aula 1 Flashcards
Existem vários sistemas de classificação de fármacos:
➢ Quantoàorigem
➢ Quantoaomododeação
➢ Quantoànatureza da enfermidade em que são
utilizados
➢ Quantoàestrutura química
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: quanto à origem
- Naturais
* Inorgânicos
* Animais
* Vegetais - Sintéticos
- Intermediários
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: quanto à origem
naturais
Inorgânicos: p. ex., enxofre, iodo, fosfato, cálcio,
magnésio, carbonato de lítio
Animais: p. ex., hormônios
(insulina porcina), óleo de fígado
de peixe, vitaminas A e E, alguns
corticoides
Vegetais: alcaloides, glicosídeos cardiotônicos, alguns fármacos anticancerígenos como o taxol.
São o grupo mais numeroso
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: quanto à origem
sintéticos
Fornecem análogos sintéticos, eventualmente
melhorados ou simplificados, cuja produção não
depende de fornecimentos botânicos ou animais
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: quanto à origem
intermediários
Produtos da fermentação e outros(p. ex., vitaminas,antibióticos, aminoácidos) e os resultantes de engenharia genética (p. ex., insulina recombinante).
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: quanto ao modo de ação
◼ Fármacos que tratam a causa de uma doença– fármacos etiológicos
São os medicamentos “verdadeiros”
◼ Fármacos que compensam a deficiência de uma
substância
São os fármacos de substituição
◼ Fármacos que aliviam os sintomas da doença
São os fármacos sintomáticos
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: quanto ao modo de ação
Fármacos Etiológicos
pertencem quase todos à classe dos
agentes quimioterapêuticos, usados para tratar doenças infecciosas e doenças provocadas por parasitas
Princípio de ação– toxicidade seletiva (destruição do invasor sem destruição do hospedeiro).
Pertencem a este grupo substâncias usadas por pessoas saudáveis a título de quimioprevenção (vacinoterapia, ácido acetilsalicílico para
prevenir infartos cardíacos, vitaminas e antioxidantes contra doenças neurodegenerativas)
Tambémpodemserconsiderados neste grupo agentes que alteram temporariamente um processo fisiológico (p. ex., contraceptivos
esteroidais→ ACO).
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: quanto ao modo de ação
Fármacos de Substituição
Os fármacos de substituição tomam o lugar de uma substância em falta. (p. ex., insulina na
diabetes, estrogênios na menopausa).
O tratamento de substituição pode ser
temporário (p.ex., reidratação intravenosa em
casos de hemorragia ou diarreia) ou permanente
(p. ex., tratamento hormonal na doença de
Addison: insuficiência adrenal primária)
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: quanto ao modo de ação
Fármacos Sintomáticos
são utilizados para atenuar ou neutralizar perturbações resultantes de um estado patológico. Eliminam sintomas gerais (p.ex., febre, dor, insônias). A sua atividade pode ser
dirigida para sistemas cardiovascular,
particulares (ex., neuropsiquiátrico, respiratório,
digestivo)
Em regra, o tratamento sintomático não cura o
doente– apenas torna a vida mais confortável e
prolonga a vida
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: Natureza da Enfermidade
Classifica os fármacos pelo sistema do organismo sobre o qual atuam (p. ex., fármacos que afetam o SNC, o trato genitourinário, etc.).
Existem vários sistemas de classificação de fármacos: Estrutura Química
Permite uma triagem de fármacos análogos,
derivados de um mesmo composto-guia e facilita o estabelecimento de correlações estrutura-atividade
Classificações de ordem prática
Um sistema de classificação de fármacos muito
poderoso e útil é o Sistema ATC (Anatômico –
Terapêutico – Químico)
OMS usa essa
classificação de fármacos por grupos anatomicos
Classificação dos Fármacos na Prática
OPadrão ATC (Anatomical Therapeutic Chemical
Code ou Sistema de Classificação Anatômico
Terapêutico Químico ) é uma das classificações mais utilizadas internacionalmente para classificar
moléculas com ação terapêutica.
Classificação dos Fármacos na Prática- Estrutura da ATC (um exemplo)
OUTRASCLASSIFICAÇÕES
FREQUENTEMENTE
ENCONTRADASNA
LITERATURA: mais simples
Analgésicos
Antipirético, Antifebril ou Febrífugo
Anti-inflamatórios
Antigripais
analgésicos
são medicamentos
empregados para aliviar a dor, sem
causar a perda da consciência.
Antipirético, Antifebril ou Febrífugo
são medicamentos utilizados para diminuir a
temperatura corporal, aliviando os estados febris, que podem ser causados por inflamações, desidratações e moléstias infecciosas
Anti-inflamatórios
São medicamentos utilizados para amenizar sintomas como febre, dores e edemas decorrentes de uma agressão ao
organismo.
◼ A inflamação é uma resposta do nosso corpo a uma agressão sofrida.
◼ Ela faz parte da nossa resposta imune.
◼ Toda vez que alguma área do nosso organismo sofre uma agressão, existe um recrutamento das células de defesa para o local.
