Sofrimento Fetal, Puerpério e Fórcipe Flashcards

1
Q

Sofrimento fetal agudo:

Principais alterações bioquímicas no feto? São 3 …

A

Hipóxia
Acidose
Hipercapnia

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2
Q

Sofrimento fetal agudo:

Monitorização dos movimentos constitui uma boa ferramenta de avaliação do bem-estar fetal?

A

Não… muito variável e é afetada por:

  • Idade gestacional
  • Diminuição do líquido amniótico
  • Uso de medicamentos pela mãe
  • Sono fetal
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3
Q

Sofrimento fetal agudo:

Quantas vezes um feto saudável se movimenta em 1 hora?

A

5-10 vezes

Obs: tem que avaliar após alimentação ou atividade leve, em DLE e concentrada na atividade fetal

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4
Q

Sofrimento fetal agudo:
Microanálise do sangue fetal para diagnóstico, apesar de não ser mais preconizada, representa um elemento fidedigno para exprimir as condições de oxigenação fetal. Qual faixa de pH indica SFA?

A

Período de dilatação: < 7,20

Período expulsivo: < 7,15

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5
Q

Sofrimento fetal agudo:

Meio mais utilizado para avaliar oxigenação fetal?

A

Avaliação da FC fetal

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6
Q

Sofrimento fetal agudo:

Quais são os 3 órgãos nobres fetais?

A

Cérebro
Coração
Adrenais

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7
Q

Sofrimento fetal agudo:

Quais são as 2 maneiras de avaliar a FC fetal?

A

Ausculta cardíaca intermitente

Cardiotocografia

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8
Q

Sofrimento fetal agudo:

No trabalho de parto de gestante de baixo risco, qual é a frequência que devemos realizar a ausculta fetal intermitente?

A

Fase ativa: 30/30 min

Período expulsivo: 15/15 min

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9
Q

Sofrimento fetal agudo:

No trabalho de parto de gestante de alto risco, qual é a frequência que devemos realizar a ausculta fetal intermitente?

A

Fase ativa: 15/15 min

Período expulsivo: 5/5 min

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10
Q

Sofrimento fetal agudo:

Como identificar SFA na ausculta cardíaca fetal intermitente durante trabalho de parto?

A

FC < 110 persistentemente em pelo menos metade das contrações (no mínimo 3 contrações consecutivas precisam ser avaliadas)

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11
Q

Sofrimento fetal agudo:

Posição ideal da gestante durante realização da CTG?

A

DLE

Alternativa: semiverticalizada

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12
Q

Cardiotocografia:

As alterações podem ser basais ou transitórias. Cite os 2 representantes de cada uma delas.

A

Basais: linha de base e variabilidade

Transitórias: acelerações e desacelerações/DIPs

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13
Q

Cardiotocografia:

Linha de base normal?

A

110-160 bpm (excluindo variações episódicas) durante 10 minutos

obs: para considerar taqui/bradicardia, tem que persistir por 10 minutos

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14
Q

Cardiotocografia:
Classificação em relação a variabilidade?
Obs: trata-se da diferença entre a maior FCF e a menor em um espaço de 1 min

A
  1. Variabilidade ausente
  2. Variabilidade mínima (< ou = 5 bpm)
  3. Moderada (6-25 bpm) - normal
  4. Acentuada (> 25 bpm)
  5. Padrão sinusoidal (anemia grave?)
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15
Q

Cardiotocografia:

O que são acelerações?

A

Aumento de 15 ou + bpm durando 15 segundos

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16
Q

Cardiotocografia:

Podemos dizer que acelerações representam bem-estar fetal e que as reservas metabólicas estão preservadas?

A

Exatamente … Quando ocorre 2 acelerações em 20 minutos, diz-se que o feto é reativo.

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17
Q

Cardiotocografia:

DIPs (desacelerações intra-parto) periódicas podem ser divididas em 3 padrões. Quais são?

