Patogénese Flashcards

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1
Q

Patogénese

A

A patogénese da infeção bacteriana engloba o início do processo infecioso e os mecanismo que provocam o aparecimento dos sinais e sintomas da doença

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Q

Bactérias patogénicas

A

Caracterizam-se pela sua capacidade de transmissão, aderência e invasão das células e tecidos do hospedeiro, toxigenicidade e capacidade de escapar ao sistema imunológico dos hospedeiro

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3
Q

Interações Patogénico-Hospedeiro Humano

A

O agente etiológico infecioso ultrapassa as defesas do hospedeiro, atinge os tecidos e multiplica-se. O normal funcionamento do organismo fica alterado
Os efeitos da infeção por um agente patogénico causam danos/interferem com o normal funcionamento de tecidos e órgãos — as manifestações clínicas são reconhecidas

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4
Q

Portadores

A

São os indivíduos nos quais a microbiota autóctone é isenta de bactérias patogénicas ou a sua proliferação está sob controlo

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5
Q

Agente patogénico

A

Microrganismo cuja relação com o seu hospedeiro é de parasitismo e resulta numa infeção e doença

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6
Q

Patogenicidade

A

Compreende o potencial de um microrganismo para causar doença

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7
Q

Classificação dos patogénicos

A
  • Patogénicos primários: convivem connosco e raramente causam doença
  • Patogénicos oportunistas: maior parte. Causam doença quando o estado imunitário está debilitado (imunosuprimidos). Possuem fatores de virulência pouco desenvolvidos
  • Patogénicos obrigatórios: provocam doença em pessoas saudáveis, com o sistema imunológico normal. Estão associados a uma doença específica e reconhecível. Possuem fatores de virulência bem desenvolvidos
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8
Q

Potencial de Virulência

A

Descreve a capacidade que um agente infecioso tem de:
- estabelecer-se no hospedeiro (ultrapassar as suas defesas)
- provocar a sua morte

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9
Q

Fatores de virulência

A
  • Qualquer característica ou estrutura que permite o melhor estabelecimento do agente infecioso no hospedeiro e que resulte na morte. Frequentemente ligado à transmissão
  • Características que auxiliam o agente na adesão às células e invasão dos tecidos dos hospedeiro, aquisição de nutrientes e escape ao sistema imunitário
  • Toxinas, substâncias com capacidade de combater o sistema imunitário ou danificar as células do hospedeiro
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10
Q

Estabelecimento da infeção

A

Pode haver três vias principais:
- contacto (direto ou indireto)
- veículos
- vetores
As vias podem ser respiratória, gastrointestinal, urinária, genital ou por picadas de inseto ou feridas

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11
Q

Estabelecimento da infeção — Contacto direto

A

A porta de entrada está perto da porta de saída. É a transmissão direta de um agente por contacto físico entre a sua fonte e um hospedeiro suscetível, não havendo envolvimento de um objeto intermediário (ex: toque, beijo ou relação sexual)

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12
Q

Estabelecimento da infeção — Contacto indireto

A

A porta de entrada está longe da porta de saída. Ocorre quando o agente da doença infeciosa é transmitido do seu reservatório por meio de um objeto (fômite)

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13
Q

Estabelecimento da infeção — Por veículo

A

É a dispersão de um agente infecioso por um meio como água, alimento ou ar

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14
Q

Estabelecimento da infeção — Por vetores

A

Animais que transportam patogénese de um hospedeiro a outro

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15
Q

Etapas no curso de uma Infeção

A
  1. Entrada do agente patogénico no hospedeiro
  2. Adesão do agente patogénico aos tecidos do hospedeiro
  3. Invasão dos tecidos do hospedeiro pelo agente patogénico
  4. Escape do patogénico às defesas do hospedeiro
  5. Causar doença: lesão dos tecidos mediada pela ação de toxinas
  6. Saída do agente patogénico do hospedeiro
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16
Q

