Grandes Grupos Procariontes - Bactérias e Arqueas Flashcards

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1
Q

Reino Procariotae

A

Constituído por 4 divisões e 7 classes
As divisões baseiam-se na presença ou ausência de parede celular e na sua natureza química estrutural
São reconhecidos 13 grupos filogenéticos

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Q

Divisões do reino Procariotae

A
  • Gracilicutes: gram negativas
  • Firmicutes: gram positivas
  • Tenericutes: sem parede celular
  • Mendosicutes: parede celular atípica; arquiobactérias
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3
Q

Critérios de classificação de Bactérias

A
  • Morfologia
  • Coloração
  • Crescimento
  • Nutrição
  • Fisiologia
  • Bioquímica
  • Genética
  • Serologia
  • Fagotipagem
  • Proteoma
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4
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Morfologia

A

Exemplos:
tamanho e forma das células, agrupamento em pares, filamentos, grupos; presença de flagelo, pili, endósporo, cápsula

Aplicações:
distinção primária dos géneros e algumas vezes das espécies

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5
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Coloração

A

Exemplo:
Gram positiva, Gram negativa, ácido resistente

Aplicações:
separação das bactérias em divisões

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6
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Crescimento

A

Exemplo:
características das culturas em meio sólido e líquido, presença de pigmento

Aplicações:
distinção de géneros e espécies

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7
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Nutrição

A

Exemplos:
autotrofia, heterotrofia, fermentação e seus produtos, fontes de energia, fontes de carbono, fontes de carbono, fontes de azoto , necessidades de fatores de crescimento

Aplicações:
distinção de géneros, espécies e agrupamentos

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8
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Fisiologia

A

Exemplos:
temperatura (valor ótimo e limites), valor de pH (valor ótimo e limites), relação com o O2, necessidades de sais, tolerância osmótica, suscetibilidade a antibióticos e agentes antibacterianos

Aplicações:
distinção de géneros, espécies e agrupamentos

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9
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Bioquímica

A

Exemplos:
composição dos componentes celulares tais como a parede celular, moléculas de RNA, ribossomas, inclusões, pigmentos, compostos antigénicos

Aplicações:
distinção de géneros, espécies e agrupamentos

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10
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Genética

A

Exemplos:
percentagem de G+C, hibridação do DNA, tamanho do genoma, número de genes

Aplicações:
estabelece as relações filogenéticas

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11
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Serologia

A

Exemplos:
testes de aglutinação

Aplicações:
distinção de estirpes

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12
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Fagotipagem

A

Exemplos:
suscetibilidade a infeção por fagos

Aplicações:
distinção de estirpes

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13
Q

Critérios de classificação de Bactérias – Proteoma

A

Exemplos:
perfil proteico

Aplicações:
distinção de estirpes e espécies

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14
Q

Principais grupos Bacterianos

A
  • Fototróficas
  • Deslizantes
  • Com bainha
  • Gemulantes e ou apendiculadas
  • Espiroquetas
  • Espiraladas e encurvadas
  • Cocos e bacilos Gram-negativos aeróbios
  • Bacilos Gram-negativos aeróbios facultativos
  • Gram-negativas anaeróbias
  • Cocos e cocobacilos Gram-negativos
  • Cocos Gram-negativos anaeróbios
  • Gram-negativas quimiolitotróficas
  • Produtoras de metano
  • Cocos Gram-positivos
  • Bacilos e cocos produtores de esporos
  • Bacilos Gram-positivos não produtores de esporos
  • Actinomicetes
  • Riquétsias e clamídias
  • Micoplasmas
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15
Q

Árvore filogenética e principais ordens das bactérias Gram-positivas

A

A árvore filogenética foi construída com base nas sequências do gene 16SrRNA dos géneros representativos dos grupos de Actinobacteria, Firmicutes e Tenericutes

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16
Q

Bactérias Fototróficas

A
  • Sulfobactérias púrpuras
  • Bactérias púrpuras não sulfurosas
  • Sulfobactérias verdes
17
Q

