ADA) é uma análise específica para a suspeita de tuberculose pleural.

109
Q

Quais outras análises são realizadas?

A

Além das mencionadas, são feitas análises de glicose, celularidade total do líquido, cultura e bacterioscopia do líquido pleural, bem como pesquisa de células neoplásicas.

110
Q

Quais são as principais possibilidades de tipos de exsudatos encontrados em derrame pleural?

A

Os principais tipos de exsudatos são:
(1) Parapneumônico (associado a pneumonia);
(2) Tuberculose;
(3) Neoplásico (câncer);
(4) Embólico.

111
Q

Quais são as principais doenças que causam derrame pleural por transudato?

A

As principais causas de derrame pleural por transudato incluem:
1. Insuficiência cardíaca;
2. Cirrose hepática;
3. Síndrome nefrótica.

112
Q

Quais são as principais doenças que causam derrame pleural por exsudato?

A

As principais causas de derrame pleural por exsudato incluem:
1. Pneumonia;
2. Tuberculose;
3. Neoplasias (câncer).

113
Q

Como estão os níveis de glicose em exsudatos parapneumônicos, de tuberculose, neoplásicos e embólicos, respectivamente?

A

Parapneumônico: ↓↓↓
Tuberculose: ↓↓↓
Neoplásico: normal ou ligeiramente diminuído
Embólico: normal

114
Q

Como está a celularidade em exsudatos parapneumônicos, de tuberculose, neoplásicos e embólicos, respectivamente?

A

Parapneumônico: ↑ ↑ ↑ neutrófilos
Tuberculose: ↑ ↑ ↑ linfócitos
Neoplásico: ↑ ↑ ↑ linfócitos
Embólico: variável

115
Q

Como está o nível de ADA (adenosina desaminase) em exsudatos parapneumônicos, de tuberculose, neoplásicos e embólicos, respectivamente?

A

Parapneumônico: - - -
Tuberculose: ↑ ↑ ↑
Neoplásico: - - -
Embólico: - - -

116
Q

Como está a cultura bacteriana em exsudatos parapneumônicos, de tuberculose, neoplásicos e embólicos, respectivamente?

A

Parapneumônico: (+) crescimento bacteriano
Tuberculose: (-)
Neoplásico: (-)
Embólico: VARIÁVEL, pela fonte do fonte do êmbolo

117
Q

Como está a pesquisa por células neoplásicas em exsudatos parapneumônicos, de tuberculose, neoplásicos e embólicos, respectivamente?

A

Parapneumônico: (-)
Tuberculose: (-)
Neoplásico: (+)
Embólico: (-)