Paratopias Flashcards

Anna Laeticia

1
Q

O que são paratopias ?

A

Todas as alterações que causam deslocamentos de vísceras da cavidade original para outra vizinha.

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2
Q

4 Paratopias mais comuns

A

Hérnia perineal;
Hérnia inguinal;
Hérnia umbilical;
Prolapso retal;

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3
Q

Qual o tipo de pressão do abdômen;

A

Positiva;

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4
Q

Qual o tipo de pressão do tórax ?

A

Negativa;

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5
Q

O que uma cadela gestante pode ter ?

A

Útero empurra vísceras vísceras para outro local, predispondo a torção gástrica;

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6
Q

O que pode ocasionar quando há uma intensa repleção gástrica ?

A

Empurramento de vísceras para outro local;

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7
Q

O que delimita a cavidade abdominal ?

A

Cranial: Diafragma e cúpula costal;

Dorsal: Apófise transversa da coluna vertebral e musculatura paravertebral;

Ventral e lateral: Músculos abdominais;

Caudal: Diafragma pélvico;

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8
Q

Na eventração para onde são deslocadas as vísceras ?

A

Vão da cavidade natural para o espaço subcutâneo.

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9
Q

O que se rompe para formar a eventração ?

A

Camadas da parede abdominal, incluindo o peritônio.

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10
Q

O que gera o peritônio rompido nos casos de eventração ?

A

Aderências com inflamação e desconforto para o paciente.

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11
Q

Há integridade cutânea em casos de eventração ?

A

Sim;

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12
Q

Qual a etiologia mais comum de uma eventração ?

A

Trauma;

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13
Q

Qual a segunda causa mais comum de eventração ?

A

Falha na técnica cirúrgica;

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14
Q

Como também é conhecida a eventração ?

A

Hérnia incisional.

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15
Q

O que é na realidade a hérnia incisional ?

A

É a eventração, que ocorre quando há deiscência da sutura da musculatura mas com integridade subcutânea e cutânea;

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16
Q

Quais são os sinais clínicos da eventração ?

A

Aumento de temperatura no local;
Sensibilidade no local;
Cólicas abdominais;
Apatia;

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17
Q

Como é feito o diagnóstico de uma eventração ?

A

Sinais clínicos;
Histórico;
Ultrassom;

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18
Q

O que pode ser visto no US de um caso de eventração ?

A

Ruptura da parede abdominal com integridade cutânea, além de poderem ser visualizadas quais vísceras estão dispostas no subcutâneo.

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19
Q

Qual é o tratamento para eventração ?

A

Tratamento cirúrgico com devolução das vísceras viáveis para a cavidade abdominal;

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20
Q

Como se realiza o tratamento cirúrgico da eventração ?

A

Após a devolução das estruturas, celiorrafia com padrão sultan em linha alba, intradérmica e dermorrafia.
Ideal se utilizar fio mais calibroso no subcutâneo e parada americana;

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21
Q

Qual a diferença da evisceração para a eventração ?

A

Na evisceração há ruptura também da camada subcutânea e exteriorização das vísceras para o ambiente.

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22
Q

Quais as camadas que são rompidas em casos de evisceração ?

A

Ruptura das camadas de musculatura da parede abdominal, subcutâneo e pele;

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23
Q

O que o paciente tende a apresentar de comportamento em casos de evisceração ?

A

Tende a realizar automutilação;
Animais que vivem junto também podem fazer;

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24
Q

O que geralmente é necessário realizar com as vísceras em caso de evisceração ?

A

Ressecção e anastomose;

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25
Q

Como geralmente começa a evisceração ?

A

Apenas pedaço de omento é exteriorizado e mais tarde demais estruturas;

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26
Q

Qual a etiologia mais comum em casos de evisceração ?

A

Traumas, principalmente de brigas, atropelamentos e perfurações;

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27
Q

Qual a segunda etiologia mais comum de eviscerações ?

A

Deiscência de sutura;

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28
Q

Quais os sinais clínicos da evisceração ?

A

Visualização das vísceras;
Dor;
Edema;
Desidratação;
Hipotermia;
Lesão de alças intestinais;

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29
Q

Qual é o tratamento para eviscerações ?

A

Limpeza prévia das estruturas seguindo para o tratamento cirúrgico que cursa celiorrafia e tratamento de choque;

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30
Q

Quando se visualiza apenas o omento eviscerando o que se pode fazer ?

A

Lavar e proteger o local e operar pela manhã;

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31
Q

Evisceração é cirurgia de emergência ?

A

Sim;

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32
Q

Quais os tratamentos clínicos que devem ser realizados em casos de eviscerações ?

A

Hidratação;
Analgesia;
Antibioticoterapia;
Tratamento para choque;
Caso esteja com risco de sepse realizar antibioticoterapia endovenosa de infusão contínua;

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33
Q

Qual o conceito de prolapso ?

A

Saída de vísceras da cavidade de origem por um orifício natural acompanhada de eversão;

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34
Q

Cite 3 exemplos de prolapso

A

Prolapso de reto;
Prolapso vaginal;
Prolapso uterino;

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35
Q

Cite o conceito de protusão

A

Deslocamento de estrutura de sua posição original e anatômica formando uma saliência ou protuberância, avanço da estrutura em relação a sua posição anatômica normal;

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36
Q

Cite 2 exemplos de protusão

A

Protusão de globo ocular;
Protusão da glândula da 3° pálpebra;

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37
Q

Qual o conceito de hérnia ?