◼ São as reações químicas deste processo que levam a inflamação, caracterizada na clínica pelos seguintes sinais e sintomas: calor, rubor, dor e inchaço (edema).
Apresentam 3 efeitos básicos: Antipirético (diminui a febre), Analgésico (reduz a dor) e Anti-inflamatório
Antigripais
Tratamento Sintomático da Gripe
São combinações de vários medicamentos com ação analgésica, antipirética, descongestionante nasal, anti-histamínica e
antitussígena, que aliviam temporariamente
os sintomas dos resfriados e gripes, enquanto o organismo combate a infecção.
Geralmente associados a: analgésicos,
antipiréticos, anti-histamínicos, vitamina C e
descongestionantes nasais.
Ex: Coristina D, Apracur e Cheracap
diferença básica entre farmacocinetica e farmacodinamica
A farmacocinética estuda o que o organismo faz com o fármaco, ao passo que a farmacodinâmica descreve o que o fármaco faz no organismo.
propriedades farmacocinéticas que determinam a velocidade do início da ação, a intensidade do efeito e a duração da ação do fármaco
- Absorção: primeiro, a absorção do fármaco desde o local de adminis
tração (absorção) permite o acesso do agente terapêutico (seja direta
ou indiretamente) no plasma. - Distribuição: segundo, o fármaco pode, então, reversivelmente, sair da
circulação sanguínea e distribuir-se nos líquidos intersticial e intracelular. - Biotransformação ou metabolismo: terceiro, o fármaco pode ser bio
transformado no fígado ou em outros tecidos. - Eliminação: finalmente, o fármaco e seus metabólitos são eliminados
do organismo na urina, na bile ou nas fezes.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
A via de administração é determinada primariamente pelas propriedades do
fármaco (p. ex., hidra ou lipossolubilidade, ionização) e pelos objetivos tera
pêuticos (p. ex., a necessidade de um início rápido de ação, a necessidade de
tratamento por longo tempo, ou a restrição de acesso a um local específico).
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS : enteral
pela boca é o modo mais seguro, comum, conveniente e econômico de administrar os fármacos.
vantagens dos farmacos orais
Os fármacos orais são autoadministrados facilmente e, comparado com os fármacos administrados por via parenteral, têm
baixo risco de infecções sistêmicas, que podem complicar o tratamento. Além disso, a toxicidade e as dosagens excessivas por via oral podem ser neutralizadas com antídotos, como o carvão ativado
dificuldade dos farmacos orais
as vias envolvidas na absorção do fármaco são as mais complicadas, e o baixo pH do estômago pode inativar alguns fármacos.
farmacos orais: resolução de problemas -> Preparações revestidas (entéricas)
O revestimento entérico é uma proteção química que resiste à ação dos líquidos e enzimas no estômago, mas que se dissolve facilmente no intestino anterior.
farmacos orais: resolução de problemas -> Preparações de liberação prolongada
Estes medicamentos têm revestimentos ou ingredientes especiais que controlam a velocidade com que o fármaco é liberado do comprimido para o organismo. Tendo uma duração de ação mais longa, podem melhorar a adesão do paciente ao tratamento, porque a medicação não precisa ser ingerida muito frequentemente.
Tais formulações de liberação prolongada são vantajosas para farmacos de meia vida curta
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS : enteral –> sublingual
A colocação do fármaco sob a língua permite-lhe difundir-se na rede capilar e, por isso, entrar diretamente na circulação sistêmica. alem das outras vantagens que a via enteral apresenta
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS : parenteral
A via parenteral introduz diretamente o fármaco na circulação sistêmica evitando as barreiras orgânicas. Ela é usada para fármacos que são pouco absorvidos no TGI (p. ex., heparina) e para aqueles que são instáveis no TGI (p. ex., insulina). . Ela também assegura o melhor controle sobre a dose real de fármaco administrada ao organismo.
Há três principais vias de administração parenteral: a intravascular (intravenosa ou intra-arterial), a intramuscular e a subcutânea
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS : parenteral –> desvantagens
a administração parenteral é irreversível e pode causar dor, medo, lesões tissulares e
infecções.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS : parenteral –> intramuscular (IM)
Fármacos administrados por via IM podem estar
em soluções aquosas que são absorvidas rapidamente ou em preparações especializadas de depósito que são absorvidas lentamente.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS : parenteral –> Subcutânea (SC)
como a IM, requer absorção por difusão simples e é um pouco mais lenta do que a via
IV. A injeção SC minimiza os riscos de hemólise ou trombose associados à injeção IV e pode proporcionar efeitos lento, constante e
prolongado. Esta via não deve ser usada com fármacos que causam irritação tissular, porque pode ocorrer dor intensa e necrose.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS :
parenteral –> intravenosa IV
A injeção IV é vantajosa para administrar fármacos que podem causar irritação quando administrados por outras vias, porque
o fármaco se dilui no sangue rapidamente. Porém, diferentes dos fármacos usados no TGI, os que são injetados não podem ser retirados
por meio de estratégias como a ligação a carvão ativado. A administração IV pode inadvertidamente introduzir bactérias e outras partículas de infecção por meio de contaminação no local da injeção. Ela também
pode precipitar componentes do sangue, produzir hemólise ou causar outras reações adversas pela liberação muito rápida de concentrações elevadas do fármaco ao plasma e aos tecidos
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS :
Inalação oral
assegura a rápida oferta do fármaco através da ampla superfície da membrana
mucosa do trato respiratório e do epitélio pulmonar, produzindo um efeito quase tão rápido como com o obtido pela injeção IV.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS :
inalação nasal
Esta via envolve a administração de fármacos diretamente dentro do nariz.
mesma vibe da inalação oral
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS :
lntratecal/intraventricular.
