Sangramentos na Gestação Flashcards
Causas de sangramento na 1ª metade da gestação (< 20 semanas)?
- Abortamento
- Doença trofoblástica gestacional
- Gravidez ectópica
Abortamento com colo aberto…
IIIh…
- Incompleto
- Infectado
- Inevitável
Abortamento com colo fechado…
CAR…
- Completo
- Ameaça
- Retido
Esvaziamento uterino até 12 semanas…
AMIU (preferência) ou curetagem.
Esvaziamento uterino com mais de 12 semanas…
Com feto: misoprostol e, se precisar, curetagem.
Sem feto: curetagem.
Abortamentos provocados permitidos no Brasil…
- Estupro (até 20 semanas)
- Anencefalia (a partir de 12 semanas)
- Risco à vida da mãe
OBS: Repare que, nos casos de anencefalia e risco à vida da mãe, a interrupção da gravidez é permitida a qualquer momento.
Causas de abortamento habitual
- Incompetência istmo-cervical
- SAAF
- Insuficiência do corpo lúteo
- Malformação uterina (septo)
OBS: Estudos indicam que a causa mais comum, assim como no abortamento esporádico, a aneuplodia (especialmente se idade > 35 anos).
Paciente jovem grávida com cólica leve e sangramento vaginal de pequena intensidade. Colo fechado. Hipótese e conduta:
Ameaça de abortamento. Útero deve estar compatível com IG e viabilidade ovular preservada.
Conduta:
- Antiespasmódico
- Abstinência sexual
- Repouso relativo
Sangramento vaginal, cólicas progressivamente piores e colo aberto. Se não houve expulsão de material pelo colo, qual o diagnóstico?
Abortamento inevitável.
Uma paciente com abortamento incompleto geralmente se apresenta com o colo aberto, mas pode estar fechado. Como diferenciar este quadro do abortamento completo?
USG transvaginal.
Presença de restos ovulares (endométrio > 15mm) = incompleto.
Espessura endometrial < 15mm = completo.
Paciente nota regressão dos sintomas iniciais da gravidez e o volume uterino não aumentou nas últimas duas semanas. IG: 7 semanas. Hipótese e conduta?
Abortamento retido. USG para avaliar presença do embrião e BCF.
Contraindicações absolutas ao uso de misoprostol:
Gestação ectópica
DTG
Alto risco de rotura uterina
DIU
Causa mais comum de abortamento?
Trissomias (dentre elas, a trissomia do 16)
Algo para não se esquecer em caso de abortamento em gestantes Rh-…
Imunoglobulina anti-D 300 mcg IM
Obs: na ameaça, não há evidências, mas alguns recomendam.
Conduta frente à perfuração uterina durante curetagem?
- Parar procedimento
- Ocitocina IV
- Laparotomia*
*Somente se irritação peritoneal por acometimento de alça intestinal ou instabilidade hemodinâmica.
Características do abortamento por incompetência istmocervical…
- Tardio (> 16 semanas)
- Dilatação indolor do colo
- Colo curto
- Feto vivo e morfologicamente normal
- História de perdas gestacionais cada vez mais precoces ou prematuridade
Cite 2 técnicas de cerclagem na IIC.
Durante a gravidez: McDonald.
Fora da gravidez: Lash.
Cite os critérios clínicos para diagnóstico de SAAF.
- Trombose comprovada
- Morte intrauterina após 10 semanas com feto normal
- Partos prematuros < 34 semanas, decorrentes de eclâmpsia, pré-eclâmpsia ou insuficiência placentária
- Abortamento habitual com < 10 semanas (feto normal)
Diagnóstico de SAAF…
1 critério clínico + 1 critério laboratorial
Cd: AAS + heparina (HNF/HBPM)
Critérios laboratoriais para diagnóstico de SAAF:
Anticardiolipina
Anticorpo anticoagulante lúpico
Antibeta-2-glicoproteína 1
Em todos os casos, confirmar com duas dosagens (espaçamento de 12 semanas).
Local mais comum de gestação ectópica. Especifique.
Tubária. Região ampular.
Principal causa de prenhez ectópica?
DIP.
Qual a localização de gestação ectópica que mais rompe?
Porção ístmica da trompa.
