Vírus Flashcards

You may prefer our related Brainscape-certified flashcards:
1
Q

Vírus

A

Seres acelulares, parasitas obrigatórios, pois só se podem reproduzir quando no interior das células vivas do hospedeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Composição química

A
  • Uma única molécula de ácido nucleico (DNA ou RNA)
  • Proteínas que constituem o capsídeo
  • Quando presente o invólucro (que envolve o ácido nucleico), é constituído por lipoproteínas
  • Quando não há invólucro chama-se nus
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Hospedeiros

A

Podem ser os animais, o próprio Homem, plantas e microrganismos (bactérias e fungos).
Eles apresentam elevada diversidade e heterogeneidade e têm grande especificidade em relação ao seu hospedeiro. O espetro de hospedeiros de um vírus é determinado pela exigência viral quanto à sua ligação específica à célula hospedeira e pela disponibilidade de fatores celulares do hospedeiro em potencial necessários para a multiplicação viral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Infeção da célula hospedeira

A

Para que ocorra a infeção da célula hospedeira, a superfície externa do vírus deve interagir quimicamente com recetores específicos presentes na superfície celular

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Observação de vírus

A

Como são 50 vezes menores que as bactérias, só se é possível observar os vírus em microscópios eletrónicos
Podemos dizer que são partículas submicroscópicas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Síntese dos vírus

A

Os vírus não têm capacidade de síntese de macromoléculas nem de produzir energia.
Ele é capaz de se reproduzir e dirige a síntese de seus componentes virais através da maquinaria celular da célula hospedeira.
As novas partículas virais são então formadas a partir da conjugação dos componentes (ácidos nucleicos e proteínas virais) sintetizados de novo no interior da célula hospedeira.
Essas novas partículas virais são o veículo de transmissão da infeção a outras células e/ou outros organismos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Critérios de classificação

A
  1. O tipo de ácido nucleico
  2. Simetria do capsídeo
  3. Existência de invólucro
  4. Tamanho
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Estrutura de um vírus

A

São formados por uma cápsula de proteínas, o capsídeo, que envolve o ácido nucleico (DNA ou RNA), formando o nucleo-capsídeo.
Podem ou não possuir um invólucro viral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Vírion

A

É uma partícula viral completa e infeciosa composta por um ácido nucleico envolto por uma cobertura de proteína, que o protege do ambiente e serve como um veículo de transmissão de uma célula hospedeira para outro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Ácido nucleico

A

Ao contrário das células procariotas e eucariotas, os vírus podem apresentar tanto DNA como RNA, mas nunca ambos.
O ácido nucleico dos vírus pode ser de fita simples ou dupla e ainda linear ou circular

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Capsídeo e envelope

A

O ácido nucleico dos vírus é protegido por um envoltório proteico chamado capsídeo.
Cada capsídeo é formado por subunidades proteicas chamadas de capsômeros.
Em alguns vírus, o capsídeo é coberto por um envelope composto por uma combinação de lípidos, proteínas e hidratos de carbono.
Dependendo dos vírus, os envelopes podem ou não apresentar espículas. Esse vírus se ligam à superfície da célula hospedeira através dessas espículas.
Os vírus não envelopados não possuem o capsídeo coberto por um envelope. Nesse caso, o capsídeo protege o ácido nucleico viral do ataque das nucleases presentes nos fluídos biológicos e promove a ligação da partícula às células suscetíveis

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Morfologia geral

A

De acordo com a estrutura do capsídeo, os vírus podem ser helicoidais (capsídeo cilíndrico e oco) ou poliédricos (adenovírus, por exemplo, é um poliédrico com forma de icosaedro)
O vírus da influenza é helicoidal envelopado. O vírus da herpes (Simplexvirus) é um exemplo de poliédrico (icosaedrico) envelopado

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Bacteriófagos

A

Vírus que infetam bactérias. Podem ter DNA ou RNA.
Suas aplicações implicam: agentes terapêuticos, cotrolo de contaminações de alimentos (através da fagotipagem, por exemplo) e podem codificar toxinas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Fagotipagem

A

Serve para determinar a qual fago uma bactéria é suscetível.
Se os fagos forem capazes de infetar e lisar as células bacterianas, ocorrerá falha do crescimento bacteriano

