Sangramentos na Gestação Flashcards

1
Q

Causas de sangramento na 1ª metade da gestação (< 20 semanas)?

A
  1. Abortamento
  2. Doença trofoblástica gestacional
  3. Gravidez ectópica
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2
Q

Abortamento com colo aberto…

A

IIIh…

  1. Incompleto
  2. Infectado
  3. Inevitável
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3
Q

Abortamento com colo fechado…

A

CAR…

  1. Completo
  2. Ameaça
  3. Retido
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4
Q

Esvaziamento uterino até 12 semanas…

A

AMIU (preferência) ou curetagem.

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5
Q

Esvaziamento uterino com mais de 12 semanas…

A

Com feto: misoprostol e, se precisar, curetagem.

Sem feto: curetagem.

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6
Q

Abortamentos provocados permitidos no Brasil…

A
  1. Estupro (até 20 semanas)
  2. Anencefalia (a partir de 12 semanas)
  3. Risco à vida da mãe

OBS: Repare que, nos casos de anencefalia e risco à vida da mãe, a interrupção da gravidez é permitida a qualquer momento.

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7
Q

Causas de abortamento habitual

A
  1. Incompetência istmo-cervical
  2. SAAF
  3. Insuficiência do corpo lúteo
  4. Malformação uterina (septo)

OBS: Estudos indicam que a causa mais comum, assim como no abortamento esporádico, a aneuplodia (especialmente se idade > 35 anos).

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8
Q

Paciente jovem grávida com cólica leve e sangramento vaginal de pequena intensidade. Colo fechado. Hipótese e conduta:

A

Ameaça de abortamento. Útero deve estar compatível com IG e viabilidade ovular preservada.

Conduta:

  1. Antiespasmódico
  2. Abstinência sexual
  3. Repouso relativo
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9
Q

Sangramento vaginal, cólicas progressivamente piores e colo aberto. Se não houve expulsão de material pelo colo, qual o diagnóstico?

A

Abortamento inevitável.

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10
Q

Uma paciente com abortamento incompleto geralmente se apresenta com o colo aberto, mas pode estar fechado. Como diferenciar este quadro do abortamento completo?

A

USG transvaginal.

Presença de restos ovulares (endométrio > 15mm) = incompleto.

Espessura endometrial < 15mm = completo.

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11
Q

Paciente nota regressão dos sintomas iniciais da gravidez e o volume uterino não aumentou nas últimas duas semanas. IG: 7 semanas. Hipótese e conduta?

A

Abortamento retido. USG para avaliar presença do embrião e BCF.

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12
Q

Contraindicações absolutas ao uso de misoprostol:

A

Gestação ectópica
DTG
Alto risco de rotura uterina
DIU

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13
Q

Causa mais comum de abortamento?

A

Trissomias (dentre elas, a trissomia do 16)

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14
Q

Algo para não se esquecer em caso de abortamento em gestantes Rh-…

A

Imunoglobulina anti-D 300 mcg IM

Obs: na ameaça, não há evidências, mas alguns recomendam.

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15
Q

Conduta frente à perfuração uterina durante curetagem?

A
  1. Parar procedimento
  2. Ocitocina IV
  3. Laparotomia*

*Somente se irritação peritoneal por acometimento de alça intestinal ou instabilidade hemodinâmica.

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16
Q

Características do abortamento por incompetência istmocervical…

A
  • Tardio (> 16 semanas)
  • Dilatação indolor do colo
  • Colo curto
  • Feto vivo e morfologicamente normal
  • História de perdas gestacionais cada vez mais precoces ou prematuridade
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17
Q

Cite 2 técnicas de cerclagem na IIC.

A

Durante a gravidez: McDonald.

Fora da gravidez: Lash.

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18
Q

Cite os critérios clínicos para diagnóstico de SAAF.