A barreira hematencefálica retarda ou impede a entrada dos fármacos no sistema nervoso
central (SNC). Quando se deseja efeitos locais e rápidos, é necessário introduzir o fármaco diretamente no líquido cerebrospinal.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS :
Tópica
A aplicação tópica é usada quando se deseja um efeito localizado do fármaco.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS :
Transdérmica
Essa via de administração proporciona efeitos sistêmicos pela aplicação do fármaco na pele, em geral, por meio de um adesivo cutâneo. A velocidade de absorção pode variar de
modo acentuado, dependendo das características físicas da pele no local da aplicação e da lipossolubilidade do fármaco. Essa via é usada com mais frequência para a oferta prolongada de fármacos
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS :
retal
Como 50°/o da drenagem da região retal não passam pela circulação portal, a biotransformação dos fármacos pelo fígado é
minimizada. Como a via de administração sublingual, a via retal tem a vantagem adicional de evitar a destruição do fármaco pelas enzimas intestinais ou pelo baixo pH no estômago. Ela também é útil se o fármaco provoca êmese, quando administrado por via oral, ou se
o paciente já se encontra vomitando ou se está inconsciente.
Porém, com frequência, a absorção retal é errática e incompleta e vários fármacos irritam a mucosa retal.
ABSORÇÃO DE FÁRMACOS: geral
Absorção é a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea por meio de um dos vários mecanismos. A velocidade e a eficiência da absorção dependem de dois fatores: do ambiente onde o fármaco é absorvido e das características, tanto química e como via de administração
Mecanismos de absorção de fármacos a partir do TGI
difusão passiva - a maioria
Difusão facilitada
Transporte ativo
Fatores que influenciam a absorção: pH
Efeito do pH na absorção de fármacos: A maioria dos fármacos é ácido fraco ou base fraca. Um fármaco atravessa a membrana mais facilmente se ele estiver não ionizado.
a concentração efetiva da forma permeável de cada fármaco no seu local de absorção é determinada pelas concentrações relativas entre as formas ionizada e não ionizada. A relação entre as duas formas é, por sua vez, determinada pelo pH no local de absorção e pela força do ácido ou base fracos, que é representada pela constante de ionização, o pKª. (Quanto menor o pKª de um fármaco, mais ácido ele é; quanto maior o pK8, mais básico é o fármaco.)
na imagem HA e BH+ são as formas não ionizadas
Fatores que influenciam a absorção: fluxo de sangue no local de absorção
Como o fluxo de sangue para o intestino é muito maior do que o fluxo para o estômago, a absorção no intestino é maior do que a que ocorre no estômago
Fatores que influenciam a absorção: Área ou superfície disponível para absorção
Com uma superfície rica em bordas de escova contendo microvilosidades, o intestino tem
uma superfície cerca de 1.000 vezes maior do que a do estômago, tornando a absorção de fármacos pelo intestino mais eficiente.
Fatores que influenciam a absorção: tempo de contato com a superfície de absorção
Se um fármaco se desloca muito rápido ao longo do TGI, como pode ocorrer em uma diarreia intensa, ele não é bem absorvido. Contudo, qualquer retardo no transporte do fármaco do estômago para o intestino reduz a sua velocidade de absorção.
Fatores que influenciam a absorção: expressão da glicoproteína-P
A glicoproteína P é uma proteína
transportadora transmembrana para vários fármacos. nas áreas de expressão elevada, a glicoproteína-P diminui a absorção de fármacos. Além de transportar vários fármacos para
fora das células, ela também está associada com a resistência a vários fármacos
Biodisponibilidade
Biodisponibilidade é a fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica
Por exemplo, se 100 mg de um fármaco forem administrados por via oral e 70 mg desse fármaco forem absorvidos inalterados, a biodisponibilidade será 0,7 ou 70°/o .
qual é a biodisponibilidade de um fármaco administrado por via IV
100%
usamos a via IV como comparativo. Por exemplo, se digo que um fármaco administrado via oral tem biodisponibilidade de 70%, estou dizendo que 70% dele será encontrado no plasma; enquanto todo fármaco administrado via IV será 100% encontrado no plasma
Fatores que influenciam a biodisponibilidade
a administração oral de um fármaco envolve frequentemente metabolismo de primeira passagem. Esta biotransformação, além das características físicas e químicas do fármaco, determina a quantidade de fármaco que alcança a circulação e a que velocidade.
