Caracterização, Classificação e Identificação Flashcards
Célula
Unidade básica de qualquer microrganismo
Capacidade dos seres vivos
- Utilização de alimentos como fonte de energia
- Síntese de substâncias e formação de estruturas celulares
- Excreção
- Resposta a estímulos exteriores e alterações do ambiente
- Multiplicação
- Mutação
Principais características dos microrganismos
- Culturais: nutrientes e condições físicas que proporcionam o crescimento
- Morfológicas: forma e dimensão da célula, agrupamento, diferenciação e identificação de culturas
- Metabólicas: conjunto de processos químicos vitais pelos microrganismos
- Composição química: identificação dos principais constituintes químicos da célula microbiana
- Ecológicos: ocorrência no meio ambiente e relações com outros organismos
- Genéticos: hereditariedade e variabilidade
Taxonomia
Ciência que se ocupa da classificação (arranjo), nomenclatura (denominação), e identificação (descrição e caracterização)
Classificação dos seres vivos – Carl Linnaeus
Animalia: protozoários, animais superiores
Plantae: bactérias, fungos, algas, plantas
Classificação dos seres vivos – Ernest Haeckel
Animalia: animais
Plantae: plantas e algas pluricelulares
Protista: bactérias, algas, protozoários, bolores e leveduras
Classificação dos seres vivos – Robert Whittaker
Monera: bactérias
Protista: protozoários e algas unicelulares
Fungi:bolores e leveduras
Plantae: plantas e algas prluricelulares
Animalia: animais
Baseou-se no modo de nutrição
Teoria da Simbiogénese
Segundo esta teoria, as mitocôndrias tiveram origem nas bactérias aeróbias (proteobactérias) e os cloroplastos a partir das cianobactérias
Classificação dos seres vivos – Carl Woese
Domínio Archaea: bactérias produtoras de metano, halófilas e termófilas
Reino Bacteria: restantes bactérias
Domínio Eucarya: protozoários, algas, fungos, plantas, animais
Baseou-se valor filogenético das sequências nucleotídicas de rRNA de várias bactérias e dos eucariontes
Domínios – Eucarya
Engloba os organismos eucarióticos com membranas lipídica constituída por diésteres de glicerol e com rRNA eucarióticos
Domínios – Bacteria
Contém células procariotas com rRNA bacteriano e lípidos membranares que são glicerol diacil diésteres
Domínios – Archaea
Composto por procariontas que contêm isoprenoite glicerol diéter ou diglicerol tetraeter nas suas membranas e rRNA archaea
Classificação prática
Animais
Plantas
Fungos
Algas
Protozoários
Bactérias
Classificação estrutural
Eucariontes
Procariontes
Classificação molecular
Eucariontes
Bactérias
Arqueobactérias
Grupos taxonómicos
- Domínio
- Filo
- Classe
- Ordem
- Família
- Género
- Espécie
Sistema binomial de nomenclatura de Linnaeus
Este sistema é adotado em bacteriologia
- O organismo é designado pela combinação de nome e género e da espécie
- O grupo taxónico básico em sistemática bacteriana é a espécie
- Uma espécie bacteriana pode ser considerada como uma coleção de estirpes que têm em comum muitas características
- Uma estirpe é constituída peoas descendentes de um único isolado em cultura obtida, geralmente através de uma sequência de culturas oriundas de uma única célula
- Estipe tipo ou conceito populacional de espécie
Estirpe em bacteriologia
Conjunto de microrganismos bacterianos da mesma espécie e que partilham as mesmas características
Meios de cultura
Nutrientes necessários ao crescimento e as condições físicas do ambiente que proporcionam o crescimento
Critério:
- Estado físico:
* líquido
* sólido
- Composição química:
* complexos
* definido
- Objetivo:
* simples
* seletivo
* diferencial
* enriquecido
Cultura pura
Todas as células na população são, por princípio, idênticas uma vez que foram originadas a partir de uma só célula
