Trauma Torácico Flashcards

1
Q

Quais as principais causas de trauma contuso e penetrante? Qual tem maior mortalidade? Qual o mais frequente?

A

Trauma contuso tem mortalidade superior e acontece mais, sendo as principais causas acidentes automobilísticos e queda. Já entre os penetrantes é mais comum PAF e FAB.

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2
Q

Como é a distribuição global de mortalidade no trauma?

A

Trimodal

1º pico: seg-min
2º pico: min-h
3º pico: dias-semanas

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3
Q

A que se refere o termo “Golden Hour” no trauma?

A

A hora de ouro, 80% das mortes por trauma ocorrem na primeira hora após a lesão.

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4
Q

Quais os sítios mais acometidos no trauma torácico?

A

Parede torácica (50%)
Pulmão (25%)
Cardiovascular (20%)

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5
Q

Como deve ser feita a leitura de radiografia torácica no trauma?

A

Airway (traqueia centrada, bronquios)
Breathing (campos pulmonares, trama vascular)
Circulação (área cardíaca, mediastino)
Diafragma (seios costofrênicos, cardiofrênicos)
Externo (arcos costais, esterno, esqueleto)
Foreign (tubo, cateter)

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6
Q

O que é a “Caixa da Morte” no trauma torácico?

A

Região onde acontecem muitas lesões fatais

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7
Q

Como deve ser feita a remoção de objetos perfurando o paciente?

A

Em centro cirúrgico, pode estar obstruindo um sangramento.

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8
Q

Quais lesões no trauma torácico precisam ser identificadas imediatamente?

A
Obstrução de vias aéreas
PTX hipertensivo
PTX aberto
Tamponamento cardíaco
Hemotórax maciço
Lesão da árvore brônquica
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9
Q

Lesões que devem ser identificadas na avaliação secundária: (8)

A
PTX simples
Hemotórax
Tórax instável
Contusão pulmonar
Contusão cardíaca
Ruptura traumática de aorta
Ruptura traumática de diafragma
Ruptura de esôfago por trauma fechado
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10
Q

V ou F: A maioria dos traumas contusos e penetrantes no tórax requerem intervenção cirúrgica

A

Falso
< 10% contuso
15-30% penetrante

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11
Q

3 consequências fisiológicas do trauma torácico

A

Hipóxia
Hipercarbia
Acidose

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12
Q

V ou F: Os problemas críticos devem ser corrigidos à

medida que são identificados.

A

Verdadeiro

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13
Q

Cite algumas causas de obstrução de VA

A
Edema
Sangramento
Aspiração de vômito
Lesão laríngea
Trauma penetrante de pescoço
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14
Q

Como identificar obstrução de VA?

A
Uso de musculatura acessória da respiração
Tiragem intercostal
Inspeção da orofaringe por CE
Estridor
Mudança na voz
Palpação de pescoço, esterno e clavícula
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15
Q

Como tratar obstrução de VA?

A

Temporariamente, com succção de sangue, vômito e secreções, geralmente será necessária uma VA definitiva.

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16
Q

As lesões traumáticas na parte superior do tórax podem criar um defeito palpável na região da
articulação esternoclavicular com luxação posterior
da cabeça da clavícula, causando obstrução da via
aérea superior. Como abordar?

A

O tratamento consiste na redução da lesão com:

  • extensão dos ombros ou
  • pinçamento da clavícula com instrumento cirúrgico (pinças de campo de Backhaus, por exemplo)

Uma vez reduzida, habitualmente esta fratura é estável quando o doente permanece na posição supina.

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17
Q

V ou F: A lesão da traqueia ou de um brônquio principal é uma lesão incomum e potencialmente fatal.
No trauma fechado, a maioria dessas lesões ocorrem
próximo à carina. A maioria dos doentes com essa lesão morre no local do trauma. Aqueles que chegam vivos ao hospital apresentam um índice de mortalidade elevado.

A

Verdadeiro

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18
Q

Na lesão de árvore traqueobrônquica, a intubação pode provocar ou piorar um ferimento no local. Como proceder?

A

Pode ser necessária, em caráter temporário,
a intubação seletiva do brônquio-fonte do pulmão
oposto. A intubação frequentemente será difícil e é
indicada intervenção cirúrgica imediata.

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19
Q

Sinais indicativos de lesão traqueobrônquica

A

Hemoptise
Enfisema subcutâneo
PTX
Expansão pulmonar incompleta após drenagem de tórax (pode ser necessário colocar mais um dreno)

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20
Q

Qual exame confirma lesão traqueobrônquica?

A

Broncoscopia

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21
Q

O que deve ser avaliado em B no trauma torácico?

