Valvopatias Flashcards

1
Q

Quais passos seguir para uma avaliação adequada de valvopatia?

A
  • Passo 1: Graduação
  • Passo 2: Etiologia
  • Passo 3: Sintomas
  • Passo 4: Complicações
  • Passo 5: Intervenção
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2
Q

Quais são os achados no exame físico de estenose mitral importante?

A
  • Facies mitralis
  • Estalido de abertura precoce
  • B1 hiperfonética
  • B2 hiperfonética
  • Sopro diastólico em ruflar, com reforço pré-sistólico se paciente em ritmo sinusal
  • Sinais de congestão pulmonar e insuficiência cardíaca direita
  • Presença de IT
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3
Q

Quais são os achados no eletrocardiograma de paciente com estenose mitral importante?

A
  • Sobrecarga de AE
  • Sobrecarga de câmaras direitas
  • FA
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4
Q

Quais são os achados na Radiografia de tórax de paciente com estenose mitral importante?

A
  • Índice cardiotorácico normal
  • Sinais de aumento de AE:
    Elevação do brônquio fonte esquerdo (“sinal da bailarina”)
    Duplo contorno atrial à direita
    4o arco na silhueta cardíaca à esquerda
  • Sinais de congestão pulmonar
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5
Q

Quais são os achados no ecocardiograma de paciente com estenose mitral importante?

A
  • AVM < 1,5 cm2
  • Gradiente diastólico médio AE/VE ≥ 10 mmHg
  • PSAP ≥ 50 mmHg em repouso
  • PSAP ≥ 60 mmHg com esforço
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6
Q

Qual a principal etiologia de estenose mitral em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento?

A

Febre reumática

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7
Q

Qual a principal etiologia de estenome mitral em países desenvolvidos?

A

Degenerativa (calcificação do anel valvar)

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8
Q

Quais características permitem identificar a estenose mitral como secundária a febre reumática?

A
  • Fusão comissural, espessamento de cúspides
  • Comprometimento do aparelho subvalvar
  • Abertura em cúpula da cúspide anterior (abertura em Domus) e redução da mobilidade da cúspide posterior
  • Acometimento mitroaórtico
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9
Q

Quais características permitem identificar a estenose mitral como secundária a degeneração do anel mitral?

A
  • Calcificação do anel valvar mitral
  • Ausência de fusão comissural
  • Relação com calcificação aórtica e coronariana
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10
Q

Causas raras de estenose mitral?

A
  • Congênita (Valva mitral em paraquedas e hipoplasia da valva mitral)
  • Doenças reumatológicas (lúpus/artrite reumatoide)
  • Drogas (metisergida/anorexígenos)
  • Síndrome carcinóide
  • Doença de Fabry
    Doença de Whipple
  • Lesão actínica – pós-radioterapia
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11
Q

Como é feita a graduação do sopro em cruzes?

A

Classifica-se a intensidade de 1 a 6:
1 – audível somente com manobras;
2 – facilmente audível, porém sem irradiação
significativa;
3 – moderadamente alto e com irradiação
ampla;
4 – alto e com frêmito;
5 – ausculta possível com parte do estetoscópio sobre a pele;
6 – ausculta com estetoscópio próximo à pele, sem contato.

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12
Q

O que é o sopro de Austin-Flint?

A

É um sopro mesodiastólico mitral
por fluxo direcionado para valva mitral deixando-a
semifechada durante a diástole ventricular

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13
Q

O que é o sopro de Gallavardin?

A

Paciente com EAo importante e calcificação da
aorta pode apresentar irradiação do sopro para
o foco mitral, com timbre piante (fenômeno de
Gallavardin).

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14
Q

Qual o principal sintoma da estenose mitral?

A

Dispneia

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15
Q

Quais outros sintomas os pacientes com EM importante podem apresentar?

A

Palpitações, hemoptise, disfonia, disfagia, tosse e eventos embólicos.

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16
Q

Quais principais complicadores de quadro de EM importante.?