A

DIP I: precoce/cefálico (nadir da DIP coincide com contração uterina)

DIP II: tardio (DIP retardado em relação à contração uterina em > 20s)

DIP III: variável/umbilical (não possui relação com contração uterina)

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18
Q

Cardiotocografia:

DIP III pode ser favorável ou desfavorável. Quais são os 3 sinais que sugerem DIP III desfavorável?

A
  1. Recuperação lenta
  2. Ausência de retorno à linha de base
  3. Desaceleração bifásica (em W)
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19
Q

Cardiotocografia:

Significado da DIP II?

A

Estase do sangue interviloso

Redução da circulação de oxigênio e acidose fetal (asfixia fetal)

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20
Q

Cardiotocografia:

Categoria I?

A

Linha de base entre 110-160 (normal)
Variabilidade moderada (normal)
DIP II e III ausentes
Pode ou não ter acelerações ou DIP I

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21
Q

Cardiotocografia:

Categoria III?

A

Ausência de variabilidade
Desacelerações II ou III recorrentes (> 50%)
Bradicardia sustentada
Padrão sinusoidal

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22
Q

Cardiotocografia:

Categoria II?

A

Lembrar: não é I e nem III

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23
Q

Cardiotocografia:

Categoria III ou DIP II/III sem variabilidade. Conduta?

A

Reanimação intrauterina e, se não melhorar, parto!

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24
Q

A reanimação intrauterina está indicada em CTG com categoria III ou DIP II/III sem variabilidade. Como fazer?

A
  • DLE
  • O2
  • Reanimação volêmica + correção de hipotensão
  • Tocólise
  • Descontinuar ocitocina/misoprostol
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25
Q

Cardiotocografia:

Quando indicar?

A

Anteparto e intraparto em gestações de alto risco

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26
Q

Sofrimento fetal crônico:

Como constatar?

A
  1. Alteração no dopplerfluxometria
  2. CIUR
  3. Oligodramnia
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27
Q

CIUR:

Definição?

A

peso abaixo do p10

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28
Q

CIUR:

2 principais causas de origem materna?

A

DM com vasculopatia

HAS

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29
Q

CIUR:

Primeiro passo na avaliação?

A

Determinar IG

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30
Q

CIUR:

Segundo passo na avaliação?

A

Medida de fundo uterino

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31
Q

CIUR:

Altura uterina possui concordância com IG em qual período?

A

18-30 semanas

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32
Q

CIUR:

Definação a partir do FU?

A

FU < p10

Obs: é o rastreamento em gestações de baixo risco

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33
Q

CIUR:

Quando a medida do fundo uterino, na prática, sugere CIUR em gestante entre 18-30 semanas?

A

FU 3 cm inferior à IG

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34
Q

CIUR:

Conduta frente à uma medida de FU alterada, ou seja, terceiro passo na avaliação?

A

USG obstétrico

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35
Q

CIUR:

Indicador ultrassonográfico mais sensível?

A

Circunferência abdominal

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36
Q

CIUR:
Diagnóstico definitivo?
Cuidado com esse tipo de pergunta na prova …

A

Confirmação após parto

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37
Q

CIUR:
Tipos:

A

Tipo I: simétrico (5-10%)
Tipo II: assimétrico (70-80%)
Tipo III: misto

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38
Q

3 causas de CIUR tipo I?

A

Exposição a substâncias químicas
Infecções congênitas
Aneuploidias

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39
Q

Causa de CIUR tipo II?

A

Insuficiência placentária (HAS, DM…)

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40
Q

Oligodramnia:

Causas?

A
Insuficiência placentária (SFC)
RPMO
Doença renal fetal
Medicamentos (iECA, indometacina)
Outras ...
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41
Q

Oligodramnia:

Diagnóstico ultrassonográfico?

A

ILA < 5 cm

Maior bolsão de LA < 2 cm

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42
Q

ILA (índice de líquido amniótico) normal?

