Sistema Urinário Flashcards

Anna Laeticia

1
Q

Quais os locais mais comum de apresentarem cálculos ?

A

Bexiga e uretra;

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2
Q

O que pode acontecer no abdômen em casos de trauma do sistema urinário ?

A

Uroabdômen (uroperitônio);

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3
Q

Qual a etiologia mais comum de ruptura de bexiga ?

A

Fratura de pelve;

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4
Q

Qual a neoplasia renal mais comum ?

A

Nefroblastoma

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5
Q

Como são as características de um nefroblastoma ?

A

Tumor maligno misto de crescimento rápido com elementos embrionários renais.

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6
Q

Qual a origem mais comum do nefloblastoma renal ?

A

Metástase de outros órgãos, principalmente torácicos (metástase pulmonar)

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7
Q

Como também é conhecido o nefloblastoma renal ?

A

Adenocarcinoma embrionário;
Nefroma;
Tumor de willians;

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8
Q

É normal ter nefroblastoma como tumor primário ?

A

Não, é muito incomum em cães e gatos, é normal ser de origem metastática;

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9
Q

Qual tumor renal é mais comum de ocorrer primariamente ?

A

Carcinoma tubular renal, adenocarcinoma, fibrossarcoma, liomiossarcoma e carcinoma de células escamosas

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10
Q

Nos gatos qual tipo de tumor é muito comum ?

A

Linfoma;

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11
Q

Quais órgãos são os mais comuns de estarem associados com metástases renais ?

A

Fígado, glândulas adrenais, pulmões, linfonodos, ossos e cérebro;

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12
Q

Quais são os sinais clínicos de neoplasia renal ?

A

Massa abdominal de tamanho variável, firme e nodular;
Sintomas vagos e inespecíficos;
Quando muito grandes podem deslocar TGI e gerar desconforto.
Anorexia;
depressão;
perdas de peso;
anemia por conta de eritropoietina;
dispnéia devido a metástase pulmonar;
pirexia;
policitemia por aumento de produção de eritropoietina em casos de tumores;

Questão de prova - Policitemia

Tumoração pode induzir maior produção de eritropoietina

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13
Q

Como é feito o diagnóstico da neoplasia renal ? (7)

A

Primeiramente deve-se diferenciar outras causas (nefromegalia, hidronefrose, abscesso, neoplasia de adrenal, esplênica);

Aumento de volume;

Urografia excretora (localização, quantidade de parênquima tomado);

Ultrassonografia; ferramenta mais sensível e específica;

Biópsia guiada US: evita-se pois pode causar hemorragia ou perda urinária, podendo disseminar (semeadura) células para a cavidade (85% são malignos) ou causar peritonite química (uroperitônio).

Análises laboratoriais não especificas (anemia, azotemia, hematúria, policitemia).

Hematúria por vezes pode estar associada.

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14
Q

Como é o tratamento médico para neoplasias renais ? (2)

A

Tratar anemia severa (Ht< 20%);

Tratar possível insuficiencia renal (p.p do rim contra-lateral);

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15
Q

Como é o tratamento cirúrgico para neoplasias renais ?

A

Se baseia na nefrectomia unilateral e sem metástase;

Se atentar para ligadura de vasos:
Normalmente se liga artéria e depois a veia. No entanto, em casos de neoplasia renal se liga primeiro a veia e depois a artéria. Ambas as ligaduras no terço médio dos vasos. Por fim, atentar-se para animais não castrados e nesse caso ligar o mais próximo possível do rim (p.p esquerdo);

Ligar o ureter bem próximo a bexiga;

Tratamento quimio e radioterápico pode ser associado;

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16
Q

Quais são as possíveis complicações de uma neoplasia renal ? (4)

A

Insuficiência renal aguda caso o paciente já seja doente renal crônico;

Hemorragia;

Vazamento urinário;

Ligadura inadvertida do ureter contralateral (Sempre identificar o ureter contralateral);

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17
Q

Qual é o prognóstico dos casos de neoplasia renal ? (4)

A

Natureza agressiva/maligna: Ruim;

Nefrectomia sem metástase: Sobrevida de 0-6 meses, podendo chegar a 2 anos (nefroblastoma);

16 meses até 5 anos em carcinomas;

9 meses sarcoma;

Neoplasias benignas - curativa;

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18
Q

O que é o ureter ectópico ?

