Tratamento Antimicrobiano Flashcards

1
Q

O tratamento antimicrobiano se aproveita do que?

A

Diferenças bioquímicas entre os humanos e os microorganismos

Os fármacos são seletivamente tóxicos: tem a capacidade de lesar os microorganismos sem lesar células do hospedeiro

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2
Q

Na maioria das situações, a toxicidade seletiva é…

A

Relativa em vez de absoluta, exigindo cuidado no controle da dose e concentração do fármaco

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3
Q

Escolha do antimicrobiano:

A

Tem vários fatores de análise, mas alguns pacientes acabam precisando do tratamento empírico (administração imediata do fármaco antes da identificação e dos testes)

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4
Q

Escolha do antimicrobiano: identificar o microorganismo

A

Coloração de gram nos líquidos corporais normalmente estéreis: sangue, urina, liquor

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5
Q

Escolha do antimicrobiano: tratamento empírico

A

Em casos graves

A escolha do fármaco é influenciada pelo local de infecção e anamnese

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6
Q

Escolha do antimicrobiano: determinação da suscetibilidade antimicrobiana

A

Determinação da CIM (concentração inibitória mínima) e da CBM (concentração bactericida mínima)

Bacteriostáticos: inibem proliferação de microorganismos enquanto o sistema imune elimina os patógenos. A CIM é a menor concentração que previne o crescimento do microorganismo após 24h00 de incubação

Bactericidas: matam a bactéria. A CBM é a menor concentração que resulta em diminuição de 99,9 por cento nas colônias após incubação

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7
Q

v ou f: É possível que um antimicrobiano seja bacteriostático para um microrganismo e bactericida para outro

A

v

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8
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: EFEITO DO LOCAL DA INFECÇÃO

A

Os antimicrobianos devem alcançar o local da infecção para eliminação eficaz. Existem
barreiras naturais nos capilares de certos tecidos, como no encéfalo, próstata, humor vítreo; a mais importante é a BHE.

  • Fármacos lipossolúveis, como o cloranfenicol e o metronidazol, têm boa penetração. Já os β-lactâmicos, menos lipossolúveis,
    têm penetração muito ruim. A penetração aumenta em meningites (barreira não funciona bem)
  • Fármacos com massa molecular elevada (vancomicina) penetram escassamente
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9
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: FATORES DO PACIENTE

Sistema imune

A

Alcoolismo, diabetes, HIV, subnutrição, doenças autoimunes, gestação e idade avançada podem afetar o SI
do paciente. Doses altas de bactericidas e tratamentos longos podem ser necessários para eliminar os microrganismos

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10
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: FATORES DO PACIENTE

Disfunção renal

A

Pode causar acúmulo de antimicrobianos, deve-se fazer o ajuste da dose. Os níveis de creatinina são usados
como índice da função renal para ajuste do regime do fármaco (para ver se o rim está filtrando a creatina). Também pode-se
medir os níveis séricos de alguns antimicrobianos. Quanto maior a idade, menor o n° de néfrons funcionais

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11
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: FATORES DO PACIENTE

➢ Disfunção hepática:

A

Antimicrobianos que se concentram ou são eliminados pelo fígado devem ser usados com cautela

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12
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: FATORES DO PACIENTE

Má perfusão:

A

A diminuição da circulação para uma área, como os membros inferiores em um diabético, reduz a quantidade
de antimicrobiano que alcança tal área e torna a infecção difícil de combater

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13
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: FATORES DO PACIENTE

idade

A

A eliminação renal/hepática é mal desenvolvida em RN -> vulneráveis a cloranfenicol e sulfonamidas. Crianças não
devem usar tetraciclinas ou quinolonas, as quais afetam o crescimento ósseo (dentes) e as articulações, respectivamente

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14
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: FATORES DO PACIENTE

Gestação e lactação

A

Efeitos adversos são raros, exceto displasia óssea e dentária com tetraciclina e ototoxicidade com
aminoglicosídeos. Os anti-helmínticos são embriotóxicos e teratogênicos

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15
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: SEGURANÇA

A

Os antimicrobianos em um geral estão entre os menos tóxicos dos fármacos, pois interferem em um local ou
função singular para o crescimento de microrganismos. Porém, podem causar alergias, Steven-Johnson, reações anafiláticas..

