Taquiarritmias E Síncope Flashcards
Taquicardia por reentrada nodal: é o protótipo de qual arritmia?
Taquicardia supraventricular
Taquicardia por reentrada nodal: depende de quê para acontecer?
Uma via anômala no nó AV, do tipo alfa (conduz lento e repolariza rápido) + uma extrassístole atrial (não passará pela via beta - que seria o normal -, porque a beta estará ainda se repolarizando, indo, então, pela alfa -> conduzirá para A e V, em loop/reentrada)
Tratamento ambulatorial da taquicardia por reentrada nodal
BB
BCC não-diidropiridínicos.
Se refratário: ablação, sotalol, propafenona etc
Abordagem da Taqui supra no PS
Estável: manobra vagal. Não resolve: adenosina 6 mg + flush e elevação. Não resolve = 12 mg e 12 mg
Instável: cardioversao sincronizada com 50-100 J
Taqui por reentrada atrioventricular: por onde passa o estímulo?
Pelo feixe de Kent, próximo ao nó AV, mas não dentro dele
Taqui por reentrada atrioventricular: como diferenciar da reentrada nodal
Alternância de amplitude do QRS
Onda P retrógrada geralmente é mais tardia (demora mais a passar), simulando um infra de ST
Wolff-Parkinson-White: sinal no ECG.
Por que ocorre?
Onda Delta: “empastamento” no início do QRS e PR curto (<5q)
Ocorre porque há transmissão tanto pela via normal quanto pela via anômala (mais lenta -> QRS demora a acontecer, mas os estímulos se somam e dão o QRS estreito)
Outro nome para a síndrome de Wolff-Parkinson-White
Síndrome da pré-excitação ventricular.
Na vigência de taquicardia, chama-se WPW
Taqui atrial multifocal: se assemelha a qual padrão? Como diferenciá-los? Tem associação com qual comorbidade?
Se assemelha à FA. Diferencia-se pela presença de ondas P’ de morfologias distintas (na FA, não tem onda P).
Se associa à DPOC
Síndrome de Brugada: qual é o tipo de herança? Qual o risco? Qual as alterações de ECG?
Autossômica dominante.
⬆️ QT -> risco de TV
ECG: “supraST” em V1-V3 (precordiais direitas) e BRD
Fibrilação atrial: onde se localiza o principal foco de reentradas
Na inserção das veias pulmonares no AE!
O que é FA valvar?
Quando uma valvopatia mitral (estenose mitral ou prótese mecânica) causa dilatação do AE e, consequentemente, FA
Classificação temporal da FA
Paroxística: < 7 dias
Persistente: > 7 dias
Permanente: optado por deixar em FA
FA: qual estratégia é melhor: controle de frequência ou de ritmo?
Não tem diferença na mortalidade, mas o controle de ritmo dá mais internação e EAs
FA: em quais situações está indicado o uso de amiodarona
Para controle de ritmo (não faz sentido na FA permanente).
Com doença estrutural e FEVE ⬇️ (é o único antiarrítmico que pode ser usado)
Também pode ser usado em casos refratários de FA persistente sem doença estrutural
Usado com terapia adjuvante no controle de frequência (associado a outros)
EAs da amiodarona?
Medicamento de depósito
Tireoidopatia (hipo/hiper) Retinopatia ECG (alarga QT) Tórax (pneumonia) Abdome (hepatite medicamentosa) Nervosa: neuropatia periférica
FA: quando se indica sotalol?
Mantém o ritmo sinusal (mas não faz cardioversão).
Usado na FA sem cardiopatia estrutural ou na com cardiopatia estrutural, mas sem FEVE ⬇️ (nesses casos, só pode amiodarona)
FA: quando se indica propafenona?
Se ausência de cardiopatia estrutural.
Pode ser útil na FA paroxística (“pill in the pocket”)
Qual o antiarrítmico que mais alarga o QT?
Sotalol.
Todos alargam, mas o sotalol é o principal
Estratégia pill in the pocket com propafenona: qual cuidado ter antes de iniciar?
Testar em ambiente hospitalar, pois tem risco de fazer flutter 1:1
FA: controle da frequência. Qual o valor de FC?
