Trauma - Avaliação inicial e Vias Aéreas Flashcards

1
Q

Epidemiologia do trauma no Brasil

A

-3ª principal causa de morte na população geral (1ºDVC 2ºneoplasias)

-principais mortes são devido: 1º interpessoal 2º acidentes de transito

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2
Q

Distribuição trimodal das mortes no trauma e como evitar cada pico.

A

1º pico: seg – min (PREVENÇÃO)
-TCE grave, lesão de gds vasos, rotura cardíaca

2º pico: min- horas (ATLS)
-pneumotórax, lesões de vísceras maciças, hipovolemia (golden hour: atendimento na 1ªh reduz mortalidade)

3º pico: dias-sem (cuidados hospitalares)
-PNM, sepse, TEP, disf. Múlt. Órgãos

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3
Q

Como é feita a avaliação inicial (primária) no trauma?

A

1º passo: checar a segurança do local

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4
Q

Maneira rápida de avaliar o ABCDE

A

perguntar o nome e o que aconteceu

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5
Q

Principal causa de morte prevenível no trauma

A

Hemorragia

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6
Q

Quais as 6 condições que obrigatoriamente devem ser diagnosticadas durante a avaliação primária?

A

-obstrução de via aérea
-pneumotorax hipertensivo
-pneumotórax aberto
-hemotorax maciço
-tamponamento cardíaco
-lesão de árvore traqueobronquica

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7
Q

Quais são as medidas auxiliares na avaliação primária?

A

-ECG: avaliar arritmias em contusão cardíaca
-oximetria de pulso: avaliar saturação
-capnografia: medida de CO2 na expiração = avaliar trocas gasosas e posição do TOT
-gasometria: evidenciar comprometimento de VA, ventilação e perfusão tecidual (lactato)
-SNG: descompressão gastrica e avaliar sangramento
-SVD: avaliar reposição volêmica e hematúria
-Rx tórax AP e bacia AP (inclusive em gestantes) na sala de trauma
-FAST, E-FAST e LPD (deixou de ser usado devido FAST)

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8
Q

Explique a avaliação secundária no trauma

A

-feita com o paciente estável
-exame minucioso da cabeça aos pés: fundo de olho, otoscopia, palpar face para avaliar fraturas, pescoço…
-anamnese dirigida ao trauma:
A: alergias
M: medicamentos
P: passado/prenhez
L: liquidos e alimentos
A: ambiente, eventos e mecanismo do trauma

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9
Q

Quais são as medidas auxiliares na avaliação secundária?

A

Todos os outros exames: radiografia de membros, TC, exames endoscópicos. SNG e SVD também podem ser feitas

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10
Q

O que fazer no A?

A

-estabilizar coluna cervical
-avaliar patencia de VA
-ofertar O2 sob mascara não reinalante com alto fluxo (10-15L/min) para TODOS!
-avaliar necessidade de VA definitiva

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11
Q

Como é feita a estabilização da coluna cervical e o transporte do paciente?

A

-colar cervical e headblocks (evitar hiperextensão e tetraplegia)
-movimentação do paciente em bloco ( 1 para cabeça, outro pernas e outro tronco – contar até 3 e virar tudo)
- apenas o transporte em prancha rígida (chegou no hospital, vai pra maca para evitar LPP).

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12
Q

Como avaliar a patência da VA?

A

Procurar e reverter causas comuns:
-queda de base de lingua (principal):
* Chin-lift: levantar queixo (risco de hiperextensão)
* Jaw-Thrust: empurrar a mandíbula pra frente (melhor)
* Canula de guedel
-corpos estranhos (ex: dentes): retirada com pinça
-sangue e secreções (ex: saliva): aspirador

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13
Q

O que é via aérea definitiva?

