TEP e TVP Flashcards

1
Q

O que é a embolia pulmonar?

A

É a obstrução de vasos da circulação arterial pulmonar causada pela impactação de partículas

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2
Q

Do que essas partículas impactantes são formadas?

A

De material insolúvel, cujo diâmetro seja maior que o do vaso acometido

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3
Q

Grande espectro de manifestações clínicas

A

Vai desde a completa ausência de sintomas até a morte súbita

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4
Q

TEP + exames complementares

A

NÃO é possível confirmá-la e nem descartá-la apenas com dados clínicos

Certos exames complementares são obrigatórios nas situações de risco onda há suspeita clínica

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5
Q

Diferença entre trombo e embolia

A

Trombo: todo coágulo sanguíneo que se forma dentro do sistema circulatório.

Embolia: o desprendimento desse trombo na corrente sanguínea e consequente oclusão parcial ou total de uma veia ou artéria.

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6
Q

Porque evitar atraso terapêutico?

A

Pois a cada minuto que se passa existe a chance de um novo episódio embólico, cuja recorrência costuma ser fatal

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7
Q

Tratamento adequado reduz a taxa de mortalidade consideravelmente

A

De 30% para 2 a 8%

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8
Q

Quando pensar em TEP?

A

Em todo paciente com fator de risco + qualquer alteração cardiorrespiratória aguda

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9
Q

Quando a probabilidade de TEP for alta, devemos perseguir o diagnóstico incansavelmente

A

Oferecendo tratamento ao paciente até que a TEP seja excluída ou confirmada, mesmo na presença de outras doenças que possam contribuir para os sintomas

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10
Q

Epidemiologia TVP/TEP

A
  • TVP é 3x MAIS frequente que TEP
  • TEP é a principal complicação pulmonar aguda em pacientes hospitalizados
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11
Q

Etiologia da TEP

A
  • Mais de 90% dos êmbolos pulmonares se originam de trombos em veias profundas dos membros inferiores.
  • TVP com maior risco de embolia significativa é a íleo-femoral (50% cursam com TEP)
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12
Q

Principal causa de TVP íleo-femoral

A

TVP de panturrilha

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13
Q

Trombose em veias pélvicas confere alto risco de TEP?

A

SIM, em torno de 50%

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14
Q

Há suspeita de que a TVP em subclávia causa muito mais TEP que se pensa?

A

SIM!!!!

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15
Q

Qual a causa rara de TVP do sistema subclávio-axilar não associada à presença de cateteres?

A

Síndrome de Paget-Schroetter

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16
Q

Fatores de risco da trombogênese (pré-requisitos da TVP)

A

TRÍADE DE VIRCHOW

1- ESTASE: gera hipóxia intravascular
2- LESÃO VASCULAR: disfunção/desnudamento endotelial, com exposição do subendotélio
3- HIPERCOAGULABILIDADE: hereditária (trombofilias) e/ou adquiridas

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17
Q

Características das trombofilias hereditárias

A

1- excesso de fatores pró-coagulantes
2- deficiência de fatores anticoagulantes
3- alterações qualitativas de componentes do sistema hemostático
4- combinações dessas anomalias

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18
Q

Qual a síndrome trombofilica hereditária mais comum?

A

Resistência à proteína C ativada (presença de fator V de Leiden - mutante - impede ela de exercer seu efeito anticoagulante)

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19
Q

Fatores anicoagulantes ausentes nas principais trombofilias

A

Deficiência de antitromina, proteína C e proteína S

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20
Q

Trombofilias hereditárias cursam com TVP espontânea?

A

SIM

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21
Q

O evento trombótico é quase sempre desencadeado por fator de risco adquirido ou por trombofilias hereditárias?

A

POR FATORES DE RISCOS ADQUIRIDOS

Os fatores de riscos clássicos são os grandes determinantes da ocorrência de TEV, inclusive nos pacientes com trombofilia

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22
Q

ACO aumenta o risco de TVP?

A

SIM!!