A

Deslocamento de vísceras ou estruturas de suas cavidades naturais para cavidades neoformadas através de um orifício adquirido ou dilatado (p. e. anel inguinal);

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38
Q

Quais são os componentes de uma hérnia verdadeira ?

A

Anel herniário;
Saco herniário;
Conteúdo Herniário;

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39
Q

De que é composto o anel herniário ?

A

Pele e dobra de peritônio;

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40
Q

Do que é formado o conteúdo herniário ?

A

Depende do tipo de hérnia, podendo ser intestino, baço, estômago, bexiga, próstata, útero etc.;

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41
Q

O que é uma hérnia verdadeira ?

A

É uma hérnia que apresenta os 3 componentes da hérnia (Saco, anel e conteúdo);

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42
Q

O que é uma hérnia falsa ?

A

Ausência de pelo menos um dos componentes de uma hérnia.

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43
Q

Qual a principal hérnia falsa conhecida ?

A

Hérnia diafragmática.

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44
Q

Porque a hérnia diafragmática é uma hérnia falsa ?

A

Pois é uma ruptura do diafragma com avanço das estruturas peritoneais para a cavidade torácica.

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45
Q

Como as hérnias podem se classificar de acordo com a presença de alterações funcionais ?

A

Redutíveis e Irredutíveis;

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46
Q

O que é uma hérnia redutível ?

A

Conteúdo é capaz de voltar para a cavidade natural quando se realiza pressão manual.
Tende a não ser complicada.
Indica que não se formou nenhum tipo de aderência, dilatação ou encarceramento.

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47
Q

O que é uma hérnia irredutível ?

A

Conteúdo não retorna para a cavidade natural mesmo sob pressão manual.
Tende a ser complicada.

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48
Q

Qual a estrutura que pode estar em qualquer uma das hérnias ?

A

Intestino delgado;

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49
Q

Qual outra estrutura é muito comum de estar envolvida em todo tipo de hérnia sem ser o ID ?

A

Omento;

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50
Q

O que é comum de se herniar em hérnias diafragmáticas ?

A

Estômago, baço, fígado e intestino delgado.

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51
Q

O que é comum de ser herniado em casos de hérnia perineal ?

A

Bexiga, próstata, útero, omento e intestino;

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52
Q

O que é comum de ser herniado em hérnias inguinais ?

A

útero, bexiga e intestino.

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53
Q

Em casos de hérnias diafragmáticas, onde é mais comum ocorrer a ruptura do diafragma ?

A

Em sua porção muscular;

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54
Q

Porque as hérnias perineais são mais comuns em pacientes senis ?

A

Musculatura pélvica tende a ficar mais frágil com a idade devido a diminuição de testosterona e acúmulo de gordura

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55
Q

Qual a questão hormonal envolvida na hérnia inguinal das fêmeas ?

A

Hormônios sexuais (estrógeno e progesterona) faz com que anel inguinal dilate e útero a ficar pendular predispondo a hérnia inguinal nas fêmeas.

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56
Q

O que pode estar relacionada a formação de hérnias umbilicais ?

A

Umbigo mal curado;

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57
Q

Hérnias podem acontecer do nada ?

A

Não, sempre há um fator predisponente;

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58
Q

Dificuldade para defecar pode gerar hérnia ? Se sim, qual ?

A

Sim, pode gerar muita força para o diafragma pélvico, que já está frouxo, formando hérnias perineais;

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59
Q

Ao que se resume o fator determinante de formação de uma hérnia ?

A

Aumento de pressão intra-abdominal dirigida a um determinado ponto mais fraco.

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60
Q

Quais são explicitamente os fatores determinantes de uma Hérnia

A

Gestação;
Repleção gástrica;
Traumas;

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61
Q

Quais animais são mais sujeitos a hérnias por traumas ?

A

Pequenos animais;

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62
Q

Qual o tipo e porque animais mais velhos e não castrados tendem a ter hérnia ?

A

Hérnia perineal pois cães velhos e não castrados tendem a ter tendência por conta do tenesmo ou dificuldade urinária.

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63
Q

Qual raça é mais predisposta a ter hérnia perineal ?

A

Boxer;

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64
Q

Qual hérnia o macho mais tende a ter ?

A

Hérnia perineal e inguinal;

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65
Q

Qual o tipo de hérnia que as fêmeas mais tendem a ter ?

A

Hérnia inguinal;

66
Q

Jovens tendem a ter qual tipo de hérnia ?

A

Hérnia umbilical por mal cicatrização do umbigo;

67
Q

Idosos tendem a ter mais qual tipo de hérnia ?

A

Hérnia perineal por conda da frouxidão do diafragma pélvico, principalmente em pacientes não castrados.

68
Q

O que a obesidade tem a ver com a formação de hérnias ?

A

Deposição de tecido adiposo entre as fibras musculares, principalmente do diafragma pélvico dão menor resistência ao mesmo.

69
Q

Hérnias tem efeito hereditário ou congênito ?

A

Sim;

70
Q

Quais são as duas principais complicações das hérnias ?