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Exotoxinas

A

Secretadas por algumas bactérias no meio circundante ou libertadas após a lise celular.
Os genes que codificam a maioria das exotoxinas são transportados em plasmídeos bacterianos ou fagos. Como as toxinas são solúveis em fluídos corporais, elas podem se difundir facilmente no sangue, sendo rapidamente transportadas por todo o corpo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Ciclo viral

A

O ácido nucleico de um vírion contem somente uma pequena quantidade de genes necessários para a síntese de novos vírus.
As enzimas virais, que só funcionam quando o vírus estás dentro da célula hospedeira, são quase que exclusivamente envolvidas na replicação e no processamento do ácido nucleico viral
As enzimas necessárias para a síntese de proteínas, os ribossomas, o tRNA e a produção de energia são fornecidos pela célula hospedeira e são usados na síntese de proteínas virais, incluindo enzimas virais
Um vírus só se consegue multiplicar se invadir uma célula hospedeira e assumir controlo da sua maquinaria metabólica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Multiplicação em bacteriófagos

A

Podem se multiplicar por dois mecanismos alternativos: o ciclo lítico e o ciclo lisogénico
A multiplicação desses vírus, assim como o de todos os outros vírus, ocorre em cinco etapas distintas:
1. absorção
2. penetração
3. biossíntese
4. maturação
5. libertação

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

CRISPR CAS 9

A

Sistema de imunidade de células bacterianas por infeção por fagos (faz com que a célula não fique novamente infetada

19
Q

Ciclo lítico – Absorção

A

Após uma colisão entre as partículas do fago e as bactérias, a absorção ocorre. Durante esse processo, um sítio de absorção no vírus se liga ao sítio do recetor complementar na parede da célula bacteriana

20
Q

Ciclo lítico – Penetração

A

Os bacteriófagos injetam o seu DNA dentro da bactéria.
Para isso, a cauda do bacteriófago liberta uma enzima, a lisozima, que destrói uma porção da parede celular bacteriana.
Quando o centro da cauda alcança a membrana plasmática, o DNA da cabeça do fago penetra na bactéria.
O capsídeo permanece do lado de fora da célula bacteriana. portanto, a partícula do fago funciona como uma seringa injetando o DNA dentro da célula bacteriana

21
Q

Ciclo lítico – Biossíntese

A

assim que o DNA do bacteriófago alcança o citoplasma da célula hospedeira, ocorre a biossíntese do ácido nucleico e das proteínas virais.
A síntese proteica do hospedeiro é interrompida pela degradação do seu DNA.
Inicialmente, o fago utiliza várias enzimas e os nucleotídeos da célula hospedeira para sintetizar cópias do seu DNA. Logo a seguir tem início a biossíntese das proteínas virais
durante o ciclo de multiplicação do fago, controlos genéticos regulam a transcrição de regiões diferentes do DNA. Após alguns minutos da infeção, fagos completos não são encontrados na célula hospedeira, somente componentes isolados - DNA e proteína - podem ser detetados.
Esse período da multiplicação viral, no qual vírions completos e infeciosos ainda não estão formados, é denominado período de eclipse

22
Q

Ciclo lítico – Maturação

A

Durante este processo, vírions completos são formados a partir do DNA e dos capsídeos. As cabeças e as caudas dos fagos são montadas separadamente a partir de subunidades de proteínas: a cabeça recebe o DNA viral e se liga à causa

23
Q

Ciclo lítico – Libertação

A

O termo lise geralmente é utilizado para a etapa de libertação dos vírions da célula hospedeira, pois a membrana citoplasmática é rompida (lise).
A lisozima é sintetizada dentro da célula. Essa enzima destrói a parede celular bacteriana, libertando os novos bacteriófagos produzidos.
Os fagos libertados infetam outras células suscetíveis vizinhas, e o ciclo de multiplicação viral é repetido dentro dessas células

24
Q

Ciclo lisogénico

A

Após a penetração numa célula, o DNA do fago, originalmente linear, forma um círculo. Esse círculo pode se multiplicar e ser transcrito, levando à produção de novos fagos e à lise celular (ciclo lítico)
Alternativamente, o círculo pode ser recombinar com o DNA bacteriano circular e se tornar parte dele (ciclo lisogénico).
O DNA do fago inserido na célula passa a ser chamado de profago.
Os repressores do profago ligam-se aos operadores e interrompem a transcrição de todos os outros genes do fago. Dessa maneira, os genes do fago que poderiam direcionar a síntese e a libertação de novos vírions são desligados.
Sempre que a maquinaria celular replicar o cromossoma bacteriano, o DNA do profago também será replicado. O profago permanece latente no progénie celular
A excisão do DNA do profago e consequente início do ciclo lítico pode ocorrer por um evento espontâneo raro ou mesmo por ação da luz UV

