Tecnica cirurgica Flashcards
Posicionamento dos profissionais no campo cirúrgico
Cirurgião à direita do paciente
Primeiro auxiliar imediatamente à frente
Segundo auxiliar a direita do cirurgião Instrumentador a esquerda do primeiro auxiliar
Classificação do porte cirúrgico
I - até 2 horas
II - 2a 4 horas
III - 4 a 6 horas
IV - >6 horas
Classificação da época em que o procedimento deve ser realizado
Eletiva: Aguarda o melhor momento clínico para o paciente sem restrições
Urgência: Pode ser realizada em um período de até 24h00
Emergência: deve ser realizada imediatamente
Classificação da finalidade da cirurgia
Diagnóstica: esclarece a doença e suas causas
Curativa: extirpa completamente a doença
Paliativa: atenuar ou alivia a doença
Fatores relacionados aos fios que influenciam o resultado
Composição do fio, tecido histológico em que são implantados, quantidade, técnica, tempo
Fios absorvíveis
Geram reação local de hidrólise ou Proteolise, perdendo cerca de 50% de sua força em quatro semanas
- Absorvíveis de curta permanência: catgute
- Absorvíveis de longa permanência: poligalactina
Origem dos fios
- Orgânico: fio de algodão; Maior reação de corpo estranho; menor custo
- Mineral: aço; Menor reação, difícil manuseio, podem causar lesões
- Sintético: nylon; características intermediárias
Configuração dos fios
- Monofilamentar: Menor capilaridade e deslizam com menos fricção, tendência a memória
- Multifilamentar: tenta atenuar
Diâmetros dos fios
em números de zeros
ex: 3-0
corresponde a um diâmetro capaz de determinada resistência tensil
maneira de prensado da agulha com o porta agulhas
na transição entre terço médio e proximal
- 90 / 30graus?
nó bem executado
- não deve ser cruzado - rompe
- o primeiro não deve estar frouxo
- forças iguais iguais em ambos braços do fio
- dedos indicadores acompanham o laço do no
característica do fio ideal
- grande resistência a torção e tração
- calibre fino e regular
- baixa retenção de fluidos e capilaridade
- flexível e com pouca memória
- ausência de reação tecidual
- fácil e confiável esterilização
- baixo custo
Lista de verificação de segurança cirurgica
3 partes:
I - Antes da indução anestésica;
II - Antes da incisão cirúrgica; e
III - Antes do paciente sair da sala de cirurgia
Lista de verificação I - antes da indução anestésica
- paciente confirmou: identificação, sítio cirugico, procedimento, consentimento
- sítio demarcado
- Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu funcionamento.
- Revisar verbalmente com o anestesiologista: risco de perda sanguínea, dificuldades nas vias aéreas, histórico de reação alérgica e se a
verificação completa de segurança anestésica foi concluída.
Lista de verificação II - antes da incisão cirúrgica
- A apresentação de cada membro da equipe
- A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio cirúrgico correto.
- A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a
cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação como guia. - A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60
minutos da incisão cirúrgica. - A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários.
Lista de verificação III - antes do paciente sair da sala
- registro completo do procedimento
- contagem de compressas e instrumentais.
- identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida.
- revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões que necessitem ser solucionadas.
- revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à abordagem pósoperatória e da recuperação pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala de cirurgia.
lavagem das mãos para procedimento cirurgico
- Manter as unhas aparadas e sem esmalte colorido. Retirar anéis, alianças, pulseiras e relógio.
- Utilizar escovas descartáveis e com cerdas macias.
- Utilizar antisséptico degermante (povidine-iodo ou clorexidina).
- Durante 5 minutos friccionar com a escova todas as faces das mãos: espaços interdigitais, articulações, ponta dos dedos, unhas, leitos subungueais e antebraço. Caso a cirurgia não seja contaminada, a escovação antes da cirurgia subsequente pode durar menos tempo (2 a 5 minutos).