A

Encarceramento e estrangulamento;

71
Q

O que é o encarceramento ?

A

Ocorre muito no intestino. Quando acontece a hérnia a digestão continua a passar o que faz com que ela dilate e fique presa. quanto mais digestão passa mais ela fica difícil de sair.

72
Q

O que causa a estase de um conteúdo em intestino em casos de hérnias encarceradas

A

Fermentação com produção de gás e dilatação, o que gera estiramento da parede e aumento da pressão dos vasos levando a isquemia, necrose e liberação de toxinas, o que pode ocasionar um choque endotóxico.

73
Q

Qual a diferença entre estrangulamento e encarceramento ?

A

Estrangulamento ocorre em algumas horas e é muito agudo, o encarceramento pode ocorrer depois de alguns dias, a medida que a ingesta vai passando.

74
Q

O que é o estrangulamento ?

A

Quando uma alça intestinal torce ao redor dela mesma e com isso já tem uma isquemia logo de início.
Começa direto com uma lesão vascular.

75
Q

Deve-se sempre presar por operar a hérnia antes do que ?

A

Antes de encarcerar ou estrangular o intestino.

76
Q

Quais são os sinais clínicos gerais das hérnias ?

A

Aumento de volume no local;
Hérnias sem complicação são aquelas que nao tem dor;
Hérnias complicadas cursam com cólica abdominal, desconforto, apatia, dispneia e isquemia.

77
Q

Toda hérnia irredutível é complicada ?

A

Não;

78
Q

Como se faz o diagnóstico de uma hérnia ?

A

Anamnese e observação pois se for diafragmática vai ter desconforto respiratório, além disso, no RX é possível de se ver a curva diafragmática.
Pode-se notar pelo aumento de volume, palpação e ultrassom;

79
Q

Em que se baseia o tratamento da hérnia ?

A

Em retornar o conteúdo visceral para seu lugar de origem.

80
Q

O que muitas vezes pode ser necessário para fazer o tratamento da hérnia ?

A

Ressecção e anastomose;

81
Q

Qual o prognóstico de hérnias ?

A

Depende da hérnia mas geralmente é reservado, sendo a diafragmática diferente da crônica. Crônicas geralmente são adaptadas e de prognóstico melhor.

82
Q

O que se deve fazer caso não se saiba a causa de uma hérnia ?

A

Castrar o animal, pois sempre se deve suspeitar de caráter hereditário.

83
Q

Por onde saem as estruturas na hérnia umbilical ?

A

Cicatriz umbilical;

84
Q

Quais as estruturas umbilicais que ficam no animal adulto e qual é a sua função

A

Ligamento falciforme, é o remanescente da veia umbilical obliterada e é comum em pequenos animais.

Ligamento umbilical médio da bexiga, liga a bexica com o úraco, o úraco se torna o divertículo do uraco. Em grandes animais é relacionado com abscessos ao redor não sendo comum em pequenos.

85
Q

Quais são os três tipos de etiologia da hérnia umbilical ?

A

Congênita, adquirida e hereditária;

86
Q

Como se forma uma hérnia umbilical congênita ?

A

Fusão incompleta ou retardada das pregas laterais do músculo retoabdominal e sua fáscia.

87
Q

Como se forma a hérnia umbilical adquirida ?

A

Manejo incorreto do cordão umbilical;

88
Q

Qual importante afecção que pode gerar uma hérnia umbilical ?

A

Onfalocele.

“Congênita, tem grandes defeitos umbilicais na linha média e da pele que permitem a protrusão de órgãos abdominais do corpo. Fica só o peritônio cobrindo. São pacientes que tem outras afecções, gerando cuidados de enfermagem importantes, porque neonato não consegue operar, tem que esperar e evitar que eviscerar.”

89
Q

Quais os possíveis conteúdos de uma hérnia umbilical ?

A

Alças intestinais, omento e ligamento falciforme.

90
Q

Quais são os sinais clínicos de uma hérnia umbilical ?

A

Massa macia e circular na região umbilical, podendo ser redutível (indolor, flutuante e macia) que é menos complicado ou irredutível (dolorosa, quente, consistente e macia) que é mais complicada.

91
Q

Qual estrutura que pode sair única em casos de hérnias umbilicais ?

A

Ligamento falciforme.

92
Q

Como é feito o diagnóstico de uma hérnia umbilical ?

A

Histórico e exame físico, onde devem ser pesquisados outros defeitos congênitos (fenda palatina e criptorquidismo);

93
Q

Como é o tratamento cirúrgico para hérnia umbilical ?

A

Reduzir o conteúdo.
Realizar incisão acima do umbigo em casos de hérnias redutíveis ou então elíptica em casos de irredutíveis. Caso seja conteúdo de intestino a incisão deve ser ainda maior; Após a incisão se explora o conteúdo, avalia-se a presença do saco herniário e faz sua inversão.

94
Q

Como é o pós operatório de Hérnia umbilical

A

Repouso de celiotomia, antibiótico quando necessário, avaliar os cuidados caso tenha sido feita ressecção e anastomose.
Tratar possíveis abscessos;
Pode ter recorrência.

95
Q

Como é o prognóstico de hérnia umbilical ?

A

Bom quando não é hérnia complicada;

Reservado a mal quando teve conteúdo encarcerado ou estrangulado e também quando temos doença sistêmica associada.