Meio definido
Conhece-se a quantidade exata de cada composto
A composição varia de acordo com as exigências nutricionais do microrganismo
Ex: Escherichia coli
Meio complexo
Contem todos os compostos necessários para o crescimento de um determinado microrganismo, mas não se conhecem as quantidades exatas de cada composto
Ex: Escherichia coli e Lauconostoc mesenteroides
Modo seletivo
O crescimento de determinado grupo é privilegiado (selecionado) através de substâncias que inibem o crescimento de outros microrganismos distintos dos de interesse
Ex: Salmonella
Modo diferencial
Permite a distinção do microrganismo de interesse através das características bioquímicas
Ex: Principio do funcionamento do meio seletivo e diferencial Salmonella e Shigella Agar
Meio sólido/líquido
Para obtenção de meio sólido, adiciona-se agar a 1,5% (p/v) ao meio líquido
O agar funde-se a partir de 90-95ºC e e solidifica-se a partir de 45ºC, e é extraído de algas marinhas vermelhas da classe Rodophyta
» A utilização do agar é mais vantajosa que da gelatina pois ele solidifica a temperaturas mais elevadas e não é utilizado pelos microrganismos
Isolamento de culturas
Obter uma colónia com origem numa única célula, cultura pura
Inoculação refere-se ao ato de introduzir microrganismos ou suspensões de microrganismos. As bactérias podem ser inoculadas em:
- meio líquido
- meio sólido:
* riscado (4 zonas de risco: zona 1 mais concentrada; zona 2 menos concentrada, numa posição quase perpendicular à zona 1; zona 3 menos concentrada , numa posição quase perpendicular à zona 2; zona 4 com colónias isoladas, numa posição quase perpendicular à zona 3)
* espalhamento (vidro ou descartável; espalhar uma diluição apropriada da amostra na superfcie do meio sólido)
Método por Incorporação
A amostra diluída é pipetada diretamente sobre a placa de Petri e só depois é adicionado o meio de cultura sólido apropriado, no estado liquefeito.
Neste método obtêm-se colónias à superfície e no interior do agar.
Em todos os métodos, as placas devem ser incubadas em posição invertida
A temperatura e tempo de incubação dependem do microrganismo em causa
Método de Conservação
- Refrigeração a 4ºC (cultura de trabalho)
- Congelação a -80ºC (adição de um agente crioprotetor como, por exemplo, glicerol 25%) (cultura de manutenção)
- Conservação em azoto líquido (-196ºC)
- Liofilização: processo de desidratação em que o meio é congelado sob vácuo e o gelo formado, sublimado (-20ºC) (melhor a longo prazo)
Características morfológicas
- Descrição da colónia
- Reação Gram
- Tamanho da célula
- Flagelo
- Produção de esporos
- Presença de corpos de inclusão (PHB, vesículas de gás, magnetosomas,…)
- Mobilidade (imóvel, por deslizamento, flagelar,…)
Métodos Genotípicos
Distinguir bactérias.
- Hibridação DNA-DNA
- Perfil de DNA
- Multilocus sequence typing
- Teor de GC
Métodos Genotípicos – Hibridação DNA-DNA
Análise comparativa ao nível das semelhanças ao nível das semelhanças do genoma total
Útil na distinção de espécies dentro de um género
Métodos Genotípicos – Perfil de DNA
Ribotipagem, AFLP, rep-PCR
Métodos rápidos para distinguir as espécies e as estirpes dentro de uma espécie
Métodos Genotípicos – Multilocus sequence typing
Tipagem das estipes através das sequências de DNA múltiplos genes.
Elevada resolução, útil na distinção de estirpe relacionadas
Métodos Genetípicos – Teor de GC
Percentagem de guanina mais citosina presente no genoma
É menos usada em taxonomia devido à sua menor resolução.
Se a taxa de GC em 2 organismos difere >5% então não têm uma relação próxima, e organismos com um teor semelhante ou mesmo idêntico de GC podem não ser de todo relacionados