Tromboangeíte Obliterante Flashcards

1
Q

TAO: resumo

A

A TAO é uma doença que cursa com inflamação do vaso sanguíneo e que leva a formação de um trombo, obliterando o vaso, podendo chegar a necessidade de amputação.

É uma doença que acomete pacientes entre 20 e 40 anos, tabagistas de longa data, que fumam desde a adolescência.

Acomete a nutrição e o trofismo do membro, gerando alterações de pele e fâneros, e formação de úlceras que não melhoram com tratamento clínico.

O principal tratamento e profilaxia de novos episódios de TAO é orientar a parada imediata do tabagismo.

Se o paciente continuar fumando, a doença vai progredir e vão ocorrer novas obstruções.

O diagnóstico é angiográfico – não se visualiza a artéria, mas é visível o vasa vasorum ao redor, bem como a circulação colateral, indicando que a artéria principal foi obstruída (sinal de Martorell).

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Q

Definição e patologia

A

A TAO é uma panvasculite, então nem sempre é arterial.

O quadro pode começar com uma flebite, nos leitos venosos.

Pode ocorrer, inclusive, uma flebite em território esplâncnico ou mesentérico, não sendo uma doença exclusiva dos membros.

A maioria dos casos de TAO, entretanto, é arterial e ocorre nos membros inferiores.

A característica principal do paciente que sofre com a TAO é o fato de ser fumante, apesar de ainda hoje não se saber ao certo como o tabaco leva ao desenvolvimento da doença.

A influência do tabagismo é tão forte que existem casos de TAO até mesmo em tabagistas passivos.

No desenvolvimento da doença ocorre lesão direta do endotélio, com aumento de adesão e agregação plaquetária, formação de imunocomplexos e aumento global da atividade prócoagulação.

Alguns estudos já provam a associação da TAO com processos autoimunes, indicando provavelmente ser uma doença anticorpo específica, induzida pelo tabaco.

ETIOLOGIA - PATOGENIA

Desconhecida > TABACO

Fumo antes dos 20 anos , ou por mais de 10 anos

Não fumantes: Fumante passivo

Efeitos do tabagismo sobre a circulação:

. ação direta sobre o endotélio

. vasoconstrição

. lesão vascular pela alteração da dissociação do O2 da Hb

Auto-imune? AC específicos anti artéria ?

Hipersensibilidade pelo cigarro no endotélio ?

. Aumento agregação plaquetária reacional à formação imunocomplexos e aumento da atividade plaquetária pelo tabagismo

. Aumento de IgA e IgG e alteração do complemento C

. O TGP ( tobacco glycoprotein ) da folha do tabaco : ativa o Fator XII do mecanismo intrínseco da coagulação, diminui TTPA

. Associação com Rickéttsioses: angiotropismo que as rickéttisias ( gram - ) têm sobre as artérias e veias > cels endoteliais > inflamação

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Q

QC e DG

A

Como o principal local de acometimento são os membros inferiores, o sintoma mais encontrado é a claudicação, mas os sinais e sintomas dependem de onde irá ocorrer a TAO.

Podem surgir também alterações dermatológicas, como lesões, ulcerações com dificuldade de cicatrização e infecção secundária; além de alterações cardíacas, cerebrais, mesentéricas, entre outras.

Qualquer veia ou artéria do organismo pode sofrer com a TAO.

O diagnóstico é feito pelo conjunto da história do paciente com a clínica.

Não existe um exame para diagnóstico específico, então é preciso suspeitar da doença.

QC

Obstrução arts peq. e médio calibre em fumantes entre 20 -40 anos

Claudicação intermitente ( inicialmente plantar)

Esfriamento

Alterações sensitivas

Lesões cutâneas superficiais

Ulcerações e gangrena

Sinais e sintomas prodrômicos: manifestações “reumáticas” recorrentes: artralgias com sinais flogísticos

MMII concomitantes com MMSS

Lesões teciduais: espontâneas ou pós trauma

Dificuldade cicatrização: semanas – mais de mês

Infecção secundária

Flebite superficial migratória ( safena magna e parva preservadas)

-geralmente o primeiro sintoma

-Trombose veia cerebral

Fenômeno Raynaud : 50%, assimétrico

Hiperhidrose plantar ou palmar: 30%

Vasos cardíacos, cerebrais e viscerais

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

A presença de cinco aspectos clínicos, acima de forma concomitante, é suficiente para firmar o diagnóstico clínico da doença de Buerger

  1. História de tabagismo.
  2. Início antes dos 50 anos
  3. Lesões arteriais obstrutivas infrapoplíteas
  4. Envolvimento do MS ou presença de flebite migratória.
  5. Ausência de outros fatores de risco para aterosclerose, além do tabagismo.

DG

Doppler

Duplex scan

Angiotomografia

Arteriografia ( possibilita a confirmação diagnóstica)

. Obstruções abruptas

. “sinal de Martorell”

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4
Q

TTO

A

O principal, como já dito, é parar de fumar – o paciente pode ser encaminhado ao psiquiatra para que consiga abandonar o hábito.

O restante é tratamento secundário – analgésicos, ansiolíticos, antidepressivos, antibióticos para infecção secundária;

Além do tratamento cirúrgico, que não traz um resultado muito bom. Lembrar sempre que tratamento da TAO é parar de fumar.

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