Trauma Torácico Flashcards

1
Q

Quais são as lesões estudadas no trauma torácico?

A
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2
Q

Pneumotórax simples: definição

A

aprisionamento de ar na cavidade pleural (entre as pleuras pariet. e visc) devido trauma penetrante ou contuso que cause lasceração do parênquima
-evento no trauma torácico + comum

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3
Q

Pneumotórax simples: Clínica

A

-dor torácica (pleura parietal com inervação somática)
-redução do MV (interface de ar entre o esteto e o pulmão)
-redução da expansibilidade (devido ar fora)
-timpanismo à percussão (devido ar)
-hipoxia (redução do parênquima com dim de trocas gasosas) (sat<90%)
Intensidade varia com extensão: um pequeno pode passar despercebido

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4
Q

Pneumotórax simples: tratamento

A

-Drenagem torácica fechada em selo d’água OU tratamento conservador se indicado por especialista

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5
Q

Como é feita a drenagem torácica?

A

-incisão na pele no 5º EIC entre a linha axilar anterior e média
-divulsão do subcutâneo e músculos intercostais
-introduzir o dedo para exploração (confirmar que está no espaço pleural – consegue sentir o pulmão e que não tem hérnia diafragmática)
-após confirmar o trajeto, introduzir o dreno multiperfurado

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6
Q

Pneumotórax simples: candidatos ao tratamento conservador

A

-pneumotorax pequenos e ocultos, desde que assintomáticos e sem proposta de VM ou transporte aéreo (VPP empurra ar para cavidade pleural e no aéreo, pressão do pulmão fica maior que a externa, saindo O2 para o espaço pleural)

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7
Q

Como é feito o tratamento conservador do pneumotórax simples?

A

Internação com EF seriado pelo menos 24h com novo Rx pré-alta

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8
Q

Defina pneumotórax pequeno e oculto

A

Pequeno: distancia entre pulmão e arcabouço torácico < 2-3cm
Oculto: visível apenas na TC

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9
Q

Pneumotórax hipertensivo: definição e fisiopatologia

A

Quando o ar sai ininterruptamente para o espaço pleural não voltando para os pulmões, colabando completamente o pulmão e desviando estruturas mediastinais, comprimindo cava superior e inferior = redução do retorno venoso = choque obstrutivo e morte (pode matar em min)

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10
Q

Pneumotórax hipertensivo: clínica

A

Do pneumotórax simples + sinais de insuficiência respiratória e choque:
-hipoxia
-taquipneia
-taquicardia
-hipotensão
-turgência jugular (superficiais, não tem pra onde drenar – cava obstruída)
-desvio de traqueia contralateralmente (visto até à inspeção)

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11
Q

Pneumotórax hipertensivo: tratamento

A

-primeira etapa: descompressão da cavidade pleural para transformar em pnmt simples por 2 maneiras:
-toracocentese de alivio no 5ºEIC
Ou descompressão torácica digital (se falha) = incisão e divulsão no 5ºEIC
2ª etapa (ainda na avaliação 1ª, logo em seguida a 1ª etapa): tto definitivo: drenagem torácica em selo d’água – posicionado superior e posterior ao tórax

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12
Q

Quais são os outros nomes para o pneumotórax aberto?

A

Ferimento soprante ou lesão aspirativa

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13
Q

Pneumotórax aberto: definição e fisiopatologia

A

Causada quando a perfuração tem diâmetro > 2/3 do diâmetro da traqueia (ar entra pela perfuração, que tem menor resistência) – faz barulho de sopro

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14
Q

Pneumotórax aberto: clínica

A

Mesma do pneumotórax, mas com ferimento torácico soprante

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15
Q

Pneumotórax aberto: tratamento

A

Curativo de 3 pontas (plástico estéril ou gaze vaselinada) – impede entrada de ar na inspiração (faz na rua mesmo, pre-hosp)
Definitivo: reparo da lesão (fechar o buraco) e drenagem em selo d’água (em orifício diferente)

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16
Q

Lesão de árvore traqueobronquica: epidemiologia

A

-Lesão de traqueia = maioria morte imediata e alta mortalidade se chegada no hospital
-quadro mais dramático pq o fluxo de ar que sai é GIGANTESCO.

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17
Q

Lesão de árvore traqueobrônquica: clínica

A

Ar sai pra tudo que é lugar:
-pneumotorax volumoso que pode ser hipertensivo
-enfisema subcutâneo extenso
-sintomas de insuf resp
Principais sintomas:
-pneumotorax persistente após drenagem, com vazamento de bolhas de ar em grande quantidade (dreno borbulhando) e ausência de expansão pulmonar.