Fatores que influenciam a biodisponibilidade: Biotransformação hepática de primeira passagem
Quando um fármaco é absorvido a partir do TG I, primeiro ele entra na circulação portal antes de entrar na circulação sistêmica
Se o fármaco é rapidamente biotransformado no fígado ou na parede intestinal durante esta passagem inicial, a quantidade de fármaco inalterado que tem acesso à circulação sistêmica diminui.
Fármacos que sofrem biotransformação de primeira passagem elevada de vem ser administrados em quantidade suficiente para assegurar que fármaco ativo suficiente alcance a concentração desejada.
Fatores que influenciam a biodisponibilidade: Solubilidade do fármaco
Fármacos muito hidrofílicos são pouco absorvidos devido à sua inabilidade em atravessar as membranas celulares ricas em lipídeos. Fármacos extremamente hidrofóbicos são também pouco absorvidos, pois são totalmente insolúveis nos líquidos aquosos do organismo e, portanto, não têm acesso à superfície das células. Para que um fármaco seja
bem absorvido, ele deve ser basicamente hidrofóbico, mas ter alguma solubilidade em soluções aquosas.
Fatores que influenciam a biodisponibilidade: Natureza da formulação do fármaco
A absorção do fármaco pode ser alterada por fatores não relacionados com a sua estrutura química. Por exemplo, o tamanho da partícula, o tipo de sal, o polimorfismo cristalino, o revestimento entérico e a presença de excipientes (como os agentes aglutinantes e dispersantes) podem influenciar a facilidade da dissolução e, por isso, alterar a velocidade de absorção.
Bioequivalência
Duas preparações de fármacos relacionados são bioequivalentes se eles apresentam biodisponibilidades comparáveis e tempos similares para alcançar o pico de concentração plasmática.
Equivalência terapêutica
Dois medicamentos são terapeuticamente iguais se eles são farmaceuticamente equivalentes com perfis clínicos e de segurança similares.
(Nota: a eficácia clínica com frequência depende da concentração sérica máxima e do tempo necessário [após a administração] para alcançar o pico de concentração. Portanto, dois fármacos que são bioequivalentes podem não ser equivalentes terapeuticamente.)
FÁRMACO:
Substância química de estrutura conhecida (não um nutriente ou um ingrediente essencial da dieta) que quando administrado a um organismo vivo, produz um efeito biológico. Possui finalidade profilática, curativa, paliativa ou diagnóstica, podendo ser sintético ou obtido da natureza (biofármaco). Deve ser administrada, em vez de ser liberada por mecanismos fisiológicos (como no caso dos hormônios)
DROGA:
Substância que produz uma mudança nos processos biológicos através de suas ações químicas
PRINCÍPIO ATIVO
Substância responsável pela ação farmacológica do medicamento (pode ter mais de um princípio ativo)
MEDICAMENTO:
Substância, ou associação delas, que produz uma mudança nos processos biológicos através de suas ações químicas, com fim profilático, curativo, paliativo, diagnóstico. Contêm outras substâncias ao lado do fármaco ativo, a fim de
tornar seu uso mais conveniente (excipientes, conservantes, solventes etc.)
FORMA FARMACÊUTICA:
Apresentação final do medicamento; pode ser em forma sólida (comprimido, cápsula, supositório);
líquida (solução, suspensão, xarope); semi-sólida (pomada, creme, pasta) ou gasosa (aerossol, gás halotano)
PLACEBO:
Tratamento inócuo, sem ação específica nos sintomas/doenças do paciente (mas pode causar um efeito)
EFEITO PLACEBO:
Efeito psicológico ou fisiológico do medicamento, mas que não é pela sua atividade farmacológica
FÁRMACO DE REFERÊNCIA/MARCA
Produto inovador/protótipo, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas por
estudos clínicos por ocasião do registro. Um exemplo é a Aspirina (Bayer)
FÁRMACO GENÉRICO:
Idêntico ao fármaco de referência. Para obter o registro junto à ANVISA precisa apresentar testes de
bioequivalência; não possui nome comercial. Um exemplo é o Ácido acetilsalicílico (EMS)
FÁRMACO SIMILAR:
Contém o mesmo princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do fármaco de referência. Porém, pode diferir em tamanho, forma, validade, embalagem, rotulagem,
excipientes e veículo. Se apresentarem testes de bioequivalência, estão na lista de medicamentos intercambiáveis; possui nome comercial. Um exemplo é o AAS (Sanofi-Aventis)
v ou f: Os fármacos de referência são sempre intercambiáveis com os genéricos, e podem ser intercambiáveis com os similares caso haja aprovação da Anvisa. Porém, os genéricos e os similares não são intercambiáveis, pois não há testes feitos
v
CLASSIFICAÇÃO - PELA ORIGEM: Intermediários
Produtos da fermentação e outros (vitaminas, antibióticos…) e resultantes de engenharia genética
CLASSIFICAÇÃO - PELA ORIGEM: Sintéticos:
Análogos sintéticos, melhorados/simplificados, cuja produção não depende de botânicos ou de animais
CLASSIFICAÇÃO - PELA ORIGEM: Naturais - Vegetais:
Alcaloides, glicosídeos cardiotônicos, anticancerígenos (são os mais numerosos!)