96
Q

Por onde sai o conteúdo em casos de hérnia inguinal ?

A

Anel inguinal;

97
Q

De que deve ser diferenciada a hérnia inguinal ?

A

Neoplasia mamária e abscessos.

98
Q

Quais os outros tipos de hérnia inguinal

A

Hérnia escrotal;
Hérnia femoral;
Hérnia inguinal propriamente dita;

99
Q

Quais os 3 tipos de etiologia da hérnia inguinal ?

A

Congênita
Traumática
Hereditária

100
Q

Qual a causa de uma hérnia inguinal congênita

A

Defeito congênito no anel inguinal (mais aberto do que deveria ser);

101
Q

Quais os motivos para ocorrer uma hérnia inguinal traumática ?

A

Fraqueza anatômica pré-existente ou aumento de pressão intra-abdominal;

102
Q

Hérnias inguinais podem ser bilaterais ? Qual o lado mais acometido ?

A

Podem ser bilaterais mas são mais comuns de acontecerem do lado esquerdo de forma unilateral.

103
Q

Quem são mais predispostos a hérnias inguinais ?

A

Fêmeas.

104
Q

Dentre as fêmeas quais são as mais predispostas a hérnias inguinais ?

A

Cadelas de meia idade e inteiras pois quando entram em cio ou prenhez tem influência hormonal que leva a dilação do anel inguinal e ao útero ficar mais pendular;

105
Q

Qual a conduta quando filhotes caem dentro de uma hérnia inguinal ?

A

Esperar filhotes se desenvolverem e realizar a cesariana com castração da paciente.

106
Q

Como é o canal inguinal da fêmea em relação ao do macho ?

A

Canal mais curto e grosso;

107
Q

Gatas tem hérnia inguinal ?

A

Muito mais raro de acontecer.

108
Q

Quais são os sinais clínicos de uma hérnia inguinal não complicada ?

A

Massa indolor de consistência macia e pastosa

109
Q

Qual geralmente é o conteúdo de uma hérnia inguinal ?

A

Omento, útero (gravídico ou não), bexiga e jejuno;

110
Q

Qual o conteúdo que mais tende a encarcerar na hérnia inguinal e o que gera de sintomatologia ?

A

Intestino principalmente , o que gera uma massa dolorida, vômito, letargia, dor abdominal, depressão;

111
Q

O que pode acontecer caso a bexiga esteja na hérnia inguinal

A

Não consegue urinar e temos sinais clínicos condizentes com azotemia.

112
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial para hérnia inguinal em fêmeas ?

A

Neoplasia mamária.

113
Q

Como se deve realizar o diagnóstico de hérnia inguinal ?

A

Histórico, palpação e radiografia;

114
Q

O que se pode observar na radiografia de uma hérnia inguinal ?

A

Consegue ver quais estruturas são, e o anel inguinal.

115
Q

Quais os três principais diagnósticos diferenciais da hérnia inguinal ?

A

Tumores mamários, lipoma e linfadenopatias;

116
Q

Como é o tratamento cirúrgico para hérnia inguinal ?

A

Hérnias unilaterais sem complicações
Incisão sobre a face lateral ou sobre a tumefação, paralela a prega do flanco
Incisão pela linha média (principalmente por ter a mama), divulcionar por debaixo do subcutâneo (por baixo da mama), sob tecido mamário, localizar hérnia (por baixo da parede abdominal) e fazer correção. Quando vai castrar o paciente, é preferível fazer por aqui.
Dissecação romba e exposição do saco herniário
Incisão de pele, subcutâneo, divulciona para localizar o saco herniário, pode fazer com saco fechado. Posso tentar torcer para empurrar a visceral para dentro, se ela não está redutível, é complicado (não tem espaço), ou abre o saco, para colocar para dentro ou faz incisão cranial para empurrar a visceral para dentro. É preferível abrir o saco para enxergar a víscera, colocar a víscera para dentro e amputar o saco herniário.
Não pode fechar anel inguinal inteiro, porque passa estruturas nobres como nervo genito femoral e pudendo externo. Sempre deixa ⅓ do anel inguinal aberto.
Normalmente enxergo a epigástrica caudal (ramo da pudenda externa) e por ela vejo o quanto posso deixar aberto; e faço fechamento caudal. Não enxergo a pudendo externa, eu olho e evito fazer ligadura nela, porque mama vai ficar ali.
Fecha com Sultan com absorvível sintético. As vezes, faz simples contínuo antes da intradérmico, para devolver o tecido e ancorar na linha alba.
Incisão pela linha média: faço castração, se quiser castrar, usa a mesma incisão. Se precisar ser bilateral, pode usar a mesma incisão também.
Tratamento
Cirúrgico
Fechar o saco e o anel inguinal
Sutura interrompida simples: sutuan
Fio absorvível sintético (poligalactina 910)

117
Q

No que está baseado o tratamento para hérnia escrotal ?

A

Orquiectomia.C

118
Q

Como é o tratamento cirúrgico para uma hérnia escrotal ?