A

Anomalia congênita que um ou ambos ureteres abrem-se externamente a bexiga. Passando na submucosa e se abrindo na uretra, ou passando totalmente por fora e se inserindo na uretra.

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19
Q

Discorra sobre o normal dos ureteres e o que pode acontecer em uretéres ectópicos.

A

Ureter se abre na superfície dorsolateral caudal da bexiga, no trígono vesical;

Ureteres ectópicos extra-murais: ultrapassam complementamente a bexiga e desembocam na uretra;

Ureteres ectópicos intra-murais: passam na submucosa e se abrem na uretra;

Ureteroceles: dilatações císticas focais;

Aberturas ureterais duplas: abre onde deveria,mas continua com calha que abre na uretra. Ao invés de urina ir e ficar na bexiga, parte fica na bexiga e parte escorre;

Calha ureteral: uma parte fica na bexiga e uma parte escorre.

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20
Q

Discorra em resumo sobre o que pode estar associado aos ureteres ectópicos

A

Nas fêmeas, sugere-se que tenha o desenvolvimento anormal dos ductos mesonéfricos do útero;

É a causa congênita mais comum de incontinência urinária em pequenos animais;

Estão associados a anormalidades da embriogênese e geralmente aparecem junto com:
Incompetência do esfíncter uretral;
Hipoplasia vesical;
Agenesia renal;
Hidroureter;
Anormalidades vestibulovaginais;
Ureteroceles;

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21
Q

Localização mais comum dos ureteres ectópicos

A

Uretra (uterina e vaginal na fêmea e prostática no macho).
Mais de ⅓ é bilateral, pode ser unilateral, mas o refluxo que causa, leva a lesão no ureter saudável contralateral;

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22
Q

Quais são as afecções mais comuns relacionadas com o ureter ectópico ?

A

Hidronefrose;
Pielonefrite crônica;
Obstrução ureteral;
Diminuição do peristaltismo;
Hidroureter;
Infecção crônica do trato urinário;
Fuxo urinário obstruído;
Perda de peristaltismo ureteral;
Dença cística congênita;
Bexiga hipoplásica;
Ectopia unilateral: hidronefrose e hidroureter uretra contralateral com infecções crônicas ascendentes;

23
Q

Cadelas ou machos sofrem mais com ureter ectópico ?

A

Cadelas.
Machos menos diagnosticados pois abertura do ureter é mais próxima da bexiga que pênis;
Em fêmeas é diagnosticado precocemente (10 meses);

Abertura do ureter em machos quanto mais próximo da bexiga que do pênis, aumenta a pressão uretral distal, evitando escoamento.

Huskies siberianos, Golden e labrador retrievers,newfoundlands, bulgogues ingleses, poodles miniaturas, breads, appenzell ers, algumas raças Terrier, SRD.

Quanto mais perto da bexiga, menor a chance de incontinência. Para isso, tenho que ter pressão uretral presente, feita por esfincter uretral, que tem que estar patente.

24
Q

Quando se deve suspeitar de ureter ectópico ?

A

Em animais jovens, com incontinência (intermitente ou contínua) desde o nascimento.

Pelos perivulvares molhados;

Lambedura excessiva;

Animais mais velhos com hidronefrose, sem incontinência;

Hidronefrose pode estar sendo formada, porque esse ureter é patente, drenando um dos rins, mas no outro rim, causa obstrução na chegada. Como ele não chega na bexiga onde deveria chegar, já tem fluxo, não chega adequadamente e dilata. Causa hidroureter e hidronefrose.

25
Q

Quando não se deve excluir o ureter ectópico da lista de diferenciais ?

