T3 - TRISSOMIA DOS AUTOSSOMAS Flashcards
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Trissomia 21 – quando suspeitar do diagnóstico?
A) a hipótese de diagnóstico surge durante a gravidez
Ecografia do 1.º trimestre
- Aumento da translucência da nuca
- Ausência/hipoplasia dos ossos próprios do nariz.
(freq mas nao exclusivos da trissomia 21)
Avaliação cardíaca com Ecodoppler a cores1 (1º/2.º trimestre)
- Regurgitação da tricúspida
- Defeito do septo auriculoventricula
- Frequentemente, a aurícula direita > aurícula esquerda
- Alterações do fluxo do Ductus Venosus.
a) inversao onda a (sistole auricular)
b) risco aneuploidia e malformacoes cardiacas
c) presente vasta marioa fetos aneuploides
(uma causa cromossómica é mais provável se existirem várias anomalias)
Ecografia morfológica do 2.º trimestre
- Atrésia duodenal (não existe ou está obstruído)
- Diminuição do comprimento dos ossos longos
- Pielectasia (contração da pélvis renal)
- Aumento da ecogenicidade do intestino
- Hipoplasia da falange média do 5º dedo
Se ecografia com alterações compatíveis com cromossomopatia, fazer:
Array de hibridização genómica comparativa (array de HGC)
- maior poder de resolução para deleções e duplicações
- deteta anomalias não identificadas pelo cariótipo
- para excluir uma poliploidia (falso negativo do array) fazer qPCR fluorescente
(array em caso de poliploidia meio que é inutil ent usamos pcr p confirmar que nao temos poli)
ausência de alterações na ecografia
- diminui a probabilidade de cromossomopatia sobretudo na trissomia 21
Como excluir a cromossomopatia?
DPN invasivo para estudo direto de DNA fetal (array de HGC+qPCR)
B) diagnóstico depois do nascimento
Hipotonia – sinal de alarme no RN;
Inclinação das fendas palpebrais para cima e para fora;
Protusão da língua (hipotonia e macroglossia);
Baixa implantação dos pavilhões auriculares;
Perfil achatado;
Braquicefalia (aumento da largura da cabeça);
Epicantus;
Manchas de Brushfield na íris;
1.º e 2.º dedos dos pés afastados;
Prega palmar única;
Clinodactilia (alteração da curvatura) do 5.º dedo;
Bradidactilia (encurtamento dos dedos);
Ponte nasal plana;
Pescoço curto;
Baixa estatura;
Obesidade
C) Anomalias congénitas e patologias associadas à SD (sindrome down) a vigiar
Pesquisar obrigatoriamente em RN com fenótipo suspeito:
Cardiopatias congénitas (em 40%);
Atrésia duodenal, atrésia anal;
Fístula traqueoesofágica;
Cataratas congénitas;
Surdez congénita (50%)
Vigilância multidisciplinar ao longo da vida
Estrabismo, glaucoma;
Infeções respiratórias de repetição;
Leucemia (15 x);
Doenças autoimunes: hipotiroidismo;
Diabetes mellitus (obesidade);
Demência no adulto.
- e tmb atraso no desenvolvimento e deficiência intelectual (em média, QI de 40-50)
a) defice ligeiro se QI 40-50
b) grave se QI 20-50
c) profundo se QI menos 20
Qual o cariótipo que mais se associa a défice ligeiro?
Mosaicismo
ocorrencia de alzheimer em adultos com síndrome de down
Deficiência intelectual deve-se a:
- Diminuição do volume total do cérebro no nascimento devido à anormalmente baixa
proliferação durante a neurogénese, existem também um ratio neurónio/astrócito desequilibrado e apoptose acentuada
- Atrofia cerebral progressiva
- Calcificações dos gânglios da base
- Malformações do corpo caloso
(termos muito bcm pagina 18)
vigilancia multidisciplinar especifica
orientações específicas para o seguimento dos doentes com Síndroma de Down ao longo da vida
Fertilidade
- desenvolvimento pubertário é geralmente normal
- Oligospermia no sexo masculino (baixa concentração espermatozoides) (a maioria dos espermatozoides são normais)
- Menopausa precoce para o sexo feminino (maior risco de oócitos dissómicos)
Etiologia
Região crítica da síndrome de Down - 21q22.2-q22.3
- presente nas raríssimas trissomias parciais
mosaico – duas origens
1) - ZIGOTO EUPLOIDE
- ocorre por fenómenos de não disjunção pós-zigótica após a 1.ª divisão do zigoto
- aleatório
- sem fatores de risco associados
2) - ZIGOTO COM TRISSOMIA ( p gâmeta dissómico para o 21
- ocorre por atraso de migração da anafase numa das células do embrião
OU
- fenómeno de não disjunção pós-zigótico após a 1.ª divisão do zigoto
(fator de risco: idade materna)
trissomia 21 por mosaicismo
- fator de risco a idade materna
- ligeiro aumento de risco de recorrência
(Risco de descendência com síndrome de Down para mulheres sem antecedentes aumenta c idade)
riscos de recorrencia
idade materna
- fator de risco para não disjunção cromossómica (+ risco ptrissomias livres (13, 18 e 21), mosaico do sind. de Down, para 47,XXY e para 47,XXX)
mulheres com antecedentes de feto/descendente com trissomia 21 livre
- risco maior comparativamente ao risco das mulheres com a mesma idade, mas sem antecedentes
- partir dos 35 anos o risco passa a ser o correspondente à idade materna
oq justufica aumento do risco c idade?
- tendência a fenómenos de não disjunção meiótica de algumas mulheres
- mosaicismo gonadal
- raros casos de progenitores assintomáticos que são mosaicos