A
  1. Hipertensão pulmonar (PSAP > 50 mmHg em repouso ou > 60 mmHg no esforço);
  2. FA de início recente
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17
Q

Qual escore utilizado para definição do tipo de intervenção na EM importante?

A

Wilkins Block

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18
Q

Quais são os parâmetros avaliados no escore de Wilkins Block?

A

=> Acometimento do aparato paravalvar
1. Mínimo espessamento subvalvar exatamente abaixo dos folhetos mitrais
2. Espessamento de cordas estendendo-se por mais de 1/3 do comprimento
3. Espessamento estendendo-se para o terço distal das cordas
4. Espessamento extenso e encurtamento das cordas, expandindo-se aos músculos papilares

=> Espessamento dos folhetos
1 - Espessamento dos folhetos com espessura próxima do normal (4-5 mm)
2 - Camadas médias normais, espessamento considerável de margens (5-8 mm)
3 - Espessamento expandindo através de toda a camada (5-8 mm)
4 - Espessamento considerável de toda a camada do tecido (> 8-10 mm)

=> Mobilidade dos folhetos
1 - Mobilidade elevada da valva com apenas restrição nas extremidades dos folhetos
2 - Regiões medial e basal apresentam mobilidade normal
3 - A valva continua se movendo adiante na diástole, principalmente na base
4 - Nenhum ou mínimo movimento dos folhetos em diástole

=> Grau de calcificação
1 - Uma área única da ecoluminosidade aumentada
2 - Mínimas áreas de luminosidade confinadas às margens do folheto
3 - Luminosidade expandindo-se dentro da porção média dos folhetos
4 - Luminosidade extensa, além dos limites dos folhetos

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19
Q

Valvoplastia mitral por cateter-balão é indicada em qual etiologia da EM?

A

Etiologia reumática

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20
Q

Quais as indicações para Valvoplastia mitral por cateter-balão na EM?

A

EM importante com:
- Sintomas (CF II-IV) e/ou fatores complicadores
- Escore ecocardiográfico de Wilkins-Block ≤ 8 *
(aparelho subvalvar e calcificação ≤ 2)
- Em gestantes ou pacientes com alto risco cirúrgico, considerar se: escore ecocardiográfico 9-10

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21
Q

Quais as contraindicações para Valvoplastia mitral por cateter-balão na EM?

A
  • trombo em AE
  • IM moderada ou importante
  • fenômeno embólico recente
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22
Q

Quais as indicações para tratamento cirúrgico na EM importante?

A
  • EM reumática CF III-IV com contraindicações à VMCB
  • EM reumática com fatores complicadores, não elegíveis para VMCB
  • EM degenerativa refratária ao tratamento clínico
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23
Q

Quais as indicações para implante valvar mitral
transcateter (valve-in-MAC) na EM importante?

A
  • EM degenerativa refratária ao tratamento clínico, com contraindicação ou alto risco ao tratamento cirúrgico (em estudo)
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24
Q

Como deve ser o seguimento dos paciente com EM importante assintomáticos e sem complicações?

A
  • Reavaliação clínica e ecocardiográfica a cada 6 a 12 meses
  • Intervenção cirúrgica concomitante em pacientes que
    serão submetidos a outro procedimento cirúrgico cardíaco
    (revascularização coronária, aorta ascendente ou outra válvula) (I C)
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25
Q

Como deve ser o seguimento dos paciente com EM não importante (AVM > 1,5 cm² e gradiente médio AE/VE < 5 mmHg)

A
  • Reavaliação clínica e ecocardiográfica a cada 12 meses.
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26
Q

Quais parâmetros ecocardiográficos caracterizam um IM como importante?

A
  1. Área do jato ≥ 40% da área do AE
  2. Fração regurgitante ≥ 50%
  3. Volume regurgitante ≥ 60 ml/batimetno
  4. Vena contracta ≥ 0,7cm
  5. Área efetiva do orifício regurgitante (ERO) ≥ 0,4cm²
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27
Q

Qual a principal causa de IM no Brasil?