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18
Q

Lesão de árvore traqueobronquica: confirmação diagnóstica

A

Broncoscopia na avaliação secundária

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19
Q

Lesão de árvore traqueobronquica: tratamento

A

-passagem de segundo dreno de tórax (otimizar expansão) para dar conta de sair o ar
-Se lesão na traqueia: IOT insuflando o cuff distal (depois) da lesão
-tratamento definitivo: toracotomia, para reparo da lesão

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20
Q

Hemotórax: definição

A

sangue na cavidade pleural

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21
Q

Hemotórax: sinais radiograficos

A

-Sinal do menisco ou da parábola de Demoisier
-em ortostase há opacificação generalizada

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22
Q

Hemotórax: clínica

A

-MV reduzido (interface entre pulmão e cavidade torácica)
-macicez a percussão
-sinais de hipovolemia: hipotensão, taquicardia..
-não há turgência jugular (menos sangue circulante, estão murchas)

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23
Q

O que é o hemotórax maciço

A

-saída de volume de sangue > 1500ml ou 1/3 do volume do tórax
-sangramento > 200ml/h por 2 a 4 horas

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24
Q

Tratamento do hemotórax e hemotórax maciço

A

-drenagem torácica fechada em selo d’água
-hemotórax maciço: TORACOTOMIA DE EMERGENCIA