CLASSIFICAÇÃO - PELA ORIGEM: Naturais - Animais
Insulina, porcina, óleo de fígado de peixe, vitaminas A e E, alguns corticoides
CLASSIFICAÇÃO - PELA ORIGEM: Naturais - Inorgânicos:
Enxofre, iodo, fosfato, cálcio, magnésio, carbonato de lítio
CLASSIFICAÇÃO - PELO MODO DE AÇÃO: Etiológicos:
Tratam a causa da doença, são a medicação verdadeira. Seu princípio de ação é pela toxicidade seletiva. Incluem
os agentes que tratam doenças infecciosas (antibacterianos/antifúngicos/antivirais) e parasitárias, agentes usados em
quimioprevenção (vacinas, vitaminas…) e agentes que alteram temporariamente um processo fisiológico (contraceptivos)
CLASSIFICAÇÃO - PELO MODO DE AÇÃO: De substituição
Compensam a deficiência de uma substância, como em uma dieta pobre (deficiência vitamínica) ou em uma
perturbação fisiológica (insulina em diabetes). O tratamento pode ser temporário ou permanente
CLASSIFICAÇÃO - PELO MODO DE AÇÃO: Sintomáticos:
Aliviam/neutralizam os sintomas, sem curar a doença em si. Sua atividade pode ser dirigida para sistemas
particulares (cardiovascular, neuropsiquiátrico, respiratório, digestivo…)
CLASSIFICAÇÃO - OUTROS TIPOS: Natureza da enfermidade
A classificação fisiológica foi adotada pela OMS, pelo sistema do organismo sobre o qual os
fármacos atuam. As enfermidades são classificadas de acordo com um esquema constante do ICD
CLASSIFICAÇÃO - OUTROS TIPOS: Estrutura química:
Para profissionais envolvidos em uma investigação farmacêutica
CLASSIFICAÇÃO - OUTROS TIPOS: Sistema ATC (Anatômico-Terapêutico-Químico):
Padrão adotado pela OMS, divide os fármacos em 14 grupos. Inclui o
sistema do órgão que atua, efeitos farmacológicos, indicações terapêuticas e da estrutura química do fármaco
CLASSIFICAÇÃO - OUTROS TIPOS: Divisão em 4 tipos
Pode causar um pouco de confusão, é questionável. Divide os agentes em: os que atuam no SNC; os
farmacodinâmicos; os quimioterápicos; os que atuam sobre doenças metabólicas
CLASSIFICAÇÃO - FORMA MAIS COMUM: Analgésicos
Aliviam dor, sem causar perda da consciência
CLASSIFICAÇÃO - FORMA MAIS COMUM: Antipirético, antifebril, febrífugo
Diminuem temperatura corporal, aliviando estados febris
CLASSIFICAÇÃO - FORMA MAIS COMUM: Anti-inflamatórios
Amenizam sintomas de inflamação, como febre (antipirético), dor (analgésico) e edemas
CLASSIFICAÇÃO - FORMA MAIS COMUM: Antigripais:
Aliviam sintomas de gripes e resfriados, enquanto o organismo combate a infecção -> combinação de analgésicos,
antipiréticos, anti-histamínicos, antitussígenos, vitamina C e descongestionantes nasais
CLASSIFICAÇÃO - SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Sistemas baseados na estrutura fracassaram, pois fármacos com estruturas
semelhantes podem desenvolver efeitos diversos; e sistemas baseados em neurotransmissores e em receptores cerebrais
também fracassaram, pois os fármacos podem afetar mais de um neurotransmissor e agir em mais de um receptor
Farmacodinâmica
- A farmacodinâmica descreve as ações dos fármacos no organismo e a influência de suas concentrações na resposta. Há quatro tipos de proteínas reguladoras que, em geral, atuam como alvos primários: receptores; enzimas; moléculas carregadoras (transportadoras) e canais iônicos
- A especificidade é recíproca: classes individuais de fármacos se ligam apenas a certos alvos, e vice-versa. Porém, nenhum fármaco é totalmente específico nas suas ações. Em muitos casos, o aumento da dose afeta alvos diferentes do alvo principal, podendo resultar em efeitos colaterais
REAÇÃO DE LIGAÇÃO E RELAÇÕES DOSE-RESPOSTA QUANTAIS
Índice terapêutico (IT)
TIPOS DE ALVOS - RECEPTORES - CANAIS CONTROLADOS POR LIGANTES
Também chamados de ionotrópicos; conseguem respostas mais rápidas
- Abre-se o canal com a chegada de um ligante, gerando fluxo iônico e uma despolarização ou hiperpolarização.
