04 - Cinemática, Pré-Hospitalar e Atendimento Inicial ao Politraumatizado - Dorival Flashcards

1
Q

O que é um trauma no contexto do atendimento pré-hospitalar?

A

Trauma é um incidente, que pode ser intencional ou não.

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2
Q

O que é o 1º pico de morte em trauma?

A

Segundos a minutos após o trauma, envolve lesões que são irreversíveis mesmo com atendimento médico. A prevenção é a única forma de amenizá-lo.

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3
Q

O que é o 2º pico de morte em trauma e qual é sua fase?

A

De minutos até horas após o trauma. É a “fase de ouro” onde o médico pode reverter problemas e lesões decorrentes do trauma.

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4
Q

O que é o 3º pico de morte em trauma?

A

Dias até semanas após o trauma. Envolve consequências do trauma ou do atendimento, como tromboembolismo e septicemia.

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5
Q

Quais são os 3S no contexto do atendimento pré-hospitalar do trauma?

A

Scene (Cena),
Safety (Segurança),
Situation (Situação).

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6
Q

Qual é a primeira coisa a ser considerada na “Informação da cena” em atendimento pré-hospitalar de trauma?

A

Verificar se a cena está segura.

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7
Q

Quais são as fontes de informação antes de chegar na cena de um trauma?

A

Despacho de resgate;
relatos de testemunhas;
informações de unidades locais.

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8
Q

Quais são os exemplos de impressões gerais da cena em atendimento pré-hospitalar de trauma?

A

Observar a reação dos familiares e outras pessoas próximas;
entender as possíveis consequências do incidente;
verificar equipamentos de segurança como airbags e cintos.

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9
Q

O que deve ser priorizado na “Segurança da cena” em atendimento pré-hospitalar de trauma?

A

Segurança da equipe de resgate e da vítima.

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10
Q

Quais são os riscos específicos que se deve prestar atenção para a “Segurança da cena”?

A

Fogo,
fios elétricos caídos,
explosivos,
sangue e fluidos corpóreos,
tráfego de veículos,
inundações,
armas,
condições ambientais.

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11
Q

Em situações de atentado ou agressão, o que deve ser considerado para a “Segurança da cena”?

A

Avaliar se os agressores ou situações de atentado podem acontecer ou acontecer novamente.

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12
Q

Quais são as considerações para atendimento em rodovia em casos de trauma?

A

Ambulância deve ficar na frente do acidente para embarcar o paciente por trás e ter caminho livre.
A viatura atrás protege o veículo acidentado e a ambulância, e ajuda na contenção de civis.

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13
Q

O que deve ser avaliado na “Situação da cena” em atendimento pré-hospitalar de trauma?

A

Entender o que aconteceu;
saber o número e idades das vítimas;
avaliar se é necessário suporte de atendimento;
identificar recursos como polícia e bombeiros;
observar a cena para entender a cinemática do trauma.

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14
Q

Quais são os princípios da inércia e da dinâmica de acordo com as Leis de Newton aplicadas ao trauma?

A

1) Corpo em repouso tende a permanecer em repouso
2) Corpo em movimento tende a manter o movimento, exceto se sofrem uma força interna.

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15
Q

Como as Leis de Newton se aplicam ao carro, à vítima e aos órgãos da vítima em um trauma?

A

Os princípios da inércia e da dinâmica são válidos tanto para o carro quanto para a vítima e seus ÓRGÃOS INTERNOS,

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16
Q

Como a Lei de Conservação de Energia se aplica a um acidente de carro em alta velocidade?

A

A energia não é perdida, mas sim muda de forma. A alta energia cinética do carro será dissipada no acidente através de energias como arrasto e calor.

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17
Q

Como é calculada a energia cinética e qual fator tem maior impacto nela, a massa ou a velocidade?

A

A energia cinética é calculada como metade da massa multiplicada pelo quadrado da velocidade.

O aumento da velocidade produz muito mais energia cinética do que o aumento da massa.

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18
Q

Por que a disparidade de massas é importante em situações de trauma, como acidentes de trânsito?

A

A disparidade de massas importa porque ela afeta a força exercida durante o acidente.

Ex.: (1) caminhão vs. carro;
(2) moto vs. pedestre;
(3) carro vs. ciclista.

A equação Massa x aceleração = força também se aplica como Massa x desaceleração.

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19
Q

Quais são os fatores que afetam a distância de parada em situações de trauma?

A

A distância de parada é afetada por várias diferenças, incluindo:
1) se o objeto para contra uma parede,
2) o tempo de frenagem envolvido,
3) em quedas de altura, a distância e a superfície de impacto (seja ela dura ou compressível).

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20
Q

Quais são os tipos de mecanismos mais frequentes em traumas automobilísticos?

A

Os mecanismos mais frequentes em traumas automobilísticos são:
- Frontal,
- Posterior,
- Lateral,
- Angular,
- Capotamento.

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21
Q

Quais são os tipos de mecanismos mais frequentes em traumas envolvendo ciclistas?

A

Os mecanismos mais frequentes em traumas envolvendo ciclistas são:
- Atropelamento,
- Queda,
- Ser arremessado à grandes distâncias.

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22
Q

Quais partes do corpo são afetadas pelo impacto no volante em acidentes automobilísticos?

A

O impacto no volante geralmente afeta o baço e o intestino.

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23
Q

Que tipo de lesões podem ocorrer nas pernas durante acidentes automobilísticos?

A

As pernas podem sofrer fraturas e luxações devido ao impacto.

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24
Q

Que tipos de danos podem ocorrer na cabeça durante acidentes automobilísticos em que há impacto nela (seja no volante, seja no parabrisa)?

A

A cabeça pode sofrer danos na face, no crânio, e na coluna (que podem incluir achatamento, fraturas, e dissecção).

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25
Q

Que riscos o pulmão enfrenta em acidentes automobilísticos?