Mulher em idade fértil com atraso menstrual, sangramento vaginal discreto, dor abdominal, útero pequeno, massa anexial palpável com defesa abdominal e grito de Douglas (sinal de Proust). Obrigatoriamente, pensar em…
Gestação ectópica.
Cite 3 diagnósticos diferenciais da gestação ectópica.
Apendicite DIP Torção de cisto ovariano Abortamento Endometriose
Como confirmar o diagnóstico de gestação ectópica?
Quadro clínico + beta-HCG > 1500 + USG não visualiza SG intraútero.
Quando é possível visualizar SG na USGTV?
4 semanas
5 semanas já tem vesícula vitelínica
6-7 semanas já tem embrião e BCF
A partir de qual tamanho de SG, obrigatoriamente, veremos embrião?
25 mm.
Diga o nome dado à reação decidual consequente à hipertrofia das glândulas secretoras endometriais causada pelo estímulo hormonal da prenhez ectópica a qual pode ser responsável pelo sangramento discreto…
Reação de Arias-Stella
Conduta na gestação ectópica rota?
- Instável: laparotomia com salpingectomia
- Estável: laparoscopia com salpingectomia
Conduta na gestação ectópica não rota?
- Medicamentoso (MTX): SG < 3,5-4 cm, beta-HCG < 5000, BCF ausente.
OU
- Cirúrgico conservador (salpingostomia laparoscópica)
Gestação ectópica tratada com MTX IM. Como acompanhar?
Dosar beta-HCG no D4 e D7 após administração.
- Deve cair pelo menos 15% (máximo 3 tentativas)
- Após queda, fazer semanalmente até negativar
Paciente em tratamento medicamentoso com MTX para prenhez ectópica desenvolve dor abdominal aguda após alguns dias? Rompeu?
Não necessariamente. Pode ocorrer após MTX (necrose do sítio de implantação).
Exame padrão-ouro para gestação ectópica?
Laparoscopia.
Cite os 5 tipos de DTG.
Benignas:
- Mola hidatiforme completa
- Mola hidatiforme incompleta
Malignas:
- Mola invasora (corioadenoma destruens)
- Coriocarcinoma
- Tumor trofoblástico do sítio placentário
Principais características clínicas e ultrassonográficas da mola hidatiforme completa.
- Sangramento que “amola”, progressivo, em “suco de ameixa”, com vesículas
- Útero maior do que esperado, em “sanfona”
- β-HCG muito elevado
- Hiperêmese gravídica
- Pré-eclâmpsia precoce
- USG: flocos de neve
- Cistos tecaluteínicos bilaterais
- Hipertireoidismo
Qual mola é diploide (46 XX / XY)?
COMPLETA.
Quais exames pedir em um caso de mola hidatiforme?
- USG
- β-HCG
- Rx de tórax
- HC + coagulograma + tipagem
- Funções renal e hepática
- TSH e T4 livre
- Fundo de olho
Como tratar a mola?
Esvaziamento uterino (vacuoaspiração é procedimento de eleição)
OBS: Histerectomia? Deixe os anexos lá!
- Prole completa
- > 40 anos
- Hemorragias incoercíveis
Como é realizado o controle de cura da mola?
beta-HCG semanalmente* até 3 resultados negativos. Em seguida, manter mensalmente, por 6 meses.
*USP-SP: quinzenalmente
Qual orientação específica devemos fazer no seguimento de paciente tratada para mola?
Anticoncepção (ACO)
OBS: Exceto DIU!
Motivo: nova gestação atrapalharia dosagens de beta-HCG.
Dados que sugerem malignização no seguimento da mola?
- Aumento do beta-HCG > 10% em 3 dosagens (2 semanas)
- 4 dosagens em platô (3 semanas)
- Metástases
- USG com imagem em “olho de coruja”
- Ausência de negativação em 6 meses (questionável)
Cd: QT (poli x mono)
Qual a DTG maligna mais comum?
Mola invasora (corioadenoma destruens)
Qual mola hidatiforme mais maligniza?
Completa (20%).
Dica: a mola completa é mais “bizarra” que a incompleta. Maligniza mais, não possui feto e se associa mais à hipertireoidismo, eliminação de vesículas e cistos tecaluteínicos.
Obs: Incompleta 5%.