A

Incontinência intermitente, volume de micção aparentemente normal = cães ureteres ectópicos com abertura próxima ao esfíncter (local onde deveria ser inserção do ureter) podem responder ao tratamento clínico como na adquirida, porque não tem reservatório, mas esfíncter uretral está patente
Urinar normalmente: unilateralmente, ureteres se abrem perto do trígono (repreenchimento retrógrado da bexiga), bexiga tamanho reservatório, mesmo bilateral pode ter esvaziamento normal com gotejamento intermitente.
Pacientes onde tenho abertura da bexiga, mas tem incontinência nas duas.

26
Q

Quais são os principais sinais clínicos do ureter ectópico ?

A

Umidade dos pelos perivulvares ou do penis mesmo
Odor de urina, irritação ou assadura
Pielonefrite
Hidroureter
Hidronefrose

27
Q

Como se realiza o diagnóstico de ureteres ectópicos ?

A

Hemograma, bioquímico, urinálise e cultura
Infecção do trato urinário concomitante comum
infecção renal: pielonefrite crônica, uropatia obstrutiva, anormalidades congênitas simultâneas
Avaliação urodinâmica (perfil pressórico uretral - PPU= avalia patência do esfíncter uretral): prever probabilidade continência pós operatória (50%), porque é o reservatório bexiga com esfíncter uretral, terapia médica.
Huskies siberianos tendem a ter o ureter ectópico e incompetência do esfíncter uretral.
Deve corrigir ureter ectópico, para não fazer hidroureter e hidronefrose
Tamanho/forma rins (ter certeza se não tem agenesia ou hidronefrose) ,bexiga,próstata (porque as vezes, pode acometer uretra prostática), raio X e ultrassom abdominal (para tentar localizar o ureter ectópico)
Nos machos, olhar a uretra prostática.
Urografia excretora:
Confirmação e definições anormalidade associadas
Raio X único e final contraste (quando faz só no final, pode ter sobreposição e não avaliar adequadamente): ectopia extramural antes bexiga encher totalmente
Falha na identificação lesões intra e extramural, todos os ureteres
Porque não conseguia diferenciar, por conta da sobreposição.
Pneumocistografia: facilitar a visualização quando ureteres são enchidos. Associar contraste do ar, com o contraste da urografia,
Cistografia e vaginoscopia: auxiliar na definição correta dos ureteres
Cistoscopia: método + confiável,sensível e específico. Padrão ouro. Mas tem custo alto.Tem que ser muito pequeno, quanto menor, mais caro.
Tomografia: mais valiosa que demais técnicas de imagem.
Mas ainda se faz associação de urografia excretora, com ultrass

28
Q

Qual a conduta médica para casos de ureteres ectópicos ?

A

Persistência da incontinência: incapacidade esfíncter uretral simultânea
Agonistas alfa 2 adrenérgicos (fenilpropalonamina), dietilbestrol ou imipramina = podem aumentar o tônus do esfíncter
Mas se só fizer isso, tem chance de hidroureter e hidronefrose.

29
Q

Como é o tratamento cirúrgico para ureteres ectópicos ?