A

Acessa pela tumefação, mas evita acessar pelo escroto porque dá muito edema depois. Evita fazer castração escrotal em cão. Acaba pegando próximo ao anel inguinal, incisão na face lateral ou incisão na linha média e acessar o anel inguinal.
Acessa na saída anel inguinal, que se for castrar o paciente, devolvo o alça, castro o paciente e fecho a túnica vaginal. Logo, o saco herniário na hérnia escrotal, é a túnica vaginal.
Mas em machos, a glândula mamária não é desenvolvida, não tem problema fazer incisão lateral.
Saco hernial é a túnica vaginal.
Se não for castrar: devolvo a víscera e diminuo o tamanho da túnica vaginal para que a estrutura não possa voltar. Ou posso só puxar e deixar o tecido frouxo para o tecido re organizar.
Acesso femoral: acessa, devolve a víscera para tecido re organizar.
Pós operatório
Cuidados de rotina de celiotomia.
Exceto de fizer ressecção e anastomose, ai tem cuidados de ressecção e anastomose. Mas é raro
Complicações
Hematoma
Seroma
Infecção
O que acontece frequentemente, é que pacientes não são castrados.
Prognóstico
Bom: se for só útero ou intestino sem encarceramento
Reservado

119
Q

O que é uma hérnia perineal ?

A

É saída de órgãos ou tecidos da cavidade pélvica (mais comum) ou abdominal, e ocasionalmente através do diafragma pélvico.

Às vezes o que acontece é dilatação retal,reto dilata para o lado e causa aumento de volume na região. As vezes, é só hérnia perineal, pode vir omento, bexiga.

120
Q

Por qual motivo ocorre a hérnia perineal ?

A

Insuficiência dos músculos do diafragma pélvico onde as vísceras acabam vindo caudalmente ou então insuficiência do mesmo em sustentar a parede retal, a qual se estica e desvia.

121
Q

Quais são os músculos do diafragma pélvico ?

A

Elevador do ânus (uma das hérnias ocorre exatamente nele);

Coccígeo lateral;

Glúteo superficial;

Obturador interno;

Esfíncter anal externo;

122
Q

Quais são os vasos e nervos associados ao diafragma pélvico ?

A

Artéria pudendo interna;
Nervo pudendo;
Nervos retais caudais;

123
Q

Hérnias perineais ocorrem em gatos ?

A

Sim mas de maneira muito mais rara que em cães;

124
Q

O que ocorre caso se lesione o nervo pudendo e ramos retais caudais ?

A

Se a lesão for unilateral reinerva;

125
Q

Porque não se recomenda fazer reconstrução de hérnia perineal de maneira bilateral ?

A

Caso se lesione nervos bilateralmente animal ficará incontinente o resto da vida.

126
Q

Qual a faixa etária mais acometida pelas hérnias perineais ?

A

Cães com mais de 5 anos e numa média de 10 anos.

127
Q

Quais as principais raças associadas com a hérnia perineal ?

A

Bulldog, boxer, pequinês, daschhound e SRDs (mistureba);

128
Q

Quais são as classificações das hérnias perineais quanto a sua posição ?

A

Caudais
Isquiádicas
Dorsais
Ventrais

129
Q

Como são as hérnias caudais ?

A

São as mais frequentes estando entre os músculos esfíncter anal externo, elevador do ânus e obturador interno.

130
Q

Como é uma hérnia isquiática ?

A

Entre o ligamento sacrotuberal e o músculo coccídeo;

131
Q

Como são as hérnias dorsais ?

A

Entre o elevador do ânus e o coccígeo.

132
Q

Como são as hérnias ventrais ?

A

São raríssimas e estão nos músculos bulboesponjosos.

133
Q

Com o que está associada a patogênese da hérnia perineal ?

A

Atrofia muscular;
Alterações hormonais principalmente em idosos por conta da queda de testosterona.
Em idosos temos a deposição de gordura na musculatura;

134
Q

Qual a principal alteração prostática associada a hérnias perineais ?

A

Hiperplasia prostática benigna.
Há compressão do reto o que gera dificuldade para defecar, o animal faz muita força e rompe o diafragma pélvico.

135
Q

Fêmeas possuem diafragma pélvico mais forte que machos ?

A

Sim, tanto que quando ocorrem hérnias perineais está mais relacionada com o elevador do ânus.

136
Q

O que pode estar herniado em uma hérnia perineal ?

A

Próstata, bexiga, fluido seroso, gordura pélvica ou retroperitoneal, omento e intestino;

137
Q

Quais são os sinais clínicos de uma hérnia perineal ?

A

Tumefação perineal uni ou bilateral;
Pode ser redutível ou não;
Com ou sem dor;
Constipação e dificuldade para defecar;
Obstipação (não consegue defecar de fato);
Tenesmo;
Disquezia;
Prolapso retal associado;
Estrangúria;
Anúria p.p em casos de retroflexão;
Vômito por conta da dor;

138
Q

Como é o diagnóstico de uma hérnia perineal ?

A

Anamnese, associar muito a cães velhos, machos, não castrados com histórico de dificuldades para defecar ou urinar, avaliar a prostata;
Sinais clínicos;
Radiografia onde pode se notar retroflexão da bexiga.

139
Q

É fácil de sondar bexiga retrofletida ?

A

Não, tem que usar sonda mais fina;

140
Q

O que pode-se fazer na sondagem de bexiga em paciente com retroflexão ?