A

Febre reumática

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28
Q

Qual a segunda etiologia mais frequente de IM no brasil?

A

Prolapso da valva mitral

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29
Q

Cite outras causas de IM.

A
  • Endocardite infecciosa
  • Síndrome de Marfan
  • Lúpus eritematoso sistêmico
  • Lesões traumáticas
  • Deformidades congênitas
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30
Q

Quais os complicadores associados a IM?

A
  • FEVE ≤ 60% ou queda da FEVE durante a evolução (dentro da normalidade)
  • Remodelamento progressivo (DSVE ≥ 40 mm)
  • PSAP ≥ 50 mmHg ou ≥ 60 mmHg ao exercício
  • Volume de AE ≥ 60 ml/m²
  • FA de início recente (< 1 ano)
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31
Q

Quais considerações para plástica da valva mitral na IM importante?

A
  • Tratamento de escolha
  • Pacientes reumáticos: resultados menos
    favoráveis.
  • Prolapso valvar mitral de cúspide
    posterior (P2 isolado): melhores resultados.
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32
Q

Quais considerações para plástica da valva mitral na IM importante?

A
  • Indicada em caso de impossibilidade de
    plástica valvar.
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33
Q

Quais as considerações para a Clipagem percutânea da valva
mitral na IM importante?

A
  • Reservado a pacientes de alto risco
    ou com contraindicação cirúrgica com
    sintomas refratários
  • IM degenerativa por prolapso
  • Condição anatômica favorável
  • Indicado após decisão do Heart Team
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34
Q

Quais as principais etiologias da IM secundária?

A
  • Doença arterial coronária (IM isquêmica);
  • Miocardiopatia dilatada (dilatação anular e/ou mau posicionamento).
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35
Q

Quais os achados no exame físico de um paciente com EAo importante?

A
  • Pulso Parvus et Tardus
  • Sopro sistólico ejetivo com pico telessistólico
  • Hipofonese de B2
  • Hipofonese de B1
  • Fenômeno de Gallavardin
  • Desdobramento paradoxal de B2 ou B2 única
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36
Q

Quais os achados no ECG de um paciente com EAo importante?

A
  • Sobrecarga de câmaras esquerdas
  • Alteração de repolarização ventricular (padrão Strain)
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37
Q

Quais os achados no ecocardiograma que caracteriza o paciente como portador de EAo importante verdadeira?

A
  • AVA ≤ 1,0 cm2
  • AVA indexada ≤ 0,6 cm2/m2
  • Gradiente VE/Aorta ≥ 40 mmHg
  • Velocidade máxima do jato aórtico ≥ 4,0 m/s
  • Razão das velocidades de fluxo entre a via de saída do VE e valva aórtica < 0,25
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38
Q

Qual a definição de uma EAo “importante” low flow low gradient clássica?

A
  • AVA ≤ 1,0 cm²
  • GM < 40 mmHg
  • SVi < 35 ml/m²
  • FE < 50%
  • Reserva contrátil (aumento de 20% do volume sistólico ejetado e/ou aumento de 10mmHg no GM)
  • Aumento da área valvar < 3cm²
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39
Q

Qual a definição de uma EAo “pseudo-importante”?

A
  • AVA ≤ 1,0 cm²
  • GM < 40 mmHg
  • SVi < 35 ml/m²
  • FE < 50%
  • Reserva contrátil (aumento de 20% do volume sistólico ejetado e/ou aumento de 10mmHg no GM)
  • Aumento da área valvar ≥ 3cm²
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40
Q

Qual a definição de uma EAo low flow low gradient com FE preservada (paradoxal)?

A
  • AVA ≤ 1,0 cm²
  • AVA indexada ≤ 0,6 cm²/m²
  • GM < 40 mmHg
  • SVi < 35 ml/m²
  • FE ≥ 50%
  • Escore de cálcio elevado (H > 2000 e M > 1.300)
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41
Q

Como avaliar um paciente com EAo low flow low gradient que não apresenta reserva contrátil?