A
  1. Trombose comprovada
  2. Morte intrauterina após 10 semanas com feto normal
  3. Partos prematuros < 34 semanas, decorrentes de eclâmpsia, pré-eclâmpsia ou insuficiência placentária
  4. Abortamento habitual com < 10 semanas (feto normal)
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19
Q

Diagnóstico de SAAF…

A

1 critério clínico + 1 critério laboratorial

Cd: AAS + heparina (HNF/HBPM)

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20
Q

Critérios laboratoriais para diagnóstico de SAAF:

A

Anticardiolipina
Anticorpo anticoagulante lúpico
Antibeta-2-glicoproteína 1

Em todos os casos, confirmar com duas dosagens (espaçamento de 12 semanas).

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21
Q

Local mais comum de gestação ectópica. Especifique.

A

Tubária. Região ampular.

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22
Q

Principal causa de prenhez ectópica?

A

DIP.

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23
Q

Qual a localização de gestação ectópica que mais rompe?

A

Porção ístmica da trompa.

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24
Q

Mulher em idade fértil com atraso menstrual, sangramento vaginal discreto, dor abdominal, útero pequeno, massa anexial palpável com defesa abdominal e grito de Douglas (sinal de Proust). Obrigatoriamente, pensar em…

A

Gestação ectópica.

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25
Q

Cite 3 diagnósticos diferenciais da gestação ectópica.

A
Apendicite 
DIP
Torção de cisto ovariano
Abortamento
Endometriose
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26
Q

Como confirmar o diagnóstico de gestação ectópica?

A

Quadro clínico + beta-HCG > 1500 + USG não visualiza SG intraútero.

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27
Q

Quando é possível visualizar SG na USGTV?

A

4 semanas
5 semanas já tem vesícula vitelínica
6-7 semanas já tem embrião e BCF

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28
Q

A partir de qual tamanho de SG, obrigatoriamente, veremos embrião?

A

25 mm.

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29
Q

Diga o nome dado à reação decidual consequente à hipertrofia das glândulas secretoras endometriais causada pelo estímulo hormonal da prenhez ectópica a qual pode ser responsável pelo sangramento discreto…

A

Reação de Arias-Stella

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30
Q

Conduta na gestação ectópica rota?

A
  • Instável: laparotomia com salpingectomia

- Estável: laparoscopia com salpingectomia

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31
Q

Conduta na gestação ectópica não rota?

A
  • Medicamentoso (MTX): SG < 3,5-4 cm, beta-HCG < 5000, BCF ausente.

OU

  • Cirúrgico conservador (salpingostomia laparoscópica)
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32
Q

Gestação ectópica tratada com MTX IM. Como acompanhar?

A

Dosar beta-HCG no D4 e D7 após administração.

  • Deve cair pelo menos 15% (máximo 3 tentativas)
  • Após queda, fazer semanalmente até negativar
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33
Q

Paciente em tratamento medicamentoso com MTX para prenhez ectópica desenvolve dor abdominal aguda após alguns dias? Rompeu?

A

Não necessariamente. Pode ocorrer após MTX (necrose do sítio de implantação).

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34
Q

Exame padrão-ouro para gestação ectópica?

A

Laparoscopia.

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35
Q

Cite os 5 tipos de DTG.

A

Benignas:

  • Mola hidatiforme completa
  • Mola hidatiforme incompleta

Malignas:

  • Mola invasora (corioadenoma destruens)
  • Coriocarcinoma
  • Tumor trofoblástico do sítio placentário
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36
Q

Principais características clínicas e ultrassonográficas da mola hidatiforme completa.

A
  • Sangramento que “amola”, progressivo, em “suco de ameixa”, com vesículas
  • Útero maior do que esperado, em “sanfona”
  • β-HCG muito elevado
  • Hiperêmese gravídica
  • Pré-eclâmpsia precoce
  • USG: flocos de neve
  • Cistos tecaluteínicos bilaterais
  • Hipertireoidismo
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37
Q

Qual mola é diploide (46 XX / XY)?

A

COMPLETA.

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38
Q

Quais exames pedir em um caso de mola hidatiforme?

A
  1. USG
  2. β-HCG
  3. Rx de tórax
  4. HC + coagulograma + tipagem
  5. Funções renal e hepática
  6. TSH e T4 livre
  7. Fundo de olho
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39
Q

Como tratar a mola?

A

Esvaziamento uterino (vacuoaspiração é procedimento de eleição)

OBS: Histerectomia? Deixe os anexos lá!