DTG maligna que surge após gestação não molar…
Coriocarcinoma
Lembrar: pode surgir após gestação molar, não molar e ectópica.
Na DTG maligna, quais os 3 principais sítios de metástases, em ordem decrescente de frequência?
PVP…
- Pulmões (80%)
- Vagina (30%)
- Pelve (20%)
Qual DTG maligna mais agressiva?
Tumor trofoblástico do sítio placentário.
Em relação ao sistema Rhesus, o que significa a variante Du?
Expressão fenotípica fraca do antígeno D (Rh- que se comporta como Rh+ e, consequentemente, não produz anti-D)
Explique a fisiopatologia da hidropsia fetal na incompatibilidade maternofetal do tipo Rh.
Hemólise grave → anemia → hematopoiese extramedular (fígado) + hipercinesia → disfunção hepatocelular + falência miocárdica → ICC + hipertensão portal + hipoproteinemia.
Qual manifestação grave, além da hidropsia fetal, ocorre na incompatibilidade Rh maternofetal?
Kernicterus.
Pré-natal de mãe Rh- e pai Rh+ com Coombs indireto inicial negativo. O que fazer?
Repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas + pós-parto imediato (além do Coombs direto e Rh do RN).
Pré-natal de mãe Rh- e pai Rh+ com Coombs indireto positivo. O que fazer?
Avaliar titulação:
< 1:16: repetir mensalmente até o parto
≥ 1:16: pesquisar hemólise fetal
Como avaliar o grau de anemia fetal?
Método não invasivo: dopplerfluxometria da ACM com 20-24 semanas.
- Vmax pico sistólico entre mediana e 1,5 MoM: repetir em 5-10 dias. - Vmax pico sistólico > 1,5 MoM: cordocentese.
Método invasivo: amniocentese ou cordocentese (padrão-ouro).
Mãe Rh- e pai Rh+ cuja investigação de anemia fetal foi positiva. Conduta?
< 34 semanas ou grave (hidropsia, Hb<10, Hto<30%): TIU (cordocentese).
> 34 semanas: parto.
Qual sangue deve ser utilizado na TIU pela cordocentese? Qual objetivo terapêutico?
Sangue: O-
Objetivo: Hto 40-45%
RN acometido pela DHPN. Cite as indicações de exsanguineotransfusão.
- Hb < 12 no cordão
- Bilirrubina > 4-5 no cordão
- Aumento de bilirrubina > 0,5 em 12h
Cite as indicações de imunoglobulina anti-D, frente à mãe Rh- e pai Rh+.
- 28 semanas de gestação
- 72h pós-parto
- Hemorragia durante gestação
- Procedimento invasivo
Lembrar: não adianta em Coombs indireto +.
Como avaliar se dose de Ig anti-D foi efetiva, posto que 10 mcg de Ig neutraliza 1 ml de sangue fetal?
Obs: Dose de Ig utilizada é 300 mcg (para 30 ml de sangue fetal).
- Coombs indireto + que negativa em cerca de 3 meses.
2. Teste de Kleihauer-Betke negativo (hemácias fetais no sangue da mãe).
A incompatibilidade maternofetal do tipo ABO requer exposição prévia da mãe a sangue A, B ou AB.
Certo ou errado?
Errado. Anti-A ou Anti-B já são encontrados no organismo materno.
A incompatibilidade ABO produz proteção parcial contra isoimunização Rh?
Sim! Hemácias incompatíveis são rapidamente destruídas antes de estimularem o sistema imunológico materno.
Quais as principais causas de sangramento na segunda metade da gestação?
Placenta prévia
Descolamento prematuro de placenta
Roturas (uterina, vasa prévia, seio marginal)
Defina placenta prévia.
Implantação heterotópica sobre o orifício cervical interno, cobrindo-o total ou parcialmente, ou avizinhando-se deste (margem placentária a menor de 5cm do OI).
A partir de quantas semanas podemos diagnosticar PP?
28 semanas (placenta “migra” ao longo da gestação).
Classificação da placenta prévia…
- Total
- Parcial
- Marginal
Qual o quadro clínico esperado para placenta PRÉVIA?
Sangramento:
- Progressivo
- Repetição
- Espontâneo
- Vermelho rutilante
- Indolor
- Ausência de hipertonia ou SFA
O exame físico abdominal na PP, além de demonstrar tônus uterino normal, pode evidenciar também…
Estática fetal alterada (apresentações anômalas pela interposição da placenta entre a cabeça e o andar superior da bacia).