A

8-18 cm

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43
Q

Oligodramnia:

Se ILA normal é entre 8-18 cm e abaixo de 5 denomina-se oligodramnia, como chamaremos o ILA entre 5-8 cm?

A

Líquido amniótico diminuído

cuidado: alguns autores chamam de oligodramnia leve

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44
Q

Oligodramnia:

Principal causa AGUDA?

A

RPMO

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45
Q

Perfil Biofísico Fetal:

Quais são seus 5 componentes?

A
CTG basal
Movimento respiratório fetal
Movimento fetal
Tônus fetal 
Volume de LA
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46
Q

Perfil Biofísico Fetal:

Para que serve?

A

Complementação diagnóstica de hipóxia fetal em gestantes de alto risco com CTG alterada

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47
Q

Perfil Biofísico Fetal:

Primeiro parâmetro a se alterar em hipóxia fetal?

A

CTG

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48
Q

Perfil Biofísico Fetal:

Último parâmetro a se alterar em hipóxia fetal? Indica SFC …

A

Redução do LA

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49
Q

Qual é o exame que mais fornece informações sobre as condições placentárias, fetais e hemodinâmicas maternas e, além disso, detecta mais precocemente a diminuição da perfusão fetal?

A

Dopplerfluxometria

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50
Q

Dopplerfluxometria:

Quando realizar?

A

28 semanas em gestantes de alto risco

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51
Q

Dopplerfluxometria umbilical:

O que avalia?

A

Função placentária

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52
Q

Dopplerfluxometria umbilical:

Alterações?

A

Aumento da resistência
Diástole zero
Diástole reversa

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53
Q

Dopplerfluxometria:

Quando doppler da artéria umbilical estiver alterado, solicitaremos doppler de qual artéria fetal?

A

A. cerebral média (diminuição da resistência em caso de sofrimento fetal)

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54
Q

Dopplerfluxometria:

Sinal de centralização?

A

Relação S-D uterina / Relação S-D acm > 1 (relação umbilicocerebral)

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55
Q

Centralização fetal:

Pode ser normoxêmica e hipoxêmica. Qual é a diferença?

A

Normoxêmica: mecanismos compensatórios preservam órgãos vitais

Hipoxêmica: já inicia alterações na CTG (feto não é mais capaz de compensar deficiência de oxigênio)

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56
Q

Centralização fetal:

Quanto tempo leva para a forma normoxêmica passar a ser hipoxêmica?

A

3-4 semanas

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57
Q

Dopplerfluxometria:

Conduta em caso de aumento da resistência da artéria uterina, porém com fluxo diastólico preservado e sem CIUR?

A

Aumentar vigilância fetal e indicar interrupção apenas se outros exames alterados (CTG x PBF)

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58
Q

Dopplerfluxometria:

Conduta em caso de CIUR assimétrico e dopplerfluxometria normal?

A

Parto a termo com maior vigilância durante parto

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59
Q

Dopplerfluxometria:

Conduta em caso de centralização fetal?

A

Interromper a partir de 34 semanas (37 para alguns autores)

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60
Q

Dopplerfluxometria umbilical:

Conduta em caso de diástole zero?

A

CTG, PBF e doppler de ducto venoso normais: interromper com 32-34 semanas (cesariana)

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61
Q

Dopplerfluxometria:

Conduta em caso de diástole reversa?

A

Cesariana independente da IG

62
Q

Dopplerfluxometria:
Feto que apresentou alterações no doppler de ACM e umbilical. Se longe do termo, solicitar qual doppler para definir conduta?

A

Doppler do ducto venoso

63
Q

Dopplerfluxometria:
Conduta em caso de feto prematuro com doppler de ducto venoso, após umbilical e ACM, apresentando onda A com fluxo reverso?

A

Parto (indica falência cardíaca)

64
Q

Dopplerfluxometria de ducto venoso:

Objetivo principal?

A

Determinar se o feto prematuro aguenta postergar o parto para realizar corticoide

65
Q

Dopplerfluxometria:

Doppler de artéria uterina tem valor na avaliação do sofrimento fetal?