Etapas no curso de uma Infeção — Entrada do Agente Patogénico no Hospedeiro

A

A infeção tem início com a entrada do agente patogénico nos tecidos do hospedeiro por um avia particular, a porta de entrada, geralmente a pele ou uma membrana mucosa

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17
Q

Etapas no curso de uma Infeção — Adesão do Agente Patogénico aos Tecidos do Hospedeiro

A

A adesão dá-se através de interações específicas entre moléculas presentes na superfície do patogénico e os recetores na superfície das células do hospedeiro
A adesão é a capacidade aprimorada de um microrganismo de se ligar a uma célula ou superfície

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18
Q

Adesinas (moléculas de adesão)

A

Proteínas de superfície (glicoproteínas, lipoproteínas) presentes no agente patogénico e covalentemente ligados à camada externa da célula

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19
Q

Etapas no curso de uma Infeção — Invasão dos Tecidos do Hospedeiro pelo Agente Patogénico

A

Invasão é a capacidade do agente patogénico entrar nas células ou tecidos do hospedeiro, se disseminar e provocar doença
Os microrganismos têm a capacidade para desligar ou ativar regiões de DNA nas células do hospedeiro através de processos epigenéticos

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20
Q

Invasinas

A
  • Fatores associados à membrana ou enzimas secretadas
  • Permitem que os patogénicos invadam os tecidos do hospedeiro:
    » destruição dos tecidos do hospedeiro (ex: colagenases - colagénio, neuraminidases - ácido neuramínico)
    » formação de coágulos no sangue (ex: coagulases de estafilococos), dissolvem coágulos no sangue (ex: estreptoquinase e outras quinases) ou outras estruturas que protegem o patogénico das defesas do hospedeiro
    » a mobilidade auxilia na movimentação e adesão do agente patogénico (ex: através da presença de flagelos, corpos de actina)
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21
Q

Mecanismos dos Processos Epigenéticos

A
  • Ligação às histonas da célula hospedeira
  • Ligação aos pequenos RNAs usados para o silenciamento de genes
  • Ligação à própria cromatina
    Estas mudanças podem prejudicar a célula hospedeira ou alterar sua função de alguma forma de maneira que favorece a persistência do agente patogénico ou a sua ação sobre o hospedeiro
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22
Q

Sideróforos

A

São pequenas moléculas que quelatam o ferro do meio ambiente necessário para o crescimento e processos metabólicos dos microrganismos

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23
Q

Enzimas Extracelulares

A

Bactérias e fungos também produzem enzimas extracelulares (superfície celular ou enzimas secretadas) que degradam os nutrientes do meio ambiente (ex: lipases, proteases)

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24
Q

Etapas no curso de uma Infeção — Escape do Patogénico às Defesas do Hospedeiro

A
  • Mecanismos de proteção inespecíficos como a pele e mucosas que estão em contacto direto com o meio externo, são a primeira linha de defesa
  • Características de proteção específicas de cada local anatómico (ex: no trato gastrointestinal, o pH baixo e as enzimas proteolíticas do estômago impedem frequentemente o crescimento de muitos agentes patogénicos)
    Os agentes patogénicos desenvolveram estratégias para escapar às defesas imunológicas do hospedeiro, evitando a sua deteção ou utilizando a seu favor as ferramentas de combate a infeções do sistema imunológico do hospedeiro
25
Q

Fagócitos

A

Células do sistema imunológico que ingerem (processo de fagocitose) e destroem as células dos agentes patogénicos através da produção de enzimas hidrolíticas

26
Q

Etapas no curso de uma Infeção — Causar Doença: Lesão dos Tecidos Mediada pela Ação de Toxinas

A

As toxinas são moléculas produzidas por microrganismos toxigénicos que, em pequenas quantidades, causam danos nos tecidos do hospedeiro ou desencadeiam atividades biológicas nocivas para este
A atividade das toxinas pode ser devida: (I) componentes da parede celular, (II) enzimas degradativas que provocam a lise das células, (III) proteínas que se ligam a um recetor específico no tecido-alvo ou iniciam uma resposta sistémica prejudicial