A

Tratamento de escolha,mesmo com melhora marginal com tratamento clínico
Tão logo quanto possível (hidroureter ou hidronefrose)
Neureterostomia:ureter intramural (desce na camada próxima da bexiga) ou calha ureteral dupla.
Faz cistostomia (ureteres entram dorso lateralmente em forma caudal) ventral para ficar de frente para eles. Quando é unilateral, olha onde estava um dos ureteres e coloca outro nessa área.
Incisão de 10 a 5 mm nesta região.
Faz espatulação, com sutura com fio absorvível sintético de 5 a 7 - 0, para que o orifício fique aberto.
Introduz catéter descendo, porque quero que só drene na luz. Catéter ocupe a luz, servindo de guia.
O cateter serve só de guia, porque quero fechar. Se fizer com fio inabsorvível na luz,vai ser cálculo gênico. Se tiver a luz tem que ser absorvível, quando o fio absorver, ele abre. Por isso, tem que ter inabsorvível, de 3 a 4 - 0, passa fio ao redor do catéter, mas sem chegar na luz.
Fica fechado com fio inabsorvível.
Ureteroneocistostomia:(extramural ou intramural que não identifica ureter na mucosa) nova inserção na bexiga. O ureter normalmente passa na submucosa para não passar na luz. Porque ele seria empurrado para cima, se entrasse direto na luz, porque a bexiga fica repleta. Seccional o ureter e re implanta na bexiga, no local certo.
Já fez cistostomia, ventral
Incisão que não vejo a luz, pegando serosa e muscular
Cálculo o túnel que vou ver para frente, abro a bexiga, pego uma parte, pegando a submucosa.
Pego ureter, vejo o tanto que preciso, corto em bisel para ficar mais fácil de espatular, passa fio e entra como se fosse uma pinça.
Espátula ele na bexiga, faz sutura interrompida simples absorvível 5-0 a 7-0.
Abertura não chega na luz, o que abre é só serosa e muscular.
Fecha cistostomia com duas camadas, primeira de aposição (contaminante) e segunda de invaginação (não contaminante). Usando fio absorvível sintético
Se tiver infecção por E.coli, uso absorvível sintético monofilamentares de longa duração: polidioxanona, maxon e glycon. Mas se já estiver tratando o paciente, não tem problema, o ruim é só urina alcalina e destruir o fio.

30
Q

Como é o pós operatório de ureteres ectópicos ?

A

Monitorar obstrução urinária, extravasamento
Faz diurese, para que não obstrua.
Cálculos ureterais e vesicais, faz diurese também, para evitar que cálculos obstruam.
Obstrução por tumefação do estômago uretral - cateter 3-4 dias
Ectopia bilateral, unilateral com dano renal significativo no outro rim:que cause infecção renal
Deixar sondado: maior chance de infecção urinária
Bilateral, se paciente tem doença renal crônica ou algo em outro rim, deixa sondado.
Avalia cada caso, sobre deixar ou não sondado.
Incontinência 2 - 3 meses: urografia excretora ou cistoscopia ou avaliação urodinâmica (se não fizer, pode ser que esteja tudo bem, mas esfíncter não está patente) = extremidade distal ureter aberta, ectopia bilateral não percebida.

31
Q

Como é o prognóstico de ureteres ectópicos ?

A

30 a 71% podem ficar com algum grau de incontinência
Porque é afecção congênita.
Huskies: incontinência (incompetência esfíncter uretral),terapia médica para tratar esfincter.
Hipoplasia vesical:é reversível, quando a bexiga é reservatório, ela hipertrofia = reservatório
Distensão uretral: prognóstico pior intramural não distendido
Ressecar ureteroceles.
Falha

32
Q

O que é cistolitíase ?

A

cálculo na vesícula (bexiga) urinária

33
Q

O que é cistolectomia ?

A

remoção dos cálculos na bexiga urinária.

34
Q

De que podem ser os cálculos ?

A

Fosfato de amônio de magnésio;
Oxalato de cálcio
Estruvita
Urato;
Silicato;
Cistina;
Misto

35
Q

O que sempre é o ideal de se fazer com os cálculos ?

A

O certo é fazer análise dos cálculos. Tirar, analisar para fazer tratamento (dissolver o cálculo ou se não for passível de remoção, tratamento médico para evitar recidivas). Mas no Brasil, não fazia avaliação quantitativa dos cálculos (qual composição tem o cálculo).
Tratamento é mais clínico e visual.

36
Q

Ao que está relacionada a formação de cálculos ?

A

Presença de cálculos está associado a auper saturação urina: sais foco ou ninho (infecção que faz deposição dos cristais e predispõe aos cálculos).
Reduzidas inibidores da cristalização urina = favorece a formação dos cálculos.

