DPOC exacerbado Flashcards

1
Q

Principais características do DPOC

A
  • Pacientes retentores crônicos de CO2
  • Perda de superfície alveolar e perda de superfície de troca
  • A obstrução ao fluxo aéreo não é totalmente reversível, o que diferencia da asma brônquica
  • VEF1 < 80% do predito e CVF < 70%
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2
Q

Principais causas da exacerbação da DPOC

A
  • INFECÇÃO: vírus respiratórios (50%), pneumococo, moraxella, h. influenzae, pseudomonas (dça pulmonar avançada, internação recente, uso de atb recente)
  • Arritmias
  • IAM
  • TEP
  • Poluição
  • Pneumotórax
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3
Q

Principais indícios de exacerbação de DPOC

A
  • 3 sinais cardinais: piora da dispneia, aumento da produção de escarro e escarro purulento
  • Achados adicionais: IVAS, febre, sibilância, piora da tosse, aumento da FC ou FR
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4
Q

Possíveis achados no exame físico

A
  • Sibilos, expiração forçada, diminuição do MV, aumento do diâmetro AP do tórax, taquipneia, taquicardia, roncos, crepitações, bulhas cardíacas abafadas
  • Achados de hipertensão pulmonar, edema de MMII, hepatomegalia dolorosa,
  • Cianose e pletora
  • Baqueteamento digital
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5
Q

Sinais de gravidade na exacerbação do DPOC

A
  • Uso de musculatura acessória
  • Movimentos paradoxais da parede torácica
  • Cianose central ou de aparecimento recente
  • Edema periférico
  • Hospitalização recente
  • Instabilidade hemodinâmica
  • Alteração do estado mental
  • Uso prévio de VM
  • Comorbidade associada
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6
Q

Como é a classificação quanto a gravidade da exacerbação da DPOC?

A
  • Leve: 1 critério cardinal + 1 achado
  • Moderada: 2 critérios
  • Grave: 3 critérios
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7
Q

Diagnósticos diferenciais da exacerbação de DPOC

A
  • TEP: é mais súbito, pode ter sinais de TVP, pode ter dor torácica
  • Pneumotórax: exame físico!!
  • Pneumonia: pode coexistir
  • Asma: história pessoal ou familiar
  • IC: sinais de IC
  • SCA
  • Arritmias
  • EAP
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8
Q

Exames complementares que se pode lançar mão

A
  • RX de tórax
  • ECG: diagnóstico dif
  • TC de tórax (raro de pedir)
  • Gasometria arterial: PaO2 < 50 mmHg, PaCO2 > 70 mmHg e pH < 7,3 indicam episódio muito grave e ameaçador à vida.
  • Bioquímica
  • ECOTT
  • Espirometria: avalia a gravidade e reversibilidade da DPOC.
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9
Q

Estratificação para gravidade

A
  • Sem insuficiência respiratória: FR 20-30, sem uso de musc acessória, sem alteração do nível de consciência, sem hipercapnia, hipoxemia se corrige com Venturi (FiO2 28-35%)
  • IRspA sem ameaça à vida: FR > 30, uso de musc acessória, sem alteração do nível de consciência, hipercapnia, hipoxemia que se corrige com Venturi (FiO2 24-31%)
  • IRspA com ameaça à vida: FR > 30, uso de musc acessória, alteração aguda do nível de consciência, hipoxemia refratária a Venturi ou máscara com FiO2 > 40%, hipercapnia (PaCO2 > 60 ou piora da basal) ou presença de acidose
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10
Q

Quais os princípios do tratamento do DPOC

A
  • Os princípios do tratamento da exacerbação:
  • Corrigir hipoxemia
  • Broncodilatar
  • Corticosteroides
  • Antibióticos
  • Corrigir distúrbios associados (volemia, eletrólitos, hiperglicemia) e tratar comorbidades
  • Suporte ventilatório
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11
Q

Tratamento: ABCD do DPOC

A
  • ANTIBIÓTICOS (amoxi-clav): fazer sempre em casos moderados a graves. Fazer em casos leves apenas se evidência de infecção. Atentar a cobertura para pseudomonas em pacientes com risco (cefepime, ceftazidima, pipetazo)
  • BRONCODILATADOR: B2 agonista (fenoterol/salbuta) 10 gts + brometo de ipratrópio (atrovent) 20 gts em 5ml de SF na nebulização. inalações a cada 20 minutos na 1a hora, 4/4h até estabilizar
  • CORTICOIDE: reduz tempo de internação e recidivas. Prednisona 40-60mg por 5-10 dias VO (quando estável). Metilprednisolona 40-60mg 6/6h por 3 dias IV (passar p VO qd estável)
  • DAR O2: suporte ventilatório. suplementação de O2 por VNI ou VM. FiO2 alta (>40%). precisa ser em BAIXO FLUXO!!!! pacientes DPOC tem uma saturação mais baixa, manter em torno de 90-92%. a hiperóxia pode levar a inibição do centro respiratório (queda da FR), acidose respiratória, rebaixamento do sensório e pcr.

O sulfato de Magnésio pode ser usado em casos de maior gravidade nos quais não há broncodilatação com os métodos anteriores.

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12
Q

Uso da VNI

A
  • A VNI é a modalidade terapêutica de maior impacto no tratamento da DPOC grave
  • Deve ser indicada precocemente em pacientes graves
  • Objetivo: SatO2 > 90%
  • VNI bilevel (bipap): 2 níveis de pressão. Indicado precocemente em dispneia, esforço respiratório, acidose com retenção de CO2 e taquipneia
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13
Q

Indicações para IOT

A
  • Rebaixamento do sensório
  • Bradicardia
  • Iminência de PCR
  • Outros: grave dispneia com uso de musculatura acessória e mov abdominal paradoxal, FR > 35, hipoxemia ameaçadora a vida, acidose resp grave e hipercapnia, PCR, confusão, sonolência, falência da ventilação não invasiva, sepse,
    a iot deve ser imediata!!
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14
Q

Quando está indicada internação hospitalar?

A
  • Dispneia intensa, especialmente em repouso;
  • DPOC de base avançada;
  • cianose ou cor pulmonale,
  • falência em responder rapido às medicações,
  • comorbidades graves,
  • arritmias de início recente,
  • idade avançada,
  • suporte domiciliar inadequado
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15
Q

Quando manter o pct em UTI

A
  • Rebaixamento do nível de consciência
  • Grave dispneia, pouca resposta ao tto padrão
  • Hipoxemia grave e persistente ou que piora apesar do tto adequado
  • Hipercapnia grave e persistente
  • Acidose respiratória grave ou que piora com o tratamento adequado
  • Instabilidade hemodinâmica
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16
Q

Critérios de alta hospitalar

A
  • Paciente em seu basal de funcionalidade
  • Compreensão adequada do paciente e familiares em relação à doença de base, ao quadro atual, ao uso correto das medicações e aos sinais de gravidade.
  • Estabilidade clínica e laboratorial (ex.: gasometria) por 12-24h
  • Uso esporádico de β2-agonista, não mais que 6x/dia
  • Retorno programado para seguimento pós-internação (recomendar uma consulta ambulatorial nos próximos 7 dias).
17
Q

Prevenção de exacerbação

A
  • Controle de exposição (Cessação de tabagismo, controle ambiental, uso de EPIs)
  • Medicação otimizada
  • Atualização vacinal
  • Reabilitação cardiopulmonar e de musc periférica
  • Plano de tto precoce para descontrole de sintomas
  • Acesso a serviços de saúde