27
Q

Endotoxinas

A
  • Presente no lipopolissacarídeo (LPS) — região do lípido A do LPS é a endotoxina — parte da membrana externa da bactéria gram-negativa
  • É libertada quando as células de bactérias gram-negativas se desintegram ou em pequenas quantidades quando esta se divide
28
Q

Exotoxinas

A
  • Proteínas segregadas por células viáveis de bactérias gram-positivas e gram-negativas
  • Compreendem moléculas e enzimas citolíticas que se ligam a recetores específicos e alteram a função da célula ou até causam a sua morte
  • Designadas com base no microrganismo que produz a toxina ou no tipo de célula que é o alvo desta (ex: neurotoxinas, enterotoxinas)
  • Classificadas em três famílias principais (tipo I, II e III) com base no seu modo de ação
29
Q

Fatores de virulência — Salmonella

A

A bactéria Salmonella infeta os humanos provocando vários distúrbios/doenças gastrointestinais
Incluem:
- Fimbrias do tipo I para facilitar a ligação das células dos tecidos do trato gastrointestinal
- Várias classes de exotoxinas
- Proteínas antifagocíticas que bloqueiam a fagocitose
- Proteínas que promovem a sobrevivência se a bactéria for fagocitada
- Sideróforos (captação o ferro)
- Endotoxina
Muitos desses fatores de virulência (exceto a endotoxina) são codificados por genes presentes em elementos de DNA móvel e não no DNA cromossomal

30
Q

Fases da Doença Infeciosa

A

Existem quatro fases distintas da doença infeciosa: período de incubação, fase prodromal, fase aguda e o período de convalescença
Indivíduos que não passam a fase sub-clínica têm um papel importante na cadeia de transmissão

31
Q

Fatores que Condicionam a Epidemiologia da Doença

A

A progressão da doença depende essencialmente do estado de saúde do hospedeiro, da virulência do agente patogénico e se o hospedeiro consegue eliminar o patogénico antes que a infeção/doença causem danos irreparáveis/morte
Fatores ambientais
- geografia
- clima
- habitação
- profissão
- qualidade do ar
- alimentação

32
Q

Etapas no curso de uma Infeção — Saída do Agente Patogénico do Hospedeiro

A
  • Qualquer via que o patogénico utiliza para sair do hospedeiro é designada de porta de saída (ex.: pele, sistema respiratório)
  • O material biológico presente na porta de saída (ex.: fezes, urina, saliva)favorece a transmissão para um novo hospedeiro
33
Q

Manutenção do Reservatório

A

A existência e a transmissão do agente patogénico depende do seu reservatório — ambiente ou organismo onde o patogénico pode sobreviver e multiplicar-se naturalmente

34
Q

Infeção Localizada

A

Situação mais simples. O microrganismo entra no corpo e permanece confinado a um tecido específico (ex.: furúnculos, infeções fúngicas da pele e verrugas)

35
Q

Infeção sistémica

A

Quando a infeção se dissemina para vários locais e fluidos teciduais, geralmente na corrente sanguínea (ex.: doenças virais — sarampo, rubéola, varicela, e SIDA; doenças bacterianas — brucelose, febre tifoide e sífilis)

36
Q

Infeção Focal

A

Ocorre quando o agente infecioso se liberta de uma infeção local e é transportado para outros tecidos (ex.: tuberculose, faringite estreptocócica que dá origem à escarlatina)

37
Q

Infeção Mista

A

Doenças polimicrobianas (ex.: gangrena gasosa, infeções de feridas, cáries dentárias)

38
Q

Infeção Inicial ou Primária

A

Infeção aguda que causa doença inicial (ex.: varicela vírus)

39
Q

Infeção Secundária

A

Causada por um patogénico oportunista, depois da infeção primária enfraquecer as defesas do organismo hospedeiro (ex.: infeção pelo Stafilococcos aureus)