A

Não… serve para avaliar risco de CIUR e PE

66
Q

Dopplerfluxometria de artéria uterina:

Quando pensar em risco de CIUR e PE?

A

aumento contínuo da resistência com presença de incisuras protodiastólicas

67
Q

Fórcipes obstétricos:

Quais são os 3 tipos cobrados em prova?

A

Simpson
Kielland
Piper

68
Q

Fórcipes obstétricos:

Qual é o tipo mais usado atualmente (> 90%)?

A

Simpson

69
Q

Fórcipes obstétricos:

Contraindicação ao uso de fórcipe de Simpson?

A

Variedade de posição transversa

70
Q

Fórcipes obstétricos:

Tipo de escolha na variedade de posição transversa, além de necessidade de rotações amplas e correção de assinclitismos?

A

Kielland

71
Q

Fórcipes obstétricos:

Tipo de escolha na extração da cabeça derradeira na apresentação pélvica?

A

Piper

72
Q

Fórcipes obstétricos:

Pegada ideal?

A

Biparietomalomentoniana

73
Q

Fórcipes obstétricos:

Atualmente, a aplicação do fórcipe alto é proscrita?

A

Sim.

74
Q

Fórcipes obstétricos:

No fórcipe de alívio (ou de desprendimento), a rotação não deve exceder quantos graus?

A

45

75
Q

Fórcipes obstétricos:

Indicações profiláticas?

A

Pneumopatia, cardiopatia e neuropatia maternas (esforço expulsivo é perigoso para elas)

76
Q

Fórcipes obstétricos:

Qual é a principal indicação atual?

A

Indicação de alívio

77
Q

Fórcipes obstétricos:

Quais são as indicações de alívio?

A

Reduzir esforço e desconforto do período expulsivo
Reduzir perda sanguínea materna
Evitar compressão prolongada da cabeça fetal
Prevenir sobredistensão perineal

78
Q

Fórcipes obstétricos:

Quais são as indicações maternas?

A
  • falha na progressão
  • exaustão materna
  • comorbidades: descolamento de retina, pneumotórax espontâneo, edema pulmonar, hérnia abdominal …
  • outras
79
Q

Fórcipes obstétricos:

Indicações fetais?

A
  • cabeça derradeira em parto pélvico
  • SFA no período expulsivo
  • prematuridade
  • procidência irredutível de membros
80
Q

Fórcipes obstétricos:

Condições de praticabilidade? Lembre-se do acrônimo APLICAR…

A
A: ausência de colo (dilatação total)
P: pelve proporcional 
L: livre canal de parto 
I: insinuação (cabeça insinuada)
C: conhecer a variedade 
A: amniotomia (membranas rotas)
R: Reto e bexiga vazios
81
Q

Fórcipes obstétricos:

Morte fetal é contraindicação ao uso?

A

Não… desde que a morte fetal seja recente e permite preensão da cabeça

82
Q

Fórcipes obstétricos:

Episiotomia é obrigatória?

A

Não mais … (dado recente da ACOG)

83
Q

Fórcipes obstétricos:

Quando introduzir primeiro a colher DIREITA?

A

Variedade de posição: ODA, OEP

nas outras, introduz-se inicialmente a colher esquerda

84
Q

Fórcipes obstétricos:

Complicações maternas?

A
Lacerações
Prolongamento da episiotomia
Aumento da perda sanguínea
Infecção
Hematomas
Fratura do cóccix
85
Q

Fórcipes obstétricos:

Complicações fetais?

A
Céfalo-hematoma
Hemorragia intracraniana
Compressões oculares
Paralisia do n. facial e/ou hipoglosso
Fratura de crânio
86
Q

Puerpério fisiológico:

Quais são as 3 fases?

A

Imediato: 1-10 dias
Tardio: 10-45 dias
Remoto: > 45 dias

87
Q

Puerpério fisiológico:

Comente a involução uterina.

