Trauma - populações especiais Flashcards
Trauma na gestante: alterações uterinas na gestação
até a 12ª semana: intrapélvico
20ª semana: cicatriz umbilical
34-36ª semana: rebordo costal
(intestino vai deslocando cranialmente = proteção ao trauma penetrante, mas não para o feto)
Trauma na gestante: alterações fisiologicas na gestação
-aumento do volume plasmático = anemia fisiológica da gestação = reposição volêmica deve ser precoce na gestante - pode perder muito sangue sem repercussão porém há sofrimento fetal
-aumento do volume corrente pulmonar e maior consumo de O2 = ofertar O2
-PCO2 normal de 30 (se 35-45 pode estar em IrPA)
-tempo de esvaziamento gástrico maior = passar SNG para prevenir broncoaspiração
-↑DC, FC, FR (alcalose respiratória)
-↓RVP, PA, PCO2, volume residual, HCO3
Particularidades do trauma na gestante
-a melhor maneira de tratar o feto é tratar a mãe = principal causa de obito fetal é o choque materno, seguido de DPP e mais raro, rotura uterina
DPP: por cisalhamento - sangramento vaginal, dor a palpação uterina, ↑contrações
rotura: dor, rigidez, peritonite, palpação de partes fetais
-uso incorreto do cinto predispõe a DPP e rotura
A partir de quantas semanas pode-se ouvir o BCF? Valor normal
10 semanas / 120-160bpm
Quando e como fazer a cardiotocografia?
deve ser feita após 20 a 24 semanas de gestaçao, da seguinte forma:
-sem fator de risco para perda fetal ou DPP: monitorização contínua por 6h
-com fator de risco: monitorização continua por 24h
Quando há risco de perda fetal e DPP?
-FC materna > 110
-ISS>9 (indice de gravidade da lesão)
-evidência de DPP
-FC fetal >160 ou <120
-ejeção do veículo, atropelamento ou colisão de moto
Conduta no trauma de gestantes
-sempre ofertar O2
-deslocar manualmente o útero para a esquerda, rodando a prancha de 15-20° (descomprimir veia cava = aum retorno venoso e DC)
-indicações de FAST, LPD e TC são as mesmas de não gravidas
-Se Rh negativo deve receber Ig Rh em 72h do trauma (exceto se lesão isolada distante do utero - ex: membro)
-cesária perimortem: deve ser realizada dentro de 4-5 min após a PCR (que não seja causada por hipovolemia)
Teste de Kleihauer
-permite identificar hemácias fetais na corrente materna em casos de hemorragia
-pouco disponível na prática clínica
-teste negativo não descarta hemorragia
Trauma pediátrico: epidemiologia
-principal causa de morte e sequela na criança
-sequencia ABCDE não muda
-causa mais comum de PCR na infancia: hipoxia (A e B)
-anatomia dificulta IOT: laringe em funil, mais anterior, cordas vocais altas, traqueia curta = dificil visualização e maior acumulo de secreções
-proeminencia occiptal causa flexao passiva da coluna (posição do cheirador) = coxim de 2,5cm no dorso
-canula de guedel só se inconsciente (evitar broncoasp) e não rodar durante a colocação
Particularidades da IOT em crianças
-pré-oxigenar ( se < 1 ano, faz sulfato de atropina 0,1-0,5mg) = reflexo vagal mais acentuado = pode bradicardizar
-sedar: etomidato ou midazolam
hipovolemico: etomidato ou mida (ambos
0,1mg/kg)
normovolêmico: etomidato (0,3mg/kg) ou mida
(0,1mg/kg)
-paralisar: succinilcolina ou vecurônio ou rocurônio
succinil: <10kg: 2mg/kg >10kg: 1mg/kg
-intubar
-tubo sem cuff: 4 + idade/4
-com cuff: 3,5+ idade/4
-cuff não causa necrose da mucosa traqueal (se pressão < 30mmHg = deve ter cuffometro) a partir de 4 anos já usa tubo com cuff / até 6 meses sem cuff / 6m-4a: com ou sem cuff
Particularidades da ventilação e respiração de crianças
-hipoventilação leva a acidose resp = nao adianta corrigir com bicarbonato, sem adequada ventilação
-TORACOCENTESE É NO 2°EIC
-drenagem pleural realizada no 5°EIC, linha axilar média
Circulação nas crianças
-perda de volemia deve ser maior que 30% para ter queda na PA
-sinais iniciais: taquicardia e dim da perfusão periférica
-outros: dim da pressão de pulso, pele mais pegajosa, RNC)
acessos:
1° AVP: fossa cubital ou veia safena (2 tentativas)
2º IO: tibia anteromedial (preferencia) ou femur distal
18G em lactentes, 15G em crianças mais velhas
3° punção femoral ou veia jugular externa
4° dissecção venosa: veia safena
Acesso intraósseo: como saber se está na posição correta?
-perda discreta da resistencia óssea
-agulha permanece em pé sem suporte
-pode-se aspirar medula, semelhante a sangue
-minima resistencia à infusão de solução fisiologica com seringa, sem infiltração no subcutâneo
Como é feita a reposição volemica na criança vitima de trauma?
ATLS 10ª edição: 20ml/kg em bolus de cristaloide só 1 vez - não respondeu: PTM pediátrico (10-20ml/kg de CH + 10-20ml/kg de PFC e plaquetas)
ver se respondeu bem baseado no DU
Debito urinário pediátrico
<1 ano: 2ml/kg/h
1-2 anos: 1,5ml/kg/h
3-12 anos: 1ml/kg/h
>13 anos = adultos = 0,5ml/kg/h