A

TC cardíaca para avaliação de escore de cálcio valvar. Se > 2.000 em homens e 1.300 em mulheres, sugere EAo importante.

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42
Q

Quais as principais etiologias de EA?

A
  • Países desenvolvidos: Degenerativa
  • Países subdesenvolvidos: Reumática e Bicusíde
  • Brasil: pico bimodal
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43
Q

Quais os principais sintomas de EA?

A

Dor torácica, Síncope e Dispneia

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44
Q

O que síndrome de Heyde? Qual a fisiopatologia envolvida?

A
  1. Eao importante + sangramento gastrointestinal (angiodisplasia intestinal)
  2. Diminuição do fator de Von Willebrand
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45
Q

Quais os complicadores detectados no ECOTT que podem acometer pacientes com EAo importante?

A
  • FEVE < 50%
  • AVA < 0,7cm²
  • GM > 60mmHg
  • Vel. Máx > 5m/s
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46
Q

Quais os complicadores detectados no TE que podem acometer pacientes com EAo importante?

A
  • Queda da PAS > 20mmHg com o esforço
  • Ausência de reserva inotrópica
  • Sintomas com baixa carga
  • Baixa capacidade funcional
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47
Q

Quais as recomendações para tratamento cirúrgico convencional ou TAVI em pacientes com EAo importante?

A
  • I: Sintomáticos
  • I: Assintomáticos, com complicadores (FEVE < 50%)
  • IIa: Assintomáticos, com complicadores (TE +)
  • IIa: Assintomáticos com valvopatia crítica (AVA < 0,7cm² // Vel. Máx > 5m/s // GM > 60mmHg)
  • IIa: EAo importante low flow low gradiente
  • IIa: EAo importante paradoxal sintomático
48
Q

Como decidir entre TAVI e cirurgia de troca valvar?

A
  • Risco elevado, inoperável, risco proibitivo => TAVI
  • Risco baixo ou intermediário:
    < 70 anos => cirurgia
    > 70 anos => TAVI
49
Q

Como deve ser o acompanhamento individualizado no paciente com EA a depender da gravidade?

A
  • Importante assintomático => reavaliação clínica e ecocardiográfica a cada 6 meses (se for fazer outro procedimento cirúrgico cardíaca, abordar valvopatia)
  • Moderada => reavaliação clínica e ecocardiográfica a cada ano(se for fazer outro procedimento cirúrgico cardíaca, abordar valvopatia)
  • Discreta => reavaliação clínica e ecocardiográfica a cada 2-3 anos.
50
Q

Quais os achados no exame físico de paciente com IAo importante?

A
  • Sopro diastólico aspirativo decrescente com B2 hipofonética
  • Sopro mesossistólico de hiperfluxo
  • Sopro de Austin-Flint (jato da insuficiência aórtica não permite a abertura valvar mitral, gerando sopro diastólico em ruflar)
  • Pulso em martelo d’água ou Corrigan: ascenso rápido e alta amplitude
  • Divergência entre pressão sistólica e diastólica
  • Sinais clínicos de aumento de pressão de pulso: sinal de Musset, sinal de Becker, dança das artérias, sinal de Muller, sinal de
    Quincke, sinal de Rosenbach, sinal de Gerhard, sinal de Traube, sinal de Duroziez, sinal de Mayne e sinal de Hill
51
Q

O que é o sinal de
Musset, Muller, Quincke, Corrigian?

A
  1. Musset: movimentação frontal da cabeça
  2. Muller: impulsão da úvula
  3. Quinker: Pulsação capilar ungueal
  4. Corrigan: pulso martela d’água
52
Q

Quais os achados no ECG de paciente com IAo importante?

A
  1. Sinais de sobrecarga de câmaras esquerdas
53
Q

Quais os achados no Rx de tórax de paciente com IAo importante?