A

Imediatamente após parto: cicatriz umbilical
15 dias: intrapélvico
30 dias: dimensões pré-gravídicas

88
Q

Puerpério fisiológico:

Comente a involução do colo uterino.

A

após 2 dias: 2 dedos

após 1 semana: fechado

89
Q

Puerpério fisiológico:

Como fica o colo uterino em mulher que já pariu?

A

Aspecto em fenda transversa (antes era puntiforme)

90
Q

Puerpério fisiológico:

Comente a involução endometrial.

A

Ocorre perda da camada esponjosa da decídua, sobrando apenas a decídua basal (superficial e basal). A superficial é eliminada na forma de lóquios.

91
Q

Puerpério fisiológico:

O que é a crise vaginal?

A

Processo atrófico que ocorre nos primeiros 15 dias (desconforto local que acaba sendo um fator de proteção, pois o colo ainda está aberto)

92
Q

Puerpério fisiológico:

Quando ocorre a descida do leite (apojadura)?

A

1-3 dias após o parto

Antes, há presença de colostro.

93
Q

Puerpério fisiológico:

Fases da produção láctea?

A

Mamogênese
Lactogênese
Lactopoese

94
Q

Puerpério fisiológico:
Pode-se considerar normal uma leucocitose de 25.000 às custas de granulócitos e sem desvio para a esquerda com linfopenia relativa e eosinopenia?

A

Sim…

95
Q

Puerpério fisiológico:

Comente a evolução dos lóquios fisiológicos.

A

4 dias: lochia rubra
4 dias - 2 semanas: lochia fusca (tornam-se róseos)
2 semanas: lochia serosa ou flava
10 dias: lochia alba (esbranquiçado)

96
Q

Puerpério:

Lochia rubra após 2 semanas acompanhado de subinvolução uterina. Pensar em …

A

Restos placentários

97
Q

Puerpério:

Lóquio com coloração achocolatada associado a odor forte e desagradável, febre. Pensar em …

A

Endometrite

98
Q

Puerpério fisiológico:

Em quanto tempo a mulher volta ao peso pré-gestacional?

A

6 meses

99
Q

Puerpério fisiológico:

Puérpera em bom estado geral, sem queixas, apresentou febre no 2o dia que durou menos de 48h. HD?

A

Febre do leite (relacionada à apojadura)

100
Q

Puerpério fisiológico:
60% das puérperas apresentam alterações do humor transitórias, benignas e autolimitadas. Tristeza, choro fácil, afirma gostar do RN e de amamentar, aparecem por volta do 3o dia e ficam até 14o. Como é denominado esse quadro de disforia pós-parto?

A

Blues syndrome ou Maternity blue

101
Q

Puerpério fisiológico:

Mãe Rh- não sensibilizada e filho Rh+. Em quanto tempo devemos aplicar a imunoglobulina anti-D?

A

Até 72h após o parto

102
Q

Puerpério fisiológico:

Qual intervalo interpartal ideal para uma gestação futura?

A

2-3 anos

103
Q

Puerpério fisiológico:

Em quanto tempo o casal pode retormar a atividade sexual?

A

30 dias

104
Q

Quais são as 5 principais complicações puerperais?

A
  1. Hemorragia pós-parto
  2. Infecções puerperais
  3. Alterações nas mamas lactantes
  4. Doenças tromboembólicas
  5. Transtornos psiquiátricos do pós-parto
105
Q

Definição objetiva da hemorragia puerperal:

A

Perda de sangue > 0,5L no parto vaginal e > 1L no parto cesáreo.

106
Q

Definição clínica da hemorragia puerperal:

A

Sangramento excessivo que gera sintomas (síncope ou vertigem) ou sinais clínicos de hipovolemia (hipotensão, taquicardia e etc.)

107
Q

Hemorragia puerperal precoce ocorre em que período?

A

24h pós-parto.

108
Q

Hemorragia puerperal tardia ocorre em que período?