A
  • O pulmão pode sofrer pneumotórax (pessoa inspira na hora do susto, pulµao cheio de ar receberá energia altamente dissipada e irá estourar, colabando-o dentro da caixa toráxica) — colapso do pulmão se a pessoa inspirar pelo susto.
  • Lesão óssea (tórax instável) se fraturar diversos pontos e costelas.
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26
Q

Quais são os riscos para o abdome e TTA em acidentes automobilísticos?

A

Riscos incluem (1) dissecção da aorta descendente, que pode levar à morte instantânea, e (2) rompimento de válvula cardíaca, onde a energia é dissipada no sangue, fazendo o mesmo voltar com grande força para dentro do coração.

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27
Q

Quais são as principais diferenças entre lesões em pedestres adultos e pediátricos em acidentes automobilísticos?

A

Adultos geralmente sofrem lesões principalmente pelo impacto nos membros inferiores (MMII), e só terão outras lesões se forem arremessados.

Em crianças, o trauma é principalmente torácico, uma vez que elas tendem a se “abrir” para o carro devido à sua menor estatura.

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28
Q

Quais são as formas de agressão atuando simultaneamente em explosões?

A
  1. Queimadura: causada por energia térmica.
  2. Arremessado: devido à onda de choque, podendo resultar em trauma fechado.
  3. Objetos: detritos que podem colidir/perfurar com a vítima, resultando em trauma penetrante.
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29
Q

Quais são os efeitos da aceleração e desaceleração em ferimentos causados por arma de fogo?

A
  1. Aceleração: Força grande é aplicada.
  2. Massa x desaceleração: O objeto tem poder de penetração muito grande.
  3. Cavitação: Tecidos se expandem (cavidade temporárioa) inicialmente e depois retornam ao lugar, mas deixam uma área de queimadura e uma cavidade permanente além do próprio trajeto do projétil.
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30
Q

Quais são as características dos orifícios de entrada e saída em ferimentos causados por arma de fogo?

A

Orifício de entrada:
1. Abrasão

  1. Queimadura
  2. Tatuagem da pólvora - curta distância: bem delimitado; longa distância: praticamente não tem tatuagem; queima-roupa: praticamente não tem tatuagem.
  3. Lesão
  4. Fragmentos da bala e fragmentos ósseos
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31
Q

Características e mortalidade de um tiro de contato (queima-roupa)

A

Lesão redondinha, lesão tecidual difusa, mortalidade de 85-90%.

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32
Q

Características e mortalidade de um tiro de curta distância

A

Lesão redonda mas com uma borda meio arregaçada, penetra além da fáscia profunda, mortalidade de 15-20%.

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33
Q

Características e mortalidade de um tiro de distância intermediária

A

Lesão maior com microlesões/zona de tatuagem em volta, penetra no tecido subcutâneo e na fáscia profunda, mortalidade de 0-5%.

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34
Q

Características e mortalidade de um tiro de longa distância

A

Lesão pequena com diversas microlesões/zona de tatuagem em volta, penetração superficial da pele, mortalidade de 0%.

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35
Q

Características das armas brancas em agressões

A

Normalmente a agressão está próxima e depende do tipo de ferramenta. Exemplos incluem canivetes, punhais, e peixeiras.

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36
Q

Diferença no padrão de agressão com armas brancas entre homens e mulheres

A

Homens geralmente empunham a faca pra cima e causam lesão de baixo pra cima, tentando perfurar (abdome).

Mulheres seguram a faca invertida e tentam se defender, fazendo múltiplas perfurações de cima pra baixo (tórax).

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37
Q

Mecanismos de trauma: Lesão fechada

A

Lesões fechadas são menos evidentes e apresentam um maior risco de morte devido à dificuldade de diagnóstico. As forças envolvidas incluem aceleração/desaceleração, cisalhamento e esmagamento.

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38
Q

Mecanismos de trauma: Lesão penetrante

A

Lesões penetrantes ocorrem quando um objeto estranho perfura a integridade da pele e entra no tecido. A gravidade da lesão é dependente da velocidade, comprimento, largura e trajetória do objeto.

Pode ser causada por:
1. FAF/FPAF (ferimento por projétil de arma de fogo),
2. FAB (ferimento por arma branca), ou
3. Empalamento (algo que entrou no corpo da pessoa).

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39
Q

Diferença entre Penetrar, Encravar e Empalar

A

Quando um objeto entra no corpo de uma pessoa, ele pode ter diferentes efeitos:
* Penetrante: O objeto perfurou e saiu.
* Empalado/Encravado: O objeto perfurou e não saiu, ficando encravado dentro do corpo.

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40
Q

Critérios para Determinação de Trauma Maior (≥ 5)

A
  • Extensão das lesões físicas (grau de lesão de órgãos, fraturas múltiplas, etc.)
  • Sinais vitais alterados (pulso, pressão arterial, etc.)
  • Escore de Glasgow reduzido (indicativo de lesão cerebral)
  • Mecanismo do trauma (queda de grande altura, acidentes de alta velocidade, etc.)
  • Necessidade de intervenções médicas imediatas (respiração assistida, cirurgia, etc.)
  • Morte de outro ocupante #CNP — se na questão da prova outro ocupante morreu, é pra falar que é TRAUMA MAIOR / GRAVE (enunciado falando de outra morte = TRAUMA GRAVE)

Mais específicos
* Ferimentos graves (regiões nobres, penetrantes, fratura de pelve ou ossos longos, paralisia de um ou mais membros, amputação de um ou mais membros)

  • Impacto violento (ejeção do veículo, colisão em alta velocidade, capotamento, morte de outro ocupante, com projeção à distância ou amputação traumática)
  • Queda de motocicleta em velocidade ≥ 40 km/h ou por projeção
  • Queda de altura superior a 6m
  • Remoção de ferragens com tempo ≥ 20min
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41
Q

O que é APH e quais são suas premissas fundamentais?

A

APH significa Atendimento Pré-Hospitalar, realizado por profissionais qualificados.