37
Q

Cálculos de estruvita

A

Por muito tempo, foi o mais frequente.
Ocorre em urina alcalina
Infecção do trato urinário por bactérias produtoras de urease: Proteus, estafilococos (maior causa, uréia = amônia e CO2), alcalinização urinária = solubilidade).
Com isso, cristais ficam menos solúveis, tendo precipitação e formação dos cálculos.
Cistite bacteriana: aumento de resíduos orgânicos= ninhos, cristalização
Cadelas X machos, gatos (infecção de trato urinário),meia idade
Cadelas > machos > gatos. Gatos é mais frequente cistite idiopática.
Formação de estruvita sem estar associada a infecção.
Schnauzers miniaturas, Lhasa apso, shit tzus, Pomerânia, yorkshire, terriers, maltês
São radiopacos e passíveis de dissolução.
Grandes e muitos.

38
Q

Cálculos de oxalato de cálcio

A

Estrelado e menos
Pode estar relacionado a:
Cães hipercalcemia e hipercalciúria transitória e pós prandial
Concentração de paratormônio baixa anormal: muitos cães acometidos
Reabsorção tubular de cálcio deficiente,
Hiperparatireoidismo primário
Linfoma
intoxicação por vitamina D
Concentração diluída de citrato
Aumento de citrato na dieta -> mais raro.
Maior risco quando pacientes se alimentam com dieta em conserva, com elevada concentração de carboidrato, do que quando usa dietas mais secas, com concentração de proteínas, como cálcio, sódio, magnésio, potássio, cloreto.
Mais comum em machos castrados, meia idade e obesos.
Radiopacos, com infecção concomitante rara.

39
Q

Cálculos de urato

A

Urato de amônio: degradação metabólica ribonucleotídeos de Purina endógena e ácido núcleo de dieta
Comum nos dálmatas, porque está relacionado a uma deficiente de transporte hepática do ácido úrico. Tendo então a diminuição da produção de aloproeina, aumento da excreção do ácido úrico, diminuição da reabsorção proximal tubular e secreção do ácido úrico no túbulo distal.
Logo, a presença desse ácido úrico, ajuda na formação do urato de amônio.
Urato de amônio está relacionado a degradação metabólica de nucleotídeos, endógeno e ácidos nucleicos da dieta.
Cães com insuficiência hepática: derivação portossistêmica congênita = tem excreção renal aumentada de uratos de amônia. A presença deles, pode causar:
ITU secundária: irritação da mucosa -> parece um monte de pérolas que irritam a mucosa da bexiga
Comum em dálmatas, buldogues ingleses, cães com shunts , bull terrier, schnauzer, pequineses
Rádio densidade similar aos tecidos moles adjacentes -> tem que fazer contraste com ar ou com contraste para ver no Raio X
Passíveis de dissolução

40
Q

Cálculos de cistina

A

Alteração genética de transporte tubular renal
Normalmente ocorrem em urina ácida
Características físicas:
Cão: formato e superfície lisa ou lobulada. Tamanho de 2 - 10 mm
Gatos: formato arredondado e superfície rugosa. Tamanho de 1 - 4 mm
Radiodensidade similar aos tecidos moles adjacentes.
Cães machos de meia idade
Dachshunds, Basset Hounds, Buldogues ingleses, Newfoundlands, Chihuahua, Pinscher miniatura, Welsh, Corgis, Mastiffs e Australian Cattle Dogs
Passível de dissolução.
Aumento de aporte por silicato ou ácido salicílico na dieta, porque as pessoas usam ácido de salicilico para os estruvitas e acabam causando o de silicato.
Dietas com proteínas vegetais, tem alta densidade de ácido salicílicos

41
Q

Os cálculos são mais comuns em machos ou fêmeas ?

A

Todas são mais comuns em machos, porque são mais diagnosticadas, por terem uretra mais longa e fina. Fêmeas podem até ter, mas não chegam a ter diagnóstico.

42
Q

Quais são os sinais clínicos e achados físicos de cálculos ?