25
Q

Multiplicação de vírus animais

A

Segue o padrão básico da multiplicação dos bacteriófagos, mas com algumas diferenças. Os vírus diferem dos fagos no seu mecanismo de penetração dentro da célula hospedeira.
Além disso, uma vez dentro da célula, a síntese e a montagem de novos componentes virais são ligeiramente.
Os vírus animais e os fagos diferem quanto aos mecanismo de maturação e libertação e quanto aos efeitos de sua multiplicação na célula hospedeira

26
Q

Multiplicação de vírus animais – Adsorção

A

Os vírus animais não possuem apêndices como as fibras da cauda de alguns bacteriófagos.
Nos vírus animais , os sítios de ligação estão distribuídos por toda a superfície da partícula viral.
A ligação de muitos sítios completa o processo de adsorção. Os sítios recetores são características genéticas do hospedeiro

27
Q

Multiplicação de vírus animais – Penetração

A

Nas células eucarióticas, os vírus penetram pelo processo de pinocitose (processo celular ativo).
A membrana plasmática celular está constantemente sofrendo invaginações para formar vesículas. Essas vesículas contêm elementos originados do exterior da célula e que são levados para o seu interior para serem digeridos.
Se um vírus se ligar a uma invaginação da membrana plasmática de uma célula hospedeira em potencial, esta envolverá o vírus, formando uma vesícula.
Os vírus envelopados podem penetrar no interior da célula por um processo alternativo denominado fusão (envelope viral funde-se com a membrana plasmática e liberta o capsídeo no citoplasma)

28
Q

Multiplicação de vírus animais – Desnudamento (descapsidação)

A

Durante o período de eclipse da infeção viral, os vírus são desmontados e não são observadas partículas virais dentro da célula.
O desnudamento consiste na separação do ácido nucleico viral do seu involucro proteico
Nos vírus não envelopados, o capsídeo pode ser libertado dentro do citoplasma da célula hospedeira.
Alguns vírus animais concluem o processo de desnudamento por ação de enzimas lisossomais da célula hospedeira, que degradam o capsídeo viral

29
Q

Multiplicação de vírus animais – Biossíntese (fase sintética) (vírus de DNA)

A

Os vírus de DNA replicam o seu genoma no núcleo da célula hospedeira usando enzimas viras e sintetizam as proteínas do capsídeo e outras proteínas no citoplasma, usando enzimas do hospedeiro.
As proteínas migram para o núcleo e são reunidads com o DNA recém-sintetizado para formar os novos vírions
Os vírions são transportados pelo retículo endoplasmético para a membrana da célula hospedeira e são libertados

30
Q

Multiplicação de vírus animais – Biossíntese (fase sintética) (vírus de RNA)

A

Os vírus de RNA multiplicam-se da mesma forma que os vírus de DNA, exceto que os vários grupos de vírus de RNA utilizam diferentes mecanismos de síntese de mRNA.
Os vírus de RNA multiplicam-se no citoplasma da célula hospedeira
As principais diferenças entre os processos de multiplicação desses vírus residem na forma como o mRNA e o RNA viral são produzidos.
Após a síntese do RNA e das proteínas virai, o processo de maturação ocorre de maneira similar a todos os outros vírus animais

31
Q

Fase sintética – Retrovírus

A

Vírus de RNA
Possui o RNA como material genético que se multiplica com o auxílio da enzima transcriptase reversa

32
Q

Fase sintética – Provírus

A

Vírus de DNA
Molécula de DNA viral quando incorporada ao cromossoma da célula hospedeira

