Taqui e bradiarritmias Flashcards

1
Q

Qual o valor normal do segmento PR?

A

0,12 a 0,20s (3 a 5 quadradinhos)

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2
Q

Qual a duração normal do complexo QRS?

A

Até 0,12s (3 quadradinhos)

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3
Q

Qual a duração normal do segmento QT?

A

Até 0,45s

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4
Q

Como é definido o ritmo sinusal no ECG?

A
  • Onda P positiva em DI, DII e negativa em aVR
  • Onda P seguida de complexo QRS
  • Intervalos RR regulares
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5
Q

A faixa de normalidade da FC é de 60-100 bpm. Como se calcula a FC no ECG?

A
  • 1500/número de quadradinhos entre um R-R
  • 1 quadradão: 300 bpm
  • 2 quadradões: 150 bpm
  • 3 quadradões: 100 bpm
  • 4 quadradões: 75 bpm
  • 5 quadradões: 60 bpm

Se o ritmo for irregular, contar o número de QRS em DII por 10 segundos e multiplicar por 6

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6
Q

Quais os principais subtipos de taquiarritmias?

A
  • Supraventriculares: QRS estreito. taquicardia sinusal, taquicardia atrial, taquicardia por reentrada nodal e AV, fibrilação atrial, flutter atrial
  • Ventriculares: QRS largo. TV monomórfica, TV polimórfica, torsades de pointes
    obs: 20% das taquis de QRS largo são TSV com aberrância
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7
Q

Quais os principais mecanismos de arritmias?

A
  • Hiperautomatismo: um grupo de células miocárdicas tem o automatismo aumentado, assumindo o comando da despolarização cardíaca com frequência acelerada. Pode ocorrer devido a estímulo catecolaminérgico, isquemias, drogas, alterações metabólicas.
  • Reentrada: existem duas vias de condução, uma mais rápida e uma mais lenta. Quando ocorre um estímulo precoce, a via rápida está em período refratário e o impulso segue pela via lenta, retornando pela via rápida e reentrando pela via lenta.
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8
Q

Quais as manifestações clínicas de taquiarritmia?

A
  • Tontura
  • Mal estar
  • Angústia
  • Palpitação
  • Síncope
  • Dispneia
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9
Q

O que é importante perguntar na história de um pct com taquiarritmia?

A
  • Doenças prévias: cardíaca, pulmonar, tireoidiana, neurológica
  • Uso de medicações: antiarritmicos, vasoconstritores, anti-hipertensivos, anti-depressivos
  • Uso de drogas ilícitas: principalmente cocaína
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10
Q

Quais os sinais de instabilidade que devemos atentar?

A
  • Sinais de choque (hipotensão, TEC alargado, extremidades frias, confusão mental)
  • Alteração do sensório
  • Dor precordial
  • Dispneia
  • Congestão pulmonar

instabilidade = reversão imediata da arritmia!!

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11
Q

O que devemos observar no ecg do paciente com taquiarritmia, a fim de diagnosticá-lo?

A

1) Tem taquicardia?
2) Tem onda P sinusal?
3) Tem onda F de flutter?
4) QRS estreito ou largo?
5) RR regular ou irregular?

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12
Q

Características da taqui sinusal

A
  • Taquicardia
  • Onda P sinusal
  • QRS estreito
  • Possíveis causas: febre, anemia, desidratação, infecção, medicamentos, exercício físico
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13
Q

Características da taqui atrial

A
  • Onda P’ não sinusal, geralmente invertida ou estranha
  • QRS estreito
  • Na taqui atrial multifocal, o ritmo é irregular e a onda P’ possui pelo menos 3 morfologias diferentes
  • Causas: doenças extracardíacas, como pneumopatias, DPOC, distúrbios hidroeletrolíticos, medicamentos
  • Mecanismo principal: aumento do automatismo de focos ectópicos atriais
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14
Q

Características da taquicardia supraventricular por reentrada nodal

A
  • Tem taquicardia
  • Não tem onda P sinusal (ela está ausente, escondida no QRS)
  • QRS estreito
  • RR regular
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15
Q

Características da TSV por reentrada AV por via acessória

A
  • Na TRAV, há uma via acessória (anômala) atrioventricular (comunicando átrio e ventrículo): pode ser persistente, oculta ou intermitente
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16
Q