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16
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: CUSTO DO TRATAMENTO

A

Por exemplo, no tratamento de infecções pelo S. aureus a daptomicina e a linezolida são opções
caras; já para tratar úlceras por H. pylori a claritromicina é uma opção bem cara

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17
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:

A

A via oral é apropriada para infecções leves que podem ser tratadas ambulatorialmente, ela tem
um custo barato e deve ser a 1ª opção. Já a via parenteral é usada principalmente quando os fármacos são mal absorvidos pelo
TGI (vancomicina, aminoglicosídeos e anfotericina B)

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18
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: Incisão e drenagem

A

É útil pois alguns fármacos não se difundem bem em áreas infectadas; e são inativos pelo pH ácido
- Os microrganismos nos abcessos podem não estar se dividindo ou estar em um estado metabólico muito baixo, o que
impossibilita a ação de alguns fármacos, como os inibidores da síntese da parede bacteriana

  • Além disso, inibidores de antimicrobianos podem estar presentes (como as β-lactamases)
19
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: DOSAGEM RACIONAL:

A

É fundamentada na farmacodinâmica e na farmacocinética. 3 efeitos são muito importantes:

20
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: DOSAGEM RACIONAL: Ef. bactericida dose-dependente

A

Inclui aminoglicosídeos, tobramicina, daptomicina. Os fármacos podem ser usados em
regimes posológicos do tipo in bolus (injeção de grande quantidade de fármaco de uma só vez, geralmente uma vez ao dia) -> mais morte bacteriana se a concentração do antimicrobiano supera de 4 a 64X a CIM do fármaco

21
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: DOSAGEM RACIONAL: Ef. bactericida tempo-dependente:

A

É concentração-independente. Inclui β-lactâmicos, glicopeptídeos, macrolídeos,
clindamicina, linezolida. Sua eficácia é mais bem prevista pela porcentagem de tempo em que a sua concentração sérica
permanece acima da CIM; o aumento da concentração para múltiplas CIM não melhora a eficácia

22
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: DOSAGEM RACIONAL: Ef. pós-antimicrobiano (EPA)

A

Supressão do crescimento microbiano que persiste mesmo depois que os níveis de fármaco
caíram abaixo da CIM (tempo para que os microrganismos alcancem a fase logarítmica de proliferação). Inclui bactericidas que
inibem tanto a síntese de ácidos nucleicos quanto a da parede bacteriana

23
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: ESPECTRO QUIMIOTERAPÊUTICO

A

Espectro de bactérias contra as quais uma classe de antimicrobianos “combatem”

24
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: ESPECTRO QUIMIOTERAPÊUTICO

Espectro estreito:

A

Atuam em um grupo único/limitado de microrganismos -> isoniazida só atua em micobactérias

25
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: ESPECTRO QUIMIOTERAPÊUTICO

Espectro estendido:

A

Atuam contra gram (+) e contra algumas gram (-) -> ampicilina

26
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: ESPECTRO QUIMIOTERAPÊUTICO

Amplo espectro

A

Atuam contra uma grande variedade de patógenos. Podem comprometer a nossa flora, e por isso causar
superinfecção por microrganismos como o Clostridium difficile -> tetraciclinas, fluoroquinolonas e carbapenemos

27
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: ASSOCIAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS

A

Em princípio usa-se um fármaco único, mais específico possível -> ↓ infecções, ↓
microrganismos resistentes, ↓ toxicidade

28
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: ASSOCIAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS

vantagens

A

são vistas em certas associações, como β-lactâmicos e aminoglicosídeos, tem sinergismo. É um caso raro, as
associações somente são indicadas em situações especiais (infecção de origem desconhecida)

29
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: ASSOCIAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS

desvantagens

A

são vistas quando um bacteriostático prejudica a ação de um bactericida, pois alguns bactericidas agem só
quando a bactéria está se multiplicando (o que é impedido pelo bacteriostático) -> tetraciclinas prejudicam ação da penicilina