Na suspeita de placenta prévia, o toque vaginal está indicado?
NÃO, até se conhecer localização da placenta, pois pode desencadear sangramento importante.
Para o diagnóstico de placenta prévia devemos realizar:
- Anamnese (fatores de risco) + exame físico (mãe + feto)
- Laboratório (Hto, Hb, TS ABO e Rh, coagulograma)
- USG (TV ou TA)
- Pesquisar acretismo (Doppler ou RNM)
Principais fatores de risco para placenta prévia:
- Cesariana prévia
- Intervenções uterinas anteriores (miomectomia, curetagem)
- Idade > 35 anos
- Tabagismo
- Multiparidade
- Situações de sobredistensão uterina (gemelaridade, hidropsia fetal…)
E qual a vida de parto na PP?
TOTAL: cesária.
PARCIAL: cesária, na maioria.
MARGINAL: pode permitir vaginal. Exceção: sangramento intenso.
Caso se opte pelo parto vaginal em uma placenta prévia marginal, qual conduta é imprescindível?
Amniotomia (induz descida da apresentação e reduz sangramento) = método de Puzos.
Conduta em uma gestante com placenta prévia?
Hemorragia importante (instabilidade hemodinâmica)?
- Sim: parto.
- Não: avaliar IG
- A termo: parto
- Pré-termo: expectante (CT +/- tocolíticos)
Complicação clássica da placenta prévia:
Acretismo placentário.
Outras: apresentações anômalas, atonia pós-parto e hemorragia, infecção puerperal…
Classifique o acretismo placentário e indique sua conduta.
- Acreta: até esponjosa do endométrio.
- Increta: até miométrio.
- Percreta: alcança a serosa (pode perfurar).
A conduta, via de regra, é histerectomia-cesárea. A extração manual da placenta está associada à risco maior de sangramento. Pode-se aguardar secundamento espontâneo se estabilidade hemodinâmica.
Principal complicação do acretismo placentário?
Sangramento.
Como fazer o diagnóstico de acretismo placentário durante o pré-natal?
Suspeita clínica: Placenta prévia + cesariana anterior.
Exames: USG +- RNM.
Classificação de DPP segundo Sher:
Grau 1 (leve): sangramento vaginal sem dor e vitalidade fetal preservada.
Grau 2 (intermediário): sangramento vaginal moderado, hipertonia uterina, SFA.
Grau 3 (grave): óbito fetal
- A: sem coagulopatia
- B: com coagulopatia
Obs: há uma classificação em que o Grau 0 seria assintomático!
Cite os 5 fatores de risco para DPP e sinalize o principal.
- HAS*
- Trauma
- Sobredistensão uterina (gemelaridade, polidramnia…)
- Drogas (tabagismo, cocaína)
- Idade > 35 anos
Qual tamanho do descolamento placentário que determina, inevitavelmente, o óbito fetal no DPP?
Deslocamento > 50%.
É correto afirmar que DPP, sendo causa importante de hemorragia da segunda metade, sempre exterioriza sangramento?
NÃO! 20% dos casos cursam com hemorragia oculta (hematoma retroplacentário).
Cite 2 achados que sugerem fortemente DPP.
HAS + hipertonia.
Defina útero de Couvelaire e sua principal consequência.
Apoplexia uteroplacentária (desorganização da citoarquitetura das fibras musculares do miométrio em virtude de infiltração sanguínea).
Consequência: hipotonia no pós-parto.
Gestante de 39 anos, gemelar, IG 33 semanas, HAS crônica, tabagista e portadora de TUS (cocaína), relata sangramento vermelho escuro de moderada intensidade associado à dor abdominal com hipertonia uterina. CTG evidencia sofrimento fetal agudo. Diagnóstico é:
Descolamento prematuro de placenta.
O que é o pulso paradoxal de Boero?
FC normal mesmo em vigência de perda sanguínea de vulto (gestante demora mais a apresentar sinais de instabilidade hemodinâmica). Ocorre nas fases iniciais de DPP.
Qual exame solicitamos para confirmar diagnóstico de DPP?
Nenhum! Diagnóstico é clínico.