A

Sonda em posição traqueal com balonete abaixo das cordas vocais (evita broncoaspiração) conectada a fonte de O2

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14
Q

Indicações de Via Aérea Definitiva

A
  1. apneia
  2. oxigenação inadequada: sat<90 ou PaO2<60 mesmo com mascara
  3. Glasgow<8 (não protege VA)
  4. convulsões reentrantes (fornecer O2 ao cérebro e proteger de broncoaspiração)
    5.hematoma cervical em expansão (comprime laringe e traqueia
    6.sangramento profuso de via aérea (até mesmo facial pode obstruir) = IOT mesmo em paciente consciente (cavidade nasal ou oral sangra tanto que pode se afogar)
    7.trauma maxilofacial extenso (pode levar a edema e obstrução de VA) (fratura de parasinfises da mandíbula bilateralmente causa queda de base da lingua)
    8.lesão térmica de laringe: edema das pregas vocais por inalação de fumaça
  5. paciente combativo (pode ser sinal de hipoxia)
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15
Q

Quais são as VAD não cirurgicas?

A

IOT: escolha no trauma
Intubação nasotraqueal: rara, apenas se respira espontaneamente

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16
Q

Tipos de Via Aérea Definitiva

A

Cirurgicas e não-cirurgicas.

17
Q

Quais são as VAD cirurgicas?

A

Cricotireoidostomia cirúrgica (escolha) ou traqueostomia

18
Q

Situações em que a IOT pode ser feita sem drogas

A

-ausencia de reflexo de tosse
-sem suspeita de TCE

19
Q

Contraindicações à VAD não cirúrgica (=Indicações de VAD cirúrgica)

A

impossibilidade de visualização e transposição da laringe:
-hemorragia facial profusa: mesmo após aspiração
-trauma maxilofacial extenso: por edema e distorção óssea nem consegue laringoscopar
-edema de glote
-distorção da anatomia cervical: pelo trauma ou edema – também impede visualização da laringe

20
Q

Contraindicações às VAD cirúrgicas

A

Cricotireoidostomia:
-Fratura de laringe
-Crianças <12 anos
(risco de lesão da cartilagem cricoide, que nelas sustenta a porção superior da traqueia, causando estenose subglotica)
(*são relativas, podem ser feitas se não souber fazer traqueo)
-Traqueo: VA de exceção, feita apenas se crico contraindicada

21
Q

Como é feita a cricotireoidostomia cirúrgica?

A

-identificar a membrana cricotireoidea entre a cartilagem tireoide e cartilagem cricoide
-incisão transversa na pele
-incisão na membrana com divulsão usando kelly, pinça hemostática ou cabo de bisturi
-introduzir tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia, ambos com diâmetro 5-7mm

22
Q

Como saber se não há fratura de laringe?

A

ausencia de sinais de suspeita
-equimose cervical (trauma direto)
-crepitação na palpação das cartilagens da laringe

23
Q

Traqueostomia percutânea por punção

A

-feita sem acesso cirúrgico
-proscrita no trauma: precisa hiperextender o pescoço

24
Q

Vias Aéreas alternativas e não definitivas

A

-máscara laríngea: ponta fecha o esôfago e tem abertura em direção à traqueia. Geralmente usa-se como ponte para IOT se falha ou ausencia de material (precisa de treinamento)
-tubo laríngeo
-tubo esofágico multilumen
-crico por punção (método de ventilação, não oxigenação)

25
Q

Indicações da crico por punção

A

-medida não definitiva mais usada em crianças <12a com apneia. Tempo máximo permitido 30-40min (devido acumulo de CO2)

26
Q

Como é feita a cricotireoidostomia por punção?

A

-coloca jelco 14 para adultos e 16-18 para crianças na membrana cricotireod.
-tira a agulha e deixa a canula
-ligar canula em conector em T (de soro mesmo): uma saída no O2 a 15L/min outra saída livre
-ocluir saída para oxigenar por 1s e liberar por 4s para saída de O2

27
Q

Triagem de multiplas vítimas: explique a classificação de SALT.

A
  1. Atendimento imediato: graves e com risco de vida mas que podem ser salvas
  2. Retardado: requerem tratamento dentro de 6h
  3. Mínimo: capacidade de deambular e psiquiátricos
  4. Expectante: graves que dificilmente sobreviverão com recursos disponíveis
  5. Obitos
28
Q

Qual a complicação mais comum associada a IOT de emergência em pacientes graves?

A

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