- Receptores de glutamato, acetilcolina, GABA e ATP
TIPOS DE ALVOS - RECEPTORES - RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G:
Também chamados de metabotrópicos; conseguem respostas mais duradouras
- Após a chegada do ligante, há ativação de proteínas G, que desencadeiam eventos químicos (liberação de Ca ou de enzimas,
controle de canais iônicos…). Aqui ocorre a transdução do sinal (tradução do sinal extracelular em uma resposta intracelular) - Família da rodopsina, secretina/glucagon, glutamato
TIPOS DE ALVOS - RECEPTORES - RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G: Via da Adenilato ciclase
Com a ativação da proteína G, sua subunidade α ativa a GTPase (GTP → GDP + P + energia). Assim
há ativação da adenilato ciclase (ATP → AMPc). O AMPc (2° mensageiro) ativa PKA (quinases), que controlam a função celular de várias maneiras diferentes (como pela estimulação da lipólise e da quebra de glicogênio)
TIPOS DE ALVOS - RECEPTORES - RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G: ➢ Via da Fosfolipase C:
O processo inicial é o mesmo, mas em vez da adenilato ciclase, é ativado a fosfolipase C. Em vez do AMPc, tem como 2°s mensageiros IP3 e DAG
- IP3 (trifosfato de inositol): Aumenta liberação de Ca pelo RE, -> contração, secreção, ativa enzimas, hiperpolarização…
- DAG (diacilglicerol): Ativa a proteinoquinase C, que controla funções celulares através da fosforilação de prote
RECEPTORES LIGADOS À QUINASE:
Após a chegada do ligante o domínio intracelular do receptor se liga a quinases citosólicas
e as ativa. Em geral, há dimerização de receptores e autofosforilação de resíduos de tirosina -> ativação do receptor tirosina
quinase, que se liga a proteínas de domínios SH2 -> ativa via downstream (cascata de quinases -> transcrição) - Receptores de tirosina-quinase, de citosina, serina/treonina-quinases e associados à guanil-ciclase
RECEPTORES LIGADOS À QUINASE: Via da Ras/Raf/MAP quinase
Importante na divisão, no crescimento e na diferenciação celular
RECEPTORES LIGADOS À QUINASE: Via Jack/Stat:
Ativada por muitas citocinas, controla a síntese e a liberação de mediadores da inflamação
RECEPTORES NUCLEARES:
Único que está dentro da célula e por isso, os ligantes precisam ser hidrofóbicos (podendo
atravessar a membrana plasmática). Fazem a modulação da transcrição gênica, sinalização endócrina e regulação metabólica - Receptores de hormônios esteroides, hormônios da tireoide, Vitamina D e ácido retinoico
RECEPTORES NUCLEARES: classe 1
(Citoplasma); após a difusão de ligantes para a célula, formam homodímeros e migram para o núcleo
RECEPTORES NUCLEARES: classe 2
(Núcleo); seus ligantes são lipídios que que já estão na célula, formam heterodímeros
RECEPTORES NUCLEARES: classe 3
(híbrida): Subgrupo da Classe II, formam heterodímeros também e têm papel na sinalização endócrina
obs sobre a ligação de glicocorticoides
A ligação de glicocorticoides aos seus receptores expõe o domínio do receptor ao DNA. Ocorre a migração do complexo ao núcleo, dimerização e ligação a elementos de resposta glicocorticóide no DNA, o que irá causar
uma repressão ou indução de genes
Fármacos que inibem os efeitos dos eicosanóides (mediadores inflamatórios) inibem a…
Lipoxigenase e a COX
PRÓ-FÁRMACO:
O fármaco pode exigir ação enzimática para convertê-lo da forma inativa (pró-fármaco) para a ativa. Por exemplo, o clorazepato ativa-se ao sofrer hidrólise ácida no estômago, passando para a forma de metildiazepam
TIPOS DE ALVOS - TRANSPORTADORES
- Ajudam no transporte de substâncias que são muito polares, para que elas atravessem a membrana plasmática
- Essas proteínas possuem sítios de reconhecimento para as substâncias, os quais são alvos para fármacos bloqueadores
TIPOS DE ALVOS - CANAIS IÔNICOS
- Comumente chamados de receptores, se misturam um pouco com essa categoria. Os canais iônicos controlados por ligantes,
citados na categoria dos “TIPOS DE ALVOS - RECEPTORES” fazem parte de ambas as categorias
CANAIS CONTROLADOS POR VOLTAGEM:
Abrem-se quando a membrana é despolarizada (ela sai do estado de repouso pela
entrada de íons), são de curta duração
CANAIS DE LIBERAÇÃO DE CA:
Presentes no retículo. Os principais, receptores de IP3 e rianodina são uma classe especial de
canais de cálcio controlados por ligantes que controlam a liberação de Ca2+ das reservas intracelulares
CANAIS DE CA OPERADOS PELA RESERVA DE CA2+:
Quando as reservas de Ca estão esgotadas, esses canais se abrem para
permitir a sua entrada. Importantes no mecanismo de receptores acoplados à proteína G que provocam liberação de Ca
INTERAÇÕES FÁRMACOS + RECEPTORES
- Os receptores existem em pelo menos dois estados: inativo (R) e ativo (R), que estão em equilíbrio reversível entre si, em