- Enxaguar as mãos em água corrente (das pontas dos dedos para o antebraço) e secá-las com compressa estéril
lesões “sujas”
com mais de 6 horas de evolução
maior risco de complicações, como infecção pós-operatória e deiscência de sutura
passos - fazendo minha primeira sutura
1 - diagnóstico da lesão
- qual o tipo de lesão?
- qual o tempo de evolução?
- há lesões associadas?
- houve perda de substância?
2 - preparação do material/checklist
3 - primeira limpeza da ferida (resíduos)
4 - anestesia local lidocaína 2% + vasoconstritor
- evita de ir pra circ sistemica
- cuidado com extremidades: ponta dos dedos e penis
5 - segunda limpeza da ferida
6 - colocação de campos
7 - reavivamento dos bordos
8 - hemostasia - eletrocautério
9 - tecnica de sutura
10 - orientações gerais
distancia media entre cada ponto
4-5 mm
orientações gerais pós sutura
- Repouso
- Elevar a região suturada
- Aplicar gelo
- Drenagem linfática:
Curativos: orientar a troca diárias dos curativos: - Antibioticoterapia: antibioticoterapia por 7 dias.
Cefalexina ou Amoxicilina com Clavulanato - Sinais de alerta: sangramentos, sinais flogísticos
paciente deve retornar à unidade de atendimento. - Profilaxia para tétano
- Retorno: entre 4-24 dias
deiscencia de sutura
abertura da sutura
Especialmente nas feridas traumáticas, por conta de infecção
comum no 5o-7o dia
curativo umido + antibioticoterapia
PRIMEIRA CONSULTA
- TELEFONE: questões secretária
- checklist pré operatorio: HMP
- motivações, expectativas, exames físicos,
- solicitação de exames laboratoriais: ECG, hemograma completo, plaquetas, coagulograma, glicemia, eletrólitos, outros
- avaliação cardio e anestesio
- abstinencia de drogas e outros remedios
SEGUNDA CONSULTA
- resultado dos exames
- acompanhante
- colher fotos
- TCLE
TERCEIRA CONSULTA
véspera da cirurgia
- reafirmar plano cirurgico
- duvidas esclarecidas
- orientações: jejum, horario, banho
- fisioterapia de prevenção de TVP
QUARTA CONSULTA
pré-operatório imediato
- acompanhado
- revisa plano cirurgico, demarca
- avaliação pré anestesica
- sedativo via oral
NA SALA DE CIRURGIA
checklist da cirurgia segura - lista de verificação
NO TRANS-OPERATÓRIO
- Tricotomia;
- Posicionamento adequado do paciente (com coxins de proteção);
- Sonda vesical;
- Instalação do compressor pneumático intermitente;
- Equipe pronta, completa, paramentada, silenciosa, focada e atenta;
- Antissepsia individualizada para cada caso;
- Conferição da marcação do paciente;
- Troca de luvas a cada duas horas;
- Hemostasia rigorosa;
- Colocação de drenos, se indicados.
PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO
- Colocação do modelador cirúrgico;
- Posicionamento cuidadoso e pertinente para o caso (ex: posição de fowler);
- Proteção das extremidades;
- Aquecimento do paciente (ex: manta térmica);
- Controle da diurese (manter em 50-100 ml/h);
- Prevenção e controle da dor;
- Manter o compressor pneumático em membros inferiores;
- Iniciar quimioprofilaxia da trombose venosa profunda (TVP);
- Reavaliações horárias pela equipe de enfermagem;
10.Realizar drenagem linfática especializada;
11.Remoção do dreno (se <50 mL/24h) e da sonda vesical (na alta);
12.Trocar os curativos e avaliar a área operada e a ferida cirúrgica.
13.Avaliar a possibilidade de alta em 12-24 horas;
PÓS OPERATÓRIO TARDIO
- Realiazar a profilaxia da TVP;
- Utilização de modelador e escudos de espuma durante 90 dias;
- Manter drenagem linfática especializada (entre 30 e 60 dias);
- Realizar avaliações diárias pela equipe de enfermagem domiciliar, que fotografam o
paciente e encaminham para o cirurgião. - Realizar reavaliações semanais presenciais com o cirurgião;
- Utilizar pomadas e placas de silicone nas cicatrizes;
- Aplicar Laser de CO2 fracionado nas cicatrizes hipertróficas.