A

Infecção do trato urinário, polaciúria, estrangúria, hematúria são comuns
Obstrução completa (cálculo desce para uretra e obstrui totalmente) ou parcial (pequenos uretra macho): mais chave de infecção. Nos machos (uretra longa e mais estreita) é mais comum obstruir, por isso é mais diagnosticado. Pode ser que em fêmeas sejam são comuns quanto, mas o diagnóstico é maior em obstrução.
Distensão bexiga, causando: dor abdominal, incontinência (obs.parcial), sinais azotemia -> principalmente em obstrução total (anorexia, vômitos e depressão)
Ruptura vesical - uro abdomen (derrame de urina na cavidade abdominal)
Ruptura vesical não é comum, precisa de muito cálculo
Uro abdômen é derrame de urina na cavidade abdominal.
Quando isso acontece, tem absorção pelo peritônio (quase semelhante a absorção venosa), o que pode levar a paciente urêmico.
Parede da bexiga espessada e cálculos palpáveis
Mas pode ser difícil palpar pela dor, não consegue palpar a bexiga.
Dor abdominal,anorexia, vômito e depressão (obstrução total)
Mais em casos de obstrução total.

43
Q

Como é o diagnóstico de cálculos ?

A

Palpação: quando consegue palpar os cálculos
Raio X ou Us Abdominal (orientação maior de cálculos): define número e localização cálculos, pode detectar em e ureter
Tamanho,número e localização: raio X
Cistografia duplo contraste e/ou uretrografia retrógrada = identificação cálculos radioluscente
US: detecta cálculos e avalia rins e ureteres simultaneamente
Urinálise: noção de hematúria, bacteriúria, proteinúria.
Posso ter infecção do TU e não ter essas características
Posso ter cristais, cobertos de estruvita, mas eles não são completamente de estruvita, foram recoberto por elas, mas são de outra composição.
Hemograma, bioquímico, cultura
Bioquímico de uréia e creatinina
Pacientes com cálculos de uratos (que não sejam dálmatas), têm alteração de enzimas hepáticas
Insuficiência hepática: baixos níveis de uréia, hipercolesterolemia,hipoalbuminemia, ácidos biliares aumentados = cálculos de urato
Pacientes com desvio porto sistêmico, causam cálculos de urato pelo mesmo motivo.
Pode estar associado a uropatia obstrutiva, que pode causar obstrução ou pielonefrite crônica, sendo necessário pesquisa para saber o que está acontecendo.
ITU sem piúria,hematúria, proteinúria e bacteriúria
IR: pielonefrite crônica, uropatia obstrutiva

44
Q

Como é a conduta médica em casos de cálculos ?

A

Se cálculo está na uretra, melhor empurrar ele para bexiga e fazer cistostomia, porque tem menor chance de estenose, além da recuperação do paciente ser mais rápida.
Retro hidro propulsão: joga solução fisiológica da uretra para a bexiga, de fora para dentro.
Sonda o paciente até onde está o cálculo, solução fisiológica + glicerina. Coloca dedo para frente do cálculo e instilar a solução para levar o cálculo de volta para bexiga. Deixa paciente sondado e leva para cirurgia. Se deixar sem sonda, vai obstruir de novo.
Urohidropropulsão: de dentro para fora. Cistólitos pequenos
Sonda o paciente, coloca bastante solução fisiológica na bexiga, o que comporta, deixa paciente em posição vertical, para que desçam cálculo para trígono vesical, faz pressão no trígono urinário, compressão vesical para urólitos serem expulsos em direção a urina.
Recuperação cistoscopia
Endoscópio flexível: custo ainda muito alto. Buscar cálculos que estejam na uretra ou bexiga.
Litotripsia (tratamento cirurgico)
Atenuar obstrução e/ou descompressão vesical

45
Q

Existe tratamento a laser para cálculos ?

A

Litotripsia,: lazer na bexiga, quebra cálculos para passar pela uretra. Pode fazer por dentro, endoscopia e puxar os que foram puxados, para fora. Posso também fazer lazer na uretra.

46
Q

Quais as indicações para cirurgia de cálculos ?