A

Após as primeiras 24h pós-parto (até 6 a 12 semanas do parto).

109
Q

Causa de hemorragia importante durante a expulsão:

A

Rotura uterina.

110
Q

Causas de hemorragia importante durante o secundamento:

A

Retenção placentária e inversão uterina aguda.

111
Q

Causas de hemorragia importante durante o período de Greenberg:

A

Hipotonia uterina e lacerações do trajeto.

112
Q

Causas de hemorragia importante durante o puerpério:

A

Retos placentários, infecções e coagulopatias.

113
Q

QUATRO principais causas de hemorragia puerperal:

A

4T!

  1. Atonia uterina (tônus)
  2. Lacerações de trajeto (trauma)
  3. Retenção placentária ou de fragmentos (tecido)
  4. Coagulopatia (trombo)
114
Q

Cite 5 principais fatores de risco para hemorragia puerperal:

A
  • Gemelaridade
  • Polidramnia
  • Mioma
  • Corioamnionite
  • Trabalho de parto muito rápido ou muito lento
115
Q

Conduta após a expulsão fetal, ainda antes da dequitadura, que previne hemorragia puerperal:

A

Ocitocina 10U IM.

116
Q

Principal causa de hemorragia e choque hipovolêmico após o secundamento e que também é uma das principais indicações de histerectomia pós-parto:

A

Atonia uterina.

117
Q

O miométrio perfundido por sangue é um fator de risco para atonia uterina. Qual é o epônimo?

A

Útero de Covelaire.

118
Q

O diagnóstico de atonia uterina pós-parto é clínico e, ao exame, o útero se encontra:

A

Subinvoluído, acima da cicatriz umbilical, flácido e depressível.

119
Q

Conduta inicial na atonia uterina:

A
  1. Infusão rápida de 2-3L de SF 0,9% ou ringer lactato.
  2. Cateter vesical de demora para controle de diurese
  3. Reserva de hemoderivados
  4. Massagem do fundo uterino*

OBS: Manobra de Hamilton = uma mão massageando o FU e a outra cerrada por via vaginal comprimindo a parede anterior uterina.

120
Q

Tratamento farmacológico de primeira linha na atonia uterina:

A

Ocitocina IV.

Outras opções: metilergonovina (não usar em hipertensas/cardiopatas) e misoprostol VO ou retal.

121
Q

Em caso de falha nas medidas gerais e farmacológicas para atonia uterina, quais as condutas possíveis em sequência?

A
  1. Suturas de B-Lynch
  2. Ligadura das artérias uterinas
  3. Ligadura das artérias hipogástricas
  4. Embolização seletiva das uterinas
  5. Histerectomia
122
Q

Segunda maior causa de hemorragia puerperal precoce:

A

Lacerações do trajeto

123
Q

Condutas na retenção placentária:

A

Infusão de ocitócitos + retirada da placenta*.

  • Métodos:
    1. Manobra de Credé (compressão do FU. Deve haver cateterismo vesical!)
    2. Extração manual (também chamada de curagem)
    3. Curetagem

OBS: Tração CONTROLADA do cordão.

124
Q

Tração exagerada do cordão pode causar qual complicação antes do secundamento?

A

Inversão uterina aguda!

125
Q

3 condições clássicas para diagnóstico de inversão uterina aguda:

A
  1. Fuga da matriz uterina na palpação abdominal
  2. Choque
  3. Hemorragia

OBS: Dor aguda!

126
Q

Conduta na inversão uterina aguda:

A

Manobra de Taxe (“empurra pra dentro”).

Se insucesso, laparotomia + procedimento de Huntington (pinçamento e tração do FU).

127
Q

Definição objetiva de infecção ou morbidade febril puerperal:

A

Tax ≥ 38ºC por mais de 48h, do 2º ao 10º pós-parto.

OBS: No 1º dia é esperado (REMT)…

128
Q

A maioria dos casos de infecção puerperal está relacionada à infecção do:

A

Trato genital inferior.