  • Prole completa
  • > 40 anos
  • Hemorragias incoercíveis
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40
Q

Como é realizado o controle de cura da mola?

A

beta-HCG semanalmente* até 3 resultados negativos. Em seguida, manter mensalmente, por 6 meses.

*USP-SP: quinzenalmente

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41
Q

Qual orientação específica devemos fazer no seguimento de paciente tratada para mola?

A

Anticoncepção (ACO)
OBS: Exceto DIU!

Motivo: nova gestação atrapalharia dosagens de beta-HCG.

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42
Q

Dados que sugerem malignização no seguimento da mola?

A
  1. Aumento do beta-HCG > 10% em 3 dosagens (2 semanas)
  2. 4 dosagens em platô (3 semanas)
  3. Metástases
  4. USG com imagem em “olho de coruja”
  5. Ausência de negativação em 6 meses (questionável)

Cd: QT (poli x mono)

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43
Q

Qual a DTG maligna mais comum?

A

Mola invasora (corioadenoma destruens)

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44
Q

Qual mola hidatiforme mais maligniza?

A

Completa (20%).

Dica: a mola completa é mais “bizarra” que a incompleta. Maligniza mais, não possui feto e se associa mais à hipertireoidismo, eliminação de vesículas e cistos tecaluteínicos.

Obs: Incompleta 5%.

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45
Q

DTG maligna que surge após gestação não molar…

A

Coriocarcinoma

Lembrar: pode surgir após gestação molar, não molar e ectópica.

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46
Q

Na DTG maligna, quais os 3 principais sítios de metástases, em ordem decrescente de frequência?

A

PVP…

  1. Pulmões (80%)
  2. Vagina (30%)
  3. Pelve (20%)
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47
Q

Qual DTG maligna mais agressiva?

A

Tumor trofoblástico do sítio placentário.

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48
Q

Em relação ao sistema Rhesus, o que significa a variante Du?

A

Expressão fenotípica fraca do antígeno D (Rh- que se comporta como Rh+ e, consequentemente, não produz anti-D)

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49
Q

Explique a fisiopatologia da hidropsia fetal na incompatibilidade maternofetal do tipo Rh.

A

Hemólise grave → anemia → hematopoiese extramedular (fígado) + hipercinesia → disfunção hepatocelular + falência miocárdica → ICC + hipertensão portal + hipoproteinemia.

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50
Q

Qual manifestação grave, além da hidropsia fetal, ocorre na incompatibilidade Rh maternofetal?

A

Kernicterus.

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51
Q

Pré-natal de mãe Rh- e pai Rh+ com Coombs indireto inicial negativo. O que fazer?

A

Repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas + pós-parto imediato (além do Coombs direto e Rh do RN).

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52
Q

Pré-natal de mãe Rh- e pai Rh+ com Coombs indireto positivo. O que fazer?

A

Avaliar titulação:
< 1:16: repetir mensalmente até o parto
≥ 1:16: pesquisar hemólise fetal

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53
Q

Como avaliar o grau de anemia fetal?

A

Método não invasivo: dopplerfluxometria da ACM com 20-24 semanas.

      - Vmax pico sistólico entre mediana e 1,5 MoM: repetir em 5-10 dias.
      - Vmax pico sistólico > 1,5 MoM: cordocentese.

Método invasivo: amniocentese ou cordocentese (padrão-ouro).

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54
Q

Mãe Rh- e pai Rh+ cuja investigação de anemia fetal foi positiva. Conduta?

A

< 34 semanas ou grave (hidropsia, Hb<10, Hto<30%): TIU (cordocentese).

> 34 semanas: parto.

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55
Q

Qual sangue deve ser utilizado na TIU pela cordocentese? Qual objetivo terapêutico?

A

Sangue: O-
Objetivo: Hto 40-45%

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56
Q

RN acometido pela DHPN. Cite as indicações de exsanguineotransfusão.

A
  1. Hb < 12 no cordão
  2. Bilirrubina > 4-5 no cordão
  3. Aumento de bilirrubina > 0,5 em 12h
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57
Q

Cite as indicações de imunoglobulina anti-D, frente à mãe Rh- e pai Rh+.

