Tireóide Flashcards
Anatomia
Arterial
- tireoidea superior (1º ramo carótida externa)
- tireoidea inferior
Venoso
- tireoidea superiores
- tireoidea médias
- tireoidea inferiores
Nervoso
- laringeo superior
- laringeo inferior/recorrente (o da E recorre na crossa da aorta, o da D na subclávia D)
Histologia
- celulas foliculares produzem hormonios tireoidianos
- celulas parafoliculares (C) secretam calcitonina
Fisiologia
Hipotalamo produz THR -> estimula hipofise produzir TSH -> estimula tireoide a produzir T3 e T4 -> no sangue se liga com TGB do fígado -> hormonio livre faz feedback negativo central
Bócio
Alteração morfológica por aumento ou formação de nódulos de natureza benigna e não infecciosa
Classificações
- morfológica: difuso x nodular
- fisiológica: simples x tóxico
Quadro clínico
- abaulamento cervical anterior
- achado de exame
- hipertireoidismo
- sintomas compressivos são raros (dispneia, disfagia, disfonia)
Labs
- TSH é 1º exame
- T4L, anti-TPO, TRAB se hipertireoidismo
- cálcio e PTH
Imagem
- USG
- TC ou RM se volumoso/mergulhante
- cintilografia quando hipertireoidismo
PAAF
- nódulos suspeitos
Laringoscopia
- pré-op ou se disfonia
Tratamento geralmente clínico, operar se:
- suspeita ou confirmada malignidade
- hipertireoidismo refratário a tto nã o cirúrgico (clínico e radioiodoterapia)
- sintomas compressivos
- bócio mergulhante
- queixa estética
Manejo de nódulo em tireóide
TSH
- alto = hipotireoidismo -> avaliar PAAF
- normal = eutireoidismo -> avaliar PAAF
- baixo = hipertireoidismo -> fazer cintilo
Cintilo
- nodular (Plummer)
- difuso (Graves)
- frio -> se nódulo frio, avaliar PAAF
Graves
Tratamento:
- beta-bloqueador/metimazol/propiluracil
- se falha, radioiodoterapia
- se containdicado ou falha, cirurgia
Contraindicações
- alergia a iodo
- TRAb elevado
- exoftalmia moderada ou severa
- gestante ou vai engravidar em 6 meses
Carcinoma de tireóide
Celulas foliculares
- Bem diferenciados (papilifero; folicular)
- Pouco diferenciados (insular)
- Indiferenciado (anaplásico)
Celulas parafoliculares
- medular
Estadiamento
- T1: < 2 cm
- T2: 2-4 cm
- T3: > 3cm ou extravasamento capsular para musculatura pré-tireoidiana
- T4: extravasamento grosseiro (T4b irressecável)
- N0: sem ln
- N1a: compartimento central
- N2b: compartimento lateral
Carcinoma bem diferenciado de celulas foliculares
Capta iodo (NIS) - tto adjuvante com radioiodoterapia
Responde a TSH
- tto adjuvante com supressão de TSH
Produz tireoglobulina
- marcador sérico para seguimento
Quadro clínico
- nódulo de tireóide
- linfonodo
- disfonia (alerta para invasão de laringeo inferior)
Investigação
- laringoscopia
- USG (se nódulo suspeito, PAAF)
- calcitonina (excluir carcinoma medular)
- anti-tireoglobulina (parametro p/ seguimento)
- Ca e PTH (rastrear doença paratireóide)
- TC ou RM para estadiamento (não é obrigatório)
- imagem do tórax (RX ou TC)
Características nódulo suspeito
- hipoecogênico
- microcalcificações
- vascularização central
- margens irregulares
- extensão extra-tireoidiana
- crescimento
- mais alto que largo
Critérios de PAAF
- nódulo > 1 cm e alta/intermediária suspeita no USG
- nódulo > 1,5cm e baixa suspeita no USG
Classificação TI-RADS / % malignidade
1: 0,3% (não biopsiar)
2: 1,5% (não biopsiar)
3: 4,8% (bx se > 25 mm)
4: 9,1% (bx se > 15 mm)
5: 35% (bx se > 10 mm)
Classificação de Bethesda
Classificação citológica de risco de malignidade + conduta
I: amostra inadequada (5-10%) -> repetir PAAF
II: benigno (0-3%) -> seguimento
III: atipia de significado indeterminado (AUS 6-18%) -> repetir PAAF ou teste molecular ou cirurgia
IV: suspeito de neoplasia folicular (10-40%) -> cirurgia
V: suspeito de malignidade (45-60%) -> cirurgia
VI: maligno (94-96%) -> cirurgia
Classificação de risco do carcinoma de tireóide bem diferenciado
Baixo risco
- T1/2N0M0
- ressecção R0
- sem histologia agressiva
Risco intermediário
- invasão microscópica loco regional
- invasaõ vascular/meta linfonodal
- histologia agressiva
Alto risco
- invasão macroscópica
- ressecção incompleta
- meta a distancia
Tratamento do carcinoma de tireóide bem diferenciado
Supressão de TSH
- baixo risco: 0,5 a 2,0
- intermediário: 0,1 a 0,5
- alto risco: indetectável
- manter supressão por 3 anos sem evidência de doença
- seguir observando arritmia e densitometria
Risco intermediário ou alto:
- supressão de TSH + radioiodoterapia
Esvaziamento cervical
- N0: eletivo se T3 ou T4
- N1a: terapeutico central
- N1b: central + II a V ipsilateral
Seguimento:
- USG
- cintilo com pesquisa de corpo inteiro
- tireoglobulina
- anti-tireoglobulina
Carcinoma medular
Mais agressivo, pior prognóstico
(pedir calcitonina e CEA)
Esporádico x familiar (mutação do RET)
- NEM 2A: carcinoma medular + feocromocitoma + adenoma de paratireoide
- NEM 2B: carcinoma medular + feocromocitoma + habito marfanoide + ganglioneuromas de TGI
Calcitonina
- diagnóstico
- estadiamento (risco de meta é proporcional ao nivel)
- seguimento
- prognóstico
Tratamento
- não realizar supressão de TSH e radioiodoterapia
- sempre pequisar RET e feocromocitoma
- se feocromocitoma, tratar ele antes
- cirurgia = tireoidectomia total
Esvaziamento
- N0 = central
- N+ = central + II a V (se calcitonina ate 200, só ipsilateral)
- OBS: não fazer esvaziamento central se tireoidectomia profilática ou se nódulo < 5mm e calcitonina < 40
Seguimento
- ver tempo de duplicação da calcitoninca
Carcinoma indiferenciado (anaplásico)
40% dos óbitos por câncer de tireoide
Sem tratamento curativo, paliação exclusiva
Todos são estadio IV
Considerar TQT precoce
Complicações da tireoidectomia
Estruturas nobres adjacentes
- paratireoides
- laringeo inferior
- laringeo superior
- vasos sanguineos
Complicações imediatas
- hematoma cervical (abrir FO, evacuar hematoma, garantir via aérea)
- hipocalcemia (parestesia, caimba, Chvostek, Trousseau -> dar calcio)
- lesão unilateral do laringeo inferior (paralisia mediana ou lateral)
- lesão bilateral do laringeo inferior (mediana = dispneia, considerar TQT / lateral = disfonia)
Complicações tardias
- disfonia
- hipoparatireoidismo