A

Injetar contraste ou ar (pneumocistografia).

141
Q

O que se deve fazer caso não se consiga sondar a bexiga retrofletida ?

A

Cistocentese ou compressão uretral;

142
Q

Como é o tratamento médico para hérnias perineais ?

A

Avaliar e prevenir a constipação, disúria e estrangulamento;

Tratar fatores causais como obstrução e infecção;

Facilitar eliminação das fezes que vão ter dificuldade de ser eliminadas.

Laxantes osmóticos, emolientes fecais, dietas e enemas em casos de dilatação retal.

Dieta rica em água;

143
Q

Qual o problema do laxante para hérnias perineais ?

A

Existem laxantes que fazem aumento do peristaltismo o que pode causar ruptura de alça.

143
Q

Como é o tratamento cirúrgico para hérnia perineal ?

A

Herniorrafia
Pré operatório
Esvaziar a bexiga: sondagem ou cistocentese.
Jejum e enema
Não retirar a água do paciente.
Pacientes que precisam sedar para fazer enema, não anestesia duas vezes para fazer o enema, faz imediatamente antes da cirurgia.
Estabilizar o paciente, principalmente se estiver uremico.
Bioquímico: creatinina.
Herniorrafia tradicional: posição perineal, esternal (visualiza estruturas anatômicas) ou dorsal (Por conta da castração do paciente, geralmente são pacientes não castrados. Faz antes porque é menos contaminado)
Permite a visualização anatômica das estruturas: posição esternal.
Posição perineal (ventral): as estruturas vão estar de cabeça para baixo. Mas como vantagem, não precisa reposicionar o paciente.
Cauda fica sobre as costas
Sutura em bolsa de tabaco ao redor do ânus para evitar contaminação. Precisa que volante palpe antes de fechar, para ver se reduziu o suficiente.
Se for castrar, castrar antes porque é menos contaminado. Sempre faz cirurgia do menos para o mais contaminado.
Pacientes que tem cauda, puxa e prende a cauda para cima. Preparando a cauda com tricotomia.
Incisão curvilínea de 1 a 2 cm lateral ao anus
Desde dorsal a base da cauda até ventral ao anus (região do pubis)
Incisão tecido subcutâneo aderidos e saco herniário
Identificar e reduzir conteúdo herniário (hérnia verdadeira), se for falsa, vê pela fáscia peritoneal.
Sondar, ou cistocentese, porque saco peritoneal forma bolsa de líquido parecida com bexiga, para não confundir, esvazia a bexiga antes.
Identifica conteúdo herniário.
Manter a redução com esponja úmida. Segurando as estruturas que compunham a hérnia.
Identificar os músculos envolvidos e estruturas.
Empurro todo conteúdo para trás, estruturas passaram por eles e ficaram ao redor do anus
Vai preparar vários pontos, porque se passar fechar fica com dificuldade de passar os próximos.
A hérnia mais comum é a caudal, com isso ela é entre esfíncter anal externo, elevador do anus e obturador interno
Fazer aposição do músculo esfíncter anal externo (ao redor do reto.Cuidado para não atravessar o reto) ao músculo elevador do anus e coccígeo combinados (com ou sem ligamento sacrofunerosos) lateralmente e os músculos esfíncter anal externo e obturador interno ventral mente.
Hérnia falsa, tem muita aderência, tendo dificuldade de identificar estruturas, principalmente músculos. Dificuldade em conseguir passar sutura. Tem que ficar onde imaginamos que está o músculo. O esfincter anal externo fica ao redor do reto, não posso atravessar o reto, cuidado para não pegar musculatura.
Quando não consigo fechar: uso obturador, solto ele e suturou o esfincter anal externo e ao redor do anus.
Por que evita fazer as duas hérnias quando é bilateral: evita fazer bilateral, porque se fizer lesão de nervo pudendo caudal de um lado, ele re inerva, se lesionar dos dois lados, o paciente fica incontinente para sempre.
Cuidado para não incorporar nervos pudendo , artérias femorais caudais.
Pré passar o fio de sutura monofilamentoso 0 a 2-0. Cuidado para não ancorar ao redor do nervo isquiático.
Fio inabsorvível, causa fibrose e enriquecimento. Com isso, tenta garantir que não haja recidiva da região. Mas precisa tratar a causa, antes de operar.
Agulha grande e curva
Fechar subcutâneo com sutura interrompida ou continua
Pele ponto Wolff oposto ao anus, para que nó fique longe da incisão, ao redor do anus. Ou PIS.
Fio não absorvível (náilon). Ou passar base de esmalte sobre o fio, para impermeabilizar.
Tratar a causa é muito importante, não adianta só operar, tem que tratar a causa principal.