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23
Q

Pacientes portadores do ftor V de Leidein

A

Risco de trombose é 80x ACIMA do normal > é comum episódios de TVP espontânea

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24
Q

Quando suspeitar de trombofilia hereditária?

A

1- TEV recorrente em pessoas jovens (menos de 50 anos)

2- TEV imotivado (sem fatores de risco)

3- TEV em locais inusitados

4- HFamiliar de TEV (principalmente parente de 1º grau)

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25
Q

DD das trombofilias

A
  • TVP iliofemoral esquerda recorrente
  • TVP bilateral recorrente
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26
Q

Embolia

A

Quando parte do trombo (ou ele todo) se desloca do seu local de origem indo parar na circulação pulmonar

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27
Q

Qual lobo é mais afetado na embolização pulmonar?

A

Os lobos inferiores

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28
Q

Qual a principal consequência respiratória da embolia?

A

1- hipoxemia: devido a um importante desequilíbrio na relação ventilação-perfusão

2- taquidispneia

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29
Q

Qual a principal consequência cardiocirculatória da embolia?

A

A hipertensão pulmonar aguda

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30
Q

É comum acontecer infarto agudo de VD?

A

SIM, devido a dilatação extrema de VD

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31
Q

Importantes marcadores de MAU prognóstico no TEP

A

1- níveis séricos de elevados de troponina
2- níveis aumentados do BNP

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32
Q

Embolia maciça

A

Definida pelo colapso circulatório agudo (hipotensão + choque)

33
Q

Qual a grande causa de óbito no TEP?

A

O cor pulmonale agudo

34
Q

Quais as consequências da TVP?

A
  • Síndrome pós-flebítica: edema crônico unilateral, dermatite ocre e varizes
  • Úlceras de estase
35
Q

Principais fatores de risco

A

1- TEV prévio
2- Idade
3- Obesidade
4- Tabagismo
5- Trauma
6- Cirurgia nos últimos 3 meses
7- Imobilizações e viagens prolongadas
8- CA
9- Gravidez, uso de ACO, terapia de reposição hormonal
10- Trombocitopenia relacionada à heparina
11- Doenças clínicas (ICC, DPOC)
12- Sedentarismo

36
Q

Sinais e sintomas de TEP com colapso circulatório

A

Dispneia + taquipneia

37
Q

Principal sintoma de TVP

A
  • dor na perna que vai aumentando ao longo dos dias
38
Q

Principal sintoma de TEP

A
  • dispneia súbita inexplicada
39
Q

Sintomas de TEP

A
  • dispneia
  • dor pleurítica
  • dor na perna
  • edema de mmii
  • tosse
  • ortopneia
  • chiado no peito
40
Q

Sinais de TEP

A
  • taquipneia
  • taquicardia
  • estertores
  • redução de murmúrio vesicular
  • aumento de P2
  • turgência jugular
  • choque
41
Q

3 tipos de TEP

A
  • TEP pequeno a moderado: PA normal, VD normal, tto apenas com anticoagulante, MELHOR PROG
  • TEP moderado a grande: PA normal, VD delatado
  • TEP maciço: PA alta, tto com trombolítico e/ou opções invasivas (cateteres)
42
Q

Quadro clínico TVP

A

1- maioria não apresenta sinais e sintomas
2- sinal de HOMANS (dor à dorsiflexão do pé) tem baixa sensibilidade e especificidade

43
Q

Diagnóstico

A
  • dificuldade diagnóstica
  • NECESSITA de exames complementares
  • pré-testes (para avaliar a probabilidade)
44
Q

Qual escore mais utilizado para TVP e TEP?

A

Escore de Wells

  • Probabilidade para TVP
    Moderada/alta: acima de 0
    Baixa: abaixo ou = a 0
  • Probabilidade para TEP
    Moderada/alta: >4
    Baixa: <4
45
Q

Qual escore avalia apenas a probabilidade de TEP?