A
  1. Aumento da silhueta cardíaca à custa de dilatação do VE
  2. Sinais de dilatação ou ectasia da aorta
54
Q

Quais parâmetros ecocardiográficos caracterizam uma IAo como importante?

A
  1. Vena contracta: > 0,6 cm
  2. Fração regurgitante: >= 50%
  3. Volume regurgitante: >= 60ml/bat
  4. ERO (área do orifício regurgitante): >= 0,3cm²
  5. Largura do jato > 0,65cm
  6. Área do jato > 0,60 cm²
55
Q

Características da etiologia reumática da IAo?

A
  • Alta prevalência no Brasil
  • Geralmente associada à lesão mitral
  • Frequente em adultos jovens
56
Q

Características da etiologia degenerativa da IAo?

A
  • Geralmente associada à EAo
  • Frequente na população idosa
57
Q

Características da etiologia bicúspide da IAo?

A
  • Associada a alterações da aorta (40% dos casos - aneurisma, dissecção, coarctação)
  • Frequente em adultos jovens
58
Q

Quais os principais sintomas da IAo importante?

A

Dispneia, síncope e angina

59
Q

Quais os complicadores avaliados pelo ecocardiograma presentes em uma IAo importante?

A
  • FEVE < 50%
  • DDVE > 70 mm (não reumático) e > 75 mm (reumático)
  • DSVE > 50 mm (não reumático) e > 55 mm (reumático)
  • DSVE indexado > 25 mm/m²
60
Q

Quais os complicadores avaliados pela Ressonância Magnética presentes em uma IAo importante?

A
  • Presença de fibrose miocárdica (realce tardio)
  • Fração regurgitante > 33%
  • Volume diastólico final do VE > 246 mL
61
Q

Indicações de troca valvar em paciente com IAo importante?

A
  1. Sintomas (IB)
  2. FEVE < 50% (IB)
  3. Diâmetros ventriculares (IIB)
    i. Reumáticos: DDVE > 75mm ou DSVE > 70mm
    ii. Não reumáticos: DDVE > 70mm ou DSVE > 50mm
    iii. DSVE indexado > 25mm/m2
62
Q

Frequência de reavaliações clínicas e ecocardiográficas em pacientes com IAo importante assintomática e sem complicadores?

A

6 meses a 1 ano
Obs: intervenção se indicação de outro procedimento cirúrgico cardíaco.

63
Q

Frequência de reavaliações clínicas e ecocardiográficas em pacientes com IAo importante moderada?

A

1 a 2 anos

64
Q

Quais as características da ET importante no exame físico?

A
  • Estalido de abertura precoce
  • B1 hiperfonética
  • Sopro diastólico em ruflar, com reforço pré-sistólico se paciente em ritmo sinusal em borda esternal esquerda que aumenta
    com a inspiração.
  • Sinais de congestão sistêmica: hepatomegalia, ascite, edema de membros inferiores, estase jugular, sinal de Kussmaul
65
Q

Quais as características da ET importante no ecocardiograma?

A
  • Área valvar tricúspide ≤ 1,0 cm2
  • Gradiente diastólico médio AD/ventrículo direito ≥ 5 mmHg
  • Aumento isolado de AD
  • PHT tricúspide ≥ 190 ms
66
Q

Principal etiologia da estenose tricúspide?

A

Febre reumática

67
Q

Quais os sintomas da estenose tricúspide importante?

A
  1. Fadiga (principal sintomas)
  2. dor e edema de MMII
  3. Ausência de dispneia
  4. Palpitações, ascite, sinais e disfunção hepática
68
Q

Quais os complicadores que podem estar presentes na estenose tricúspide importante?

A
  1. FA
  2. Comprometimento hepático (elevação de enzimas, alteração do coagulograma)
69
Q

Qual o tratamento de escolha na estenose tricúspide importante?

A
  1. Valvoplastia tricúspide por balão
70
Q

Quais as contraindicações para valvoplastia tricúspide por balão na ET importante?