Bactérias Fototróficas – Sulfobactérias púrpuras

A

As bactérias púrpuras sulfurosas são classificadas entre as Gama proteobacterias, uma classe que inclui a bactéria Pseudomonas e E.coli

18
Q

Bactérias Fototróficas – Bactérias púrpuras não sulfurosas

A

As bactérias púrpuras não sulfurosas estão incluídas no grupo Alpha proteobacteria, onde estão incluídas as bactérias Rhizobium, Agrobacterium e as Riquétsias
Estas últimas representam uma linhagem direta para as mitocôndrias

19
Q

Bactérias Fototróficas – Sulfobactérias verdes

A

As sulfobáctérias verdes representam uma linhagem filogenética distinta (estão representadas no agrupamento por Chlorobium)

20
Q

Cianobactérias

A
  • Oscillatoria: espécie filamentosa muito vulgar em águas doces
  • Nostoc: espécie filamentosa, forma colónias ligadas por membrana gelatinosa
  • Anabaena: espécie fixadora de azoto (ocorre no heterocisto), apresenta um tipo de célula semelhante a esporos (acinetos) que aparecem no meio da cadeia com aparência muito brilhante
  • Synechococcus: espécie unicelular que vive essencialmente em meios marinhos
21
Q

Bactérias deslizantes

A
  • Mixobactérias
  • Deslocam-se por deslizamento
  • Não possuem parede celular rígida
  • Degradam substratos complexos, celulose, quitina e a parede celular de bactérias a pH baixos
  • Produzem pigmentos
  • Produzem corpos de frutificação
22
Q

Actinomicetes

A
  • Gram-positivas
  • Filamentosas
  • Produção de esporos (conídios)
  • Produtores de antibióticos
  • Produzem geosminas

Agentes patogénicos:
Mycobacterium tuberculosis
Corynebacterium diphtheriae

23
Q

Micoplasmas

A
  • Ausência de parede celular; limitados por uma membrana com três camadas (contem esteróis)
  • Formas pleomórficas (cocóides, filamentos)
  • Crescem em meios com células de tecido em crescimento: requerem nucleósidos como fatores de cescimento
  • em meio sólido têm um aspeto característico de «ovo estrelado»
    Tamanho: 0,2-0,3 μm
    Genoma: 650 genes
24
Q

Rickettsia

A

Parasitas intracelulares obrigatórios de artrópodes
Bastonetes, cocos em cadeias, filamentos
Gram-negativas
Patogénicas para o Homem
Em laboratório cultivam-se em tecidos ou em embrião de galinha

25
Q

Chlamydia

A

Parasitas intracelulares obrigatórios
Genoma muito pequeno
Deficientes em muitas funções metabólicas
Patogénicas para o Homem
Espécies que infetam o ser humano:
- Chlamydia trachomates
- Chlamydia pneumoniae
- Chlamydia psittaci

26
Q

Relações filogenéticas – Arqueas

A
  • Nanoarchaeota: só observadas em cocultura
  • Euryarchaeota: metanogénicas e halofilicas
  • Thaumarchaeota
  • Crenarchaeota: hipertermófilas dependentes de enxofre
  • Korarchaeota: só observadas em cocultura
27
Q

Agrupamentos fisiológicos Archaea

A
  • Metanogénicas
  • Termófilas
  • Sulfato-redutoras
  • Halófilas
28
Q

Agrupamentos fisiológicos – Metanogénicas

A

As células têm a forma de cocos e são móveis devido aos flagelos polares

Methanobrevibacter smithii é a arquea dominante no trato gastrointestinal humano

29
Q

Agrupamentos fisiológicos – Halofílicas

A

Organismos que vivem em ambientes extremamente salinos
Possui na membrana pequenas aglomerações do pigmento bacteriorrodopsina

Halobacterium salinarium é uma halófila extrema que é capaz de crescer na presença de 4 a 5 M NaCl e não cresce abaixo de 3 M NaCl