A

Escore de Genebra

> ou = 9: ALTA
5-8: intermediária
<4: baixa

Genebra revisado

> ou =11: alta
4-10: intermediária
0-3: baixa

46
Q

Probabilidade moderada/alta no Wells + quadro clínico compatível + FR

A

Solicitar imediatamente exame de imagem + começar a anticoagular

47
Q

Melhor método NÃO-INVASIVO para TVP

A

Duplex-scan de membros inferiores

48
Q

Melhor método NÃO-INVASIVO no diagnóstico da TEP

A

AngioTC pulmonar com tomógrafo helicoidal

49
Q

Suspeita de TEP + encontro de TVP em membros inferiores

A

= investigação diagnóstica encerrada

50
Q

Probabilidade baixa de pré-testes de TVP ou TEP

A

NÃO É OBRIGATÓRIO PARTIR PARA O EXAME DE IMAGEM

  • dosar D-dímero: abaixo de 500 exclui a possibilidade de TEV
51
Q

Exames complementares inespecíficos

A

Não confirmam o diagnóstico, mas fortalece ou enfraquece a suspeita

1- RX de tórax
2- ECG
3- Gasometria arterial
4- ECO
5- Marcadores bioquímicos

52
Q

RX de torax

A

Maioria dos casos de tep evolui com as seguintes alterações neste exame:
- cardiomegalia
- atelectasia
- derrame pleural
- infiltrados de parenquima

Situações que o RX reforça a hipótese de TEP:
1. paciente com FR e inicio subito de dispneira + exame normal

  1. presença de sinais clássicos de TEP
53
Q

Sinais sugestivos de TEP no RX de tórax

A
  • westermark
  • corcova de hampton
  • palla
54
Q

ECG na TEP

A

Útil para afastar a possibilidade de IAM

  • alteração mais comum: taquicardia sinusal
  • sinais mais importantes são aqueles que revelam a presença de sobrecarga de VD
55
Q

Gasometria arterial na TEP

A

Maioria dos pcts apresentam HIPOXEMIA e HIPOCAPNIA

56
Q

ECO na TEP

A
  • disfunção de VD é um MAU prognóstico
  • maioria dos casos de tep cursam com eco normal

Sinais típicos de sobrecarga aguda de VD:
- dilatação de sua cavidade
- regurgitação tricúspide
- hipocinesia

57
Q

Marcadores bioquímicos na TEP

A
  • TROPONINAS e BNP NÃO servem para diagnóstico > são uteis para estratificação de risco
  • D-dímero se ELEVA em todas as vezes que houver trombo no organismo
58
Q

Exames específicos

A

1- duplex-scan de mmii ou ECO DOPPLER: identificação de TVP ileo-femoral

2- Cintilografia ventilação-perfusão: rx de tórax pode ser usado no lugar sem prejuízos de acurácia

3- angioTC: teste de escolha na investigação inicial de TEP, além de ser útil no prognóstico
- rápida

4- angioRM: ALTA acurácia para detecção de TVP
- mais demorada que a TC

5- arteriografia pulmonar: PADRÃO OURO no diagnóstico da TEP

59
Q

Qual exame padrão ouro no diag da TEP?

A

Arteriografia pulmonar

Achados da tep:
- Falha do enchimento no leito arterial pulmonar
- Interrupção abrupta de um vaso

60
Q

Principal indicação da arteriografia pulmonar?

A

Como método confirmatório nos casos em que o paciente receberá tto intervencionista vascular (cateter)

  • localiza corretamente o êmbolo, permitindo posicionar corretamente o cateter
61
Q

Tratamento TEV

A
  • anticoagulantes
  • trombolíticos
  • filtro de veia cava
  • procedimentos invasivos
62
Q

Anticoagulação: principais medicamentos usados

A

1- Heparina de baixo peso molecular: superiores a heparina não frac (meia vida maior, a hbpm)
- escolha no inicio do tto
- pct com CA: usar monoterapia com ela
- ex: nadroparina, enoxaparina
- não é necessário monitorar a anticoag