40
Q

Epidemiologia

A
  • Incidência de uma doença constitui a fração da população que a contrai (novos casos) durante um determinado período de tempo
  • Prevalência de uma doença constitui a fração de uma população que manifesta a doença num tempo específico
  • Esporádica: quando ela ocorre ocasionalmente (surtos pequenos ocasionais)
  • Endémica: quando se manifesta em contínuo (fica durante um período)
  • Epidémica: verificada em curto espaço de tempo que atinge um grupo significativo de pessoas
  • Pandémicos: vários países afetados com um número significativo
41
Q

Tipos de Reservatórios

A

Um reservatório pode ser a origem da infeção, mas nem todas as origens de infeção são reservatórios
A origem (indivíduo ou objeto a partir do qual uma infeção é verdadeiramente adquirida) dissemina o agente do reservatório para o novo hospedeiro

42
Q

Transmissão do Agente Infecioso

A

O modo de transmissão é a forma como o agente patogénico/etiológico é transmitido de um reservatório infecioso (origem da infeção) para um novo hospedeiro suscetível. A transmissão pode ocorrer de forma direta ou indireta

43
Q

Transmissão Direta (Contágio)

A

Transferência rápida do agente infecioso, sem a interferência de qualquer tipo de veículos.
Pode ocorrer por contacto direto (ex.: contacto com a pele, contacto sexual) ou disseminação direta de gotículas (partículas sólidas ou gotículas líquidas transmitidas a 1 metro de distância pela tosse, espirros ou fala) entre o reservatório e o novo hospedeiro

44
Q

Transmissão Indireta

A

Transferência do agente infecioso por meio de veículos animados (também designado de vetor) ou inanimados.
Pode ocorrer através de partículas aerotransportadas — núcleos de poeiras ou gotículas suspensas no ar a uma distância superior a 1 metro. Também pode ocorrer através de um artrópode que transfere um agente infecioso do reservatório ou fonte de infeção para um hospedeiro suscetível.
Nos vetores biológicos o patogénico faz parte do ciclo de vida do vetor ao contrário dos mecânicos

45
Q

Doenças Transmissíveis de Notificação Obrigatória

A

As doenças de notificação obrigatória, também conhecidas como doenças infeciosas ou doenças transmissíveis, são doenças que resultam da infeção, presença e crescimento de agentes biológicos patogénicos (capazes de causar doenças) num indivíduo humano ou outro animal hospedeiro

46
Q

Fatores do Hospedeiro na Infeção

A

Os fatores do hospedeiro influenciam a patogenicidade do microrganismo. Certos fatores de risco podem ser controláveis, como a dieta, o stress e a exposição ao patógeno. No entanto, outro fatores de risco não são controláveis, nomeadamente a idade e aspetos genéticos

47
Q

Fatores do Hospedeiro na Infeção — Idade

A

Infeções ocorrem na sua maioria nos mais jovens e nos mais idosos
Após o nascimento é possível os agentes patogénicos estabeleceram-se no TGI e provocar infeções nos recém-nascidos. A intoxicação por Clostridium botulinum também é comum nas crianças
Os indivíduos com mais de 65 anos são mais suscetíveis a agentes patogénicos do trato respiratório (vírus Influenza)

48
Q

Fatores do Hospedeiro na Infeção — Stress

A

Os agentes stressantes como a fadiga, esforços exagerados, desidratação e mudanças climáticas drásticas aumentam a incidência e a severidade de doenças infeciosas
As hormonas que são produzidas durante o stress (como a cortisona) podem inibir as respostas imunitárias
Os microrganismos respondem positivamente à presença de hormonas de stress

49
Q

Fatores do Hospedeiro na Infeção — Dieta

A

Uma alimentação pobre em proteínas altera a microbiota intestinal, permitindo a multiplicação dos patogénicos oportunistas e aumentando a suscetibilidade do hospedeiro aos patogénicos
A ausência de um nutriente impede o desenvolvimento do microrganismo patogénico (como Streptococcus mutans e Streptococcus sobrinus que, na ausência de sucrose, não conseguem sintetizar o glicocálise necessário para manter sua aderência à superfície dentária causando cáries)