129
Q

Causa clínica mais frequente de infecção puerperal:

A

Endometrite.

130
Q

Cite 4 causas de morbidade febril do puerpério:

A
  1. Infecção do útero e anexos
  2. Infecção da ferida operatória
  3. Infecção da mama
  4. Infecção em outros sítios (ITU…)
131
Q

Fator de risco isolado mais importante para infecção puerperal:

A

Cesariana!

Outros: RPMO, anemia, desnutrição…

132
Q

Condutas profiláticas para infecções puerperais:

A
  1. ATB pré-cesárea (ou após clampeamento do cordão)
  2. Manter integridade da bolsa
  3. Diminuir número de toques vaginais
  4. Assepsia adequada
133
Q

A endometrite puerperal surge comumente em que período?

A

4º-5º dia de pós-parto.

134
Q

Clínica da endometrite puerperal:

A

Utero amolecido + subinvoluído + doloroso.

Tríade de Bumm!

135
Q

Tratamento da endometrite puerperal:

A

Clindamicina + gentamicina por até 72h sem febre e sintomas.

OBS: Pode associar ampicilina em caso de sepse ou suspeita de infecção enterecócica.

136
Q

Endometrite que surge após 10 dias de parto. Pensar em qual agente infeccioso?

A

Chlamydia.

137
Q

Endometrite puerperal que não melhora com ATB. Em que devemos pensar?

A

Abscesso. Fazer USG transvaginal.

OBS: Drenar!

138
Q

Endometrite puerperal que não melhorou ATB. Não há evidência de abscessos. Pensar em qual diagnóstico?

A

Tromboflebite pélvica séptica (diagnóstico de exclusão).

Prova terapêutica com heparina (HNF ou, preferencialmente, enoxaparina).

139
Q

A apojadura acontece em qual período?

A

1º a 3º dia pós-parto (mais comum em torno do 3º dia).

140
Q

Principal agente da mastite aguda puerperal:

A

S. aureus.

Outros: GBS e S. epidermidis.

141
Q

Fatores de risco para mastite puerperal:

A
Primiparidade
Idade < 25 anos
Ingurgitamento mamário
Fissura mamilar
Má higiene
142
Q

Tratamento da mastite puerperal aguda:

A

Analgésicos e antitérmicos
Suspensão adequada das mamas
Esvaziamento completo da mama afetada (evitar estase)
ATB: cefalexina (7-14 dias).

OBS: Corrigir pega inadequada!

143
Q

A gestante pode amamentar em caso de abscesso mamário?

A

Sim! Exceto em caso de drenagem purulenta espontânea pela papila ou incisão cirúrgica muito próxima ao mamilo.

144
Q

O abscesso subareolar recidivante está relacionado ao:

A

Tabagismo.

145
Q

Como diferenciar a disforia pós-parto (blue syndrome) da depressão pós-parto?

A

Na disforia: Mãe gosta do RN e quer amamentar.

146
Q

A disforia pós-parto caracteriza-se por alterações transitórias do humor, benignas e autolimitadas. Surge geralmente no 3º dia pós-parto, podendo durar até o 14º dia, quando desaparece espontaneamente.

V ou F?

A

Verdadeiro.

147
Q

Definição de depressão-pós parto:

A

Depressão maior que ocorre em até 4 semanas pós-parto.

148
Q

Principais fatores de risco para depressão pós-parto:

A

História de depressão ou ansiedade durante a gravidez
Eventos traumáticos durante a gravidez
Pouco suporte social
Transtornos de humor prévios à gravidez

149
Q

Cite alguns fármacos contraindicados durante amamentação:

A
Amiodarona
Bromocriptina
Ciclofosfamida
Danazol
Tamoxifeno
150
Q

Cite alguns fármacos que devem ser usados com cautela durante amamentação:

A
Clopidogrel
Cloranfenicol
Colchicina
Lítio
Levodopa
Nitratos
Pirimetamina
Prazosin