A
  1. 28 semanas de gestação
  2. 72h pós-parto
  3. Hemorragia durante gestação
  4. Procedimento invasivo

Lembrar: não adianta em Coombs indireto +.

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58
Q

Como avaliar se dose de Ig anti-D foi efetiva, posto que 10 mcg de Ig neutraliza 1 ml de sangue fetal?

Obs: Dose de Ig utilizada é 300 mcg (para 30 ml de sangue fetal).

A
  1. Coombs indireto + que negativa em cerca de 3 meses.

2. Teste de Kleihauer-Betke negativo (hemácias fetais no sangue da mãe).

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59
Q

A incompatibilidade maternofetal do tipo ABO requer exposição prévia da mãe a sangue A, B ou AB.

Certo ou errado?

A

Errado. Anti-A ou Anti-B já são encontrados no organismo materno.

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60
Q

A incompatibilidade ABO produz proteção parcial contra isoimunização Rh?

A

Sim! Hemácias incompatíveis são rapidamente destruídas antes de estimularem o sistema imunológico materno.

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61
Q

Quais as principais causas de sangramento na segunda metade da gestação?

A

Placenta prévia
Descolamento prematuro de placenta
Roturas (uterina, vasa prévia, seio marginal)

62
Q

Defina placenta prévia.

A

Implantação heterotópica sobre o orifício cervical interno, cobrindo-o total ou parcialmente, ou avizinhando-se deste (margem placentária a menor de 5cm do OI).

63
Q

A partir de quantas semanas podemos diagnosticar PP?

A

28 semanas (placenta “migra” ao longo da gestação).

64
Q

Classificação da placenta prévia…

A
  • Total
  • Parcial
  • Marginal
65
Q

Qual o quadro clínico esperado para placenta PRÉVIA?

A

Sangramento:

  • Progressivo
  • Repetição
  • Espontâneo
  • Vermelho rutilante
  • Indolor
  • Ausência de hipertonia ou SFA
66
Q

O exame físico abdominal na PP, além de demonstrar tônus uterino normal, pode evidenciar também…

A

Estática fetal alterada (apresentações anômalas pela interposição da placenta entre a cabeça e o andar superior da bacia).

67
Q

Na suspeita de placenta prévia, o toque vaginal está indicado?

A

NÃO, até se conhecer localização da placenta, pois pode desencadear sangramento importante.

68
Q

Para o diagnóstico de placenta prévia devemos realizar:

A
  1. Anamnese (fatores de risco) + exame físico (mãe + feto)
  2. Laboratório (Hto, Hb, TS ABO e Rh, coagulograma)
  3. USG (TV ou TA)
  4. Pesquisar acretismo (Doppler ou RNM)
69
Q

Principais fatores de risco para placenta prévia:

A
  • Cesariana prévia
  • Intervenções uterinas anteriores (miomectomia, curetagem)
  • Idade > 35 anos
  • Tabagismo
  • Multiparidade
  • Situações de sobredistensão uterina (gemelaridade, hidropsia fetal…)
70
Q

E qual a vida de parto na PP?

A

TOTAL: cesária.
PARCIAL: cesária, na maioria.
MARGINAL: pode permitir vaginal. Exceção: sangramento intenso.

71
Q

Caso se opte pelo parto vaginal em uma placenta prévia marginal, qual conduta é imprescindível?

A

Amniotomia (induz descida da apresentação e reduz sangramento) = método de Puzos.

72
Q

Conduta em uma gestante com placenta prévia?

A

Hemorragia importante (instabilidade hemodinâmica)?

  • Sim: parto.
  • Não: avaliar IG
    - A termo: parto
    - Pré-termo: expectante (CT +/- tocolíticos)
73
Q

Complicação clássica da placenta prévia:

A

Acretismo placentário.

Outras: apresentações anômalas, atonia pós-parto e hemorragia, infecção puerperal…

74
Q

Classifique o acretismo placentário e indique sua conduta.

A
  1. Acreta: até esponjosa do endométrio.
  2. Increta: até miométrio.
  3. Percreta: alcança a serosa (pode perfurar).