Ideal é colocar a gaze e fazer bolsa de tabaco. Se tiver dilatação retal, não colocar a gaze, só bolsa de tabaco, para ser possível soltar depois.
Normalmente sentimos a hérnia, pois está frouxo, faz incisão ao redor.
Se não tiver tecido para aproximar, pode usar malhas à base de polipropileno. Vai suturando ele, onde juntaria os músculos.
Nos casos que tem dilatação retal, tenho o reto próximo (dilatação retal), nem tenho estruturas que vem do abdômen. O que fazer: sutura de reforço e diminuir a dilatação. Se fizer ressecção e anastomose, é muito contaminado e tem uma recuperação ruim. Indicação é fazer plicatura:
O que vai fazer é o walking suture, pegando serosa e muscular (sem penetrar na mucosa), passando várias vezes. Vai fazendo várias vezes, até o reto parecer tamanho normal, pede para o volante palpar o reto, para ver se está frouxo ou não.
Diminui saculação, reduz subcutâneo com sutuan e intradérmica. Feita com fio inabsorvível sintético, dependendo do paciente. Reduz subcutâneo com sutan.
Normalmente, o que vem do abdomen, é omento.
Recidivas -> 10% a 45% quando não trata a causa, ou quando se preocupa em sutura pré passar, começa a fechar e não consegue fechar adequadamente, deixando frouxo no diafragma pélvico.
Causa protetiva (ou prostática) -> castração. Próstata demora de 4 a 12 semanas para involuir, pelo menos por 30 dias, passa laxante osmótico como lactulona, para fezes ficarem mais pastosas, conseguindo ser eliminadas e não atrapalhar a cirurgia.
Às vezes, o pós operatório pode ter recidiva, se não tratar a causa.
Pós operatório
Facilitar trânsito intestinal
Alimentação líquida ou pastosa (já favorece que fezes saiam mais pastosas). Ou usar normal e lactulona
Antibiótico profilático (depende do paciente). Se for omento, musculatura e for recente, não precisa. Se demorou, tecido friável e sensível, tem que avaliar de acordo com o paciente
Dipirona com meloxicam. Ou tramadol, se houver dor.
Tem que avaliar cada caso.

144
Q

Quais são as complicações da hérnia perineal ?

A

Complicações
Contaminação
Lavar com água morna e sabão sempre que o animal defecar, pelo menos até tirar os pontos. Depois fica com lactulona e sem limpeza, pois não vai ter onde agarrar, já vai estar cicatrizado.
Recidiva: tomar cuidado sempre com a ancoragem das estruturas.
Entre esfincter anal externo, elevador do anus e obliquo interno (LEMBRAR)
Incontinência fecal: lesão aos nervos pudendo ou retal caudal.
Tenesmo: desaparece com o tempo
Prolapso retal: se fIrmar muito para defecar
Disfunção do trato urinário. Preocupar com lesão neurológica, se tiver bexiga na hérnia perineal, leva a recuperação maior, tendo chance de lesão neurológica vesical maior, podendo não conseguir urinar sozinho novamente. Sendo preciso sondar por um tempo, até resolver. Não é tão frequente, mas pode acontecer.

145
Q

Qual a etiologia mais frequente da hérnia diafragmática ?

A

Traumatismo;

146
Q

Quais são sinais clínicos de uma hérnia diafragmática aguda ?

A

Dificuldade respiratória com sinais mais agudos, deve ser estabilizado primeiro.

147
Q

Quais os sinais clínicos de uma hérnia diafragmática crônica ?

A

Desconforto respiratório ao se alimentar, e quando se alimenta tem dificuldade de expansão pulmonar.

148
Q

O que deve se feito em casos de hérnia diafragmática congênita (pleuroperitoneais) ?

A

Avaliar o momento de operar pois os pacientes já se encontram adaptados;

149
Q

Qual a gravidade de uma hérnia peritôneo pericárdia ?

A

Muito mais grave;

150
Q

Hérnias diafragmáticas são hérnias verdadeiras ?

A

Não, visto que não possuem os componentes herniários, como anel, saco e conteúdo;

151
Q

Quando as hérnias diafragmáticas podem se tornar verdadeiras ?

A

Nas crônicas, pois já tem o anel, pois diafragma tenta fechar.

152
Q

Do que depende a fisiopatologia da hérnia diafragmática ? QUESTÃO DE PROVA

A

Se paciente vê ou não o trauma.
Quando vê a glote fecha, puxa todo o ar e prende a respiração por tanto fica duro o diafragma que se órgãos peritoneais batem ali podem romper o diafragma;
Se não vê respira normalmente, com esvaziamento dos pulmões e ar;

Se não vê o trauma, o ar sai, fica com gradiente mais baixo, ar sai com o impacto. Pulmão esvazia e diafragma é empurrado com a víscera.
Quando paciente vê o trauma, ele puxa o máximo e prende a respiração. Na hora que vem a força, o pulmão protege o diafragma, rompe baço e fígado (rupturas de órgãos parenquimatosas), hemorragia séria, pode ser necessário intervenção urgente. PROVA

Ao romper o diafragma, tem sinais respiratórios (não vê o trauma), se vê o trauma, o choque por obstrução de fluxo, na de ruptura de órgãos parenquimatosos.

153
Q

Quais são os sinais clínicos além dos respiratórios em casos de hérnia diafragmática ?

A

Sinais de susto com mucosas pálidas, cianóticas, taquipneia e oliguria;
Se for crônica, ele se adapta. Sinais respiratórios ou gastrointestinais em situações de esforço. Dispneia, intolerância ao exercício, dor, diarréia, postura de cabeça mais em pé (membros torácicos esticados e esticam o pescoço), para tentar empurrar as vísceras para baixo. Antigamente, pegava cachorro e colocava em teste de carrinho de mão, tem piora muito rápida, podendo perder o paciente, porque de cabeça para baixo, todas as vísceras ficam deslocadas.
Respiração mais abdominal, mexe o abdomen, fazendo esforço. Músculos da respiração é intercostais e diafragma, respiração diafragmática.

