Trombose Flashcards

1
Q

Qual é a tríade de Virchow?

A

Hipercoagulabilidade sanguínea, redução do fluxo sanguíneo (estesdois associados a trombose venosa) e dano à parede vascular (associado a trombose arterial)

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2
Q

Quais são os fatores de risco para trombose venosa?

A

Imobilização, gravidez, fatores hereditários como F V de Leiden, neoplasias, fármacos constituídos por estrogénios, desidratação, obesidade, idade

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3
Q

Quais são os fatores de risco para trombose arterial?

A

História familiar, sexo masculino, dislipidémia, HTA, doença aterosclerótica, tabagismo, sendentarismo, obesidade

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4
Q

Qual é a fisiopatologia do fator V de Leiden?

A

Há uma mutação que leva a que o fator V seja resistente à clivagem pela proteína C

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5
Q

Como diagnosticamos o fator V de Leinden?

A

Pelo teste de resistência à proteína C ativada. Se o resultado negativo, ficamos por aqui. Se for positivo fazemos PCR para o fator V de Leiden

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6
Q

Como tratamos o fator V de Leiden?

A

Se for heterozigoto e assintomático, não fazemos nada, uma vez que a probabilidade de vir a ter eventos trombóticos é reduzida e a profilaxia pode levar a riscos hemorrágicos.
Se for homozigoto e tiver e episódio trombótico grave fazemos tratamento anti-trombótico por tempo indeterminado

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7
Q

Qual é a fisiopatologia da hiper-homocisteinémia?

A

Há uma mutação no gene MTHFR C677T que leva a hiperhomicisteinémia. Como a homocisteína é agressora para o endotélio, há acumulação ainda mais de homocisteína que favorece fenómenos trombóticos

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8
Q

Como fazemos o diagnóstico de Hiperhomicisteinémia?

A

Medimos os níveis de homocisteína no sangue e na urina e, se estiverem aumentados, fazemos PCR para a mutação MTHFR C677T

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9
Q

Qual é a fisiopatologia e como fazemos o diagnóstico de protrombina G20210A?

A

Há uma mutação nonsense que aumenta quantitivamente os níveis de protrombina. Para diagnosticar fazemos o PCR para a protrombina G20210A

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10
Q

O que pode causar défice de proteína C?

A

Trombose aguda, varfarina,, hepatopatia, enteropatia com perda proteica

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11
Q

O que pode causar um défice de proteína S?

A

Trombose aguda, varfarina, hepatopatia, enteropatia com défice proteico, inflamação e estrogénios

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12
Q

Como diagnosticamos o défice me proteína C e S?

A

Como as alterações podem ser quantitativas ou qualitativas, primeiro medimos os níveis de proteína e para procurar alterações funcionais fazemos o PCR dos genes

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13
Q

Como pode ocorrer um défice de antitrombina?

A

Por trombose aguda, hepatopatia, enteropatia com perda proteica, síndrome nefrótico. É de transmissão autossómica dominante

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14
Q

Como diagnosticamos o défice em antitrombina?

A

Medindo os níveis de antitrombina

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15
Q

Qual é a fisiopatologia da síndrome dos anticorpos antifosfolípidos?

A

Há produção de Ac ( Anticoagulante lúpico, anti-cardiolipina e anti-beta2-glicoproteína) que atuam contra os fosfolípidos da membrana endotelial, da superfície das células e proteínas transportadoras. É uma trombofilia potente uma vez que leva a trombose venosa e arterial.

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16
Q

O que pode causar síndrome dos anticorpos antifosfolípidos?

A

Pode primário ou secundário a outras patologias como LES, Artrite Reumatóide e gravidez

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17
Q

Como diagnosticamos Síndrome dos Anticorpos Antifosfolípidos?

A

Pelos múltiplos insucessos osbtétricos

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18
Q

Como tratamos as trombofilias?

A

Não fazemos profilaxia primária, por isso não se justifica a pesquisa de mutações se não houver fenómenos trombóticos. A SAF é exceção porque não são necessarios os fenómenos trombóticos mas sim os insucessos obstréticos.

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19
Q

Que tipos de tromboembolismos venosos podem ocorrer?

A

Trombose venosa profunda, superficial, dos seios venosos cerebrais, de outras veias e tromboembolia pulmonar

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20
Q

Quais são as manifestações clínicas da trombose venosa superficial?

A

Maioritariamente assintomática, mas pode haver dor e inflamação muito bem delimitadas ao percurso da veias, sendo que não há dor com o movimento muscular nem à palpação.

21
Q

Como pode ocorrer trombose venosa superficial?

A

Principalmente idiopática mas também pode ser secundária a varizes, flebotomias, hipercoagulabilidade etc.

22
Q

Como tratamos a trombose venosa superficial?

A

Com AINEs e repouso. Se for recidivante ou de maior extensão podemos dar hepairina de baixo peso molecular.

23
Q

Qual é a fisiopatologia da trombose venosa profunda?

A

É a formação de um coágulo na circulação venosa profunda, mais comum nos MI mas grave se originar TEP. Se for nos MS é obrigatório pesquisar por neoplasia oculta.

24
Q

Quais são as manifestações clínicas da TVP?

A

Dor local difusa, eritema, edema, dor à contração muscular. Os sintomas podem estender-se por dias a semanas

25
Q

Como fazemos o diagnóstico de TVP?