O atendimento deve ser feito o mais rápido possível para salvar vidas e SEMPRE deve seguir as premissas do ATLS (Advanced Trauma Life Support) para evitar erros que possam levar a desfechos fatais evitáveis.

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42
Q

Como uma resposta verbal apropriada da vítima pode acelerar a avaliação no protocolo ABCDE?

A

Uma resposta verbal apropriada da vítima pode indicar diversas coisas:

A - Via aérea pérvia
B - Reserva de ar para falar
C - Perfusão suficiente
D - Sensório normal, indicando que o cérebro está sendo adequadamente perfundido.

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43
Q

Qual é o protocolo padrão para o transporte de vítimas em situações de trauma?

A

O protocolo padrão é transportar a vítima imobilizada em uma prancha para evitar movimentos que possam agravar as lesões.

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44
Q

Quais são as opções de transporte para uma vítima e o que deve ser considerado em cada caso?

A

Há diferentes tipos de transporte a considerar:

  • Terréstre (ambulância)
  • Aeromédico: Há dois tipos principais.
    1. Asa rotativa (helicóptero)
    2. Asa fixa (avião)

Cada tipo de transporte apresenta variáveis, como pressurização no caso de aviões, que devem ser consideradas.

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45
Q

Quais são as repercussões fisiológicas que podem ocorrer durante o transporte de uma vítima?

A
  • Aceleração e desaceleração
  • Ruídos
  • Vibrações
  • Variações de temperatura/clima
  • Alteração de altitude, que pode levar ao disbarismo.
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46
Q

Quais são as repercussões fisiológicas específicas para o transporte aeromédico com asa fixa (avião)?

A
  • Variações de pressão
  • Rarefação de O2
  • Inchaço e edema ≥ 2000m de altitude
  • Umidade
  • Disbarismo: Diminuição da pressão com altitude, levando à aerodilatação dos órgãos
  • Acelerações
  • Vibrações
  • Imobilização prolongada
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47
Q

Quais são as vantagens e desvantagens do uso de helicópteros para transporte aeromédico?

A

Vantagens:
- Curtas distâncias
- Não precisa de aeroporto; pode pousar onde houver espaço
- Diminui tempo de resposta

Desvantagens:
- Dependente de condições climáticas
- Disponibilidade limitada
- Operação predominantemente diurna

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48
Q

Quais são as vantagens e desvantagens do uso de aviões para transporte aeromédico?

A

Vantagens:
- Grandes distâncias
- Redução do tempo de transporte
- Equipes médicas treinadas com equipamentos especializados
- Operação diurna e noturna

Desvantagens:
- Necessidade de local próprio para pouso
- Necessidade de 2 pernas terrestres ou aéreos (ambulância ou helicóptero)
- Depende do funcionamento de aeroportos
- Maior influência fisiológica no corpo da vítima
- Depende da qualidade e extensão da pista de pouso
- Antecedentes pessoais da vítima (vítima pediátrica, ou idosa, ou gestante, ou com comorbidades importantes, ou em uso de terapia anticoagulante)

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49
Q

O que é trauma?

A

Trauma é uma lesão que causa alteração estrutural ou desequilíbrio fisiológico. Pode ser decorrente de alguma e qualquer fonte de energia como química, térmica, elétrica, física, etc.

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50
Q

Quais são os níveis de profundidade que uma lesão traumática pode alcançar?

A

Uma lesão traumática pode ser:
- Superficial
- Profunda

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51
Q

Qual a importância do trauma como causa de morbimortalidade no Brasil?

A

O trauma é uma importante causa de morbimortalidade no Brasil, registrando cerca de 60 milhões de casos por ano e gerando altos custos para o sistema de saúde.

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52
Q

O que é Politrauma?

A

Politrauma refere-se a lesões em dois ou mais segmentos do corpo

Algumas possuem o potencial de evoluir ao óbito em minutos.

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53
Q

Quais são as principais causas de morte em casos de politrauma?

A

As principais causas de morte em politrauma são:
1. Insuficiência respiratória
2. Lesões do Sistema Nervoso Central (SNC)
3. Choque hipovolêmico por hemorragias não-controladas

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54
Q

Quais são as causas associadas ao 1º pico da morte em trauma? (no corpo)

A

As causas associadas ao 1º pico da morte em trauma são:

  1. Lesão de aorta
  2. Lesão de coração
  3. Lesão de grandes vasos
  4. Obstrução complexa e irreversível de via aérea
55
Q

Quais são as causas associadas ao 2º pico da morte em trauma?

A

As causas associadas ao 2º pico da morte em trauma são:

  1. Ruptura de vísceras com sangramento intra-abdominal
    • Ruptura de baço
    • Ruptura de fígado
  2. Fraturas pélvicas ou de extremidades
  3. Pneumotórax hipertensivo
  4. Hematomas subdurais
56
Q

Quais são as causas associadas ao 3º pico da morte em trauma?

A

As causas associadas ao 3º pico da morte em trauma são:

  1. Insuficiência de múltiplos órgãos
  2. Distúrbios de coagulação
  3. Sepse
57
Q

O que é a “Hora de Ouro” em trauma?

A

A “Hora de Ouro” é o período logo após o trauma em que o tratamento definitivo deve ser efetuado para melhorar as chances de sobrevivência do paciente. Este período inclui também o tempo na cena do acidente. O cronômetro começa assim que ocorre o trauma.

58
Q

Qual é o objetivo principal do ATLS?

A

O objetivo do ATLS é treinar médicos que NÃO ESTÃO ACOSTUMADOS a atender de forma rotineira vítimas de traumas graves. Serve como o padrão ouro para o atendimento de vítimas de traumatismo na primeira hora após o evento.

59
Q

Quais são as prioridades de tratamento segundo os conceitos básicos do ATLS?

A

Segundo o ATLS, deve-se tratar primeiro a ameaça maior à vítima. O traumatismo tem uma priorização específica: pessoas morrem muito mais rápido em (1) insuficiência respiratória, seguida de (2) distúrbio de ventilação e (3) hemorragia externa. É por isso que se segue a ordem do ABC.