A

Anormalidades anatômicas predisponentes ou concorrentes estejam presentes.
Preciso remover cálculos ou tratar o que esteja formando.
Dissolução farmacológica não for possível ou contra indicada: a dissolução tem custo, exigindo revisões frequentes. Pode causar obstrução uretral em massa (cálculos menores dissolvidos passam para uretra e podem causar obstrução). E o regime dietético depende do tutor, que tem que fazer dieta para não voltar o cálculo. Tem custo mais alto, devido ao tempo.
Necessidade cultura de mucosa
Indicado em situações em que o paciente na urocultura não dá nenhum crescimento, mas tem a infecção urinária, não conseguimos descobrir o agente, remove parte da bexiga por biópsia e cultiva a mucosa.
Cálculos grandes (não consegue fazer hidropropulsão) = obstrução uretral. Existe indicação para lazer. Ou cistostomia para remover o cálculo.
Desvantagens dissolução clínica: custo, frequentes revisões, obstrução uretral machos, regime dietético adequado (cooperação do tutor)
Custo mais alto, devido ao tempo necessário

47
Q

Quais são as abordagens cirúrgicas para cálculos ?

A

Cistostomia X uretrotomia:
Depende de onde estava o cálculo
Pré escrotal
Escrotal
Perineal
Cistotomia com uretrostomia escrotal (prevenção de sinais recorrentes)
Tem mais chance de infecção bacteriana secundária. Pois tiro proteção anatômica que existe.
Quando não consegue tratar a causa dos cálculos, como o Dálmatas (falha do organismo no paciente que não consegue corrigir), a morbidade aumenta muito, muito tem que operar várias vezes e não consegue tratar adequadamente para a diluição dos cálculos.
Faz cistostomia para tirar os cálculos e depois faz uretrostomia escrotal para expelir o cálculo a medida que vai sendo produzido. Não é ideal, mas as vezes é necessário, como em Dálmatas.
Parte dietética, para reduzir a formação dos cálculos.
Litotripsia (laser via cistoscopia)
Análise e cultura de cálculos: definição conduta, diagnóstico cristais de urina. Como proceder em pós operatório, para evitar recidivas.
Avalia paciente, histórico, formato dos cálculos. Se tiver vários cálculos, verá qual tem mais.
Tratamento o que a presença dos cálculos gerou, como uremia, azotemia, hipercalcemia (comum em casos de obstrução, porque potássio alto ou baixo, pode causar arritmia cardíaca), ITU, eletrocardiograma.
Remove o cálculo e vai lavar. Nos casos de estruvita, são um ou dois. Mas quando são outros, principalmente de oxalato, são vários cálculos, sonda o paciente e instila solução desde uretra, até bexiga (forra bexiga aberta para que urina não caia na cavidade abdominal). Sonda de fora para dentro e de dentro para fora.
Terminou a lavagem e faz fechamento: duas camadas, aposição contaminante e aposição não contaminante.
Usa fio absorvível sintético.
Em casos de E.coli usa absorvível sintético monofilamentar de longa duração como polidioxanona, maxon e glicomero.
Se for infecção por Proteus, vai usar só o polipropileno.
Às vezes o importante é tratar a infecção, se tratar antes da cirurgia e continuar tratando, é interessante. Porque a preocupação é a hidrólise do fio mais rápido. Se tiver tratando e continuar, não é tão perigoso.
Uretrostomia escrotal (revisar técnica), usada para remover o cálculo que está presente naquela situação.
Não é comum fazer uretrotomia escrotal, porque não é comum o cálculo ficar parado lá, porque é região mais larga da uretra, 90° com a pelve. Por isso, quando faz uretrostomia, é o melhor local. Os pontos de obstrução são mais comuns no osso peniano, sendo necessário uretrostomia.
Mas se o cálculo parou pré escrotal ou períneo, faz uretrostomia.
Pré escrotal é mais comum, porque é a região mais fina da uretra. Chance de não conseguir fazer uretrostomia, é porque é comum ele voltar para trás;
Músculo retrator do pênis, divulciona, lateraliza ele e faz incisão na uretra, lamin 11 (mais pontiaguda), faz incisão e continua com tesoura de íris.
Uretrostomia pré púbica: gatos por estenose ou cães em lesão uretral, que acaba perdendo parte da uretra; Neoplasia ou estenose (cistite idiopática)

48
Q

Quais são os principais pontos de obstrução ?