ESCALA DE CAPRINI modificada 1 ponto
Idade entre 41 e 60 anos, cirurgia maior a menos de 1 mês, cirurgia menor, doença inflamatória intestinal, doença pulmonar grave, doença pulmonar, obstrutiva crônica, edema de membros
inferiores, gravidez e pós-parto (< 1 mês), uso de hormônios, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, obesidade, história prévia de perda fetal/aborto, sepse (< 1 mês), presença de varizes em membros.
escala de caprini modificada 2 pontos
Idade entre 61 e 74 anos, artroscopia, câncer, cateter venoso central, cirurgia com duração maior que 45 minutos, imobilização gessada, laparoscopia (> 45 minutos), previsão de restrição ao leito maior que 72 horas.
escala de caprini modificada 3 pontos
Idade > 75 anos, anticoagulante lúpico, anticorpos anticardiolipina, fator V de Leiden, história familiar de tromboembolismo venoso, história pessoal de tromboembolismo venoso, homocisteína elevada, protrombina 20210A, trombocitopenia induzida por heparina.
escala de caprini modificada 5 pontos
Acidente vascular cerebral (< 1 mês), artroplastia, fratura de quadril/pelve, politraumatismo, traumatismo raquimedular
escala de caprini modificada
risco para trombose venosa profunda
cirurgia plastica:
- Caprini de 0 a 2: muito baixo risco,
- escores 3 a 4: baixo risco,
- 5 a 6: risco moderado
- 7 a 8: alto risco
conduta segundo escore de caprini
0 ponto-Muito baixo risco-Deambulação precoce
1-2 pontos-Baixo risco-Deambulação precoce
3-4 pontos-Moderado risco-HNF: 5.000 UI 12/12h
HBPM: 20 mg 1x/dia
Profilaxia mecânica quando houver contraindicação da quimioprofilaxia e
reconsiderar quando o risco de sangramento diminuir
≥ 5 pontos-Alto risco-HBPM: 40 mg 1x/dia
Profilaxia mecânica quando houver contraindicação da quimioprofilaxia e
reconsiderar quando o risco de sangramento diminuir
avaliação pré operatória
conjunto de medidas e exames realizados antes da cirurgia com o objetiv de avaliar a saúde do paciente e minimizar os riscos
- TCLE
cirurgia: risco x beneficio
anamnese pré operatória
doenças prévias, cirurgias prévias, ver disturbios de coagulação, alergias
35 perguntas fundamentais
avaliar ASA
questionário de avaliação funcional - MET
ASA 1
paciente normal, saudavel
ASA 2
doença sistemica leve:
HAS, DM2 controlado, asma, tabagismo, gravidez, obesidade leve
ASA 3
doença sistemica grave não incapacitante:
HAS DM não controlados, DPOC, obesidade grave, DRC dialítico, corionariopata já tratado
ASA 4
doença sistemica grave incapacitante, risco a vida:
coronariopata grave, DPOC grave, ICC grave, DRC dialítico fora de diálise
ASA 5
moribundo, não irá sobrevivar sem cirurgia:
aneurisma aorta roto, politrauma cirurgico, AVE hemorrágico com HIC
ASA 6
morte encefálica
capacidade funcional - MET
equivalentes metabólicos - 1 met = O2 3,5
Atividades do dia a dia e atividade física de forma geral; classificá-lo em
- CF baixa (< 4 MET),
- moderada (4-10 MET)
- alta (> 10 MET)
medicamentos pré operatórios
- ritmo cardiaco: mantem B bloq e bloq Ca+, suspende diurético
- coagulação: mantem AAS, outros suspende
- não interromper estatinas e drogas para tireoide
- convulsivante, alérgico, broncodilatador, IBP, corticoide
Anti CHA, BBB e CoCa
Exames complementares pre operatorio
rotina: hemograma, coagulograma, glicemia, eletrólitos, creatinina, ureia
específicos: Rx, ECG, RNM, TC
- consulta com médico especialista
pacientes <40 anos, sem comorbidades não precisa
acesso venoso periférico indicações e contraindicações
indicações: fluidos, hemoderivados, medicmanetos, soluções
contraindicações: quando tem medicamentos VO, dificuldade de acesso
