Transtornos mentais na infância Flashcards

1
Q

Com o que os processos emocionais disfuncionais podem se relacionar na infância e adolescência?

A

O normal é as emoções serem adaptativas na infância e adolescência. Se isso não ocorre, pode significar:

  • Exposição a situações múltiplas de risco
  • Combinação ou sequência de fatores de risco.
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2
Q

Quais os fatores de risco que podem influenciar transtornos mentais na infância e adolescência?

A
  • Eventos traumáticos: situações as quais a criança não é capaz de lidar
  • Psicopatologia parental: pais com depressão ou algum outro transtorno
  • Doenças crônicas
  • Violência
  • Baixo nível educacional
  • Gravidez precoce
    É necessário que haja uma repetição frequente desses fatores de risco
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3
Q

O que é importante questionar na anamnese da criança?

A
  • Como a criança se comporta em diferentes locais: casa, escola, casa dos outros
  • História médica
  • Comorbidades e apresentações clínicas diferentes nesta faixa etária
  • Dados colhidos de familiares, escola e outros profissionais de saúde.
  • O encaminhamento geralmente é da escola, família, justiça (crianças transgressoras), organizações sociais. É importante ver o quanto conseguem lidar com o comportamento da criança. Ele pode ser resposta a algum fator que deve ser buscado
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4
Q

Quais as desordens emocionais que podem ocorrer na infância?

A
  • Transtorno do humor: depressão
  • Transtornos neuróticos: ansiedade, TOC, fobias, t. somatoformes
    Alguns transtornos fazem parte do desenvolvimento infantil, como fobias, manias de limpeza, etc. Em geral, são fases passageiras. Se a criança se fixar em determinado sintoma, é possível que esteja desenvolvendo um transtorno,
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5
Q

Quais os fatores de risco para transtornos emocionais na infância?

A
  • Depressão e ansiedade parental
  • Supervisão estressante
  • Alto grau de exigência
  • Modelos negativos
  • Conflitos familiares
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6
Q

Como é caracterizado o transtorno de ansiedade de separação?

A
  • A ansiedade de separação pode ser um processo normal adaptativo em crianças pré-escolares/nos primeiros anos de vida
  • O transtorno ocorre quando a ansiedade é grave, prejudicando o funcionamento social e persistindo além da idade usual.
  • Preocupação irrealista e aflitiva de que as figuras de vínculo desapareçam, por algum dano ou abandono
  • Medo irrealista de se perder, ser raptada
  • Relutância em ir para escola por medo de separação
  • Recusa de dormir sem estar perto das figuras importantes de vinculação
  • Pesadelos
  • Sintomas físicos durante a separação
  • Angústia antecipada
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7
Q

Quais são as desordens do comportamento disruptivo?

A
  • T. déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
  • T. opositor desafiador: crianças malcriadas, desobedientes, agressivas. Mais restrito ao meio que a criança vive, não atingindo meio social amplo
  • T. de conduta: transgressões que atingem o meio social
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8
Q

Quais os fatores de risco para desordens do comportamento disruptivo?

A
  • Negligência
  • Abuso físico e psicológico
  • Exposição a modelos violentos
  • Incoerência de regras
  • Punição inconsistente
  • Privação afetiva
  • Conflitos familiares
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9
Q

Quais os principais transtornos do desenvolvimento?

A
  • T. do espectro autista
  • Retardo mental
  • T. específicos do desenvolvimento (T. de aprendizagem)
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10
Q

Qual a principal diferença entre os transtornos emocionais e os de comportamento disruptivo?

A

As desordens emocionais são problemas internalizados e de difícil reconhecimento. As desordens de comportamento disruptivo se externalizam, as pessoas notam com mais facilidade por serem atingidas.

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11
Q

Epidemiologia do TDAH

A
  • Mais prevalente em meninos
  • Prevalência muito variável em diferentes países, por critérios mais rígidos ou flexíveis vigentes ou mesmo diferenças culturais de comportamento/criação.
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12
Q

Acredita-se que a etiologia do TDAH seja multifatorial. Quais os fatores envolvidos?