Eventualmente, solicita-se USG para DDx de PP.
Já que o diagnóstico de DPP é clínico, então, nenhum exame é solicitado?
Solicita-se laboratório para avaliar complicações (anemia, choque hipovolêmico, discrasia sanguínea), além de TS/Rh e rotina para doença hipertensiva.
Cite o exame laboratorial fundamental na abordagem do DPP.
Coagulograma.
Na ausência deste, teste de Weiner.
Como funciona a leitura do teste de Weiner?
8 ml de sangue a 37ºC.
- Coágulo em 5-10 min que permanece firme nos 15 min seguintes = ausência distúrbios da coagulação.
Conduta no CPP:
Parto iminente: vaginal.
Parto não iminente: cesária.
Mas, em geral:
Feto vivo: cesária.
Feto morto: vaginal.
Não se esquecer: sempre realizar amniotomia.
Complicações do DPP?
- Útero de Couvelaire
- Síndrome de Sheehan
- Choque hipovolêmico
- CIVD
- IRA
Qual sinal mais preococe da síndrome de Sheehan?
Agalactia ainda na maternidade.
Conduta frente a um útero de Couvelaire?
Massagem + ocitocina +/- misoprostol retal.
Não? Rafia de B-Lynch
Não? Ligadura hipogástrica / uterina
Não? Histerectomia.
Cite os fatores de risco para rotura uterina.
- Cirurgia uterina (cesária*…)
- Indução de parto*
- Sobredistensão uterina (gemelar, polidramnia)
- Parto obstruído
- Malformação uterina
- Kristeller
*merecem destaques
Difencia rotura uterina incompleta da completa.
Incompleta preserva serosa (deiscência de cicatriz uterina).
Completa rompe toda a parede.
Como se apresenta a gestante com rotura uterina?
- Dor aguda e intensa que alivia
- Parada súbita da contração uterina
- Sangramento vaginal
- Subida da apresentação (sinal de Reasens)
- Enfisema subcutâneo (sinal de Clark)
- SFA
- Fácil palpação de partes fetais
Principais sinais de iminência de rotura uterina?
Sinal de Bandl: distensão do segmento inferior com uma faixa infraumbilical.
Sinal de Frommer: estiramento dos ligamentos redondos.
Além de contrações intensas e vigorosas com alteração da FC fetal.
Conduta frente a um caso de iminência de rotura uterina ou rotura consumada:
Iminência: cesária
Consumada: cesária + histerorrafia/histerectomia
Quais são as contraindicações absolutas à indução de parto em pacientes com cesariana prévia?
Incisão corporal
Sem informações sobre vitalidade fetal
Apresentações anômalas
Qualquer contraindicação ao parto vaginal (PP total, múltiplas incisões uterinas, DCP)
Qual o principal fator de risco para rotura de vasa prévia?
Inserção velamentosa do funículo umbilical.
Outros: placentas bilobadas, placenta sucenturiada (acessório), inserção marginal do cordão.
Mãe bem, feto bem, pré-natal bem, obstetra bem… na amniotomia durante parto, ocorre sangramento de grande intensidade seguido de sofrimento fetal agudo. Hipótese?
Rotura de vasa prévia.
Há como se prevenir da rotura de vasa prévia? Quando pesquisar?
Dopplerfluxometria colorida em:
- Placentação baixa
- Placenta bilobada
- Placenta suscenturiada
- Gravidez fruto de técnica assistida
Qual único sangramento da segunda metade da gestação que possui origem exclusivamente fetal?
Rotura de vasa prévia.
Na rotura de vasa prévia, qual vaso acometido possui pior prognóstico? Veia ou artéria umbilical?
VEIA (morte é quase imediata).
Qual a melhor conduta terapêutica na rotura de vasa prévia?
Não existe! Idealmente, interrupção eletiva por via alta a partir de 36 semanas, quando constatado no PN.
Como confirmar o diagnóstico de rotura de seio marginal?
Histopatológico.
Sangramento periparto, indolor, pequena monta, vermelho vivo, tônus uterino normal, feto bem. Aventada hipótese de PP e, assim, realizado USG o qual evidenciou placenta normoposicionada. Diagnóstico?
Rotura de seio marginal.
Abortamento infectado. Qual antibioticoterapia?
