Hemostase Flashcards
Como pode ocorrer a trombocitopenia?
Por falha na produção:
- Por falta de TPO (por hepatites, hepatopatia vírica etc.)
- Por insuficiência medular (por doenças intrínsecas à medula como Síndrome Mielodisplásico ou por toxicidade de fármacos)
Por aumento da destruição:
- Por infeções víricas
- Por fármacos (incluindo ervanária e vacinas)
- Por doenças autoimunes
- Por doenças linfoproliferativas
Como distinguimos se há destruição central ou periférica?
Através dos níveis de megacariócitos ou pelas plaquetas reticuladas: se a destruição for periférica vão estar aumentadas ou se for central vão estar diminuídas.
Que causas podem originar falsa trombocitopenia?
Microcoágulos colheita difícil, sateletismo e microagregados plaquetares por recolha em EDTA
O que é importante descartar em todas as trombocitopenias severas?
HIV, hepatites e serologias autoimunes
Como podemos tratar trombocitopenias?
Com corticoides orais (que demoram cerca de 3 dias a fazer efeito) e imunoglobulina. Nas reações imunes não damos plaquetas porque vão ser destruídas também. No entanto, se for de origem central podemos dar plaquetas.
Quando há risco de vida e não sabemos a causa damos plaquetas, corticoide e imunoglobulina.
Qual é o principal booster da cascata de coagulação?
É a trombina, uma vez que basta uma pequena quantidade desta para estimular as duas vias de coagulação.
Quantos tipos de hemofilia existem?
3: A, B e C
Qual é a fisiopatologia da Hemofilia A?
A hemofilia A é uma coagulopatia que ocorre por défice de fator VIII. É de transmissão recessiva ligada ao X uma vez que o gene que codifica o fator VIII se encontra no braço longo do cromossoma X. Há um aumento isolado do TTPa.
Qual é a fisiopatologia da Hemofilia B?
A hemofilia B é uma coagulopatia que ocorre por défice do fator IX, cujo gene se encontra no braço longo do cromossoma X, por isso tem transmissão recessiva ligada ao X. Há uma aumento do TTPa.
Quais são as principais manifestações clínicas da Hemofilia A e B?
Hemartroses e Hematomas
Qual é a fisiopatologia da Hemofilia C?
É uma coagulopatia muito rara que ocorre por défice de fator XI.
Como diagnosticamos a hemofilia?
Através dos tempos de coagulação, sendo que o TP está normal e o TTPa está aumentado e através do doseamento dos fatores.
Em que graus de gravidade divide a Hemofilia?
Leve (5-40% de F VIII) havendo principalmente hemorragias pós-traumáticas ou após cirurgias.
Moderada (1-5% de F VIII) havendo principalmente hemorragias pós-traumáticas e espontâneas raras.
Severa (<1% de F VIII) havendo principalmente hemorragias espontâneas e hematomas fáceis.
Como tratamos a hemofilia?
Dando o fator em falta. Existe a profilaxia primária e o tratamento on demand. Para prevenção, principalmente nas crianç, fazemos administração do fator a nível endovenoso 3x por semana, o que permite que passem de hemofílicos severos a moderados ou leves. O tratamento on demand faz-se quando acontece alguma coisa mais grave. A quantidade de fator é sempre em função do peso do doente e do local de hemorragia. Quando há hemorragia ameaçadora da vida (cabeça, vias aéres ou interna) queremos subir o fator para 100%. Noutras hemorragias menores chega subir para 20%.
Damos desmopressina na hemofilia?
Não, porque não faz nada na hemofilia, uma vez que aqui não há falta de fator de VWW mas sim de fator VIII.