2- Heparina não fracionada:
- escolha inicial no tto de pct com instabilidade hemodinâmica
- necessário monitorar a anticoag
- é imprevisivel (diferente da hbpm)
- principal complicação: trombocitopenia induzida por heparina (sinal de alerta: queda de plaquetas)

3- Fondaparinux: inativa o fator Xa
- eficácia semelhante à hnf
Porém não causa HIT e não precisa de monitorização lab
Desvantagem: NÃO existe antídoto contra essa droga

4- Warfarin (antagonista da vitK):
- usada em conjunto com hbpm ou fondaparinux (min 5-7 dias)
- tempo de anticoag: 3 a 6 meses

5- Novos anticoag orais: inibidores diretos do fator Xa (rivaroxaban) e inibidores diretos da trombina

63
Q

Função dos anticoag

A

Inibe a continuidade do processo trombótico, virando a balança para o lado da fibrinólise

64
Q

Qual a base do tto da TEV

A

ANTICOAGULAR

  • alcançar o estado de anticoagulação dentro das primeiras 24h de terapia
  • Leva cerca de 5-7 dias para o efeito anticoag ser atingido
  • anticoag empiricamente é usada qnd a suspeita clínica é forte e os exames normais
65
Q

Tratamento de TVP e TEP: local

A

TVP: ambulatorialmente
TEP: nao

66
Q

Diferentes formas de heparina podem ser usadas novamente?

A

NENHUMA!

Obrigatoriamente temos que usar outro tipo de anticoagulante

67
Q

Trombolíticos

A
  • reduzem a quantidade de trombos formados
  • somente usados na CONFIRMAÇÃO de TEP + INSTABILIDADE HEMODINÂMICA
  • até o término do trombolítico a heparina deve ser suspensa
  • ex: estreptoquinase, uroquinase, t-PA
68
Q

Quais as outras indicações de trombolíticos?

A

TVP extensa
Envolvimento extenso
Hipoxemia grave
Disfunção de VD evidente na eco

69
Q

Tto: Filtro de veia cava inferior

A

Indicações:
1- anticoagulação contraindicada e TEP confirmado
2. Falha na anticoagulação

  • impede a recidiva de TEP
  • aumenta o risco de TVP a longo prazo
70
Q

Terapia intervencionista

A
  • trombolítico intra-arterial
  • embolectomia succional
  • embolectomia por fragmentação
71
Q

Qual a conduta na embolia pulmonar maciça?

A

Emb pulm maciça: insuficiência respiratória + choque + dissociação eletromecânica ou assistolia

CD: adm de salina + dopa e nora + dobutamina

  • IOT + ventilação mec são relizadas
  • recomenda-se trombolíticos
72
Q

PREVENÇÃO

A

Mais eficaz em redução de número de mortes do que o próprio tto

73
Q

Escore de Caprini modificado

A

Estratifica o risco de TEV em pct cirúrgicos

74
Q

ALTO RISCO em pacientes cirugicos

A
  • cirurgia ortopédica maior recente
  • cirurgia para CA em abd ou pelve
  • trauma raquimedular ou politrauma recente
  • 3 ou + fr
75
Q

Vantagem da Fondaparinux em relação à HBPM

A

Superior na prevenção de TEV pós-operatório em cirurgias ortopédicas

76
Q

Pacientes cirurgicos com risco moderado ou alto: profilaxia

A

Devem receber profilaxia farmacológica

  • Estratégia de 1ª escolha: HBPM
  • Duração da profilaxia deve acompanhar a duração dos FR ou internação
77
Q

Contraindicações à heparina profilática

A

ABSOLUTAS:
- hemorragias
- trombocitopenia induz por heparina
-trauma grave em crânio
- anestesia epidural nas últimas 12h

78
Q

Escore de profilaxia de pct clínicos

A

Escore de Padua

> ou =4: alto risco e necessidade de trombofilaxia farmacológica

79
Q

Quando a embolia trombótica acontece?

A

após o 5º dia de pós operatório ou grandes traumas