Clindamicina + gentamicina por 7-10 dias.
Obs: alguns autores dizem que após 48h sem febre e em bom estado geral, pode-se dar alta hospitalar SEM antibióticos.
Conduta na incompetência istmocervical:
Cerclagem 12-16 semanas.
Contraindicações à cerclagem:
Dilatação do colo > 4 cm
RPMO
Infecção cervical ou vaginal purulenta
IG > 24 semanas (avaliar individualmente)
Perda fetal recorrente, perda inexplicável no 2º ou 3º trimestre e início precoce de pré-eclâmpsia grave podem sugerir…
SAF.
Gestante com anticorpos da SAF elevados mas sem outros sinais clínicos da doença. Conduta?
AAS em baixas doses (100mg/dia).
Gestante com SAF diagnosticada por eventos obstétricos, isto é, sem documentação de trombose, deve ser tratada com:
AAS e heparina em doses PROFILÁTICAS.
Gestante com SAF diagnosticada por história de trombose e anticorpos. Conduta medicamentosa:
AAS + HNF ou enoxaparina em doses TERAPÊUTICAS.
Qual artigo do código penal garante que o profissional que realiza abortamento em caso de estupro não pode ser penalizado se houver comprovação que a gravidez não foi resultado de violência sexual?
Artigo 20.
Paciente de 15 anos deseja realizar a interrupção de gestação que diz ser fruto de estupro realizado há 15 semanas. Conduta?
É necessária a representação legal dos pais (idade < 16 anos).
Paciente solicita abortamento para gravidez que relata ser fruto de violência sexual há 16 semanas. A USG estima idade gestacional de 21 semanas. Qual a conduta médica?
Realizar o abortamento, pois é permitido, neste caso, até 20 semanas de IG e a USG nessa fase tem uma margem de erro de 10 dias.
Quais exames solicitar em casos de violência sexual?
Sorologia para sífilis, HIV e hepatites B/C
Tipagem sanguínea/fator Rh
USG para confirmar IG
O diagnóstico de anencefalia pela USG só pode ser feito a partir de…
12 semanas.
Mulher com dor abdominal, atraso menstrual e massa anexial palpável. Sempre afastar…
Gestação ectópica.
O sangramento é um sinal de grande sensibilidade para o diagnóstico de gestação ectópica. V ou F?
Falso. Em até 50% dos casos pode estar ausente.
A maior parte dos casos de gestação ectópica tubária rompem. V ou F?
Falso. Apenas 30%.
O que é o sinal de Proust?
Dor à mobilização do colo uterino + abaulamento e dor no fundo de saco de Douglas.
O que é o sinal de Laffon? Se estivesse presente em uma paciente jovem com dor abdominal, que diagnóstico deve ser pesquisado?
Dor no ombro devido à irritação do nervo frênico. Gestação ectópica.
hCG de 2500 + ausência de saco gestacional intrauterino à USG abdominal. Conduta?
Realizar USG transvaginal, que obrigatoriamente deve demonstrar SG intrauterino (caso contrário, é gestação ectópica).
Para USG abdominal, o valor limítrofe para visualização de SG é 6000-6500 mUI/ml.
USG característica da gestação ectópica:
Imagem cística anexial com halo hiperecogênico
+
Espessamento endometrial (reação de Arias-Stella)
+
Líquido livre em fundo de saco (ruptura…)
Paciente jovem com dor abdominal e sangramento vaginal intenso. β-hCG 3.500 mUI/ml. Se sua hipótese for gestação ectópica, qual localidade é mais provável?
Ectópica cervical. O sangramento vaginal da gestação tubária não é tão intenso.
Toxemia gravídica antes de 24 semanas. Sempre afastar…
Doença trofoblástica gestacional.
Cariótipo da mola incompleta:
TRIPLOIDE. 69 XXY, 69 XYY ou 69 XXX.
Resultado de dispermia, com material paterno e materno.
Qual mola pode conter feto?
Incompleta. A completa possui material apenas paterno (“ovócito vazio”).
Como abordar os cistos ovarianos em quadros de mola?
Não abordar. Eles regridem espontaneamente pois são fruto de hiperstimulação ovariana pelo β-hCG (que espera-se que decaia após o esvaziamento uterino).