A
  1. Presença de trombo refratário à anticoagulação e/ou vegetação e IT importante.
71
Q

Quais as indicações para troca de valva tricúspide em paciente com ET importante?

A
  1. Opção em caso de impossibilidade de valvoplastia por balão.
  2. Preferência por prótese biológica
  3. Preferível se associada à cirurgia para tratamento da valvopatia mitral.
72
Q

Quais as indicações de realizar investigação de doença arterial coronariana em pacientes com indicação de cirurgia valvar?

A
  1. Idade > 40 anos
  2. Suspeita de doença coronariana
    > Fatores de risco para aterosclerose (DM, HAS, DLP…)
    > Eventos prévios de angina
  3. Disfunção ventricular esquerda
  4. Avaliação de etiologia na IM secundária
73
Q

Quais as indicações de anticoagulação nas valvopatias de valvas nativas?

A
  1. EM com FA (independe do CHADSVASC) e/ou trombo atrial esquerdo) => anticoagulação apenas com varfarina.
  2. Demais valvopatias + FA (a depender do CHADSVASC) => anticoagulação com DOAC ou vanfarina
  3. Evento embólico prévio sem FA => Varfarina
74
Q

Quais as indicações de anticoagulação nas valvopatias corrigidas com próteses biológicas?

A
  1. Se FA => varfarina (IB) ou DOAC (IIbB)
  2. Se Ritmo sinusal - prótese mitral (primeiros 3-6 meses) => varfarina (IIb) e DOAC (III)
  3. Se Ritmo sinusal - prótese aórtica (primeiros 3-6 meses) => varfarina (IIb) e DOAC (III)
75
Q

Quais as indicações de anticoagulação nas valvopatias corrigidas com TAVI?

A
  1. Se FA => Varfarina (IB) e DOAC (IIb)
  2. Ritmo sinusal => não recomendado
  3. FA + ATC (DAC crônica) => DOAC + Clopidogrel
76
Q

Quais as indicações de anticoagulação nas valvopatias corrigidas com próteses mecânicas?

A
  1. Varfarina => independente do ritmo e do CHADSVASC
77
Q

Como iniciar a anticoagulação com varfarina?

A

< 65 anos => 5mg/dia
> 65 anos => 2,5mg/dia

78
Q

Que dias solicitar a primeira e segunda dosagem do TAP/INR após inicio da varfarina?

A

No 3º dia => avaliar hiper-responsividade à medicação;
No 5º dia => para iniciar ajustes
Obs.: A partir disso, fazer a cada 5 dias até atingir faixa terapêutica.

79
Q

Em regra, qual o intervalo do INR a ser adotado?

A

Entre 2,0 e 3,0

80
Q

Quais as exceções para adotarmos um valor de INR mais elevado e qual o alvo?

A

Valor entre 2,5 e 3,5
1. Prótese mecânica em posição mitral
2. Prótese mecânica em posição aórtica associada a FA
3. Estados de hipercoagulabilidade
4. Eventos cardioembólicos na vigência de INR entre 2,0 e 3,0

81
Q

Como fazer o ajuste da dose da varfarina?

A

Valores de INR
i. < 1,5 => aumentar 15% semanal
ii. Entre 1,5 e 2,0 => aumentar 10% semanal
iii. Entre 2,0 e 3,0 => manter dose semanal
iv. Entre 3,0 e 4,0 => reduzir 15% semanal
v. Entre 4,0 e 5,0 => suspender 1 dose, e reduzir 10% da dose semanal
vi. Entre 5,0 e 9,0 => suspender varfarina até INR entre 2,0 e 3,0, reiniciar com 15% menos da dose semanal
vii. > 9,0 => internar, suspender varfarina em média por 4 dias, fazer vitamina K 1,0 a 2,5mg oral a ser repetir em 24/48h se INR não cair < 5,0 e reinicar anticoagulação após INR próximo a valores-alvo (abaixo de 4)

82
Q

Qual a dose da rivaroxabana?

