traqueo, flebo e drenagem Flashcards
10 passos da traqueo
I. Animal anestesiado, entubado e em decúbito dorsal horizontal + antissepsia da região cervical anterior com PVPI, boneca de gaze, pinça de Pean e cuba metálica simples;
II. Realiza-se o teste do cuff + colocação de campo fenestrado com fixação dele através da pinça de preensão de campo de Backhaus;
III. Realiza-se incisão em colar de 4 cm no 1⁄3 médio, entre a cartilagem cricóide e a fúrcula esternal, com o animal em hiperextensão cervical, com bisturi de lâmina fria;
IV. Divulsão dos músculos platisma, esterno hióideo e esternotireóideo com a pinça hemostática de Kelly curva e afastador manual de Farabeuf;
V. Realiza-se a incisão em janela nos anéis traqueais com a pinça de preensão de Allis e bisturi de lâmina fria, retirando o retalho da traquéia;
VI. Retirada do tubo orotraqueal sob via direta + introdução da cânula em mandril em movimento de báscula no sentido caudal;
VII. Insuflação do cuff com auxílio de seringa com 10 mL de ar + retirada do mandril e alocação do respirador artificial a cânula através do tubo intermediário;
VIII. Fixação da cânula à pele com ponto simples (um de cada lado), usando agulha prismática, fio de algodão, porta agulha de Hegar e pinça dente-de-rato;
IX. Retirada do campo fenestrado;
X. Antissepsia da ferida operatória com os materiais citados no item I.
10 passos drenagem de torax
I. Animal previamente anestesiado, entubado e em decúbito dorsal horizontal + antissepsia do hemitórax acometido com PVPI, boneca de gaze, pinça de Pean e cuba metálica simples;
II. Antes da incisão é preciso medir o dreno. Mede-se da fúrcula esternal ao processo xifóide e, deste,
ao local da incisão;
III. Posiciona-se o campo fenestrado com auxílio da pinça de preensão de campo de Backhaus na área entre o 3o e 5o EIC para fazer a incisão de 4 cm oblíqua no 4o EIC em borda superior da costela inferior, entre as linhas axilares anterior e média, com bisturi de lâmina fria;
IV. Com a pinça hemostática de Kelly curva, a divulsão da musculatura interna e externa deve ser feita, bem como, o rompimento da pleura parietal e a introdução da mesma pinça na cavidade
pleural para alargamento do orifício;
V. Exploração digital da cavidade, reconhecendo o diafragma, o pulmão e o miocárdio, sem aderência e com demais estruturas preservadas;
VI. Introdução do dreno em sentido cranial e posterior com auxílio da pinça hemostática de Kelly até a marcação já feita. Feito isso, insere-se a outra extremidade do dreno em selo d ́água;
VII. Fixação do dreno na pele em ponto “U” com agulha prismática, fio de algodão, pinça dente-de-rato e porta agulha de Hegar + ponto simples, um de cada lado, com os mesmos materiais. Por fim, fixação do dreno com sapatilha dupla;
VIII. Fechamento da incisão com ponto simples;
IX. Antissepsia da ferida operatória com os materiais citados no item I;
X. Retirada do campo fenestrado e realização de curativo com gaze em torno do dreno.
10 passos da flebo
I. Animal em decúbito dorsal horizontal previamente anestesiado e entubado + antissepsia em região cervical anterior acometida (direta/esquerda) com PVPI, boneca de gaze, cuba metálica simples e pinça de Pean + posicionamento do campo fenestrado estéril, fixado com auxílio da pinça de preensão de Backhaus;
II. Incisão transversal em região paratraqueal com bisturi de lâmina fria, de extensão de 3,5 cm, alcançando a pele e tecido subcutâneo;
III. Divulsão dos músculos esternocleidomastoideo, esterno hióideo e omo-hióideo com a pinça hemostática de Kelly curva e afastador manual de Farabeuf até a localização da veia jugular do lado correspondente;
IV. Divulsão da fáscia cervical profunda sobre a veia jugular com o auxílio da pinça hemostática de Halsted e pinça vascular de De Bakey + isolamento da veia com auxílio da pinça hemostática de Kelly curva;
V. Passagem de dois fios de algodão (no 0) paralelos ao redor da veia, com auxílio da pinça hemostática de Mixter + realização de teste de fluxo (por ser uma veia, o fluxo deve ser distal-proximal);
VI. Pinçamento parcial da veia com a pinça hemostática de Halsted e incisão transversal parcial do lúmen da veia com o bisturi de lâmina fria + introdução do cateter, o qual foi previamente medido do local da incisão à fúrcula esternal e, desta, a iminência do átrio direito, em sentido proximal;
VII. Fixação do cateter à veia com nó manual, usando fio de algodão + fechamento da porção cranial da veia com fio de algodão;
VIII. Realização do ponto em “U” na pele, usando agulha prismática, fio de algodão, porta agulha de Hegar e pinça dente de rato + fixação do cateter com sapatilha simples;
IX. Sutura da pele com ponto simples, fio de algodão no 0, agulha prismática, porta agulha de Hegar e pinça dente de rato + retirada do campo fenestrado;
X. Antissepsia da ferida operatória com PVPI, cuba metálica simples, boneca de gaze e pinça de Pean + realização de curativo com gaze em torno do cateter.