Cracaterísticas da síndrome de Wolff-Parkinson-White

A
  • TSV por via acessória mais comum
  • Presença de pré-excitação ventricular, formando uma onda delta.
  • Necessariamente há presença de sintomas de arritmia para ser considerado WPW
17
Q

Características do flultter atrial

A
  • Taquicardia
  • Sem onda P sinusal
  • Presença de onda F de flutter: linha de base serrilhada. 2:1 (2 ondas F pra 1 QRS), 3:1 (3 ondas F pra 1 QRS), 4:1
  • QRS estreito
  • Ritmo pode ser regular. Em alguns casos, pode haver aberrância de condução e o ritmo não ser mais regular.
18
Q

Características da fibrilação atrial

A
  • Taquicardia
  • Ausência de onda P sinusal (átrio não contrai, linha de base tremida)
  • QRS estreito
  • Ritmo irregular
  • Taquiarritmia mais frequente na emergência
19
Q

Características da taqui ventricular monomórfica

A
  • Taquicardia
  • Ausência de onda P sinusal
  • QRS largo
  • Intervalos RR regulares
  • Mecanismo de reentrada nos ventrículos
  • Frequente em pacientes portadores de doença estrutural do coração
20
Q

Características da TV polimórfica

A
  • Tem taquicardia
  • Ausência de onda P sinusal
  • QRS largo e de morfologia estranha, diferentes entre si
  • RR irregular, desorganizado
  • Ritmo pré-parada, deve ser desfibrilado
  • QT normal: a causa mais comum é isquemia
  • QT prolongado: congênito, secundário a medicamentos ou distúrbios eletrolíticos. Torsades de pointes
21
Q

Características da torsades de pointes

A
  • TV polimórfica
  • Intervalo QT prolongado (é o que predispõe essa arritmia, avaliar ecg anterior)
  • Alternância da polaridade e da amplitude das ondas QRS (pontas torcidas)
  • Costuma reverter com infusão de sulfato de magnésio
  • Pode ocorrer por hipocalemia
22
Q

Arritmia benigna, comum em jovens, associada a consumo de energético + bebida alcoólica, sibutramina, anabolizantes

A

TSV

23
Q

Como tratar um paciente com uma arritmia instável (alteração do sensório, dispneia, angina, sinais de choque)?

A
  • Cardioversão elétrica sincronizada ou desfibrilar imediatamente - sedação (midazolam, etomidato, propofol, quetamina) e analgesia (fentanil ou lidocaína) antes
  • MOV, exame físico e história, solicitar ecg, laboratório (hemograma, eletrólitos, função renal)
  • TSV instável, FA e flutter instáveis, TV monomórfica instável com pulso: CVE
  • TV polimórfica, TV de difícil definição, PCR: desfibrilação
24
Q

Que carga utilizar na cardioversão bifásica de acordo com o QRS?

A
  • QRS estreito e regular: 50-100J
  • QRS estreito e irregular (FA): 120-200J
  • QRS largo e regular (TV mono): 100J
  • QRS largo e irregular (TV poli): desfibrilação - 200J
  • Caso a carga inicial falhe, aumentar gradativamente a energia (se não souber se é monofásico ou bifásico, começar na carga mínima e ir aumentando conforme resposta, exceto na desfibrilação, que se deve colocar a carga máxima)
  • SEMPRE MANTER AS PÁS COLADAS NO PCT APÓS A CVE, pq pode ocorrer PCR
25
Q

Como deve ser feita a manobra vagal?

A
  • Medida para reversão de TSV
  • Estimula barorreceptores da aorta, que deflagram o aumento da resposta vagal, reduzindo o automatismo cardíaco
  • Feita em pacientes estáveis
  • Manobra de Valsalva: aumento da pressão instratorácica por meio da expiração forçada contra mão fechada por 15s, no decúbito dorsal a 45 graus. Na modificada, a expiração forçada é seguida de posição supina e elevação dos MMII a 45 graus.
  • Massagem carotídeo unilateral: palpar o pulso no seio carotídeo, fazendo movimentos circulares por 5 a 10s
26
Q

Características da adenosina

A
  • Meia vida muito curta
  • Ação ultrarrápida
  • Retarda a condução AV
  • Fazer na taqui regular e monomórfica
  • Podem ocorrer períodos breves de assistolia ou bradicardia após infusão (avisar ao paciente que ele pode se sentir mal)
  • 6mg em bolus seguida de flush de salina imediatamente depois
27
Q