A

20mg 1x ao dia

83
Q

Em qual situação fazer o ajuste da rivaroxabana?
Qual dose a ser realizada?

A
  • ClCr entre 30 e 50mL/min
  • 15mg 1x ao dia
84
Q

Qual a dose da apixabana?

A

5mg 12/12h

85
Q

Em qual situação fazer o ajuste da apixabana?
Qual dose a ser realizada?

A

Se 2 dos 3 fatores abaixo estiverem presentes?
- Idade > 80 anos
- Peso < 60kg
- Cr > 1,5 mg/dl
Dose: 2,5 mg 12/12h

86
Q

Quais as contraindicações para uso da rivaroxabana?

A

ClCr < 30ml/min
Doenças hepáticas associadas à coagulopatia

87
Q

Quais as contraindicações para uso da apixabana?

A

ClCr < 15ml/min
Doenças hepáticas associadas à coagulopatia

88
Q

Qual a dose da endoxabana?

A

60mg 1x ao dia

89
Q

Em qual situação fazer o ajuste da endoxabana?
Qual dose a ser realizada?

A

Se presente um ou mais dos fatores abaixo:
- ClCr entre 15-50mL/min
- Peso < 60kg
- Utilização concomitante dos seguintes inibidores da glicoproteína P (ciclosporina, dronedarona, eritromicina ou cetoconazol)

90
Q

Quais as contraindicações para uso da endoxabana?

A

Clearance de creatinina > 95 mL/min ou < 15 mL/min

91
Q

Qual a dose da dabigatrana?

A

150mg 12/12h

92
Q

Em qual situação fazer o ajuste da dabigatrana?
Qual dose a ser realizada?

A

Se um dos abaixo:
≥ 80 anos
ClCr entre 30 e 50 ml/min
Alto risco de sangramento
Dose: 110mg 12/12h

93
Q

Quais as contraindicações para uso da dabigatrana?

A
  • Clearance de creatinina < 30 mL/min
  • Uso concomitante de cetoconazol
94
Q

Procedimentos cirúrgicos de baixo risco de sangramento necessitam de suspensão de anticoagulantes?

A

Não.
Obs.:
- No caso da Varfarina deve ser dosado o INR 24 a 48 horas antes e liberar o procedimento se estiver na faixa
- No caso de DOAC, evitar fazer o procedimento horas após a dosa.

95
Q

Procedimentos cirúrgicos de alto risco de sangramento necessitam de suspensão da varfarina?
Como fazer?

A

Sim. Suspender 5 dias antes.
Realizar ponte com:
> Enoxaparina - suspender 24 horas antes
> HNF: suspender 6h antes
Retornar heparina 12 horas após se hemostasia adequada.
Reiniciar varfarina no dia seguinte
Suspender heparina quando INR alcançar a faixa

96
Q

Procedimentos cirúrgicos de alto risco de sangramento necessitam de suspensão de DOACs?
Como fazer?

A

Sim.
Suspender 24 a 48 horas antes.

97
Q

Como fazer em pacientes que necessitam de cirurgia de urgência e fazem uso da varfarina?

A

Complexo protrombínico 50UI/kg

98
Q

Quais antídotos para pacientes que fazem uso de DOACs e necessitam de cirurgia de emergência?

A

Idarucizumab - antídoto para dabigatrana
Andexanet alfa - Antídoto para inibidor do fator Xa

99
Q

Medicação de escolha para profilaxia secundária de febre reumática?

A

Penicilina G benzatina 1.200.000ui 21/21 dias.

100
Q

Medicação de escolha em caso de alergia a penicilina ou como alternativa ao desabastecimento?

A

Sulfadiazina 1g 1x ao dia

101
Q

Critérios para suspensão da profilaxia secundária?

