Trauma torácico Flashcards
Pneumotórax Hipertensivo
- sinais de choque obstrutivo
- turgência jugular
- ausência de murmúrio vesicular, hipertimpanismo
- principal causa: VM com pressão positiva em pacientes com lesões pleuropulmonares.
- dx clínico
Pneumotórax Hipertensivo - Conduta
- toracocentese de alívio (2º EIC linha hemiclavicular jelco 14 ou 16)
- Após: drenagem tórax em selo d’água (5º ou 6º EIC entre linha axilar anterior e média)
Se o pneumotórax se manter mesmo após drenagem correta -> lesão de via aérea calibrosa (fístula broncopleural) = toracotomia (dx por broncoscopia)
Pneumotórax Aberto
- geralmente por trauma penetrante
- diâmetro > 2/3 diâmetro da traqueia
- ventilação ineficaz - dispneia e desconforto importantes
Cd: - curativo de 3 pontas
- toracostomia com drenagem torácica em selo d’água + oclusão da ferida.
Toráx Instável
- fratura de 2 ou mais arcos costais consecutivos em 2 ou mais segmentos (flail chest)
- associado com contusão pulmonar
- respiração paradoxal
- pode haver dispneia, hipoxemia (geralmente se contusão associada)
Cd: suporte (O2, analgesia, fisio respiratória e reposição cautelosa de volume)
Pneumotórax simples - quando drenar?
- aumento do pneumotórax
- necessidade de anestesia geral ou VM
- se for grande (> 1/3 volume pulmonar), mas controverso.
Hemotórax maciço
- trauma penetrante
- maciço se > 1500 mL ou > 1/3 volume sanguíneo do paciente
- MV abolido + macicez à percussão
Cd: - reposição volemia
- considerar autotransfusão
- drenagem tórax
Toracotomia se drenagem imediata > 1500 mL ou > 200-300mL/h 2-4h ou necessidade persistente de transfusão sanguínea.
Tamponamento Cardíaco
- trauma penetrante
- câmara mais acometida: VD
- tríade de Beck em 30-40% casos
- pulso paradoxal (queda maior 10 mmHg PAS durante inspiração)
- acúmulo de 100-150 mL é suficiente para manifestações clíncas
Dx: FAST ou janela pericárdica
Cd: - pericardiocentese subxifoidiana (ultrapassar a pele a 90º e depois 45º em direção à escápula E, retirada de aprox. 20 mL)
Após: toracotomia para reparo da lesão.
Fraturas de Parede Torácica
- lesão mais comum em traumas fechados, mas também frequente em penetrantes
- 3 primeiros arcos costais, escápula e clavícula = trauma grave, lesões de grandes vasos
- esterno = lesão de estruturas mediastino
- 4º-9º arcos = mais comuns (principalmente idosos), associada com contusão e pneumotórax
- 10º-12º arcos = risco lesão esplênica ou hepática.
Toracotomia de Reanimação
- ferimento penetrante (zona de Ziedler) + PCR em AESP
Lesão Árvore Traqueobrônquica
- penetrante ou fechado, geralmente desaceleração
- suspeitar se pneumotórax que não resolve após drenagem adequada
- dx: broncoscopia
- Cd: via aérea definitiva sn, drenagem, cirurgia
Lesão Contusa do Coração
- arritmias + instabilidade hemodinâmica (choque cardiogênico)
- suspeitar se fratura de esterno ou arcos costais superiores
- tratamento: suporte e monitorização ECG
Trauma Aórtico
- morte imediata ou tamponamento
- mecanismo: aceleração/desaceleração
- mais comum: aorta descendente após emergência subclávia E
depois: ascendente próxima a valva aórtica - Rx: alargamento mediastino (> 8cm)
- angioTC ou aortografia
- tratamento cirúrgico com prótese endovascular, por exemplo.
Trauma Diafragma
- mais comum à E
- mais comum lesão penetrante, mas também em trauma fechado
- laparoscopia ou laparotomia
- se a hérnia diafragmática for crônica, pode ser toracoscopia (devido às aderências)