30
Q

Agrupamentos fisiológicos – Termófilos

A

Organismos que vivem em ambientes extremamente quentes
Estes organismos vivem próximo de fontes termais submarinas e utilizam a energia química dos gás sulfídrico para sintetizar compostos orgânicos

Sulfolobus acidocaldarius são termófilas extremas que têm sido isoladas de águas ácidas e de solos ácidos (pH 1 a 5) e com temperaturas elevadas (de 60º a 95ºC), bem como de lamas ativadas

31
Q

Thaumarchaeota (Arqueas nitrificantes) – Nitrosopumilus maritimus

A
  • Quimiolitotrófico
  • Oxida NH3 a NO2
  • Utiliza CO2 como única fonte de carbono
  • As membranas contém crenarchaeol (lípido único neste filo)
32
Q

Thaumarchaeota (Arqueas nitrificantes) – Nitrososphaera viennensis

A
  • Isolada do solo
    -Oxida NH3 e (NH2)2CO
  • Mixotrófico (consegue utilizar CO2 como fonte de carbono, mas cresce melhor a partir de carbono orgânico)
  • Ao contrário das arqueas marinhas nitrificantes consegue tolerar concentrações elevadas de NH3 (até 10 mM)
  • Pleomórfica
33
Q

Nanoarchaeota – Nanoarchaeum equitans

A
  • Possui o menor genoma do domínio Arquea (0,49 MB)
  • Células cocóides (0,4 µm)
  • Só se replica em associação com seu hospedeiro, Ignicoccus hospitalis (arquea hipertermófila [Crenarchaeota])
  • Os genes são os que codificam as principais enzimas para a replicação, transição e tradução de DNA, bem como genes que codificam enzimas de reparação de DNA
  • Temperatura ótima 90ºC
34
Q

Superfilo DPANN

A
  • Diapherotrites, Parvarchaeota, Aenigmarchaeota, Nanohaloarchaeota and Nanoarchaeota
  • Através de análises metagenómicas
  • Os membros de DPANN, como N. equitans, são constituídos por células extremamente pequenas com genomas muitos pequenos
  • Capacidade metabólica extremamente limita ➤ simbiontes ou parasitas
  • Ambientes extremos: hipersalinos, acédicos
  • Ambientes temperados: lagos, sedimentos marinhos
35
Q

Superfilo TACK

A
  • Thaumarchaeota, Aigarchaeota, Crenarchaeota, Korarchaeota
  • Através de análises metagenómicas
  • Korarchaeum cryptofilum (Korarchaeota)
  • Yellowstone National Park, USA
  • Hipertermófilo, quimiorganotrófico, anaerobio obrigatório
  • T(opt) 85ºC
  • Filamentos longos (15-100 µm)
  • Camada S paracristalina – proteção térmica
  • Fermenta aminoácidos ou péptidos
36
Q

Características do Domínio Bacteria

A

Invólucro nuclear: ausente
Membranas intracelulares multidiferenciadas: não
Parede celular: com peptodoglicano (mureína)
Lípidos da membrana celular: ligações éster; cadeias lineares
RNA de transferência (tRNA) iniciador: transporta formil-metionina
RNA mensageiro policistrónico: presente
Ribossomas: 70s
Sensibilidade ao cloramfenicol: sim
RNA polimerase dependente de DNA: uma, estrutura simples e é sensível à rifampicina
Promotores de polimerase tipo II: ausentes

37
Q

Características do Domínio Archaea

A

Invólucro nuclear: ausentes
Membranas intracelulares multidiferenciadas: não
Parede celular: pseudomureína
Lípidos da membrana celular: ligações éter, cadeias ramificadas
RNA de transferência (tRNA) iniciador: transporta metionina
RNA mensageiro policistrónico: presente
Ribossomas: 70s
Sensibilidade ao cloramfenicol: não
RNA polimerase dependente de DNA: várias, estrutura complexa e não é sensível à rifampicina
Promotores de polimerase tipo II: presente