A

No EO procuramos o sinal de Homan (dor no MI à dorsiflexão do pé) e o sinal de Bancroft (dor no MI com compressão dos gastrocnémios). Fazemos a medição dos níveis de D-dímeros, uma vez que estes têm elevado valor preditivo negativo, ou seja, se estiverem normais excluem TVP, mas como têm baixa sensibilidade não confirmam o diagnóstico, por isso se estiverem altos fazemos ecodoppler venoso

26
Q

Como tratamos a TVP?

A

Com heparina de baixo peso molecular (como enoxaparina) e varfarina até que o INR esteja entre 2-3. Quando atingir este valor, retiramos a heparinas mamantemos anticoagulação oral durante mínimo de 3 meses. Podemos ainda fazer profilaxia de trombose com varfarina em doente sem fatores de risco e heparina em doente com.

27
Q

Qual é a clínica da tromboembolia pulmonar?

A

Dispneia, tosse seca, dor torácica e hemoptises

28
Q

Como fazemos o diagnóstico de tromboembolia pulmonar?

A

Rx (pode vir normal ou apresentar uma estrutura triangular hipodensa), gasometria (hipóxia e hipocapnia), ECG, Nível de -Dímeros, cintigrafia de ventilação perfusão, angioTC do tórax (gold standard, dá localização exata da lesão) e angiografia pulmonar

29
Q

Que diagnósticos diferenciais podemos considerar na TEP?

A

Ansiedade, dor musculo-esquelética, EAM, infeções respiratórias etc.

30
Q

Como tratamos a TEP?

A

Se houver instabilidade hemodinâmica ou disfunção ventricular há critérios para fibrinólise. Caso isto não aconteça, fazemos heparina de baixo peso molecular e varfarina até o INR estabilizar em 2-3. Aqui, retiramos a heparina e mantemos a varfarina oral pelo menos 6 meses

31
Q

Como atua a heparina?

A

Inibe a coagulação uma vez que potencia a ação da antitrombina, formando complexos entre esta e os fatores de coagulação II, IX, X, XI. Além disso interfere na função plaquetária. Como não é absorvida pelo tubo GI tem que ser administrada por injeção e tem semi-vida de 1h.

32
Q

Como controlamos o tratamento com heparina não fracionada?

A

Mantendo o aTTP 1.5-2.5x acima do limite superior de referência.

33
Q

Quais são as características da heparina de baixo peso molecular?

A

Tem maior capacidade de inibir o Fator Xa e interage menos com as plaquetas. Tem maior biodisponibilidade e maior semivida no plasma. Como não atravessa a placenta é o fármaco de eleição em mulheres grávidas que precisam de anticoagulação.

34
Q

Quais são as utilizações da heparina?

A

Tratamento da TVP, TEP e Angina de Peito Instável. Para além disso usa-se também para profilaxia de trombose venosa.

35
Q

O que contraria a ação da heparina?

A

Protamina. É usada em hemorragias graves.

36
Q

Como atua a varfarina?

A

É um antagonista da vitamina K que leva à diminuição da atividade dos fatores II, VII, IX e X

37
Q

Como atua o dabigatrano?

A

Inibe o fator II

38
Q

Como atuam o rivaroxabano e o apixabano?

A

Inibem o fator X

39
Q

Como verificamos se existiu contaminação por heparina?

A

Com o teste da reptilase: utilizamos outro reagente insensível à heparina. Se o aPTT normalizar é porque havia contaminação com a heparina, se não, é porque havia outra razão.

40
Q

Como é que atua o anticoagulante lúpico?

A

Impede o flipflop dos ácidos gordos da membrana, causando lesãootelial o que leva à formação de microtrombos. Por isso é que o síndrome antifosfolipídico está mais associado a insucessos obstétricos e a trombose arterial. Para além disso, o lúpico liga-se aos fosfolípidos necessários aos fatores de coagulação da via intrínseca fazendo com que estes não estejam disponíveis para ativar os fatores de coagulação

41
Q

Como pesquisamos o anticorpo lúpico?

A

Adicionamos muito fosfolípidos que neutralizam o anticorpo e normalizam o aPTT. Se este normalizar é lúpico positivos, se não é porque há outra razão

42
Q

Porque é que verificamos os D-Dímeros na trombose?

A

Porque os trombos estimulam muito a coagulação, o que aumenta muito a fibrinólise, levando degradação da fibrina que forma os D-dímeros

43
Q

Como podemos tratar a trombose venosa profunda?

A

Com varfarina e hepatina, uma vez que a varfarina é anti-vitamina K e nos primeiros dias é pró-trombótico porque inibe os anticoagulantes naturais (fator II e X, da via comum) sem haver efeito anti-trombótico, por isso temos ue utilizar os 2 até ao 5o dia. Depois vemos o INR. Se este estiver baixo mantemos os 2 e aumentamos a dose de varfarina, se INR normal paramos heparina e mantemos varfarina, se INR muito alto paramos heparina e ajustamos dose de varfarina. Tratamos durante 3 meses.

44
Q

Quais são os critérios de estudo de trombofilia?

A

Trombose em idade jovem, trombose em local atípico, trombose de repetição e trombose desproporcional ao estímulo

45
Q

Quando é que fazemos antifibrinolíticos na trombose?

A

Quando há risco de vida (como na TEP maciça ou trombose do SNC maciça) porque o risco hemorrágico é muito elevado

46
Q

O que mostra a gasimetria da TEP?

A

Hipóxia e hipocápnia

47
Q

O que indica a síndrome S1-Q3-T3?

A

Sobrecarga ventrículo direito

48
Q

Qual é o exame gold-standard para verifica TEP?

A

Angio-TC

49
Q

Como tratamos a TEP?

A

Fibrinólise