Alvo < 110 bpm
1ª escolha: BB
2ª: digitálico
3ª: BCC (verapamil e diltiazem)
Perfis de pacientes que opto por controle de ritmo x frequência na FA
Ritmo: mais jovens, menos comorbidades, FA com < 1 ano
Frequência: mais velhos, com muitas comorbidades, FA recorrente
CD FA instável
Cardioversão sincronizada 120-200 J
CD FA estável no PS
Se duração < 48 h com certeza, CVE
Se > 48h ou incerta: ECO-TE. Se ausência de trombos, CVE. Se presença de trombos/indisponível, anticoagular por 21 dias, CVE e + anticoagulação por 4 semanas. CHA2DS2VAS para definir anticoagulação pela vida
Tempo de anticoagulação na FA
Se estável, 21 dias antes de CVE.
Após, mínimo de 4 semanas.
CHA2DS2VAS para definir pela vid
CHA2DS2VAS?
IC HAS Age > ou = 75 (2) DM Stroke (3) Vasculopatia Age 65-75 Sexo 🚺
Para 🚹: 0- não anticoagula, 1- considera, > ou = 2- anticoagula
Para 🚺: 0 ou 1- não anticoagula, 2- considera, > ou = 3- anticoagula
Indicações para anticoagular na FA independente do CHA2DS2VAS?
FA valvar Cardiomiopatia hipertrófica Miocárdio não compactado Amiloidose cardíaca Hipertireoidismo em fase hipertireoidiana
HAS-BLED?
Pontuação?
HAS (PAS>160) Alteração hepática ou renal Stroke Bleeding Labilidade do RNI (<60%) Elderly > ou = 65 anos Drogas/álcool
Não contraindica anticoagulação! Se alto risco (> ou =3), usar só um anticoagulante
Anticoagulação na FA: quando só posso usar varfarina?
Se FA valvar ou prótese mecânica, ou FA + SAAF
Pacientes com FA com indicação de anticoagulação, mas que não podem fazer. O que fazer?
Oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo
Flutter: onde (anatomicamente) está o problema?
Macrorrentradas no istmo cavo-tricúspide
Flutter clássico e reverso?
Clássico: ondas F negativas em derivações inferiores (macrorrentrada em sentido anti-horário)
Reverso: ondas F positivas em derivações inferiores (sentido horário)
Cronologia mais frequente de Flutter
2:1 (FC de 150, atrial de 300)
Tratamento do Flutter
~ FA
CVE com 50J
Taqui ventricular sustentada ou não sustentada?
Sustentada: dura > ou = 30 segundos ou tem instabilidade hemodinâmica
Não sustentada: < 30 segundos
Como identificar TV do VE, do VD ou fascicular?
VE: QRS positivo em V1
VD: QRS negativo em V1
Fascicular: com BRD e BDASE (QRS negativo em D2 e D3)
Tratamento TV estável e instável
Estável: amiodarona 300 mg ataque + 600-900 mg em BIC por 24h. Se não responde, CVE sincronizada
Instável: CVE sincronizada > 100 J
Tratamento TV polimórfica
Se estável: sulfato de magnésio
Se instável: desfibrilar
Fatores predisponentes a TV polimórfica
QT longo: hipoCa, hipoK, hipoMg, drogas que alargam o QT, bradicardia severa
Como identificar uma RIVA?
“TV lenta” (com FC < 100-120).
Arritmia benigna e autolimitada
Causas de RIVA
Ritmo de reperfusão no IAM
Intoxicações
Cardiopatias congênitas
Qual a causa mais preocupante de síncope.
Síncope cardíaca.
Características da síncope cardíaca
Se ocorre em decúbito dorsal ou durante o esforço.
Desliga-liga: não precedida de pródromos (mas pode ter palpitação).
Exige investigação!
Causa mais comum de síncope. Como ocorre?
Síncope reflexa, por resposta parassimpática inapropriada.
Inclui a síncope vaso-vagal
Fisiopatologia da síncope vaso-vagal
Vasodilatação periférica-> ⬇️RV -> ativ simpática para aumentar a FC, mas não tem aumento do DC -> ativ simpática-> bradicardia e hipotensão
Definição de hipotensão ortostática
Queda da PAS > ou = 20 mmHg ou PAD > ou = 10 mmHg após 3-5 minutos em ortostase (comparada à PA em decúbito)
Causas mais comuns de hipotensão ortostática
Hipovolemia, medicamentos, álcool, disautonomias (ex: DM)
Distúrbio neurovegetativo?
Síncope psicogênica, por ansiedade, depressao, pânico
Qual o tipo de síncope tem sido associada ao pós-COVID
Síndrome postural ortostática taquicardizante.
Refere palpitações, tontura e pré-síncope