A
  • Biológicos: genética, exposição a toxinas no período pré-natal, dano perinatal, prematuridade; dopamina é o foco central das investigações.
  • Psicológicos: temperamento da criança, eventos psíquicos estressantes
  • Familiares: maus tratos, negligência, supervisão estressante, excesso de exigência
  • Socais: inadequação escolar (modelo da escola), demandas por forma padronizada de comportamento
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13
Q

Qual a tríade de sintomas no TDAH?

A
  • Hiperatividade
  • Déficit de atenção
  • Impulsividade
    Os sintomas devem ser claros, persistentes e prejudiciais, ocorrendo em mais de uma esfera da vida (ex: casa e escola)
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14
Q

Quando ocorre o início do TDAH?

A
  • Os sintomas devem obrigatoriamente surgir antes dos 12 anos
  • Pode iniciar de 0-3 anos, mas é muito difícil de reconhecer (essa faixa etária é normalmente agitada e curiosa)
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15
Q

Como são descritos “bebês com TDAH”?

A
  • Muito sensíveis a estímulos luminosos, temperatura, ruídos
  • Ativos no berço, dormem pouco, choram muito
  • Ou calmos e flácidos, lentidão do desenvolvimento nos primeiros meses
    Essas características serão avaliadas retrospectivamente, com a criança já mais velha, na coleta da história. Um bebê não pode ser diagnosticado com TDAH
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16
Q

Como são as crianças com TDAH na idade escolar na escola?

A
  • Não seguem instruções
  • Exigem atenção extra dos professores
  • Fazem prova rápido, pulando questões
  • Não conseguem esperar
  • Bons em atividades físicas
  • Podem ter dificuldade de relacionamento, prejudicando autoestima
17
Q

Como são as crianças com TDAH em casa?

A
  • Não ficam quietas
  • São desobedientes
  • Impulsivos
  • Labilidade emocional, explosivas
  • Propensas a acidentes
  • História de acidentes frequentes
18
Q

Como são os exames de crianças com TDAH?

A
  • Laboratório inespecífico
  • Pode ter achados inespecíficos anormais no EEG
  • PET pode demonstrar diminuição do fluxo sanguíneo em regiões frontais
19
Q

Como é o curso e prognóstico do TDAH?

A

Curso variável, pode persistir na idade adulta ou remitir na adolescência.

20
Q

Quais os diagnósticos diferenciais de TDAH?

A
  • Avaliar o temperamento dentro da faixa normal esperada para idade
  • Transtornos do aprendizado
  • Avaliar ansiedade e depressão que podem acompanhar
  • Avaliar t. opositor desafiador ou t. de conduta associados
21
Q

Qual o tratamento para o TDAH?

A
  • Farmacoterapia, principalmente em casos mais difíceis: metilfenidato (ritalina)
  • Intervenções psicossociais: na família e escola (apoio familiar, mais tempo para fazer prova)
  • Psicoterapia
22
Q

Quais as principais características do TEA?

A
  • Dificuldade de interação social
  • Dificuldade de comunicação
  • Comportamentos repetitivos
  • predomínio no sexo masculino
  • é um espectro, logo, existem formais mais leves e formas mais severas
23
Q

Quais as principais categorias diagnósticas do TEA?

A
  • Autismo ou síndrome de Kanner ou transtorno global do desenvolvimento: global, grave, precoce
  • Transtorno de Asperger: interesses restritos, facilidades em determinadas áreas, pouca empatia e habilidades sociais
  • Transtorno desintegrativo da infância ou síndrome de heller: desenvolvimento normal, mas a partir dos 2 anos criança começa a regredir funções social, intelectual e linguística (cognitivas)
  • Transtorno de Rett: apenas meninas, entre 7 e 24 meses, perda do movimento das mãos, desaceleração do crescimento do crânio, ataxia, falha no desenvolvimento da fala
24
Q

Quais os fatores envolvidos na etiologia do TEA?

A
  • Biológicos: relação com rubéola congênita, associado a convulsões, alterações no EEG, pequenas anormalidades físicas congênitas
  • Fatores genéticos
  • Fatores bioquímicos
25
Q

Qual o quadro clínico do TEA?