A conduta, via de regra, é histerectomia-cesárea. A extração manual da placenta está associada à risco maior de sangramento. Pode-se aguardar secundamento espontâneo se estabilidade hemodinâmica.

75
Q

Principal complicação do acretismo placentário?

A

Sangramento.

76
Q

Como fazer o diagnóstico de acretismo placentário durante o pré-natal?

A

Suspeita clínica: Placenta prévia + cesariana anterior.

Exames: USG +- RNM.

77
Q

Classificação de DPP segundo Sher:

A

Grau 1 (leve): sangramento vaginal sem dor e vitalidade fetal preservada.
Grau 2 (intermediário): sangramento vaginal moderado, hipertonia uterina, SFA.
Grau 3 (grave): óbito fetal
- A: sem coagulopatia
- B: com coagulopatia

Obs: há uma classificação em que o Grau 0 seria assintomático!

78
Q

Cite os 5 fatores de risco para DPP e sinalize o principal.

A
  1. HAS*
  2. Trauma
  3. Sobredistensão uterina (gemelaridade, polidramnia…)
  4. Drogas (tabagismo, cocaína)
  5. Idade > 35 anos
79
Q

Qual tamanho do descolamento placentário que determina, inevitavelmente, o óbito fetal no DPP?

A

Deslocamento > 50%.

80
Q

É correto afirmar que DPP, sendo causa importante de hemorragia da segunda metade, sempre exterioriza sangramento?

A

NÃO! 20% dos casos cursam com hemorragia oculta (hematoma retroplacentário).

81
Q

Cite 2 achados que sugerem fortemente DPP.

A

HAS + hipertonia.

82
Q

Defina útero de Couvelaire e sua principal consequência.

A

Apoplexia uteroplacentária (desorganização da citoarquitetura das fibras musculares do miométrio em virtude de infiltração sanguínea).

Consequência: hipotonia no pós-parto.

83
Q

Gestante de 39 anos, gemelar, IG 33 semanas, HAS crônica, tabagista e portadora de TUS (cocaína), relata sangramento vermelho escuro de moderada intensidade associado à dor abdominal com hipertonia uterina. CTG evidencia sofrimento fetal agudo. Diagnóstico é:

A

Descolamento prematuro de placenta.

84
Q

O que é o pulso paradoxal de Boero?

A

FC normal mesmo em vigência de perda sanguínea de vulto (gestante demora mais a apresentar sinais de instabilidade hemodinâmica). Ocorre nas fases iniciais de DPP.

85
Q

Qual exame solicitamos para confirmar diagnóstico de DPP?

A

Nenhum! Diagnóstico é clínico.

Eventualmente, solicita-se USG para DDx de PP.

86
Q

Já que o diagnóstico de DPP é clínico, então, nenhum exame é solicitado?

A

Solicita-se laboratório para avaliar complicações (anemia, choque hipovolêmico, discrasia sanguínea), além de TS/Rh e rotina para doença hipertensiva.

87
Q

Cite o exame laboratorial fundamental na abordagem do DPP.

A

Coagulograma.

Na ausência deste, teste de Weiner.

88
Q

Como funciona a leitura do teste de Weiner?

A

8 ml de sangue a 37ºC.

- Coágulo em 5-10 min que permanece firme nos 15 min seguintes = ausência distúrbios da coagulação.

89
Q

Conduta no CPP:

A

Parto iminente: vaginal.
Parto não iminente: cesária.

Mas, em geral:

Feto vivo: cesária.
Feto morto: vaginal.

Não se esquecer: sempre realizar amniotomia.

90
Q

Complicações do DPP?

A
  1. Útero de Couvelaire
  2. Síndrome de Sheehan
  3. Choque hipovolêmico
  4. CIVD
  5. IRA
91
Q

Qual sinal mais preococe da síndrome de Sheehan?

A

Agalactia ainda na maternidade.

92
Q

Conduta frente a um útero de Couvelaire?

A

Massagem + ocitocina +/- misoprostol retal.
Não? Rafia de B-Lynch
Não? Ligadura hipogástrica / uterina
Não? Histerectomia.

93
Q

Cite os fatores de risco para rotura uterina.