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25
Hemotórax: o que fazer se paciente estável mas dreno com débito hemático após 48hrs?
Suspeita de retenção de coágulos ou sangramento persistente: videotoracoscopia para revisão da hemostasia e aspiração de coagulos, eviitando empiema e encarceiramento pulmonar
26
Fraturas de tórax: epidemiologia
-fraturas de esterno, escápula, 1° e 2° arcos costais indicam trauma de alta energia (pensar em laceração aórtica, contusão cardíaca..) -as mais comuns são as fraturas de costelas e o tratamento é conservador
27
Fraturas de tórax: tratamento
Conservador -analgesia e bloqueio de nervos intercostais se necessário -fisioterapia respiratória
28
Tórax instável: definição
Fratura de ao menos 2 arcos costais em 2 pontos diferentes em cada arco, causando respiração paradoxal (patognomonica)
29
Tórax instável: o que determina o prognóstico?
gravidade da contusão pulmonar associada
30
Contusão pulmonar: definição
lesão no parênquima pulmonar, causando: edema e acumulo alveolar de sangue e exsudato = prejuízo de trocas gasosas. Em crianças há contusão grave sem fraturas
31
Contusão pulmonar: clínica
-hipoxemia -movimentação reduzida do tórax devido dor -crepitações em arcos costais (se fraturas) -infiltrado em raio X ou TC nas áreas acometidas devido edema -sintomas pioram em horas a dias
32
Contusão pulmonar: tratamento
-analgesia potente: diminui risco de atelectasia -evitar hiper-hidratação (piora o edema) -suporte ventilatório (VNI/fisioterapia respiratória) -se saturação <90% ou PaO2<60 considerar IOT precoce
33
Tamponamento cardíaco: definição
Restrição de enchimento cardíaco devido a acumulo de sangue no saco pericárdico (entre os pericárdios visceral e o parietal, que cobrem o coração e vasos, onde já fica o liquido pericárdico, fino), causando choque obstrutivo por redução da pré-carga (comprime os átrios e chega pouco sangue nos ventrículos). Pequenas qtds de sangue são suficientes -mais comum em traumas penetrantes
34
O que é a zona de Ziedler?
Local de ferimentos penetrantes com maior risco de tamponamento: Superior: linha horizontal do ângulo de Louis Inferior: 10ª costela Direita: linha paraesternal direita Esquerda: linha axilar anterior E
35
Tamponamento cardíaco: clínica
Triade de Beck: hipofonese de bulhas, turgência jugular, hipotensão (apenas na minoria dos casos) -pulso paradoxal pode ocorrer: queda >10mmHg à inspiração -PMTX hipertensivo pode mimetizar = cuidado
36
Tamponamento cardíaco: diagnóstico
clínico, confirmado com FAST
37
Tamponamento cardíaco: tratamento
Toracotomia de emergência anterolateral esquerda ou esternotomia para reparar o ferimento cardíaco Na impossibilidade de realizar com urgência faz-se a pericardiocentese (punção de Marfan) sob monitorização cardíaca e se possível guiada por US = pouco efetiva (conduta de exceção)
38
Laceração aórtica: epidemiologia
-umas das maiores causas de morte imediata no trauma -se chega ao hospital, túnica adventícia da artéria integra (lesão incompleta) não deixando sangrar ate a morte (temporariamente) -acontecem no trauma de alta energia com desaceleração abrupta (queda de gdes alturas ou acidente automob) -mais acometida na porção descendente na altura do ligamento arterioso (este prende a aorta e a desaceleração faz rasgar) -trauma penetrante (FAF) também causa
39
Laceração aórtica: clínica
Inespecífica, suspeitar em traumas de alta energia com desaceleração súbita = pedir Rx
40
Laceração aórtica: achados radiográficos
-alargamento do mediastino (+comum) -fratura de 1° ou 2° arcos costais -obliteração das margens do botão aórtico -desvio de traqueia para a direita -depressão do bronquio-fonte E ou elevação do direito (pelo sangue) -CAP pleural: hemorragia extrapleural apical (opacificação em ápice pulmonar) -hemotórax à esquerda
41
Laceração aórtica: diagnóstico
Mediante suspeita, realizar TC de torax com contraste ou aortografia
42
Laceração aórtica: conduta
-analgésicos -beta-bloqueadores (esmolol) (controle da PA e FC) alvo: FC < 80 e PAM 60-70
43
Laceração aórtica: tratamento
Reparo cirurgico via endovascular (escolha) ou aberta (se indisponivel ou instável)
44
Local da transição toraco-abdominal
Abaixo dos planos do mamilo (5°EIC) e acima do limite do rebordo costal
45
Ferimentos da transição abdominal: diagnóstico e tratamento
Laparoscopia (se estável). Se instável: laparotomia. -Toracoscopia é bom pra ver lesão diafragmática mas não ve cavidade abd. - TC, fast e lavado são inúteis para diagnosticar lesão diafragmática
46
Lesões de diafragma: epidemiologia
-maioria devido trauma penetrante em transição toraco-abdominal -piores lesões são no trauma contuso: rotura do diafragma é como uma explosão que causa hernia diafragmática associada (traumas automob com intrusão do volante ou desaceleração brusca) -são 2x mais comuns a esquerda (fígado protege à direita)
47
Lesões de diafragma: clínica
Sintomas inespecíficos: -dor abdominal epigástrica -dor referida em ombro/escapula -falta de ar, desconforto respiratório, dor ventilatório/dependente -vomitos -disfagia
48
Lesões de diafragma: diagnóstico e tratamento
Videolaparoscopia (diagnostica e terapêutica) se estável
49
Lesão diafragmática: achados radiológicos de hérnia diafragmática aguda
-Borramento do seio costofrênico -elevação da cúpula diafragmática -visceras ou SNG no hemitórax acometido
50
Lesão de diafragma: Durante drenagem com exploração digital verificou-se vísceras abdominais. Conduta? (SSVV: FC 128 PA 90X70 FR 32)
Continuar drenagem protegendo as vísceras e realizar laparotomia para correção
51
Lesão esofágica: epidemiologia
-maioria devido traumas penetrantes -sintomas inespecíficos, dx tardio -associado a múltiplos traumas
52
Lesão esofágica: clínica
disfagia e hematêmese são os que mais chamam atenção
53
Lesão esofágica: achados radiograficos na avaliação primária
-pneumomediastino -derrame pleural -alterações no contorno do mediastino
54
Lesão esofágica: diagnóstico
Endoscopia Digestiva Alta
55
Lesão esofágica: tratamento
Toracotomia de emergência + sutura do esôfago + drenagem pleural bilateral + drenagem do mediastino (vários drenos) (extravasa saliva e conteúdo contaminado para mediastino e cavidades pleurais) = evitar mediastinite
56
Qual a diferença entre toracotomia de emergencia e de reanimação?
Emergencia: abordagem cirurgica de emergencia de lesões torácicas Reanimação: em sala de reanimação se PCR traumática
57
Indicações de toracotomia de emergencia
-hemotórax maciço -tamponamento cardíaco -lesão de arvore traqueobrônquica (se impossibilidade de broncoscopia) -rotura traumática de aorta sem possibilidade de reparo endovascular -rotura ou perfuração esofágica
58
Condutas na PCR traumática
-condutas conforme ACLS (IOT, volume, adrenalina) -irresponsividade em 2min: descompressão torácica bilateral -e se suspeita de tamponamento: pericardiocentese -persistencia de PCR: toracotomia de ressuscitação (em até 3min) feita APENAS por cirurgião
59
Contraindicações à toracotomia de reanimação
-sem pulso ou PA inaudível no cenário do trauma -assistolia sem tamponamento (em penetrantes) -ausencia de pulso > 15min -lesões extensas incompatíveis com vida
60
Contusão miocárdica: clínica
varia desde arritmias, IAM ou até choque refratário
61
Contusão miocardica: tratamento
monitorização contínua por no mínimo 24hrs