A
Simetria da parede torácica
Auscultar MV
Procurar outros sons
Palpar à procura de dor, crepitação e defeitos
FR
Padrão respiratório
Cianose
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22
Q

Explique o que acontece em um PTX hipertensivo e uma possível complicação circulatória que deve ser identificada prontamente na emergência

A

O pneumotórax hipertensivo ocorre quando há vazamento de ar, tanto do pulmão como através da parede torácica, para o espaço pleural por um sistema de “válvula unidirecional”. O ar entra para a cavidade pleural sem possibilidade de sair, colapsando completamente o pulmão. O mediastino é deslocado
para o lado oposto, diminuindo o retorno venoso
e comprimindo o pulmão contralateral. O choque
decorrente dessa situação é consequente à acentuada
diminuição do retorno venoso, determinando uma queda do débito cardíaco, e é denominado choque obstrutivo.

23
Q

Qual a causa mais comum de PTX hipertensivo? Cite outras causas

A

Ventilação mecânica com pressão positiva em doentes com lesão da pleura visceral.

Outras causas: complicação de um pneumotórax simples devido a trauma ou após tentativas mal
direcionadas de inserção de cateter venoso central, seja por via subclávia ou jugular interna. Ocasionalmente, pode resultar de lesões
traumáticas da parede torácica (quando o ferimento constitui uma válvula unidirecional ou quando é fechado com curativo oclusivo)

24
Q

Sinais e sintomas do PTX hipertensivo

A
Dor torácica
Dispneia importante
Esforço respiratório
Taquipneia
Hipotensão
Desvio da traqueia
Ausência de MV
Elevação do hemitórax sem movimento respiratório
Distensão de veias jugulares
Cianose
Timpanismo
25
Q

Como é o manejo do PTX hipertensivo?

A

Descompressão imediata

  • Punção de alívio com jelco
  • Se falhar, uma alternativa é descompressão com dedo
26
Q

A espessura da parece torácica pode afetar o sucesso de uma punção de alívio no PTX hipertensivo. Qual o tamanho de cateter agulhado recomendado?

A

Uma agulha de 5 em atinge o espaço pleural em mais de 50% das vezes, enquanto uma agulha de 8 em, em mais de 90% das vezes.

27
Q

Qual o melhor local para uma punção de alívio em um PTX hipertensivo?

A

5º EIC

Levemente anterior à linha axilar média

28
Q

Após a punção de alívio como manejo imediato do PTX hipertensivo…

a) O que acontece se o procedimento for bem sucedido
b) Uma possível complicação
c) Tratamento definitivo

A

a) O PTX hipertensivo é convertido em simples
b) PTX
c) Dreno de tórax

29
Q

No PTX aberto…

a) O que acontece com as pressões atmosférica e intratorácica
b) Em que situação o ar preferencialmente entra pela ferida e não pela VA

A

a) Se igualam

b) Ferimento > 2/3 diâmetro da traqueia

30
Q

Sinais e sintomas do PTX aberto

A
Dor torácica
Dispneia
Taquipneia
Redução de MV
Movimento de ar ruidoso pela ferida
31
Q

Tratamento inicial do pneumotórax aberto

A

O tratamento inicial do pneumotórax aberto
constitui-se no fechamento imediato da lesão através
de um curativo estéril. O curativo deve ser grande o
suficiente para encobrir todo o ferimento e fixado com
fita adesiva em três de seus lados para produzir um
efeito de válvula unidirecional.

32
Q

Tratamento definitivo do PTX aberto

A

Um dreno de tórax deve ser inserido longe do ferimento assim que possível e depois fechamento cirúrgico da ferida.

33
Q

O que acontece se um PTX for fechado com um curativo de 4 pontas

A

A fixação dos quatro lados do curativo pode causar acúmulo do ar no espaço pleural, resultando num pneumotórax hipertensivo, a menos que o tórax esteja drenado.

34
Q

Principais condições ameaçadoras à vida que devem ser identificadas na avaliação primária do trauma torácico de acordo com o momento: ABC

A

A - obstrução de VA
B - PTX hipertensivou, PTX aberto e lesão traqueobrônquica
C - Hemotórax maciço, tamponamento cardíaco e parada circulatória traumática

35
Q

Um ritmo AESP no ECG pode ser encontrado em que condições críticas do trauma torácico? Pelo menos 5

A
Tamponamento cardíaco
PTX hipertensivo
Hipovolemia severa
Hipóxia
Acidose
Hipo/hipercalemia
Hipoglicemia
Hipotermia
Trombose pulmonar ou coronária
36
Q

Qual pulso aferir para rapidamente avaliar qualidade, frequência e regularidade?