60
Q

O que o ATLS diz sobre o diagnóstico e a coleta de histórico em situações de traumatismo?

A

De acordo com os conceitos básicos do ATLS, a falta de um diagnóstico nunca deve impedir a aplicação do tratamento indicado. Além disso, uma história detalhada não é essencial para iniciar a avaliação de um traumatismo.

61
Q

O que deve ser feito antes da avaliação ABCDE no ATLS?

A

Antes de começar a avaliação ABCDE, é crucial realizar a preparação adequada, observar segurança da cena e realizar a triagem de vítima(s) envolvidas.

62
Q

O que consiste a avaliação primária ABCDE no ATLS?

A

A avaliação primária ABCDE no ATLS foca na ressuscitação imediata das lesões que apresentam risco iminente de morte para a vítima

63
Q

O que ocorre após a avaliação primária ABCDE no ATLS?

A

Após a avaliação primária ABCDE, se a vítima estabilizou (sinais vitais estáveis, respirando adequadamente, com hemodinâmica adequada), segue-se para a avaliação secundária que consiste em um exame da cabeça aos pés. A monitorização continua após a ressuscitação e há reavaliação do paciente. Posteriormente, ocorre o tratamento definitivo.

64
Q

Qual é a pegadinha relacionada ao ATLS?

A

A pegadinha é que o atendimento inicial no ATLS engloba todo o conjunto de cuidados, sendo que o ABCDE é “apenas” a avaliação primária, não o atendimento completo.

65
Q

O que envolve o conceito de triagem no atendimento pré-hospitalar?

A

A triagem no atendimento pré-hospitalar consiste na classificação dos pacientes de acordo com o tipo de tratamento necessário e os recursos disponíveis. Além disso, ela envolve a escolha do hospital para o transporte do traumatizado. Escalas pré-hospitalares auxiliam na definição dessa triagem.

66
Q

O que significa o cenário de “múltiplas vítimas” no ATLS?

A

No cenário de múltiplas vítimas, o número e a gravidade dos pacientes não excedem a capacidade de atendimento do hospital. A prioridade é dada aos pacientes com risco de morte iminente, utilizando a sigla CNP (Color, Noise, Pain) para priorizar quem está em pior estado.

67
Q

O que significa o cenário de “vítimas em massa” no ATLS?

A

No cenário de vítimas em massa, o número e a gravidade dos pacientes excedem a capacidade de atendimento das instituições de referência da região. A prioridade é dada aos doentes com maior possibilidade de sobreviver, utilizando a sigla CNP (Color, Noise, Pain) para priorizar quem está em melhor estado.

68
Q

Qual é o fluxograma utilizado para priorização no ATLS?

A

O fluxograma de priorização no ATLS segue a seguinte sequência:
- Se a vítima consegue andar, é prioridade III
- Se a vítima está respirando e pode ser reposicionada ou colocada em posição adequada, é prioridade II
- Se a vítima não está respirando, é prioridade I
- Se a vítima está perfundindo bem, com TEC (Tempo de Eliminação Capilar) menor que 2 e capaz de obedecer a ordens, é prioridade II
- Se o TEC é maior que 2 e/ou a vítima não pode obedecer a ordens, é prioridade I

69
Q

O que envolve o ciclo de avaliação no ATLS?

A

O ciclo de avaliação no ATLS consiste em avaliar, tomar condutas e reavaliar de forma constante. Esse processo contínuo permite ajustes e intervenções adequadas ao estado do paciente ao longo do tempo.

70
Q

O que é a Avaliação Primária (ABCDE) no ATLS?

A

A Avaliação Primária no ATLS é um processo sistemático de avaliar e priorizar as intervenções em um paciente traumatizado.

Ela envolve as seguintes etapas:
- A: Vias Aéreas
- B: Respiração
- C: Circulação
- D: Disfunção Neurológica
- E: Exposição/Controle do Ambiente, incluindo despir o paciente para prevenir hipotermia

Além disso, há o conceito de X-ABCDE, que destaca a prioridade dada a hemorragias maciças/exsanguinantes no pré-hospitalar, pois representam um risco iminente maior do que insuficiência respiratória.

71
Q

O que aborda a letra “A” no ABCDE do trauma?

A

A letra “A” refere-se à “Via Aérea e Imobilização de Coluna Cervical” na avaliação primária do traumatizado. Garantir uma oferta adequada de oxigênio ao cérebro e outras estruturas vitais é crucial para prevenir hipoxemia e morte.

72
Q

Quais são os principais pontos em relação à via aérea?

A
  • A via aérea deve estar protegida e desobstruída
  • Sinais de obstrução incluem corpos estranhos, sangue, secreções e fraturas faciais/mandibulares/traqueolaringeais.
73
Q

Como é avaliada a permeabilidade da via aérea?

A

Um doente que consegue se comunicar verbalmente inicialmente apresenta baixo risco de obstrução. No entanto, a permeabilidade deve ser reavaliada em curtos intervalos de tempo.

74
Q

Por que é incluída a imobilização de coluna cervical?

A

A imobilização da coluna cervical é necessária para evitar manipulações de via aérea que possam piorar lesões não evidentes na região (por mobilizar demais a cervical)

75
Q

Quais são algumas manobras para obter e manter a via aérea?

A
  • Tração da mandíbula (jaw thrust) é preferida em traumas
  • Evitar hiperextensão, hiperflexão e rotação do pescoço
  • Controlar a coluna cervical durante as manobras.
76
Q

Quais são os sinais de obstrução da via aérea?

A

Agitação, torpor, cianose, tiragem, ruídos anormais e rouquidão são sinais a serem observados.

77
Q

Quais dispositivos temporários podem ser usados para auxiliar a via aérea?

A

Ambu e Máscara Laríngea podem ser utilizados temporariamente.

78
Q

O que é uma via aérea definitiva?