33
Q

Multiplicação de vírus animais – Maturação e libertação

A

A montagem do capsídeo constitui o primeiro passo no processo de maturação viral. O capsídeo estão envoltos por um envelope formado de proteínas, lipídeos e carboidratos.
Quando o vírus deixa a célula por um processo denominado brotamento, o capsídeo viral adquire o envelope.
Após as fases anteriores, o capsídeo montado brota, empurrando a membrana plasmática. Uma parte da membrana, que agora é envelope, adere ao vírus. O brotamento não mata a célula hospedeira imediatamente e, em alguns casos, a célula sobrevive.
Os vírus não envelopados são libertados por meio de ruturas na membrana plasmática. Ao contrário do brotamento, esse tipo de libertação geralmente resulta na morte da célula hospedeira

34
Q

Multiplicação de vírus animais – Maturação e libertação (ciclo Lítico)

A

Fago toma conta da multiplicação do cromossoma e vai dirigir a transcrição para as suas unidades funcionais, produzindo lisozima, provoca a lise da células as partículas do fago podem infetar outras células bacterianas

35
Q

Multiplicação de vírus animais – Maturação e libertação (Ciclo Lisogénico)

A

Fica na forma de provírus, multiplica-se com cromossoma bacteriano. não provoca lise celular

36
Q

Multiplicação dos bacteriófagos

A

Estágios:
- Adsorção: as fibras da cauda ancoram nas proteínas da parede celular
- Penetração: o DNA viral é injetado dentro da célula
- Desnudamento: desnecessário
- Biossíntese: no citoplasma
- Infeção crónica: lisogenia
- Libertação: lise da célula hospedeira

37
Q

Multiplicação dos vírus animais

A

Estágios:
- Adsorção: os sítios de adsorção são proteínas e glicoproteínas da membrana plasmática
- Penetração: o capsídeo penetra por endocitose ou por fusão
- Desnudamento: remoção enzimática das proteínas do capsídeo
- Biossíntese: no núcleo (vírus com genoma DNA) ou citoplasma (vírus com genoma RNA)
-Infeção crónica: latência; infeções virais lentas; cancro
- Libertação: os vírus envelopados brotam; os não envelopados rompem a membrana plasmática

38
Q

Pesquisa de fagos

A

Escolhe-se um estirpe recetora para isolar um fago.
As bactérias ambientais da amostra têm que ser eliminadas. Para isso, filtra-se ou centrifuga-se (corre-se o risco de ainda restar bactérias, enão plaquemos)
O fago vai provocar a lise bacteriana. Vão se formar “pontinhos”, chamados placas fágicas, em que podem ser contados os números de fagos.
Utiliza-se microscópio eletrónico pois não são visíveis a olho nu.

39
Q

Viróides

A

Agentes infeciosos compostos por uma molécula de RNA em cadeia simples, circular sem envoltório proteico.
Causam doenças em plantas e foram considerados causadores da hepatite D em humanos

40
Q

Priões

A

Agentes infeciosos compostos exclusivamente por uma glicoproteína Prp 27-30.
São veículos patogénicos de doenças neurodegenerativas
Proteína que sofre alteração na conformação (originalmente é alfa e passa a beta).
Causador da Doença de Creutzfeldt-Jakob (doença das vacas loucas)

41
Q

Composição dos Vírus

A

Ácido nucleico: presença (ssDNA, dsDNA, ssRNA, dsRNA)
Presença de capsídeo ou envelope: presença
Presença de proteína: presença
Necessidade de ajuda de outros vírus: +/- (necessita por algumas viroses pequenas, como parvovírose)
Observado: microscópio eletrónico
Afetado pelo calor e agentes desnaturadores de proteínas: sim
Afetado pela radiação de enzimas que digerem DNA ou RNA: sim
Hospedeiro: bactérias, animais ou plantas

42
Q

Composição de Viróides

A

Ácido nucleico: presença (mRNA)
Presença de capsídeo ou envelope: não existe
Presença de proteína: não existe
Necessidade de ajuda de outros vírus: não
Observado: sequência de identificação de nucleótidos
Afetado pelo calor e agentes desnaturadores de proteínas: não
Afetado pela radiação de enzimas que digerem DNA ou RNA: sim
Hospedeiro: plantas

43
Q

Composição de Priões

A

Ácido nucleico: não
Presença de capsídeo ou envelope: não
Presença de proteína: sim
Necessidade de ajuda de outros vírus: não
Observado: destruição na célula hospedeira
Afetado pelo calor e agentes desnaturadores de proteínas: não
Afetado pela radiação de enzimas que digerem DNA ou RNA: não
Hospedeiro: mamíferos