A
  1. Cirurgia uterina (cesária*…)
  2. Indução de parto*
  3. Sobredistensão uterina (gemelar, polidramnia)
  4. Parto obstruído
  5. Malformação uterina
  6. Kristeller

*merecem destaques

94
Q

Difencia rotura uterina incompleta da completa.

A

Incompleta preserva serosa (deiscência de cicatriz uterina).

Completa rompe toda a parede.

95
Q

Como se apresenta a gestante com rotura uterina?

A
  • Dor aguda e intensa que alivia
  • Parada súbita da contração uterina
  • Sangramento vaginal
  • Subida da apresentação (sinal de Reasens)
  • Enfisema subcutâneo (sinal de Clark)
  • SFA
  • Fácil palpação de partes fetais
96
Q

Principais sinais de iminência de rotura uterina?

A

Sinal de Bandl: distensão do segmento inferior com uma faixa infraumbilical.

Sinal de Frommer: estiramento dos ligamentos redondos.

Além de contrações intensas e vigorosas com alteração da FC fetal.

97
Q

Conduta frente a um caso de iminência de rotura uterina ou rotura consumada:

A

Iminência: cesária

Consumada: cesária + histerorrafia/histerectomia

98
Q

Quais são as contraindicações absolutas à indução de parto em pacientes com cesariana prévia?

A

Incisão corporal
Sem informações sobre vitalidade fetal
Apresentações anômalas
Qualquer contraindicação ao parto vaginal (PP total, múltiplas incisões uterinas, DCP)

99
Q

Qual o principal fator de risco para rotura de vasa prévia?

A

Inserção velamentosa do funículo umbilical.

Outros: placentas bilobadas, placenta sucenturiada (acessório), inserção marginal do cordão.

100
Q

Mãe bem, feto bem, pré-natal bem, obstetra bem… na amniotomia durante parto, ocorre sangramento de grande intensidade seguido de sofrimento fetal agudo. Hipótese?

A

Rotura de vasa prévia.

101
Q

Há como se prevenir da rotura de vasa prévia? Quando pesquisar?

A

Dopplerfluxometria colorida em:

  • Placentação baixa
  • Placenta bilobada
  • Placenta suscenturiada
  • Gravidez fruto de técnica assistida
102
Q

Qual único sangramento da segunda metade da gestação que possui origem exclusivamente fetal?

A

Rotura de vasa prévia.

103
Q

Na rotura de vasa prévia, qual vaso acometido possui pior prognóstico? Veia ou artéria umbilical?

A

VEIA (morte é quase imediata).

104
Q

Qual a melhor conduta terapêutica na rotura de vasa prévia?

A

Não existe! Idealmente, interrupção eletiva por via alta a partir de 36 semanas, quando constatado no PN.

105
Q

Como confirmar o diagnóstico de rotura de seio marginal?

A

Histopatológico.

106
Q

Sangramento periparto, indolor, pequena monta, vermelho vivo, tônus uterino normal, feto bem. Aventada hipótese de PP e, assim, realizado USG o qual evidenciou placenta normoposicionada. Diagnóstico?

A

Rotura de seio marginal.

108
Q

Abortamento infectado. Qual antibioticoterapia?

A

Clindamicina + gentamicina por 7-10 dias.

Obs: alguns autores dizem que após 48h sem febre e em bom estado geral, pode-se dar alta hospitalar SEM antibióticos.

109
Q

Conduta na incompetência istmocervical:

A

Cerclagem 12-16 semanas.

110
Q

Contraindicações à cerclagem:

A

Dilatação do colo > 4 cm
RPMO
Infecção cervical ou vaginal purulenta
IG > 24 semanas (avaliar individualmente)

111
Q

Perda fetal recorrente, perda inexplicável no 2º ou 3º trimestre e início precoce de pré-eclâmpsia grave podem sugerir…

A

SAF.

112
Q

Gestante com anticorpos da SAF elevados mas sem outros sinais clínicos da doença. Conduta?

A

AAS em baixas doses (100mg/dia).

113
Q

Gestante com SAF diagnosticada por eventos obstétricos, isto é, sem documentação de trombose, deve ser tratada com:

A

AAS e heparina em doses PROFILÁTICAS.