A

Uma via aérea definitiva é um
1- tubo inserido na traqueia abaixo das pregas vocais
2- com o cuff insuflado abaixo das pregas vocais
3- ligado à uma fonte contínua de oxigênio
#CNP O DORIVAL FALOU DISSO UMAS 500 VEZES

79
Q

Qual é o objetivo da via aérea definitiva?

A

Garantir uma via aérea segura e protegida, permitindo a ventilação mecânica eficaz e a oxigenação adequada.

80
Q

Por que é necessário garantir que o tubo seja inserido abaixo das pregas vocais?

A

Insuflar o cuff acima das pregas vocais pode causar danos às pregas vocais e comprometer a ventilação.

81
Q

O que significa o “B” no ABCDE do trauma?

A

O “B” refere-se à avaliação da respiração do paciente. Respiração refere-se à troca de gases nos pulmões, envolvendo a absorção de oxigênio e a eliminação de dióxido de carbono

82
Q

Qual é a diferença entre respiração e ventilação?

A

A respiração envolve a troca de gases nos pulmões, enquanto a ventilação é o processo de movimentação dos pulmões, da parede torácica e do diafragma para possibilitar a troca de gases

83
Q

Qual é a importância da avaliação da respiração em pacientes traumatizados?

A

Avaliar a respiração permite identificar rapidamente problemas como insuficiência respiratória, pneumotórax, obstrução das vias aéreas e outras condições que podem ser fatais se não forem tratadas adequadamente.

84
Q

O que é necessário ser avaliado ao verificar o “B” do ABCDE?

A

É necessário expor o tórax do paciente e realizar a inspeção da expansibilidade, palpação, ausculta e percussão torácica.

85
Q

Quais são algumas possíveis causas de problemas no “B” do ABCDE (Respiração)?

A

Algumas possíveis causas de problemas na respiração (B) incluem:

  1. pneumotórax hipertensivo
  2. tórax instável (com duas ou mais fraturas em dois ou mais arcos costais),
  3. contusão pulmonar,
  4. hemotórax maciço,
  5. pneumotórax aberto,
  6. hematomas
  7. fraturas de costelas.
86
Q

Como diferenciar um pneumotórax hipertensivo de um pneumotórax simples inicialmente?

A

No pneumotórax hipertensivo, pode haver desvio da traqueia em direção contrária ao lado afetado devido à pressão acumulada no espaço pleural. Isso é uma característica distintiva do pneumotórax hipertensivo e não é observada no pneumotórax simples.

87
Q

Diagnóstico de pneumotórax hipertensivo

A

O diagnóstico de pneumotórax hipertensivo é clínico e urgente. A presença de desvio da traqueia em direção contrária ao lado afetado é uma característica distintiva e evidente durante o exame físico, além disso, o lado colabado apresentará timpanismo e MV abolido. A obtenção de um raio-X não deve atrasar a intervenção urgente para aliviar a pressão no espaço pleural.

88
Q

Na etapa de ……, é crucial avaliar a …… dos tecidos. Em casos de trauma, a hipotensão frequentemente é um sinal de …… devido à perda de sangue. Portanto, é imperativo realizar uma avaliação rápida e precisa do …… do paciente.

A

Na etapa de circulação, é crucial avaliar a capacidade de perfusão dos tecidos. Em casos de trauma, a hipotensão frequentemente é um sinal de hipovolemia devido à perda de sangue. Portanto, é imperativo realizar uma avaliação rápida e precisa do estado hemodinâmico do paciente.

89
Q

No tratamento de traumatizados, a informação sobre a …… do trauma é crucial. Por exemplo, saber que o paciente …… cerca de 1 litro de sangue, indicando uma …… de choque hemorrágico do tipo 2, é fundamental para …… as intervenções adequadas.

A

No tratamento de traumatizados, a informação sobre a situação do trauma é crucial. Por exemplo, saber que o paciente perdeu cerca de 1 litro de sangue, indicando uma classificação de choque hemorrágico do tipo 2, é fundamental para direcionar as intervenções adequadas.

90
Q

Um aspecto essencial da etapa de circulação (C) é o ……. . O tratamento eficaz envolve identificar e controlar …… de sangramento para evitar a …… adicional de …… sanguíneo.

A

Um aspecto essencial da etapa de circulação (C) é o controle de hemorragia. O tratamento eficaz envolve identificar e controlar fontes de sangramento para evitar a perda adicional de volume sanguíneo.

91
Q

Após controlar a hemorragia, é fundamental …… do paciente. Isso pode ser alcançado por meio da administração adequada de …… intravenosos para melhorar a …… dos tecidos e …….

A

Após controlar a hemorragia, é fundamental restabelecer o volume circulante do paciente. Isso pode ser alcançado por meio da administração adequada de fluidos intravenosos para melhorar a perfusão dos tecidos e reverter a hipovolemia.

92
Q

A letra C na abordagem ABCDE do trauma se refere à ……. Isso envolve avaliar o sistema …… do paciente. O objetivo é identificar qualquer anormalidade no sistema circulatório que resulte em …… de tecidos e …… tecidual.

A

A letra C na abordagem ABCDE do trauma se refere à Circulação. Isso envolve avaliar o sistema cardiovascular do paciente. O objetivo é identificar qualquer anormalidade no sistema circulatório que resulte em perfusão inadequada de tecidos e oxigenação tecidual.

93
Q

Sinais de Hipoperfusão / Perda Sanguínea (7)

A
  • Diminuição da consciência,
  • Coloração acinzentada da pele,
  • Presença de pulso periférico finiforme,
  • Hemorragia externa que deve ser controlada,
  • Respiração taquipneica,
  • Tardiamente, podem ocorrer:
    • Hipotensão
    • Sudorese
94
Q

Mecanismo de Compensação na Perda Sanguínea

A

Diante da perda de sangue, o corpo reage ativando vasoconstrição nos sistemas circulatórios, incluindo pele, músculos e órgãos internos. Além disso, a frequência cardíaca aumenta para preservar o fluxo sanguíneo e manter o funcionamento de órgãos vitais. Esses ajustes buscam compensar a perda sanguínea e manter o equilíbrio do corpo.