Resumo do protocolo de taquiarritmias

A
  • Fazer história e exame físico direcionados, MOV e ECG de 12 derivações
  • Se presença de sinais de instabilidade, cardioverter
  • Se paciente estável, se perguntar se o QRS é largo ou estreito
  • QRS largo: considerar adenosina 6mg (se regular e monomórfica) ou amiodarona 150mg em 10 minutos, com manutenção de 1mg/min nas 1as 6h
  • QRS estreito: se regular, tentar manobra vagal, adenosina 6mg/12mg. Metoprolol 5mg IV lento
  • Em caso de não reversão com medicamentos, considerar CVE.
28
Q

Fisiopatologia das bradiarritmias

A
  • Situações fisiológicas: atletas, pessoas com tônus vagal exacerbado
  • BAV: bloqueios podem estar a nível do NAV (bloqueios altos ou não avançados) ou no feixe de His (bloqueios baixos ou avançados), gerando falha na condução do estímulo
29
Q

Quais os principais sintomas de bradiarritmias?

A
  • Tontura
  • Síncope
  • Confusão mental
  • Dor torácica
  • Dispneia
  • Extremidades frias
30
Q

Quais as possíveis causas de bradicardia?

A
  • Hipoxemia
  • Doenças do sistema de condução: degeneração (idosos)
  • IAM
  • Medicações: betabloqs, BCC, digitálicos, amiodarona
  • Distúrbios eletrolíticos: hipocalemia, hipocalcemia

são basicamente as mesmas causas das taquiarritmias

31
Q

Características da bradicardia sinusal

A
  • Falha no início do impulso elétrico
  • Ritmo sinusal
  • Sem aumento do intervalo PR
  • Causas patológicas: AOS, hipotireoidismo, hipotermia, hipóxia, medicamentos
  • Conduta: tratar causa base. se não há causa base identificável, investigar doença do nó sinusal
32
Q

Características do BAV de 1o grau

A
  • Intervalo PR aumentado (>0,20s) e fixo
  • A propagação no NAV é lenta até chegada do QRS
  • Em geral, assintomático, sendo um achado
  • BAV alto
  • reversível e secundário a fatores extrínsecos do sistema de condução.
33
Q

Características do BAV de 2o grau Mobitz I

A
  • Intervalo PR aumenta de forma gradual até ocorrer o bloqueio, com posterior reinício
  • Bloqueio alto
  • reversível e secundário a fatores extrínsecos do sistema de condução.
34
Q

Características do BAV de 2o grau Mobitz II

A
  • Bloqueio imediato, não precedido de alterações do segmento PR
  • Paciente sintomático tem indicação de marcapasso
  • Bloqueio baixo
  • Associado a lesão irreversível, intrínseca do sistema de condução
35
Q

BAV 2:1

A

Ondas P bloqueadas alternando com ondas P que conduzem QRS

- Subtipo de BAV 2o grau

36
Q

BAV de 3o grau (total)

A
  • Dissociação completa entre despolarização atrial e ventricular
  • pode ocorrer queda do DC
  • Onda P dissociada do QRS
  • QRS pode estar alargado
37
Q

Abordagem geral do paciente com bradiarritmia

A
  • história, exame físico direcionados, ECG
  • monitorização contínua
  • Avaliação do especialista
  • Observação
38
Q

Qual a conduta na bradiarritmia estável?

A
  • Observação, monitorização e avaliação do especialista
  • Não há necessidade de ttmto imediato para elevação da FC
  • Cogitar internação e tratamento se BAVT ou avançado
39
Q

Qual a conduta na bradiarritmia instável?

A
  • Monitorizar o paciente (MCC, OP, PNI)
  • Oxigênio se Sat < 94%
  • Acesso venoso e exames laboratoriais (fç renal, eletrólitos, troponina, dosagem de antiarrítmicos, perfil toxicológico, gasometria)
  • Atropina 0,5mg IV a cada 3-5 minutos (dose máxima = 3mg). Se ineficaz:
  • Marcapasso provisório transcutâneo (MP-TC - com sedação e analgesia) ou dopamina 2-10ug/min ou adrenalina 2-10ug/min
  • Marcapasso transvenoso (chamar o cardio)