score de dificuldade de acesso acesso venoso periférico
- um histórico de difícil acesso IV
- rede venosa não visível
- histórico DM
- historico de uso de drogas IV
- tratamento quimioterápico
- mulher, extremos de idade, pele escura, peso
cateter acesso venoso periférico
quanto: maior calibre, maior fluxo
mais longo o cateter, maior resistencia, menor fluxo
padrão ouro: 14 gauge (menor diametro)
veias acesso venoso periferico
veia basílica, cefalica, intermedia do cotovelo e do dorso da mão
acesso venoso central - indicações
drogas vasoativas, monitorização hemodinamica, hemodiálise, marcapasso, reposição de fluidos
acesso venoso central - contraindicações
coagulopatias, alteração anatomica, risco grave se complicação ocorrer, paciente agitado, inexperiencia do profissional, não saber tratar complicação
complicações do acesso venoso central
- infecção (femoral infecta mais)
- trombose
- pneumotórax
- arritmias
- lesão vascular
- embolia gasosa
- hemotórax
- hematomas locais
tecnica de seldinger
acesso venoso central
ordem: seringa - agulha - fio guia - dilatador - cateter
pode usar ultrassom
indicações sondagem vesical
- medir debito urinário (choque)
- cirurgia (grandes volumes de liquidos)
- cirurgia cesárea, urológica, pelve
- gestão da retenção urinária
- coma, imobilizados
- bexiga neurogenica
indicações acesso via aérea
procedimentos e cirurgias eletivas
impossibilidade de manter VA pervea
insuficiencia respiratória aguda e refrataria
hipoxia e/ou hipercapnia
glasgow <8
instabilidade hemodinamica e PCR
antecipação em pacientes queimados ou fadiga eminente
mnemonico STOP MAID
Sucção
Teste equipamentos
Oxigenio e pré oxigenação
Posicione
Monitorar
Avalie via area
Iv: acesso perveo com cateter 18
Drogas
mnemonico LEMON
Look externally
Evaluate
Mallampatti
Obstruction
Neck mobility
cormack-lehane
tipo mallamapati mas avalia laringe
com laringoscópio
SRI - sequencia rapida de intubação
é uma abordagem que combina anestesia, bloqueio neuromuscular e intubação rápida para tornar o procedimento mais fácil, rápido e seguro
- pré oxigenação
- preparação
- pré medicação (fentanil, atropina, succnilcolina)
- intubação
- confirmar posição adequada - capnógrafo
- manejo pos intubação
intubação em crianças
- laminas retas (até 3 anos)
- Uma opção é estimar o diâmetro interno do tubo utilizando a fórmula:
Diâmetro do tubo = idade (anos) / 4 + 4 - A distância adequada de inserção do tubo em crianças acima de dois anos pode ser calculada somando doze à metade da idade do paciente: idade (anos) / 2 + 12
- pressão de sucção não ultrapassar 120mmHg
manobra de sellick
Compressão cricóidea
é utilizada para facilitar a visualização das cordas vocais durante a intubação
confirmação de intubação
A visualização direta do tubo passando pela laringe é a melhor forma de confirmar a intubação.
Cuidado com a mobilização da região cervical após a intubação, pois pode deslocar o tubo.
A localização do tubo endotraqueal deve ser confirmada por medidas do exame físico, oximetria de pulso, monitorização do ETCO2 e
radiografia de tórax
mascara laringea
Utilizada em situações de dificuldade na obtenção
da via aérea, em procedimentos cirúrgicos e controle temporário da via aérea. Deve ser colocada com o balonete inflado adequadamente e guiada até o esfíncter esofágico superior
mnemonico ROMAN
Radiação/Restrição,
Obesidade/obstrução,
Mask Seal/Mallampati/Sexo masculino
Age
No teeth
contraindicações sondagem vesicaL
presença de lesão ureteral
relativas
- estenose uretral
- cirurgia recente no TU
- presença de esfincter artificial