95
Q

Classificação do Choque Hipovolêmico

A

O choque hipovolêmico é classificado de acordo com a perda estimada de sangue. As categorias são:
* Choque grau I: até 15% de perda (aprox. 1 litro)
* Choque grau II: 15 - 30% de perda (aprox. 2 litros)
* Choque grau III: 30 - 40% de perda (aprox. 2,5 litros)
* Choque grau IV: mais de 40% de perda (mais de 2,5 litros)

Essa classificação ajuda a entender a gravidade da hipovolemia e a direcionar a abordagem terapêutica.

96
Q

Volume Sanguíneo e Peso Corporal (proporção)

A

O volume sanguíneo representa cerca de 7% do peso corporal total. Isso significa que, em uma pessoa com 70 kg, aproximadamente 4,9 litros correspondem ao volume sanguíneo.

97
Q

Acesso Vascular no Trauma

A

No atendimento ao trauma, estabelecer acesso vascular é crucial para administrar líquidos, medicações e transfusões de forma eficaz. Geralmente, dois cateteres venosos periféricos são inseridos nos antebraços, e se essa opção não for viável, pode-se recorrer ao acesso intraósseo. É importante destacar que o acesso venoso central não é a primeira escolha no trauma, sendo utilizado após a estabilização do paciente.

98
Q

Reposição Volêmica - Conceitos Básicos

A

A reposição volêmica é essencial no tratamento do choque hipovolêmico no trauma. Ela promove uma expansão temporária do volume intravascular, contribuindo para estabilizar o volume circulante e melhorar a perfusão tecidual. Inicialmente, é comum administrar de 1 a 2 litros de solução cristaloide, como Soro Fisiológico ou Ringer Lactato. Em situações graves, é necessário considerar o uso de hemoderivados. Em casos de sangramento maciço, pode-se seguir um Protocolo de Transfusão Maciça para garantir uma reposição eficaz e controlada.

99
Q

Reposição Volêmica - Conceitos Comentados

A

Ao realizar a reposição volêmica no trauma, é importante começar com baixos volumes de solução cristaloide, como Soro Fisiológico 0,9% ou Ringer Lactato. Isso é especialmente relevante para pacientes mais frágeis e/OU idosos, que podem não consguem tolerar grandes volumes rapidamente. O objetivo é evitar sobrecarga circulatória. Além disso, é crucial priorizar precocemente o uso de hemoderivados, como sangue, uma vez que o sangue é responsável por transportar oxigênio (O2) para os tecidos. Em casos de sangramento maciço, a estratégia do Protocolo de Transfusão Maciça é adotada, o que significa solicitar sangue desde o início. Isso permite uma transição rápida para o uso de sangue, após o paciente receber uma quantidade controlada de solução cristaloide.

100
Q

Resposta Rápida à Resposição Volêmica

A

Após a reposição volêmica, os pacientes que apresentam uma resposta rápida estão hemodinamicamente normais. Isso significa que o volume intravascular foi rapidamente restabelecido e a circulação está funcionando de forma adequada.

101
Q

Resposta Transitória à Resposição Volêmica

A

A resposta transitória à reposição volêmica ocorre quando a perda sanguínea persiste, mesmo após a reanimação inicial. Isso pode indicar que a reposição não foi suficiente para controlar a hemorragia ou que o paciente requer intervenções mais específicas, como transfusões sanguíneas ou cirurgias para controlar o sangramento.

102
Q

Resposta Mínima ou Ausente à Resposição Volêmica

A

Em alguns casos, a resposta à reposição volêmica pode ser mínima ou até mesmo ausente. Isso pode ser um indicativo de que a intervenção definitiva para controlar a hemorragia é necessária de forma imediata. Nestas situações, prioridade é interromper a fonte de sangramento por meio de procedimentos cirúrgicos ou outras medidas.

103
Q

Disfunção Neurológica - Avaliação Rápida

A

Na avaliação neurológica rápida, é importante estabelecer o nível de consciência do paciente, verificar a reação pupilar e procurar por sinais de lateralização, que indicam déficits neurológicos. Além disso, é crucial determinar o nível de lesão medular para entender a altura do trauma raquimedular. A Avaliação Neurológica Rápida (AVDN) e a Escala de Coma de Glasgow são ferramentas frequentemente utilizadas nesse processo, permitindo uma rápida avaliação do estado neurológico do paciente após o trauma.

104
Q

Avaliação Neurológica Rápida (AVDN)

A

A AVDN é uma ferramenta para avaliar o nível de consciência de um paciente de forma rápida. Os componentes são:

A - Alerta
V - Responde ao estímulo verbal
D - Responde ao estímulo pressórico (tecnicamente não pode mais fazer estímulo doloroso); pressão na palma da mão ou pressão ocular em casos de dúvida
N - Não responde

105
Q

Escala de Glasgow

A

A Escala de Coma de Glasgow é uma avaliação rápida do nível de consciência e da função cerebral. Os componentes incluem:
1) Abertura dos Olhos - Verificação se os olhos estão abertos espontaneamente, em resposta a estímulos verbais ou a estímulos dolorosos (até 4)
2) Resposta Verbal - Avaliação da capacidade do paciente de responder verbalmente a perguntas ou estímulos (até 5)
3) Resposta Motora - Observação da resposta motora do paciente a estímulos dolorosos ou comandos (até 6)
4) Cálculo do Glasgow - A pontuação total é somada, variando de 3 a 15. Uma pontuação mais alta indica maior função cerebral. Pode ser um indicativo de prognóstico em alguns casos.

