DD não coronariana Flashcards
Principais DD não coronarianas
TEP
Dissecção da aorta
Estenose da aorta
Pericardite
O que é TEP (tromboembolismo pulmonar)?
Doença desencadeada pelo alojamento de um ou mais êmbolos trombóticos na circulação pulmonar, obstruindo seu fluxo sanguíneo parcial ou totalmente.
Origem da maioria das TEPs?
Originadas em sua maioria de TVP dos membros inferiores
Conduta ao suspeitar de TEP?
Já tratar, devido à elevada prevalência e mortalidade
Divisão da TEP
Agudo: início súbito (na hora da embolização)
Subagudo: início após dias/poucas semanas
Crônico: meses ou anos (desenvolvimento de hipertensão pulmonar)
3 alterações que levam a formação de trombos?
Tríade de Virchow
1. Lesão endotelial
2. Estase sanguínea
3. Hipercoagulabilidade
Sintomatologia da TEP
Inespecífica
Tríade da TEP
Dispneia
Hemoptise
Dor pleurítica
Sintomas mais prevalentes da TEP?
DISPNEIA
Dor torácica de caráter pleurítico
Tosse seca OU hemoptoica
Alterações hemodinâmicas comuns na TEP
Hipotensão
Choque obstrutivo
Arritmias
Sinais da TEP
TAQUIPNEIA
Taquicardia
Sinais de instabilidade (hipotensão)
Distensão jugular
MV reduzidos
Edema assimétrico em MMII
Escore da TEP
Escore de Wells
- < 4: TEP com diagnóstico improvável
- > 4: TEP com diagnóstico PROVÁVEL
Usado para facilitar a condução terapêutica. Mas pode iniciar a anticoagulação se for um caso de alta probabilidade de TEP
Exames complementares - TEP
- ECG: normal ou taquicardia sem supra
- ECO: prognóstico»_space; auxilia na estratificação pós-TEP
- Raio X: baixa especificidade e sensibilidade»_space; geralmente se apresenta normal
- Dosagem de D-dímero (risco baixo e intermediário de TEP)»_space; não confirma e nem nega diagnóstico»_space; ajuda na exclusão
- AngioTC (em risco alto de TEP): PADRÃO-OURO»_space; comprova êmbolo / NÃO INVASIVO
- Cintilografia: avalia ventilação-perfusão»_space; mas melhor ANGIO-TC
- Gasometria arterial: perfusão inadequada»_space; hiperventila / não fecha diagnóstico / pode aparecer normal
- Troponina: aumento pode indicar sofrimento cardíaco pela TEP
- Arteriografia pulmonar: PADRÃO OURO / INVASIVO»_space; fazer em caso de complicação grave»_space; avalia circulação pulmonar
- USG MMII com doppler: quando não pode AngioTC
Tratamento da TEP
Terapêutica depende da hemodinâmica do paciente
- ANTICOAGULAÇÃO: atua em trombos NÃO formados, evita recorrência
- Fibrinolítico: em caso de emergência e chance de choque
- Medidas de suporte:
- SpO2 < 90% -> recebe oxigênio
- Intubação orotraqueal e ventilação mecânica: hipóxia ou gravidade
- Suporte hemodinâmico:
- Infusão de cristaloides: hipotensão
TEP - paciente estável (anticoagulado de imediato, diagnóstico não fechado)
- Heparina de baixo peso molecular (CI: em disfunção renal): Enoxaparina
- Heparina não fracionada: usada em disfunção renal
- Inibidor do fator XA: Fonsaparinux e Cumarínicos (Marevan)
Classificação da TEP
TEP provocada: quando um dos fatores causais citados é identificado nas 6 a 12 semanas anteriores ao diagnóstico
TEP não-provocada: quando está mais associada a fatores inerentes ao paciente, como idade avançada, doenças auto-imunes ou estados diversos de hipercoagulabilidade.
Tempo de anticoagulação na TEP
Provocada: suspender após 3 meses da resolução do fator desencadeante, podendo ser postergada
Não provocada/causa não corrigível/recorrente: MÍNIMO de 3 meses
Paciente instável na TEP
- PAS < 90mmHg
- Clínica de IC
- Hipotensão (maior resistência»_space; sobrecarga de VD»_space; abaulamento do septo interventricular»_space; VE comprimido)
Para reduzir resistência: FIBRINÓLISE (química ou mecânica)
Conduta terapêutica no paciente instável de TEP
- Uso de trombolíticos: Estreptoquinas / alteplase / tenecteplase (necessita de diagnóstico de imagem)
- Trombectomia: fibrinólise mecânica (jovens, hipotensão e TEP grande proximal)
- Filtro de veia cava inferior: quando há contraindicação ao anticoagulante ou reincidência em paciente anticoagulado corretamente // também usado se o paciente precisar de cirurgia e estiver anticoagulado
Dissecção da aorta
Uma emergência médica. É a delaminação da camada média dessa artéria, ocasionada pelo influxo de sangue através de um orifício de entrada na camada intima, como um rasgo, criando uma falsa luz no vaso.
Quadro clínico da dissecção aórtica
Tende a ser dramático
- Dor torácica lancinante (irradia para o dorso)
- Dor tipo facada ou rasgo (procura rápido PA)
- Assimetria de pulsos
- Assimetria de PA entre os membros
- Sopro diastólico no foco aórtico
Fatores de risco da dissecção aórtica
Tabagismo
HIPERTENSÃO arterial não controlada
Colagenoses
Valva aórtica bivalvulada
Aneurisma aórtico prévio
Cirurgia cardíaca prévia (principalmente relacionada à aorta)