Fármacos Antimicobacterianos Flashcards

1
Q

Fármacos Antimicobacterianos:

A
  • As micobactérias são bacilos aeróbicos com paredes celulares contendo ácidos micólicos, que coram mal com gram. Uma vez
    corados, não descoram facilmente com solventes acidificados (por isso, são ácido-resistentes). As infecções formam lesões
    granulomatosas de crescimento lento, que causam destruição de tecidos. Está aumentando o n° de doenças por micobactérias
    não tuberculosas (MNTs); inclui o M.avium intracellulare, M.chelonae, M.kansasii e M.fortuitum, M.leprae (hanseníase)
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2
Q

Fármacos Antimicobacterianos: QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

  • M.TUBERCULOSIS (BACILO DE KOCH):
A

1/3 da população está infectada, mas pela forma não-latente (ITBL) -> sem sintomas. A
forma latente causa a tuberculose (TB), podendo causar infecções nos pulmões, ossos, ITU e meninges; é a principal causa
infecciosa de morte no mundo. A resistência é muito comum, e o tratamento dura de 6 meses a 2 anos. A ITBL é tratada com
isoniazida e rifapentina e a TB com vários fármacos, aumenta o tempo de tratamento se for TB multirresistente (TBMR)

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3
Q

Fármacos Antimicobacterianos: QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

➢ Diagnóstico- Tuberculina/DDP

A

É feito um teste cutâneo com tuberculina, um derivado proteico modificado (DDP). É mais
barato, mas podem ocorrer falsos + (vacinação com BCG e infecções do mesmo grupo) e falsos - (imunossupressão). Um teste +
seria uma pápula entre 5 e 9mm

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4
Q

Fármacos Antimicobacterianos: QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

➢ Diagnóstico- Sangue

A

Mede a liberação do interferon gama (LIG), é mais caro, mas mais específico. Não há falsos + e falsos -

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5
Q

Fármacos Antimicobacterianos: QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

➢ Diagnóstico- Teste de biologia molecular

A

É um teste que inclui a reação PCR, útil para o diagnóstico rápido, a identificação
de cepas resistentes e a detecção de tuberculose em locais extrapulmonares

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6
Q

Fármacos Antimicobacterianos: QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

  • ESTRATÉGIAS PARA ↓ RESISTÊNCIA:
A

Tratamento de multifármacos -> isoniazida, rifampicina, etambutol, pirazinamida. Na
fase intensiva são usados todos, na fase de continuação apenas isoniazida e rifampicina. Mesmo que haja boa resposta clínica
inicial, o tratamento deve ser mantido por tempo prolongado para eliminar microrganismos persistentes e prevenir recaídas

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7
Q

Fármacos Antimicobacterianos: QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

  • ISONIAZIDA (INH):
A
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8
Q

Fármacos Antimicobacterianos: QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

  • OBS: As rifamicinas (rifampicina, rifabutina e rifapentina) são fármacos …
A
  • OBS: As rifamicinas (rifampicina, rifabutina e rifapentina) são fármacos macrocíclicos muito similares, que são usados com
    outros juntos (nunca em imunoterapia)
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9
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

  • RIFAMPICINA
A
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10
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

  • RIFABUTINA
A

Derivado da rifampicina, é um indutor menor do P450 (diminui interações com outros fármacos). É usada em
pacientes com HIV+ que usam inibidor da protease ou inibidor da transcriptase reversa não-nucleosídeo (ITRNN)

  • Os efeitos adversos são similares, mas incluem também uveíte, hiperpigmentação cutânea e neutropenia
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11
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

  • RIFAPENTINA
A

Tem maior atividade do que a rifampicina e meia-vida mais longa. É usada 2X por semana durante a fase
intensiva e 1X por semana na fase de continuação

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12
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

  • PIRAZINAMIDA
A

Bactericida sintético, ativo por VO, penetra no SNC. Ela é hidrolisada pela enzima pirazinamidase a ácido
pirazinoico, que é a sua forma ativa (cepas resistentes não têm a pirazinamidase). Pode causar toxicidade hepática e gota

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13
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
1) FÁRMACOS DE 1ª LINHA:

  • ETAMBUTOL
A

É um bacteriostático que inibe a arabinosiltransferase (enzima importante para a síntese da parede celular),
alcança o SNC (mas bem pouco). É usado com outros fármacos, pode causar neurite óptica (reversível) -> perda da acuidade
visual e cegueira verde-vermelho; pode causar crises de gota

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14
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
2) FÁRMACOS DE 2ª LINHA:

A

São ↓ eficazes, ↑ tóxicos e ↓ estudados, sendo úteis em pacientes que não toleram os de
fármacos de 1ª linha e em micobactérias resistentes

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15
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
2) FÁRMACOS DE 2ª LINHA: primeiro de cima

A
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16
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
2) FÁRMACOS DE 2ª LINHA: segundo

A
17
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
2) FÁRMACOS DE 2ª LINHA: terceiro

A
18
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
2) FÁRMACOS DE 2ª LINHA: quarto

A
19
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
2) FÁRMACOS DE 2ª LINHA: quinto

A
20
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A TUBERCULOSE
2) FÁRMACOS DE 2ª LINHA: sexto