A
  • Início na infância precoce
  • Caráter disfuncional permanente, sem períodos de remissão
  • Atraso em: habilidades sociais, linguagem e comunicação
  • Interesso intenso em uma estreita gama de atividades
  • Estereotipias, maneirismos
  • Adesão a rotinas e resistência a mudanças
26
Q

Quais as alterações observadas em bebês autistas?

A
  • Não sorriem
  • Não se deixam tocar
  • Não se aconchegam no colo
  • Não olham nos olhos
  • Não apontam
  • Sofrem com alterações de rotina
27
Q

Qual as alterações observadas em crianças em idade escolar autistas?

A
  • Dificuldade em fazer amigos

- Inadequação social por incapacidade de deduzir estados mentais ou sentimentos alheios

28
Q

Quais as alterações na comunicação verbal dos autistas?

A
  • Perda da função comunicativa do discurso
  • Primeiros anos: estalos, sons, repetição de sílabas
  • Ecolalia, repetição de frases
  • Frases fora de contexto, inversão de pronomes
  • Em casos graves, não há desenvolvimento de fala
29
Q

Quais as alterações na comunicação não-verbal dos autistas?

A
  • Contato anormal dos olhos
  • Postura
  • Expressões faciais
  • Tom de voz e gestos
  • Incapacidade de entender sinais não verbais dos outros
30
Q

Quais as alterações no repertório comportamental no TEA?

A
  • Jogo exploratório espontâneo ausente: não exploram o ambiente
  • Brinquedos perdem o simbolismos, usados de formas diferentes do seu propósito
  • Fenômenos ritualísticos compulsivos: ordenam objetos
  • Estereotipias e maneirismos
  • Apego extremo a rotinas e resistência a mudanças, com acessos de raiva e gritos
  • Apego a objetos diferentes
  • Fala ou movimentos repetitivos
  • Automutilação
  • Interesses blabla
  • Falta de consciência do perigo
31
Q

Como é o humor e resposta a estímulos no TEA?

A
  • Humor lábil, acessos de choro ou riso imotivados
  • Baixa reatividade à dor
  • Prazer na estimulação vestibular: balanço pendular, giros
  • Eventual afinidade com música
32
Q

Como é o diagnóstico do TEA?

A

Clínico.

Obs: podem ter ilhas de precocidade, como capacidades especiais de memória, leitura e cálculo

33
Q

Quais os diagnósticos diferenciais do TEA?

A
  • Esquizofrenia infantil
  • Retardo mental (pode ser comorbidade)
  • Hipoacusia
  • Privação psicossocial
34
Q

Como é o curso e prognóstico do TEA?

A
  • Curso crônico

- Prognóstico reservado, pior se associado a retardo mental. Transtornos psicóticos podem surgir na fase adulta

35
Q

Qual a epidemiologia do retardo mental?

A
  • Ligeiramente mais prevalente em meninos

- Pico de incidência em crianças com idade escolar

36
Q

Quais os fatores etiológico envolvidos?

A
  • Genéticos: aneuploidias, anormalidades cromossômicas

- Infecções intra-utero, exposição pré-natal a drogas, complicações na gestação e parto, TCE

37
Q

Os níveis de retardo mental são medidos pelo QI. Quais as faixas?

A
  • Leve: 55-70. habilidades até 7o ano, desenvolvimento lento. 85% dos casos. adultos independentes
  • Moderado: 40-55. habilidades até 3o ano. Adultos precisam de supervisão
  • Grave: 25-40 se comunicam na infância, contam e reconhecem palavras. Completa supervisão necessária
  • Profundo: < 25. Não comunicam suas necessidados ou adquirem habilidades para cuidado próprio.
38
Q

Como pode ser feita a terapêutica para o retardo mental?

A
  • Programas de intervenção psicopedagógica e comportamental, transdisciplinar, com grande participação dos pais
  • TCC
  • Abordagem familiar e escolar
  • Tratamento farmaco: antipsicóticos e anticonvulsivantes se agitação, crises de gritos, automutilação. antidepressivos no comportamento compulsivo incapacitante.