106
Q

A Escala de Coma de Glasgow é dividida em três componentes com suas respectiva pontuações …

A

1) Abertura Ocular - Pontuação de 1 a 4
2) Resposta Verbal - Pontuação de 1 a 5
3) Resposta Motora - Pontuação de 1 a 6
4) Pontuação Total = A soma dos pontos dos três componentes varia de 3 a 15, indicando o nível de consciência e função cerebral do paciente.

107
Q

O que pode indicar um rebaixamento do nível de consciência numa Escala de Glasgow no contexto do trauma?

A

Pode indicar diminuição na oxigenação e perfusão cerebral ou ser resultado direto de trauma.

108
Q

Que fatores afetam a aplicação da teste da Escala de Glasgow?

A
  1. Hipoglicemia,
  2. Consumo de álcool e drogas.
109
Q

E - Exposição e Controle do Ambiente

A
  • Lembre-se de:
  • Cobrir e reaquecer o paciente, prevenindo hipotermia em ambiente controlado, como no hospital.
  • Utilize cobertores e dispositivos de aquecimento externo.
  • Certifique-se de que os fluidos intravenosos estejam temperatura ambiente ou levemente aquecidos antes da administração.
110
Q

Medidas Auxiliares na Avaliação Primária e Ressuscitação

A
  • Monitorização cardíaca para analisar o ritmo cardíaco, identificar sinais de isquemia e arritmias, e detectar alterações do segmento ST
  • A inserção de uma sonda urinária pode fornecer informações valiosas sobre a volemia do paciente e refletir a perfusão renal. É um indicador sensível da função cardiovascular.
111
Q

FAST na Avaliação Secundária

A

O FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) é uma ferramenta importante na avaliação secundária de trauma. Geralmente, o FAST é realizado após a Avaliação Primária, pois é rápido e pode fornecer um diagnóstico diferencial preciso, especialmente para detecção de sangramento intra-abdominal.

112
Q

FAST na Avaliação Primária

A

Exceção no Atendimento Pré-Hospitalar
* Em situações de atendimento pré-hospitalar bem equipado e quando o paciente está instável, o FAST pode ser realizado durante a Avaliação Primária, na etapa de “C” (Circulação), para identificar rapidamente focos de sangramento.

113
Q

Medidas Auxiliares e Investigação

A

Durante a avaliação secundária e investigação, outras medidas auxiliares são cruciais para obter informações detalhadas e direcionar o tratamento.

1) Sonda Gástrica - A sonda gástrica é útil para reduzir a distensão gástrica, diminuindo o risco de aspiração de conteúdo estomacal.
2) Monitorizações Adicionais - Além disso, monitorizações como frequência respiratória, gasometria arterial, oximetria de pulso e pressão arterial são essenciais para avaliar a função respiratória e circulatória.
3) Radiografias e Procedimentos Diagnósticos - Radiografias e procedimentos diagnósticos podem ser necessários, mas não devem atrasar a reanimação e estabilização do paciente.
4) **LPD / FAST **A realização de procedimentos como a Punção Lombar Diagnóstica (LPD) e o FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) também pode ser indicada para avaliação de lesões específicas.

114
Q

Conduta e Objetivos da Avaliação Secundária

A

A avaliação secundária começa após a conclusão da avaliação primária e a estabilização das condições críticas. Consiste em:
1) Exame físico completo da cabeça aos pés,
2) Histórico clínico detalhado (AMPLE),
3) Reavaliação dos sinais vitais
4) Realização de procedimentos especiais de diagnóstico.

115
Q

Paciente Instável na Avaliação Secundária

A

Se o paciente voltar a ficar instável durante a avaliação secundária, retome imediatamente ao ABCDE. Em caso de qualquer sinal de instabilidade, é crucial interromper todas as ações e reiniciar o processo do ABCDE para garantir a ressuscitação adequada. Cuidado com possíveis pegadinhas nessa situação.

116
Q

História Direcionada/Anamnese na Avaliação Secundária

A

Durante a avaliação secundária, é importante obter uma história direcionada ao trauma para entender melhor o contexto do paciente. Utilize o mnemônico “AMPLE” para guiar essa abordagem:

A - Allergies - Alergias
M - Medications currently used - Medicamentos em uso
P - Past illnesses / pregnancy - Doenças prévias / gravidez
L - Last meal - Última refeição
E - Events / Environment related to the injury - Eventos / Ambiente relacionado ao trauma

117
Q

Equipe de APH e Mecanismo de Trauma + Informações Importantes

A

A equipe de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) desempenha um papel crucial ao fornecer informações valiosas sobre o mecanismo de trauma durante o atendimento inicial. As informações incluem como o trauma ocorreu, a natureza do impacto, tipos de veículos envolvidos e quaisquer detalhes adicionais relevantes.

118
Q

Exames Diagnósticos Especializados na Avaliação Secundária

A

Na avaliação secundária, exames auxiliares e diagnósticos especializados desempenham um papel crucial na identificação e avaliação de lesões. Isso inclui o uso de
* Ultrassonografia (USG),
* Radiografias (RX),
* Tomografia computadorizada (TC),
* Ressonância magnética (RMN),
* Urografias,
* Arteriografias,
* Broncoscopia
* Endoscopia digestiva alta (EDA)
<br></br>
Esses exames ajudam a fornecer informações detalhadas sobre as condições internas do paciente, facilitando um diagnóstico mais preciso e orientando a conduta médica.

119
Q

Quando é necessário transferir o paciente para instituições de referência?

A

A transferência para instituições de referência é realizada quando o tratamento necessário excede a capacidade do hospital atual. Essa decisão é baseada na gravidade do trauma e na disponibilidade de recursos especializados, garantindo o atendimento adequado ao paciente.

120
Q

Em quais situações a Ressonância Magnética (RNM) é indicada em pacientes politraumatizados?

A

A RNM só é geralmente indicada em casos de Traumatismo Cranioencefálico (TCE) ou Trauma Raquimedular (TRM) significativos (agravos em que a conduta pós-RNM é crucial para o paciente).

No entanto, devido à demora, disponibilidade limitada e monitoramento inadequado, sua realização é restrita.