A
21
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A HANSENÍASE LEPRA

A
  • Tratada de maneira eficaz com dapsona e rifampicina, acrescentando clofazimina nos casos multibacilares
22
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A HANSENÍASE LEPRA

  • DAPSONA:
A

Relacionada estruturalmente às sulfonamidas e de modo similar inibe a di-hidropteroato sintetase na via de síntese
do folato. Ela é bacteriostática para a M. leprae, mas cepas resistentes podem ser encontradas. Também é usada no tratamento
da pneumonia causada pelo Pneumocystis jirovecii em pacientes imunossuprimidos

23
Q

Fármacos Antimicobacterianos:
QUIMIOTERAPIA CONTRA A HANSENÍASE LEPRA

  • CLOFAZIMINA:
A

É um corante fenazina. Seu mecanismo de ação pode envolver a ligação ao DNA. Sua propriedade redox pode
levar à formação de radicais de oxigênio citotóxicos, que são tóxicos para a bactéria. É bactericida para a M. leprae, e tem
atividade potencialmente útil contra a M. tuberculosis e as MNTs. Depois da administração oral, se acumula nos tecidos, mas
não entra no SNC. Os pacientes devem ser alertados de que a pele pode adquirir coloração rosada ou marrom-escura

24
Q

1) Sobre o tratamento da tuberculose, assinale o que for incorreto.
a) O tratamento de primeira linha consiste em 4 fármacos.
b) Os fármacos de segunda linha são normalmente menos eficazes e mais
tóxicos, por isso, são utilizados apenas em pacientes que não toleram
algum fármaco de primeira linha.
c) A resistência pode ser induzida ao se optar pela monoterapia.
d) O M. Tuberculosis, por crescer lentamente, exige um tratamento longo,
de meses a anos.

A

B

25
Q

2) Sobre a quimioterapia padrão de tuberculose, leia as afirmativas.
I – O tratamento de tuberculose suscetível aos fármacos dura, no
mínimo, 6 meses.
II - Na primeira fase do tratamento (fase intensiva), o regime
recomendado é de rifampicina e isoniazida por 2 meses.
III - O tratamento multifármacos é empregado para suprimir os
organismos resistentes.
IV – A aderência ao tratamento tende a ser bem elevada se durar mais de
6 meses.
Quais estão corretas?
a) I, II, III e IV
b) I, II e III
c) I, III e IV
d) I e III

A

D

26
Q

3) Sobre os fármacos constituintes do regime RHZE (rifampicina, isoniazida,
pirazinamida e etambutol) assinale o que for correto.
a) A rifampicina é bactericida para micobactérias ao bloquear a transcrição
do RNA a partir da interação com a subunidade beta da RNA-polimerase
DNA-dependente da bactéria. Não apresenta atividade contra M. leprea,
nunca é utilizada em regime único no tratamento de tuberculose ativa e
é um indutor pouco potente de enzimas CYP450.
b) A isoniazida é um pró-fármaco que, após a sua ativação, inibe a síntese
de ácido micólico, resultando na ruptura da parede celular. É específica
para o tratamento de M. Tuberculosis e a resistência resulta de
alterações cromossomais, as quais podem impedir a ativação do pró-
fármaco.
c) A maior parte do benefício clínico da pirazinamida ocorre no final do
tratamento, por isso deve ser continuada após a fase intensiva.
d) O etambutol, cujo mecanismo de ação consiste na inibição da
arabinosiltrasferase, é um bactericida específico contra micobactérias.
Tal fármaco deve ser utilizado com cautela em pacientes com gota, pois
diminui a excreção de ácido úrico. Não há relatos de demais efeitos
adversos.

A

B

27
Q

Um homem de 42 anos, HIV positivo, foi recentemente diagnosticado com
Tuberculose ativa. Atualmente, está sob regime estável anti-HIV, composto
de dois inibidores da protease e dois inibidores da transcriptase reversa
análogo de nucleosídeo. Qual é o tratamento mais apropriado contra a
tuberculose neste caso?
a) Rifampicina + isoniazida+ pirazinamida+ etambutol.
b) Rifabutina+ isoniazida+ pirazinamida+ etambutol.
c) Rifampicina + moxifloxacino + pirazinamida + etambutol.
d) Amicacina + Moxifloxacino + ciclosserina + estreptomicina.

A

B

28
Q

Sobre o tratamento da Hanseníase, assinale o que for correto.
a) Pode ser realizado em monoterapia com dapsona.
b) A clofazimina é bactericida para M. leprea e é empregada em casos
multibacilares.
c) A dapsona, relacionada estruturalmente às sulfas, inibe a de maneira
similar a via de síntese do folato. É bacteriostática e até então não
foram encontradas cepas resistentes.
d) A dapsona possui má distribuição.

A

B

29
Q

Qual das seguintes alternativas é correta em relação à clofazimina no
tratamento da hanseníase?
a) A clofazimina não deve ser usada em pacientes com deficiência de G6PD.
b) A neuropatia periférica é um dos efeitos adversos mais comuns relacionado
a esse fármaco.
c) Com o tempo, a clofazimina pode causar coloração na pele.
d) O risco de eritema nodoso hansênico aumenta.

A

C