A

Osso peniano, pode ser necessário uretrostomia.
Comum precisar fazer uretrotomia pré escrotal, porque é região mais fina da uretra, onde tem mais chance de obstruir.
Uretrostomia pré púbica
Pouco comum por cálculo.
Mais comum por neoplasia ou estenose.

49
Q

Qual é o pós cirúrgico para cálculos ?

A

Obstrução e vazamento urinário
Monitoração de pH e sedimento urinário -> evitar recorrenciar)
ITU tratadas rapidamente -> evitar pielonefrite.
Terapia específica para o tipo de cálculo

50
Q

Quais são as possíveis complicações das cirurgias de retirar cálculos

A

Cistotomia: incapacidade de remover todos os cálculos = lavagem exaustiva na uretra (não está enxergando cálculo, mas a solução expulsa), raio X pós operatório para ter certeza que foram removidos todos os cálculos (mas quando faz lavagem exaustiva normógrada e retrógrada. Pode não ser necessário raio X).
Hemorragia em 3 dias após cirurgica
Em uretrostomia: hemorragia pode durar até 7 dias.
Urina mistura com sangue, tutor fica preocupado. Pode ficar internado ou instruir tutor
Ardência, faz boa hidratação, para facilitar urinar.

51
Q

O que é uroperitônio

A

Acúmulo de urina na cavidade abdominal, pode causar uremia, porque absorção do peritônio se assemelha com absorção venosa.
Considerações gerais
Acúmulo de urina na cavidade peritoneal
Vazamento: rins, ureteres, bexiga e uretra proximal (já que a distal, drena para subcutâneo e não para abdômen)
Traumas, neoplasias iatrogênicas, cálculos pós cirúrgica por deiscência.
Ruptura de bexiga (mais frequente principalmente em traumas = fratura de pelve), ruptura de uretra (fratura de pelve)
Estabilização, hipercalemicos e urêmico
Fluidoterapia, drenagem abdominal, sondagem vesical, reconstruir a ruptura.

52
Q

Como é o tratamento cirúrgico para uroperitônio ?

A

tratar a causa
Cistorrafia (se rompeu bexiga por trauma), cistectomia parcial (se for por neoplasia)
Ureterorrafia (se rompeu ureter), ressecção e anastomose uretral, ureteroneocistostomia (re inserir o ureter na bexiga, quando ureter rompeu na incisão da bexiga), ureteroplastia (quando falta pedaço do ureter por ruptura)
Nefrorrafia, nefrectomia parcial: dependendo da situação
Uretrografia, ressecção e anastomose uretral, uretrostomia.
Anastomose uretral intrapélvica: abre pélve, localiza ruptura e faz sutura. Faz .
Osteotomia bilateral púbica e isquiática
Osteotomia púbica (alguns) -> se for mais cranial
Localizar terminais transaccionados da uretra e debridá-los.
Minimizar dissecção 6 a 8 suturas
Mantém cateter transuretral 7 a 10 dias -> urina passar dentro do catéter e não na uretra
Cateterização pré púbica (cistostomia) -> caso não for manter o catéter. Desvia urina para bexiga
Desvio urinário pelo catéter é o mais comum.

53
Q

Uretroplastia

A

Quando teve perda de ureter. Para não ter que fazer nefrectomia, faz Flap da bexiga para fazer novo ureter e ao mesmo tempo, inciso ele para manter na bexiga.
Faz incisão retangular na bexiga de espessura inteira,bem perto do ápice,levanta Flap e o ureter que estava faltando, já consegue chegar. Coloca fio, para não lesionar com pinça, espátula e fecha na bexiga.
Assim, uma parte da bexiga vira complementação do ureter.
Serve para ruptura porque perdi pedaço do ureter ou por neoplasia.