Síncope Flashcards
O que é a síncope?
É a perda de consciência e tônus postural de caráter súbito, paroxístico e autolimitado, de CURTA DURAÇÃO, secundário a hipofluxo cerebral transitório
Exemplos de síncope
Concussão
Crise de ausência
Distúrbio eletrolítico
Qual a base fisiopatológica da síncope?
Hipoperfusão cerebral global
Etiologias mais frequente da síncope
VASOVAGAL
Qual síncope apresenta pior prognóstico?
Síncope cardíaca
Bases para o diagnóstico diferencial da síncope
Anamnese detalhada
Exame físico minucioso
PA ortostática
ECG
A síncope sempre terá sintomas premonitórios?
Nem sempre
Quais os sintomas premonitórios da síncope?
Tontura
Sudorese
Náuseas
Precordialgia
Palpitações
Escurecimento visual
Como é chamada a ocorrência desses sintomas sem a síncope em sequência?
Pré-síncope
A incidência da síncope eleva com o envelhecimento?
SIM
O fluxo sanguíneo cerebral é determinado por quais relações?
Relação entre a PA sistêmica e a resistência cerebrovascular
PA: determinada pelo DC e Resistência vascular periférica
PA sistólica abaixo de 60mmHg: suficiente para causar perda de consciência
Quais os principais fatores de risco para morte súbita e mortalidade em pacientes com síncope?
Doenças cardíacas estruturais
Síndromes arrítmicas
Quais os principais fatores precipitantes da síncope?
Dor
Ansiedade
Ortostase prolongada
Exercício físico exaustivo
Medo
Doenças febris
Principais causas de síncope
Síncope neuromediada (reflexa)
Síncope por hipotensão ortostática
Síncope cardíaca
Causas da síncope neuromediada
Neurocardiogênica: mediada por estresse emocional, dor, medo
Situacional: tosse, espirro, estímulo TGI, após exercício, pós-prandial
Causas da síncope por hipotensão ortostática
- Insuficiência autonômica primária: doença de parkinson, demência
- Insuficiência autonômica secundária: DM, amiloidose, trauma na medula espinal
- Induzido por drogas: álcool, vasodilatadores, diuréticos, antidepressivos
- Depleção volêmica: hemorragia, diarreia, vômito, desidratação
Causas da síncope cardíaca
Arritmia cardíaca
Bradicardia
Taquicardia
Cardiopatia estrutural
Embolia pulmonar
Dissecção aórtica
Hipertensão pulmonar
Sintomas prodrômicos autonômicos típicos da síncope neuromediada
Calor
Sudorese fria
Palpitações
Náuseas
Síncope que ocorre DURANTE esforço físico
Fator preditor de causa CARDÍACA
Síncope que ocorre APÓS o término do exercício físico
Fator preditor de causa NEUROMEDIADA
Manejo da síncope com baixo estratificação de risco (fatores de risco)
Episódio único/raro: observar
Recorrência:
- Till test
- Loop recorder
Manejo da síncope com alto estratificação de risco (fatores de risco)
- Avaliação hospitalar
Síncope cardíaca: avaliação cardiológica
Síncope neuromediada: till test
Manifestações clínicas da síncope neuromediada
- Ausência de cardiopatia
- Após situações com desconforto sensorial
- Ortostase prolongada e/ou ambiente lotado e abafado
- Pródromos como manifestações autonômicas (palidez, sudorese, náuseas e vômitos associados)
- APÓS exercícios
Manifestações clínicas da síncope por hipotensão ortostática
- Ao levantar-se
- Introdução de medicação hipotensora/mudança recente de dose
- Ortostase prolongada
- Ambiente lotado e abafado
- Presença de neuropatia autonômica (parkinson)
- APÓS exercício
- Hipotensão pós-prandial
Manifestações clínicas da síncope cardíaca
- Presença de cardiopatia estrutural
- DURANTE exercício
- Precedida por palpitações e dores torácicas
- HF de morte súbita
- Alterações ECG
Utiliza-se escores para manejo da síncope?
Não é recomendado, apresentam baixa sensibilidade e especificidade
Exames complementares
Avaliação cardiológica:
- ECO: quadro sugestivo de causa cardíaca
- Teste ergométrico: pacientes com história de dor torácica e síncopes após exercícios físicos
- Holter: paciente de alto risco
Avaliação autonômica:
- Tilt test (teste da inclinação): avaliação da susceptibilidade à síncope vasovagal e hipotensão ortostática
- Massagem do seio carotídeo
Tratamento da síncope
Baseado na estratificação de risco e identificação de mecanismos etiológicos
Tratamento síncope cardíaca
Tratamento conforme patologia de base
Tratamento de síncopes reflexas ou por hipotensão ortostática
Medidas não farmacológicas
- MEV
- Orientações para controlar sintomas (neuromediadas)
- Aumento da ingesta diária de líquidos (1ª linha no manejo da síncope neuromediada)
- Suplementação de sal (1ª linha): benéfica para pacientes normotensos com síncope neuromediada > melhora da tolerância ortostática
- Caso de insuficiência autonômica: cabeceira elevada, meias elásticas de compressão
- Treinamento postural (na neuromediada)
Tratamento farmacológico (neuromediada e hipotensão ortostática)
Antes de iniciá-lo, rever: presença de hipotensores e diuréticos
1ª opção de tto: FLUDROCORTISONA (mineralcorticoide) > promove aumento da retenção de sódio
MIDODRINA: controle dos sintomas
Drogas vasoconstritoras: mais eficientes no tto da hipotensão ortostática
RESUMO
- Deitar o paciente para aumentar o retorno venoso (pressão no seio carotídeo)
- Em fases avançadas: deitar imediatamente
- Hidratar (desidratação agrava a crise)
- Hipotensão: mais de 20 de sistólica ou mais de 10 de diastólica
DD de síncope
Causas psicogênicas
Causas induzidas
Distúrbios metabólicos
Causas neurológicas: epilepsia