geral favorecendo o estado inativo. A afinidade indica a tendência da substância a se ligar a receptores; e a eficácia indica a
tendência de adotar o estado R (a intensidade do efeito biológico é diretamente relacionada eficácia)
AGONISTAS
A ligação dos agonistas desloca o equilíbrio de R para R*, produzindo um efeito biológico -> ativação do receptor
agonistas totais
Todo receptor ocupado adotará a conformação R* -> resposta máxima e eficácia positivaa
agonistas parciais
Nem todo receptor ocupado adotará a conformação R* -> resposta submáxima e eficácia positiva
agonistas inversos
Mostra preferência por R e não por R* -> eficácia negativa. Ocorre em situações incomuns em que os receptores
demonstram atividade constitutiva (canais iônicos)
antagonistas
Não mostram preferência por R nem por R*, logo o equilíbrio não é perturbado - eficácia zero
antagonista competitivo
➢ Competitivo: Agonista e antagonista competem entre si para se ligar ao receptor
- É reversível se uma maior concentração do agonista restabelece sua ocupação. A razão de dose aumenta linearmente com a concentração do antagonista (o quanto a concentração do agonista deve ser aumentada para restaurar)
- É irreversível se uma maior concentração do agonista não supera o efeito do bloqueador, pois o antagonista irá se dissociar dos receptores muito lentamente (ou nem se dissociar)
antagonista nao competitivo
Antagonista interrompe a ligação receptor-efetor, mas não compete pelo sítio ativo
antagonista quimico
Duas substâncias se combinam em solução e o efeito do fármaco ativo é perdido
antagonista farmacocinetico
Redução da concentração do fármaco ativo em seu ponto de ação (velocidade de absorção menor, velocidade de degradação maior…)
antagonista fisiologico
Interação entre fármacos cujas ações opostas tendem a se anular mutuamente
DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA
- A tolerância e a dessensibilização descrevem a perda do efeito de uma substância, comumente observada quando
administrada de modo contínuo ou repetidamente. Estão relacionados com vários mecanismos
DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA
➢ Alteração de receptores:
Ocorre o down-regulation (diminuição do n° de receptores) se há muitos agonistas e o up
regulation (aumento do n° de receptores) se há muitos antagonistas
DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA
Exaustão de mediadores:
Depleção de uma substância intermediária essencial
DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA
➢ Aumento no metabolismo:
Quando aumenta o metabolismo de uma substância, a degradação do fármaco ocorre mais
rápido, então ele fica menos tempo no plasma (alcoolismo -> hiperativação do citocromo CIP2E1)
DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA
➢ Mecanismos fisiológicos:
Efeito do fármaco anulado por uma resposta homeostática compensatória
DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA
➢ Extrusão das Células:
Relacionada à resistência a quimioterápicos, que “expulsam” substâncias das células (se são substâncias
citotóxicas, serão removidas do meio intracelular por proteínas)
obs importante sobre intolerancia
No conceito de dessensibilização em si, o n° de receptores não muda, ao contrário do up/down-regulation. O que
ocorre é que o fármaco ao se ligar ao receptor, não consegue desencadear a resposta fisiológica esperada
Farmacocinética
- Relacionada às ações do corpo sobre a droga, e suas propriedades determinam a movimentação da droga no organismo. A
partir disso, determinaremos várias escolhas: dose, via de administração, intervalo entre as doses etc. - Para que o fármaco atue, ele precisa atingir uma concentração suficiente no tecido-alvo. Isto é determinado pela translocação
das moléculas do fármaco e pela transformação química
- MECANISMOS DE ABSORÇÃO: ph
O fator que mais afeta a difusão passiva por membranas é a lipossolubilidade -> afetada pela ionização. É visto que, quando comparados com ácidos/bases fortes, ácidos/bases fracas são melhor absorvidos (ionizam menos)
- Ácidos fracos: Em meio ácido, não se ionizam; ficam protonados e apolares -> mais absorção (HA → H+ + A-)
- Bases fracas: Em meio alcalino, não se ionizam; ficam não protonadas e apolares -> mais absorção (BH+ → H++ B)
- OBS: O peso molecular interfere na difusão passiva (substâncias maiores têm mais dificuldade de passar)
- FATORES QUE AFETAM NA ABSORÇÃO: fluxo de sangue
Onde o fluxo sanguíneo é maior, a absorção é favorecida (o intestino recebe um fluxo de sangue maior do
que o estômago, sua absorção é maior)
- FATORES QUE AFETAM NA ABSORÇÃO: area
Onde a superfície de absorção é maior, a absorção é favorecida (microvilosidades intestinais)
- FATORES QUE AFETAM NA ABSORÇÃO: tempo
Se um fármaco se desloca muito rapidamente ao longo do TGI (diarreia intensa) ele não é bem absorvido.