Quando deve-se adotar a conduta conservadora em um pneumotórax? Justifique.
A conduta conservadora com uso de analgésicos e repouso relativo deve ser utilizada quando o pneumotórax é classificado como pequeno, ou seja, menor que 1⁄3 do hemitórax (indicação relativa para drenagem de tórax). O paciente deve ser mantido nessa condição no setor de emergência e, após 24 horas de estabilidade, deve ser acompanhado ambulatorialmente até que o pneumotórax tenha sido solucionado por completo, sendo isso confirmado através da radiografia de tórax (qualquer mudança nos sintomas deve ser comunicada).
Cite quatro diferenças entre artéria e veia.
As diferenças entre artérias e veias são:
● A artéria apresenta notória pulsação, enquanto a veia não apresenta;
● A veia apresenta maior complacência que a artéria (veias possuem camada muscular mais fina);
● O fluxo sanguíneo das artérias é no sentido proximal-distal, enquanto o fluxo venoso é distal-proximal;
● A artéria tem a camada íntima mais espessa que a veia, garantindo uma coloração avermelhada (vinho).
O que é a Tríade de Beck? Quais os diagnósticos diferenciais que ela apresenta? Como saber qual é o diagnóstico apresentado?
A Tríade de Beck é formada por hipotensão, hipofonese de bulhas e turgência jugular, sendo utilizada para diagnosticar tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo. Para confirmar a hipótese diagnóstica realiza-se toracocentese (se sair ar, significa que é pneumotórax hipertensivo).
Qual a função do cuff? Qual sua complicação?
O cuff tem a função de selar a via aérea, impedindo o escape de ar, bem como, evitando a broncoaspiração; promove o direcionamento do ar adequadamente. Tem como complicação mais comum a estenose ou necrose traqueal.
. Cite cinco complicações da traqueostomia durante o ato operatório (momento imediato, intra-operatório).
imediatas : (1) sangramento, (2) lesão de laringe, (3) lesão de traquéia, (4) lesão de tireoide e (5) lesão do nervo laríngeo recorrente.
um outro item que poderia ter sido citado é “pneumotórax e/ou pneumomediastino”.
. É possível ter uma conduta conservadora em caso de derrame pleural? Justifique.
Depende da coloração do líquido puncionado na toracocentese. Se a punção mostrar transudato (líquido claro) a conduta conservadora pode ser adotada porque ele não traz complicações pulmonares; se a punção mostrar exsudato, a drenagem deve ser realizada, pois o quadro pode evoluir para empiema pleural (pus). Logo, a conduta conservadora (punção de alívio + observação) pode ser adotada em caso de transudato e não deve ser adotada em quadro de exsudato/empiema.
. Cite 5 indicações/funções precisas para o uso do Intracath.
(1) infusão de drogas vasoativas, (2) infusão de antibioticoterapia, (3) infusão de dieta parenteral, (4) avaliação da PVC e (5) avaliação da volemia.
. Cite 5 indicações para a flebotomia.
(1) choque, (2) coagulopatia, (3) ressucitação volêmica, (4) hemocromatose e (5) infusão de drogas não irritativas.
5 indicações da drenagem operatória durante o ato operatório.
(1) lesão do plexo intercostal, (2) lesão do diafragma, (3) lesão do pulmão, (4) penetração do dreno no tecido subcutâneo e (5) penetração do dreno na cavidade peritoneal.
Cite cinco complicações do pós-operatório da drenagem de tórax.
(1) enfisema subcutâneo; (2) obstrução do dreno; (3) infecção do sítio de implantação, (4) hemotórax encapsulado e (5) pneumotórax após a retirada do dreno por falha técnica ou retirada precoce.
Cite duas complicações decorrentes de um cuff insuflado inadequadamente.
A insuflação inadequada do cuff gera: (1) estenose ou necrose traqueal e (2) broncoaspiração de repetição.
Cite cinco métodos de acesso venoso e dê duas funções de cada um dos métodos.
● Abocath (curto e grosso):reposição volêmica e aplicação de soroterapia medicamentosa;
● Intracath (fino e longo): é utilizado para infusão de drogas vasoativas/alta toxicidade e de dieta parenteral;
● Scalp (borboleta): coleta de sangue e infusão medicamentosa
● Agulha hipodérmica: utilizada para a extração de sangue e administração de medicamentos;
● Cateter de Shilley: utilizado em processo de manutenção de FAV ou em casos de diálise de
emergência.