Tema 08 - Tornozelo e pé Flashcards
Quais são as manobras especiais indicadas?
- Sinal do too many toes (ou sinal dos muitos dedos)
- Teste de Thompson
- Teste da gaveta anterior do tornozelo
- Teste de Jack (hiperextensão do tornozelo e dedos)
- Teste de compressão do antepé (c/ sinal de Mulder)
- Teste do estresse em varo
- Teste do estresse em valgo
- Teste funcional para o tibial anterior
Quais são os movimentos do pé/tornozelo?
O movimento combinado de inversão, adução e flexão denomina-se ___________ , em que a margem medial do pé é elevada.
supinação
o movimento combinado de eversão, abdução e extensão denomina-se ______________, em que a margem lateral do pé é elevada.
pronação
Como se avalia o sinal do Too Many Toes?
- Ainda avaliando o paciente por trás, com as regiões calcâneas alinhadas, é possível observar lateralmente o quinto dedo
- Quando há aumento da abdução do antepé em relação ao retropé, observa-se mais dedos lateralmente (Figura 19.13).
- É importante salientar que tal sinal pode ser mal interpretado caso o examinador se posicione obliquamente ao paciente, ou mesmo se o membro do paciente for posicionado de forma incorreta (p. ex., com rotação interna ou externa).
Quais são as estruturas avaliadas pelo sinal do Too Many Toes? Quando presente qual tendão está agindo de maneira insuficiente?
- Esse sinal é de grande importância na avaliação da deformidade em abdução do antepé em relação ao retropé.
- Esse sinal frequentemente se relaciona com a pronação do retropé em virtude da insuficiência do tendão do músculo tibial posterior no pé
plano adquirido do adulto.
Como se realiza o teste de Jack (hiperextensão do tornozelo e dedos)? Qual a principal estrutura avaliada? Qual a interpretação clínica?
- Cumprimentar e pedir permissão ao paciente;
- Paciente em decúbito dorsal com o examinador na sua frente;
- Examinador realiza a irá realizar uma dorsiflexão máxima do tornozelo e artelhos do paciente a fim de obter o máximo de distensão de a fáscia plantar;
- Com a outra mão, o examinador deverá realizar a palpação da fáscia plantar;
- Questionar ao paciente se houve dor durante a realização do teste.
- Avaliação da fáscia plantar em busca de sinais de fascite
- Avaliação da articulação metatarsofalângica
- Dor pode indicar quadros inflamatórios agudos e/ou rupturas traumáticas da fáscia plantar.
Como se realiza o teste de compressão do antepé? Qual sua relação com o sinal de Mulder?
- O teste de compressão do antepé é importante na detecção de processos inflamatórios ou expansivos na região intermetatarsal, por onde estão os nervos digitais comuns.
- O examinador prende as cabeças metatarsais com uma mão, e o polegar da outra mão realiza pressão plantar na região sob suspeita.
- Aplica-se, então, compressão nas cabeças dos metatarsais no sentido de aproximá-las.
- Na eventualidade de inflamação local, ocorre disestesia nos dedos relacionados ao ramo digital em disfunção.
- O examinador poderá, eventualmente, sentir um estalido (clique) associado a tal disestesia (sinal de Mulder), cujo quadro está associado ao diagnóstico do neuroma de Morton.
- A presença do estalido apenas sem a dor característica não indica o diagnóstico clínico desse neuroma (Figura 19.33).
*disestesia: Dor crônica que pode envolver coceira, queimação, choque elétrico ou um aperto geral em qualquer parte do corpo.
Como se realiza o teste da gaveta anterior no tornozelo? Quais são as estruturas avaliadas? Qual a interpretação clínica quando positivo?
- O teste da gaveta anterior avalia a integridade do ligamento talofibular anterior e a porção anterolateral da cápsula articular em sua função de estabilizar a translação anterior do tálus em relação à tíbia e à fíbula.
- O examinador segura a perna com uma das mãos e, com a outra, envolve a região calcânea; o joelho do paciente deve estar fletido.
- Sugere-se que a mão da região calcânea do examinador esteja em concordância com o tornozelo a ser examinado – por exemplo, para o tornozelo direito, a mão direita do examinador.
- Nessa posição, aplica-se força na região calcânea no sentido de posterior para anterior (Figura 19.46).
- Deslocamento anterior do talo no interior da pinça bimaleolar, surgindo uma zona de depressão na face anterolateral do tornozelo (sinal da sucção), sugerindo incompetência das estruturas estabilizadoras
Como se realiza o teste do estresse em varo? Qual a sua finalidade? Qual a interpretação clínica?
- O teste do estresse em varo também avalia a integridade das estruturas estabilizadores laterais do tornozelo, incluindo os ligamentos talofibular anterior e calcaneofibular e a cápsula articular.
- O examinador segura firmemente a parte distal da perna com uma das mãos e aplica força lateral na região calcânea com a outra mão, causando inversão.
- Se o tornozelo for posicionado em extensão, o teste irá solicitar mais do ligamento calcaneofibular como estrutura estabilizadora.
- Contudo, posicionando-se o tornozelo em flexão, o ligamento talofibular anterior e a cápsula anterolateral serão as estruturas mais solicitadas.
- Tal teste deve ser realizado em comparação com o membro contralateral.
- Ele não avalia a estabilidade da articulação tibiotalar exclusivamente, pois a articulação subtalar também participa desses movimentos (Figura 19.48).
Como se realiza o teste do estresse em valgo? Qual a sua finalidade? Qual a interpretação clínica?
- O teste do estresse em valgo do tornozelo é utilizado para avaliar a integridade do ligamento deltoide. (parte tibiocalcanea, tibionavicular e tibiotalar anterior e posterior)
- O examinador aplica força em eversão no retropé, mantendo fixa a perna com a outra mão.
- É obrigatória a comparação com o membro contralateral. A análise do resultado é difícil mesmo para examinadores experientes (Figura 19.49).
- A comparação dos lados pode evidenciar, no lado lesado, exagero de excursão em valgo do pé
Como se realiza o teste de Thompson? Qual a sua finalidade? Qual a interpretação clínica?
- O teste de Thompson74 (Figura 19.75) é realizado para o diagnóstico de ruptura do tendão do calcâneo.
- Com o paciente em decúbito ventral e joelho fletidos a 90°, o examinador aplica compressão ao nível da panturrilha.
- Se o tendão estiver íntegro, o tornozelo se flete (Thompson negativo).
- Em caso de ruptura desse tendão, o pé não se movimenta (Thompson positivo).
- É possível ocorrer mobilidade do tornozelo mesmo com o tendão roto, mas com amplitude de movimento assimétrica em relação ao contralateral; isso se deve à compressão de outros músculos da região posterior da perna.
Como se realiza o teste funcional para o tibial anterior? Como realizar diagnóstico diferencial? (radiculopatia, disfunção fibular comum)
- Sua força pode ser avaliada ao se fixar a perna com uma das mãos e o antepé com a outra mão; - solicita-se ao paciente a extensão ativa36 (Figura 19.79).
- Mesmo com o tendão rompido, o paciente pode ser capaz de realizar a extensão do tornozelo pela ação dos demais extensores, porém com força reduzida.
- A comparação com o lado contralateral é obrigatória.
- A lesão do tendão tibial anterior tem como diagnóstico diferencial a radiculopatia em L4-L5, ou mesmo a disfunção do nervo fibular comum.
- Tais lesões podem ser descartadas ao se notar sensibilidade normal no dorso do pé (inclusive da primeira comissura) e função normal dos demais tendões extensores.