50
Q

Resistência Natural do Hospedeiro

A
  • Barreiras naturais: pele, mucosidades, epitélio ciliado, suco gástrico e bílis
  • Defesas inatas: febre, interferões, neutrófilos, macrófagos, linfócitos NK
  • Defesas adaptativas: dirigem-se e atacam eliminando de maneira específica os agentes invasores que conseguiram ultrapassar as primeiras defesas
    As barreiras físicas incluem a pele e as mucosas enquanto que as barreiras químicas englobam as substâncias produzidas como saliva, muco, suco gástrico e limitação de Fe
51
Q

Imunidade

A

Quando os microrganismos atacam o corpo, são utilizados vários mecanismos de imunidade de formas se defender. Em geral, existem dois tipos de imunidade: inata e adaptativa

52
Q

Imunidade Inata

A

Refere-se às defesas que estão presentes ao nascimento. Elas estão sempre disponíveis para proporcionar respostas rápidas para a proteção contra as doenças. Não envolve o reconhecimento específico de um microrganismo. Além disso, ela não tem uma resposta de memória, isto é, uma reação imune mais rápida e mais forte ao mesmo microrganismo num outro momento.
As respostas imunes inatas representam o sistema de alerta precoce da imunidade e são projetadas ara impedir que os micróbios tenham acesso ao corpo e para ajudar a eliminar aqueles que tiverem aceso

53
Q

Componentes da Imunidade Inata

A
  • Primeira linha de defesa: pele e membranas
  • Segunda linha de defesa: células assassinas naturais e fagócitos, inflamação, febre e substâncias antimicrobianas
54
Q

Imunidade Adaptativa

A

Tem como base uma resposta específica a um determinado microrganismo caso ele tenha rompido as defesas da imunidade inata. Ela se adapta ou se ajusta para lidar com um microrganismo em particular. Diferentemente da imunidade inata, a Imunidade é mais lenta em responder, porém apresenta um componente de memória.
A imunidade adaptativa envolve linfócitos T (imunidade celular) e linfócitos B (imunidade humoral)

55
Q

Tipos de Células T

A
  • T helper (CD4) — cooperam com as células B na produção de anticorpos, principalmente pela sinalização de citocinas
  • Citotoxicas (CD8)
  • Células de memória
56
Q

Defesas antifagocíticas

A

Os microrganismos podem escapar à ação dos fagócitos crescendo em zonas não acessíveis a eles, como exemplo alguns tecidos internos e da pele. Podem ainda evitar a sua ingestão apresentação proteção como parede celular, fímbrias e cápsula
Ainda, podem sobreviver no interior dos fagócitos. Os fagócitos podem tornar-se um local de proteção da bactéria até que esta expresse todo o seu arsenal de fatores de virulência

57
Q

Postulados de Koch

A
  1. O mesmo patógeno deve estar presente em todos os casos da doença
  2. O patógeno deve ser isolado do hospedeiro doente e cultivado em cultura pura
  3. O patógeno obtido da cultura pura deve causar a doença quando inoculado num animal de laboratório suscetível e saudável
  4. O patógeno deve ser isolado do animal inoculado e deve ser, necessariamente, o organismo original
58
Q

Hospedeiro Comprometido

A

É aquele que apresenta um ou mais mecanismos de resistência inativos e por isso a probabilidade de infeção está aumentada. Em muitos hospitais, os doentes sem doenças infeciosas (com cancro ou doenças cardíacas) adquirem infeções microbianas uma vez que são hospedeiros comprometidos
Os procedimentos que podem contribuir para a introdução de microrganismos no hospedeiro incluem-se a cateterização, injeções, biópsias e cirurgias. O stress da cirurgia e a administração de analgésicos contribuem para a diminuição da resistência do hospedeiro
Outros fatores, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a insónia podem também contribuir para uma menor resistência à infeção