Contudo, qualquer retardo no transporte do fármaco do estômago para o intestino reduz a sua velocidade de absorção
- FATORES QUE AFETAM NA ABSORÇÃO: glicoproteina p
Proteína transmembrana responsável pelo transporte de várias
moléculas, presente em tecidos por todo o corpo, envolvida no transporte de fármacos
dos tecidos para o sangue. Ao bombear fármacos para fora da célula (áreas de
expressão elevada) ela diminui a absorção de fármacos -> associada com a resistência
- BIODISPONIBILIDADE:
Taxa e extensão com que um fármaco administrado alcança a
circulação sistêmica. Compara-se níveis plasmáticos do fármaco por uma via de
administração particular com os níveis por administração IV
- LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS:
Essa ligação retarda a transferência dos fármacos para fora do
plasma, pois o fármaco ligado à proteína não é funcional
- A albumina é a principal proteína ligadora e pode atuar como reserva de fármaco (se o fármaco livre diminui, por eliminação, o
fármaco ligado se dissocia da proteína). Observa-se que drogas ácidas se ligam melhor à albumina, enquanto drogas básicas se
ligam melhor à β-globulina e à glicoproteína ácida - A competição de substâncias pelo mesmo sítio de ligação resulta em saturação dos
sítios (todos estão ocupados) - Inicialmente, a forma ligada aumenta na mesma proporção de aumento da forma livre.
Ao atingir o ponto de saturação, o aumento da forma livre fica desproporcional - OBS: Fármacos podem se ligar também as proteínas dos tecidos, servindo de
reservatório, ou causando toxicidade
➢ Barreira placentária:
Separa o sangue materno do fetal; não oferece proteção
significativa, visto que não é seletiva. A talidomida era um sedativo para o combate do
enjoo matinal associado à gravidez, e causou efeito teratogênico
➢ Barreira hematocefálica:
Nas células cerebrais, junções GAP dificultam a passagem de substâncias (ao contrário das células
hepáticas, que são cheias de fenestras)
- Doença de Parkinson:
Há diminuição da dopamina, porém ela não pode ser administrada (não atravessa a BHE). Usa-se a
L-dopa, que atravessa a BHE por meio do uso de transportadores de aminoácidos e é convertida em dopamina pela dopa
descarboxilase dentro do encéfalo. Usa-se junto um inibidor da dopa-descarboxilase periférica (carmidopa), que não consegue
atravessar a BHE e, por isso, não afeta a ação da dopa-decarboxilase dentro do encéfalo
- Meningite:
A inflamação da meninge faz com que seus vasos fiquem mais permeáveis (os da BHE também). Isso faz com que
alguns antibióticos que antes não conseguiam atravessar para o SNC, agora consigam
- VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO:
➢ Alto VD: Substâncias lipossolúveis; alcançam todos os compartimentos, podem se acumular na gordura e atravessar a BHE
➢ Baixo VD: Substâncias hidrossolúveis; ficam confinadas no plasma e no interstício. Quando VD = 1, o fármaco não se ligou a gordura e está 100% no plasma
Os compartimentos corporais são:
Gordura; Plasma; Líq. Intersticial; Líq. intracelular; Líq. transcelular; Gordura. Os
fármacos podem estar na forma livre ou ligada, mas só a forma livre pode transitar entre os compartimentos
Muitos fármacos têm um tropismo específico por um tecido (lipossolubilidade favorece ligação com gordura)
PROPRIEDADES - DISTRIBUIÇÃO
- Processo pelo qual um fármaco reversivelmente abandona o leito vascular e entra no interstício
PROPRIEDADES - TRANSFORMAÇÃO
- Mecanismo usado para diminuir a atividade de compostos químicos (nem todos passam por esse processo). Os produtos da
biotransformação são os metabólitos, ocorre principalmente no rim e no fígado
- CINÉTICA:
➢ Cinética de 1ª ordem e de ordem zero
- REAÇÕES DE FASE I:
Convertem a droga em um composto mais polar ao introduzir um grupo funcional (OH, NH2…) por reações como oxidação, hidroxilação, alquilação, desaminação, hidrólise. Se o metabólito da Fase I for polar o suficiente, ele pode ser excretado pelo rim (geralmente ele é inativado, mas também pode ser que ele fique ativado ou inalterado)
➢ Sistema Citocromo P450: Muitas vezes ajuda a promover essas reações, com suas várias famílias
- REAÇÕES DE FASE II:
Convertem a droga em um composto mais polar se a Fase I não conseguiu fazer isso bem. O organismo acrescenta outro substrato endógeno ao grupo funcional e forma um conjugado altamente polar. A excreção ocorre pelo rim ou pela bile, e alguns fármacos vêm diretamente para essa fase
PROPRIEDADES - ELIMINAÇÃO
- A velocidade de eliminação determina a duração da ação do fármaco no organismo. Ocorre uma ação conjunta do
metabolismo e da excreção. Geralmente, o fígado metaboliza e o rim excreta
- DEPURAÇÃO (CLEARENCE):
Medida da capacidade do organismo de eliminar o fármaco a partir da concentração plasmática,
envolve a metabolização e a excreção