30
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: RESISTÊNCIA:

A

Quando o crescimento bacteriano não é inibido pela maior concentração do fármaco tolerada pelo hospedeiro

31
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: RESISTÊNCIA: Alterações genéticas

A

Pode haver resistência adquirida quando as bactérias trocam plasmídeos (DNA) ou quando há
mutações espontâneas (seleção ambiental) -> M. tuberculosis resistente à rifampicina, quando usada em regime único

32
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: RESISTÊNCIA: Expressão alterada das proteínas

A

Mediada por uma variedade de mecanismos

33
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: RESISTÊNCIA: Expressão alterada das proteínas

Modificação dos alvos:

A

Resistência do S. pneumoniae aos β-lactâmicos por alterações nas proteínas ligadoras de penicilina nas
bactérias -> baixa ligação; Resistência às fluoroquinolonas pela alteração na enzima alvo

34
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: RESISTÊNCIA: Expressão alterada das proteínas

Diminuição do acúmulo:

A

Bactérias gram (-) podem limitar a entrada de fármacos através de mutações nas proteínas que
codificam canais, ↓ permeabilidade (limitam β-lactâmicos). Pode também haver uma bomba de efluxo (limita tetraciclinas)

35
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO: RESISTÊNCIA: Expressão alterada das proteínas

Inativação enzimática:

A

β-lactamases (penicilinases) inativam β-lactâmicos; acetiltransferases inativam cloranfenicol ou
aminoglicosídeos; esterases inativam macrolídeos

36
Q
  • ANTIBIÓTICOS PROFILÁTICOS
A

Limitado a situações para prevenir infecções, nas quais o benefício supera os riscos; dirigida
somente contra as bactérias mais prováveis. Há necessidade de controlar o tempo de uso e a dose para monitorizar a exposição

  • Previne infecções por estreptococos em pacientes com história de doença reumática cardíaca; necessária em portadores de
    implantes prostéticos que se submetem à extração dentária; preveni tuberculose e meningite
37
Q

COMPLICAÇÕES DA ANTIBIOTICOTERAPIA:

A

Por exemplo, o fármaco pode produzir resposta alérgica ou ser tóxico por um
mecanismo não relacionado com a sua atividade antimicrobiana

38
Q

COMPLICAÇÕES DA ANTIBIOTICOTERAPIA: Hipersensibilidade:

A

Urticária, choque anafilático, alergia, etc. Pacientes com histórico Stevens-Johnson (SSJ) ou necrólise
epidermal tóxica a um antimicrobiano nunca devem ser reexpostos

39
Q

COMPLICAÇÕES DA ANTIBIOTICOTERAPIA: Toxicidade direta

A

Afetam diretamente processos celulares do hospedeiro -> aminoglicosídeos são ototoxicos por interferir
com as células ciliadas do órgão de Corti

40
Q

COMPLICAÇÕES DA ANTIBIOTICOTERAPIA: Superinfecção

A

Desequilíbrio da microbiota, com infecções oportunistas

41
Q

COMPLICAÇÕES DA ANTIBIOTICOTERAPIA: Efeitos adversos

A

Teratogenicidade; mania; QT longo; agranulocitose; fotossensibilidade; diarreia; colite pseudomembranosa

42
Q

COMPLICAÇÕES DA ANTIBIOTICOTERAPIA: ↓ Efeito dos contraceptivos orais:

A

Maior eliminação pelas fezes e metabolismo hepático; deslocamento do receptor; menor
absorção do TGI; menor circulação enterohepática (penicilinas, tetraciclinas, metronidazol, eritromicina, cefalosporinas)

  • ↓ Flora intestinal -> ↓ Síntese de SO4 e de ác glicurônico intestinais -> Impede transporte de estrógenos para o s
43
Q

ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO:

  • LOCAIS DE AÇÃO:
A

Inibidores do metabolismo; Inibidores da síntese da parede celular; Inibidores da síntese de proteínas;
Inibidores das funções da membrana celular; Inibidores da função ou síntese dos ácidos nucleicos

44
Q
A