121
Q

Como deve ser a abordagem em hospitais com recursos limitados ao avaliar a necessidade de transferência de um paciente politraumatizado?

A

Avalie a gravidade do trauma, os recursos disponíveis e se os procedimentos essenciais podem ser realizados no local. A decisão de transferência deve ser baseada na necessidade de recursos complementares, como tomografia computadorizada (TC) ou cirurgias específicas. Se o hospital tiver recursos abrangentes, procedimentos complementares e tratamento definitivo podem ser planejados após a avaliação primária e secundária.
Em todos os casos, a escolha deve levar em conta a disponibilidade de recursos e a melhor abordagem para o paciente.

122
Q

Quais são os passos envolvidos na avaliação de “cabeça aos pés” em um paciente traumatizado?

A

Envolve examinar diferentes áreas, incluindo:
1) Cabeça - para avaliar pupilas, acuidade visual e hemorragias;
2) Face - para verificar lesões nos ossos e abertura/oclusão;
3) Pescoço - para inspeção e palpação da coluna cervical;
4) Tórax - para lesões e deformidades;
5) Abdome e a pelve - para possíveis lesões internas;
6) Membros - para avaliar alterações neurológicas.
<br></br>
A busca por lesões ou anormalidades é realizada em cada região para garantir uma avaliação completa e precisa do paciente traumatizado.

123
Q

Por que é importante realizar reavaliações constantes e monitorização em um paciente traumatizado?

A

A reavaliação constante é essencial para detectar qualquer deterioração no estado do paciente e investigar possíveis lesões que possam não ter sido inicialmente aparentes. As lesões tratadas inicialmente podem ajudar a identificar outras que ainda não apresentaram sintomas. Manter um alto índice de suspeição auxilia no diagnóstico e manejo eficazes. A monitorização contínua dos sinais vitais como frequência cardíaca, pressão arterial, saturação de oxigênio, débito urinário e capnografia ajuda a identificar mudanças sutis no estado do paciente. Além disso, exames laboratoriais e o controle da dor são aspectos importantes para garantir a estabilidade e recuperação do paciente traumatizado.

124
Q

A monitorização contínua é vital para identificar qualquer mudança no estado do paciente. Dados …… pelo professor ou …… por meio de exames são extremamente relevantes para tomar decisões acertadas. Se o paciente começa a apresentar indícios de …… ou ……, é imperativo interromper a avaliação atual e …… o …… para reavaliar o paciente de forma abrangente. Lembrar-se de considerar …… os dados e indicadores é essencial para o tratamento eficaz e a prevenção de complicações. #CNP

A

A monitorização contínua é vital para identificar qualquer mudança no estado do paciente. Dados fornecidos pelo professor ou obtidos por meio de exames são extremamente relevantes para tomar decisões acertadas. Se o paciente começa a apresentar indícios de choque ou instabilidade, é imperativo interromper a avaliação atual e revisitar o ABCDE para reavaliar o paciente de forma abrangente. Lembrar-se de considerar todos os dados e indicadores é essencial para o tratamento eficaz e a prevenção de complicações. #CNP

125
Q

O que envolve o tratamento definitivo no atendimento ao trauma?

A

O tratamento definitivo no atendimento ao trauma compreende as intervenções necessárias para estabilizar o paciente de forma duradoura. Isso pode incluir cirurgias, procedimentos médicos específicos, controle de hemorragias, fixação de fraturas e outros tratamentos direcionados às lesões identificadas durante a avaliação. Além disso, é importante garantir o controle adequado da dor e a administração de medicamentos apropriados para melhorar o estado geral do paciente. O tratamento definitivo visa resolver as condições subjacentes causadas pelo trauma e promover a recuperação do paciente.

126
Q

Qual é a importância do prontuário no trauma?

A

O prontuário no trauma é essencial para registrar condutas, descrições e histórico do paciente, assegurando prestação de contas e evitando omissões ou alterações problemáticas.

127
Q

Quando é necessário obter consentimento para tratamento em um paciente?

A

O consentimento para tratamento é necessário quando o paciente está lúcido ou acompanhado.

128
Q

Que tipo de evidências forenses devem ser preservadas após um trauma?

A

Evidências como projéteis, exames laboratoriais toxicológicos (álcool e drogas), entre outros, devem ser preservadas para fins forenses.

129
Q

Quanto tempo se demora para realização de uma avaliação inicial rápida?

A

Se utilizar uma avaliação de 10 segundos (que envolve (1) apresentar-se; (2) perguntar o nome do doente; (3) perguntar-lhe o que aconteceu). Você terá informações muito importantes de seu ABCDE:
* A - via aérea pérvia
* B - reserva de ar suficiente para falar
* C - perfusão suficiente
* D - sensório normal

130
Q

Quais são os critérios de indicação de transporte aeromédico? (3)

A
  • Necessidade de intervenção crítica rápida
  • Lesões críticas ou sinais vitais instáveis
  • Necessidade de suporte avançado em todo trajeto
131
Q

Quais são as características fisiológicas de uma Ambulância UTI?

A
  • Abrigo / proteção de calor e frio
  • Equipada para manutenção da vida
  • Alterações circulatórias
    • Redução da PA na parte superior do tronco
    • Aumento da FC
    • Alteração da PIC
  • Mecanismos de aceleração e desaceleração inerentes ao veículo
    • Corpo e vísceras
  • Condução deve ser estável e regular, a fim de não estimular alterações dependentes da movimentaçãl
    • Cinetose
    • Náusea
  • Interferência do trânsito e condições da pista
132
Q

Critérios de Trauma Menor (deve-se preencher ≥ 1 critérios de 5)

A

1) Dados vitais normais
2) Fraturas alinhadas, luxações lacerações; dor leve-moderada
3) Lesão de pele e subcutâneo com sangramento compressível
4) Trauma torácico com dor leve sem dispneia
5) Escoriações, ferimentos que não requerem fechamento

133
Q

O que

A