A eliminação de vesículas é sinal patognomônico de qual forma de mola?
Completa.
Doença trofoblástica com baixos níveis de β-hCG…
Tumor trofoblástico do sítio placentário. Dosar lactogênio placentário (estará elevado).
Por que não há doença hemolítica na primeira gestação de feto Rh positivo por mãe Rh negativo?
Porque a doença se estabelece pela produção de anticorpos capazes de atravessar a barreira placentária, isto é, da classe IgG. Isto só ocorre na resposta imunológica secundária (amnéstica), geralmente no segundo contato do sangue fetal com sangue materno (segunda gravidez).
O que o teste de Coombs indireto identifica?
Anticorpos IgG livres no plasma materno.
Para fins práticos, quais são os 3 parâmetros para definir a conduta na placenta prévia?
- Idade gestacional
- Intensidade do sangramento
- Tipo de inserção viciosa da placenta
O achado de neoformação vascular entre o útero e a bexiga em uma gestante com placenta prévia sugere:
Acretismo placentário (percreta).
Qual é o achado ultrassonográfico característico de acretismo placentário?
Perda do espaço hipoecoico retroplacentário (que representa o miométrio), fazendo com que a placenta apareça contígua à parede vesical.
Sabemos que o diagnóstico pré-natal de acretismo placentário é difícil. Quais achados dopplerfluxométricos sugerem o quadro?
- Fluxo lacunar placentário intraparenquimatoso focal e difuso
- Hipervascularização da bexiga (serosa uterina)
- Perda de sinais vasculares subplacentários
Placenta acreta pode ser definida como:
Qualquer implantação placentária anormalmente firme à parede uterina.
Gestante com 37 semanas se apresenta com história de dois episódios hemorrágicos vaginais no último mês, dos quais o segundo foi mais intenso. Também relata urina avermelhada. Está hemodinamicamente estável.
Qual é a principal hipótese para o quadro e a conduta para a mesma?
Placenta prévia com acretismo placentário (invasão vesical). USG (com doppler) +- RNM para confirmar.
A conduta é realizar o parto (cesáreo) + histerectomia total abdominal.
Gestante com 37 semanas se apresenta com história de dois episódios hemorrágicos vaginais no último mês, dos quais o segundo foi mais intenso. Também relata urina avermelhada. Está hemodinamicamente estável.
Qual é a principal hipótese para o quadro e a conduta para a mesma?
Placenta prévia com acretismo placentário (invasão vesical). USG (com doppler) +- RNM para confirmar.
A conduta é realizar o parto (cesáreo) + histerectomia total abdominal.
OBS: Não descolar a placenta manualmente!
Muitos fatores de risco são comuns à placenta prévia e o descolamento prematuro de placenta. Cite dois fatores mais específicos de cada uma das duas condições.
Placenta prévia: cesariana anterior e multiparidade.
DPP: HAS e trauma.
Qual a principal causa de óbito perinatal?
Descolamento prematuro de placenta.
No descolamento prematuro de placenta, pode ocorrer incoagulabilidade sanguínea. Por que?
Lesão tecidual → liberação de tromboplastina (passa para a circulação materna → CIVD + ativação da fibrinólise → Trombocitopenia + queda do fibrinogênio.
Dois fatores contribuem para a hipertonia uterina no DPP. Quais?
Taquissistolia e hipertonia autêntica (irritação do miométrio pelo sangue infiltrado).
Quais as vantagens de realizar amniotomia no DPP?
- Descompressão do hematoma retroplacentário.
- Redução da passagem de tromboplastina para a circulação materna.
- Exteriorização do hemoâmnio para melhor avaliação de perda sanguínea.
No diagnóstico diferencial entre DPP e placenta prévia, sinais de anemia grave que NÃO tem relação com perdas sanguíneas exteriorizadas sugerem:
DPP.
Entre DPP e placenta prévia, em qual caso a amniotomia diminui a hemorragia externa?
Placenta prévia.
Entre DPP e placenta prévia, a USG pode ser normal no(a) ___.
Entre DPP e placenta prévia, a USG pode ser normal no(a) DPP.
DPP x Placenta prévia. A metrossístole aumenta a hemorragia no(a):
Placenta prévia.
A partir de qual tamanho do embrião é obrigatório haver BCF?
5 mm.