A
  1. Sem cardite: suspender aos 18 aos ou 5 anos após o último surto;
  2. Cardite sem sequelas ou sequelas muito discretas (exceto lesões estenóticas): suspender as 25 aos ou 10 anos após o último surto;
  3. Cardite grave ou troca valcar: Até os 40 anos ou por toda a vida.
102
Q

Para quem está indicada a profilaxia para endocardite infecciosa?

A

Pacientes portadores de:
1. Valvopatias moderada a grave, independente da etiologia;
2. Portador de prótese valvar;
3. Risco elevado para EI grave: prótese valvar cardíaca, EI prévia, cardiopatia congênita não reparada ou corrigida parcialmente ou corrigida com material protético, transplantado cardíaco com valvopatia.

103
Q

Como é feita a profilaxia não farmacológica para EI?

A
  1. Manutenção de ótima saúde bucal
    > Consultas odontológicas trimestrais
  2. Contraindicada arte corporal
    > Piercing em pele, língua e mucosas
    > Tatuagens
104
Q

Em que situações é realizada a profilaxia para EI?

A

Procedimentos odontológicos de alta probabilidade de bacteremia (manipulação de tecido gengival, região periodontal ou perfuração da mucosa oral), do trato gastrointestinal, geniturinário e respiratório que envolvam lesão de mucosa.

105
Q

Esquemas de profilaxia para endocardite infecciosa antes de procedimentos dentários?

A
  1. Fármaco de escolha:
    > Amoxicilina 2g
  2. Alérgicos a penicilina (oral):
    > Clindamicina 600mg
    > Azitromicina ou claritromicina 500mg
  3. Parenteral:
    > Ampicilina 2g
    > Cefazolina ou ceftriaxona 1g
  4. Parenteral (alérgicos a penicilina)
    > Clindamicina 600mg
    *Obs: 1h antes do procedimento
106
Q

Profilaxia antibiótica parenteral para procedimentos do trato gastrointestinal e geniturinário?

A
  1. Parenteral:
    > Ampicilina 2g + gentamicina 1,5mg/kg
  2. Alérgicos a penicilina
    > Vancomicina 1g + gentamicina 1,5mg/kg
107
Q

Valvopatias que classificam a gestação como de alto risco?

A
  1. Estenose mitral importante
  2. Estenose aórtica importante
  3. Prótese biológica estenótica/calcifiacada
  4. Prótese mecânica com disfunção
108
Q

Valvopatias que classificam a gestação como de risco intermediário?

A
  1. Prótese biológica com disfunção moderada
  2. Estenose valvar pulmonar
  3. Prótese mecânica mitral > Prótese mecânica aorta
109
Q

Valvopatias que classificam a gestação como de risco intermediário?

A
  1. Doença valvar discreta
  2. Prótese biológica sem disfunção
  3. Sem fatores complicadores
110
Q

Como é feito o controle da anticoagulação em prótese mecânica durante a gravidez entre a 6ª e 12ª semanas?

A

HNF ou Enoxaparina

111
Q

Como é feito o controle da anticoagulação em prótese mecânica durante a gravidez entre a 12ª e 36ª semanas?

A

Varfarina na dose de acordo com o INR

112
Q

Como é feito o controle da anticoagulação em prótese mecânica durante a gravidez entre a 36ª semana e o parto?

A

HNF ou Enoxaparina

113
Q

Como é feito o controle da anticoagulação em prótese mecânica durante no puerpério?

A

Retorna com HNF ou enoxaparina 6h após o parto.
Iniciar a varfarina 48 horas após o parto
manter HNF ou enoxaparina até alvo de INR

114
Q

Indicação de parto normal em gestante com valvopatia.

A

Parto vaginal e anestesia peridural/raquidiana são preferenciais para doença valvar de risco baixo e intermediário

115
Q

Quando deve ser preferível o parto via cesárea?

A
  1. Doença Valvar de Alto Risco (lesões obstrutivas graves)
  2. Doenças de aorta torácica ascendente
  3. Parto na vigência de anticoagulação
  4. História de dissecção de aorta