114
Q

Gestante com SAF diagnosticada por história de trombose e anticorpos. Conduta medicamentosa:

A

AAS + HNF ou enoxaparina em doses TERAPÊUTICAS.

115
Q

Qual artigo do código penal garante que o profissional que realiza abortamento em caso de estupro não pode ser penalizado se houver comprovação que a gravidez não foi resultado de violência sexual?

A

Artigo 20.

116
Q

Paciente de 15 anos deseja realizar a interrupção de gestação que diz ser fruto de estupro realizado há 15 semanas. Conduta?

A

É necessária a representação legal dos pais (idade < 16 anos).

117
Q

Paciente solicita abortamento para gravidez que relata ser fruto de violência sexual há 16 semanas. A USG estima idade gestacional de 21 semanas. Qual a conduta médica?

A

Realizar o abortamento, pois é permitido, neste caso, até 20 semanas de IG e a USG nessa fase tem uma margem de erro de 10 dias.

118
Q

Quais exames solicitar em casos de violência sexual?

A

Sorologia para sífilis, HIV e hepatites B/C
Tipagem sanguínea/fator Rh
USG para confirmar IG

119
Q

O diagnóstico de anencefalia pela USG só pode ser feito a partir de…

A

12 semanas.

120
Q

Mulher com dor abdominal, atraso menstrual e massa anexial palpável. Sempre afastar…

A

Gestação ectópica.

121
Q

O sangramento é um sinal de grande sensibilidade para o diagnóstico de gestação ectópica. V ou F?

A

Falso. Em até 50% dos casos pode estar ausente.

122
Q

A maior parte dos casos de gestação ectópica tubária rompem. V ou F?

A

Falso. Apenas 30%.

123
Q

O que é o sinal de Proust?

A

Dor à mobilização do colo uterino + abaulamento e dor no fundo de saco de Douglas.

124
Q

O que é o sinal de Laffon? Se estivesse presente em uma paciente jovem com dor abdominal, que diagnóstico deve ser pesquisado?

A

Dor no ombro devido à irritação do nervo frênico. Gestação ectópica.

125
Q

hCG de 2500 + ausência de saco gestacional intrauterino à USG abdominal. Conduta?

A

Realizar USG transvaginal, que obrigatoriamente deve demonstrar SG intrauterino (caso contrário, é gestação ectópica).

Para USG abdominal, o valor limítrofe para visualização de SG é 6000-6500 mUI/ml.

126
Q

USG característica da gestação ectópica:

A

Imagem cística anexial com halo hiperecogênico
+
Espessamento endometrial (reação de Arias-Stella)
+
Líquido livre em fundo de saco (ruptura…)

127
Q

Paciente jovem com dor abdominal e sangramento vaginal intenso. β-hCG 3.500 mUI/ml. Se sua hipótese for gestação ectópica, qual localidade é mais provável?

A

Ectópica cervical. O sangramento vaginal da gestação tubária não é tão intenso.

128
Q

Toxemia gravídica antes de 24 semanas. Sempre afastar…

A

Doença trofoblástica gestacional.

129
Q

Cariótipo da mola incompleta:

A

TRIPLOIDE. 69 XXY, 69 XYY ou 69 XXX.

Resultado de dispermia, com material paterno e materno.

130
Q

Qual mola pode conter feto?

A

Incompleta. A completa possui material apenas paterno (“ovócito vazio”).

131
Q

Como abordar os cistos ovarianos em quadros de mola?

A

Não abordar. Eles regridem espontaneamente pois são fruto de hiperstimulação ovariana pelo β-hCG (que espera-se que decaia após o esvaziamento uterino).

132
Q

A eliminação de vesículas é sinal patognomônico de qual forma de mola?

A

Completa.

133
Q

Doença trofoblástica com baixos níveis de β-hCG…

A

Tumor trofoblástico do sítio placentário. Dosar lactogênio placentário (estará elevado).

134
Q

Por que não há doença hemolítica na primeira gestação de feto Rh positivo por mãe Rh negativo?

A

Porque a doença se estabelece pela produção de anticorpos capazes de atravessar a barreira placentária, isto é, da classe IgG. Isto só ocorre na resposta imunológica secundária (amnéstica), geralmente no segundo contato do sangue fetal com sangue materno (segunda gravidez).