A

Pulso central, pulsos periféricos podem estar ausentes em pacientes hipovolêmicos

37
Q

Quais medidas gerais de avaliação no C em trauma torácico?

A
Inspeção da pele por hematomas, cianose, palidez
Distensão de jugulares (hipovolemia não aparece)
Ausculta cardíaca
Pulso central
Temperatura
PA
Pressão de pulso
Monitorar com ECG e oximetria de pulso
38
Q

Sobre o hemotórax maciço:

a) Qual volume o define
b) Causa mais comum

A

a) > 1500 mL ou 1/3 do volume sanguíneo

b) Ferimento penetrante que acomete vasos sistêmicos ou hilares

39
Q

Em pacientes com hemotórax maciço, as veias jugulares podem estar distendidas ou colabadas. Dê um exemplo de condição associada para cada caso.

A

Distendidas: PTX hipertensivo
Colabadas: hipovolemia

40
Q

Pode-se suspeitar de hemotórax maciço quando um paciente com sinais de choque tiver também na ausculta e percussão…

A

MV abolido

Percussão maciça

41
Q

Manejo inicial do hemotórax maciço

A

Reposição do volume sanguíneo e descompressão da
cavidade torácica, realizadas simultaneamente. Após
conseguir rápido acesso venoso com cateter calibroso,
inicia-se a infusão de cristaloide e, assim que possível,
administra-se sangue tipo-específico.

42
Q

Sobre a drenagem de tórax no hemotórax maciço:

a) Tamanho do dreno
b) Local
c) Quando recomendar toracotomia de urgência

A

a) 28-32 French
b) 5º EIC anterior a linha axilar média
c) Retorno imediato de 1500 mL de sangue

43
Q

Quando indicar toracotomia de urgência após drenagem de um hemotórax maciço? Qual local de lesão devemos ficar atentos quanto a necessidade desse procedimento?

A

Retorno imediato de 1500 mL de sangue
200 mL/h por 2-4h
Necessidade persistente de tranfusões sanguíneas

Lesão na caixa mediastinal, medial aos mamilos ou escápulas, pelo risco de acertar grandes vasos, o hilo ou o coração

44
Q

O tamponamento cardíaco é mais comum em traumas penetrantes ou contusos?

A

Penetrantes

45
Q

Qual a tríade clássica do tamponamento cardíaco?

A

Bulhas abafadas
Hipotensão
Distensão jugular

46
Q

Sinal que pode ser visto na inspiração durante a inspeção característico de tamponamento cardíaco

A

Sinal de Kussmaul (turgência jugular na inspiração)

47
Q

O FAST é uma boa ferramenta para o diagnóstico de tamponamento cardíaco, mas outra condição associada pode resultar em falso + ou falso -, qual?

A

Hemotórax

48
Q

Mediante um diagnóstico de tamponamento cardíaco será necessária uma abordagem cirúrgica:

a) O que fazer para melhorar o débito cardíaco até lá?
b) Qual a abordagem cirúrgica?
c) Se a intervenção cirúrgica não for possível, qual medida de alívio pode ser feita?

A

a) Administração de fluídos IV
b) Toracotomia ou esternotomia de emergência
c) Pericardiocentese

49
Q

Sobre a pericardiocentese de emergência no tamponamento cardíaco:

a) Local de acesso?
b) É preferida à toracotomia de emergência?
c) Que ferramenta pode ser utilizada para facilitar a inserção do cateter agulhado?

A

a) Subxifoide
b) Não, é uma medida de último recurso salvadora de vida quando não há cirurgião treinado para realizar uma toracotomia ou esternotomia
c) US

50
Q

Quando um paciente de trauma é classificado com parada circulatória?

A

Inconsciente e sem pulso, incluindo AESP, fibrilação ventricular e assistolia

51
Q

Cite algumas causas de parada circulatória

A
Hipóxia
Hipovolemia
PTX hipertensivo
Tamponamento cardíaco
Herniação cardíaca
Contusão miocárdica
52
Q

A parada circulatória é um evento de alta mortalidade em que não se pode desperdiçar tempo. Quais monitoramentos devem ser instalados imediatamente?

A

ECG

Ecocardiografia

53
Q

Qual a conduta ao encontrar um paciente inconsciente e sem pulso?

A
Iniciar reanimação cardiopulmonar
Manejo ABC
VA definitiva sem ISR
Ventilação mecânica com 100% de O2
Toracostomia bilateral com tubo ou dedo (aliviar possível PTX, sem anestesia)
Monitorar com ECG e oximetria
Reposição volêmica
Epinefrina 1 mg