135
Q

O que o teste de Coombs indireto identifica?

A

Anticorpos IgG livres no plasma materno.

136
Q

Para fins práticos, quais são os 3 parâmetros para definir a conduta na placenta prévia?

A
  • Idade gestacional
  • Intensidade do sangramento
  • Tipo de inserção viciosa da placenta
137
Q

O achado de neoformação vascular entre o útero e a bexiga em uma gestante com placenta prévia sugere:

A

Acretismo placentário (percreta).

138
Q

Qual é o achado ultrassonográfico característico de acretismo placentário?

A

Perda do espaço hipoecoico retroplacentário (que representa o miométrio), fazendo com que a placenta apareça contígua à parede vesical.

139
Q

Sabemos que o diagnóstico pré-natal de acretismo placentário é difícil. Quais achados dopplerfluxométricos sugerem o quadro?

A
  • Fluxo lacunar placentário intraparenquimatoso focal e difuso
  • Hipervascularização da bexiga (serosa uterina)
  • Perda de sinais vasculares subplacentários
140
Q

Placenta acreta pode ser definida como:

A

Qualquer implantação placentária anormalmente firme à parede uterina.

141
Q

Gestante com 37 semanas se apresenta com história de dois episódios hemorrágicos vaginais no último mês, dos quais o segundo foi mais intenso. Também relata urina avermelhada. Está hemodinamicamente estável.

Qual é a principal hipótese para o quadro e a conduta para a mesma?

A

Placenta prévia com acretismo placentário (invasão vesical). USG (com doppler) +- RNM para confirmar.

A conduta é realizar o parto (cesáreo) + histerectomia total abdominal.

142
Q

Gestante com 37 semanas se apresenta com história de dois episódios hemorrágicos vaginais no último mês, dos quais o segundo foi mais intenso. Também relata urina avermelhada. Está hemodinamicamente estável.

Qual é a principal hipótese para o quadro e a conduta para a mesma?

A

Placenta prévia com acretismo placentário (invasão vesical). USG (com doppler) +- RNM para confirmar.

A conduta é realizar o parto (cesáreo) + histerectomia total abdominal.

OBS: Não descolar a placenta manualmente!

143
Q

Muitos fatores de risco são comuns à placenta prévia e o descolamento prematuro de placenta. Cite dois fatores mais específicos de cada uma das duas condições.

A

Placenta prévia: cesariana anterior e multiparidade.

DPP: HAS e trauma.

144
Q

Qual a principal causa de óbito perinatal?

A

Descolamento prematuro de placenta.

145
Q

No descolamento prematuro de placenta, pode ocorrer incoagulabilidade sanguínea. Por que?

A

Lesão tecidual → liberação de tromboplastina (passa para a circulação materna → CIVD + ativação da fibrinólise → Trombocitopenia + queda do fibrinogênio.

146
Q

Dois fatores contribuem para a hipertonia uterina no DPP. Quais?

A

Taquissistolia e hipertonia autêntica (irritação do miométrio pelo sangue infiltrado).

147
Q

Quais as vantagens de realizar amniotomia no DPP?

A
  1. Descompressão do hematoma retroplacentário.
  2. Redução da passagem de tromboplastina para a circulação materna.
  3. Exteriorização do hemoâmnio para melhor avaliação de perda sanguínea.
148
Q

No diagnóstico diferencial entre DPP e placenta prévia, sinais de anemia grave que NÃO tem relação com perdas sanguíneas exteriorizadas sugerem:

A

DPP.

149
Q

Entre DPP e placenta prévia, em qual caso a amniotomia diminui a hemorragia externa?

A

Placenta prévia.

150
Q

Entre DPP e placenta prévia, a USG pode ser normal no(a) ___.

A

Entre DPP e placenta prévia, a USG pode ser normal no(a) DPP.

151
Q

DPP x Placenta prévia. A metrossístole aumenta a hemorragia no(a):

A

Placenta prévia.

152
Q

A partir de qual tamanho do embrião é obrigatório haver BCF?

A

5 mm.