154
Q

Quais os sinais clínicos de uma hérnia diafragmática crônica ?

A

Sinais clínicos respiratórios ou gastrointestinais
Dispnéia, intolerância aos exercícios, anorexia, depressão, vômito, diarréia, perda de peso e/ou dor após ingestão de alimentos.
Paciente tende a manter a postura com cabeça em pé e membros torácicos esticados, para tentar empurrar as vísceras para baixo.
Respiração abdominal: mais forçada, mexe o abdômen.

155
Q

Como se dá o diagnóstico de uma hérnia diafragmática ?

A

Histórico
Sinais clínicos
No raio X perde a linha diafragmática, perde a silhueta cardíaca.

156
Q

Como é a abordagem de uma hérnia diafragmática ?

A

Quando considerar uma emergência
Hérnias agudas: Os pacientes tendem a complicar.
Pacientes dispneico
1° coisa é colocar a máscara facial
Insuflação nasal
Tenda de oxigênio: melhor porque estressa menos. Coloca animal dentro e ele fica em lugar saturado de oxigênio.
Avaliar
Derrame pleural : ruptura de víscera dentro do tórax. Ou pleurite em vísceras abdominais no tórax.
Toracocentese
Choque
Pode ter por dificuldade de retorno venoso, por conta da presença de vísceras. Acontece em torção volvulo gástrica.
Fluidoterapia e antibióticos
Independente do choque tem déficit de infusão tecidual, podendo ter translocação bacteriana.
Por isso, sempre que o paciente estar em choque, entrar com antibiótico e com AINES.
No hipovolêmico, muitas vezes, usa só em momento inicial.

Anestesia respiração: controlada ( manual ou mecânica) e assistida
Vai ser feita até retornar a pressão negativa: seja abrindo abdômen ou tórax, porque tem comunicação entre eles, devido a hérnia diafragmática. Quando chega na cavidade torácica ou abdominal, o anestesista precisa ser avisado, até a restituição da pressão negativa.
Inicialmente tem ventilação assistida, ajudando o paciente a respirar.
Cuidado para não fazer hiperinsuflação, que pode levar a lesão de expansão com ruptura.
Necessário até que remova as vísceras -> a assistida.
A controlada é até retorno da pressão negativa.
Abordagens cirúrgicas
Celiotomia na linha média: mais frequente delas. Paciente que tem que preparar o tórax também, pois pode ser necessário fazer esternotomia.
Esternotomia mediana: muito cruenta. Serra esternebras para abrir o tórax, usa mais para cirurgias exploratórias.
Toracotomia intercostal (8° ou 9°): tem que saber se a hérnia é unilateral (se for bilateral, não faz sentido fazer de um lado e do outro) e saber qual o lado. Saber mais ou menos em qual espaço, porque tem que escolher espaço intercostal para abrir, tem que saber que é único lado e abri onde está. Normalmente é entre 8° e 9°, porque sei mais ou menos a posição.
Abriu o abdômen ou tórax, localizando a hérnia.
Se o diafragma estiver se inserindo da costa, pega sutura, passa no músculo, costela e diafragma, usa nylon ou catgut ou absorvíveis sintéticos. Se for ruptura, pega as duas bordas, junta com wolf, faz simples contínua na crista do wolf.
Entre 8° e 9° espaço intercostal, abre cutâneo do tronco, serrátil ventral, escaleno, abertura, ar entra, pulmão desinfla, termina de abrir e avisa o anestesista para ventilar.
Reduz musculatura com simples contínua, intradérmica, sutura de pele.
Se tiver dúvida, faz sempre mais cranial, pois as caudais são mais flexíveis.
Abrir com tesoura quando for abrir intercostal interno, para não perfurar.
Alis de um Aldo e outro. Aproxima, faz simples continuo. Faz Wolf.
Herniorrafia
Aguda
Crônica
Pontos
Wolff ou isolado simples
Continua simples por cima
Fio De sutura
Evitar naylo e caticut -> são cortantes.
Usar: seda, polipropileno ou vicryl

157
Q

O que se deve fazer após a cirurgia de hérnia diafragmática ?

A

Reposição da pressão negativa
Reposição da pressão negativa do tórax
Selo d’água
Toracocentese
Hiperinsulflação ->não pode ser. Porque pode levar a lesões de re expansão. Pulmão colado por um tempo e vísceras grudadas nele. Quando tira as vísceras, tem deposição de fibrina, se hiperinsuflação pode ter ruptura de fibrina e lesionar. Antes de fechar último ponto, entra com pinça hemostática, abre e pede o anestesista hiperinsulflar o pulmão e ai eu aperto o nó, para sair todo o ar.
Se for toracotomia, fica com dreno em 24h ou tempo necessário. Se foi celiotomia, restitui com toracocentese ou dreno

158
Q
A
159
Q

Quais são as principais complicações de uma hérnia diafragmática ?

A

Pneumotórax
Lesões crônicas
Lesões aderidas: com pulmões cronicamente colapsados.

160
Q

Como é o prognóstico de uma hérnia diafragmática ?

A

Se sobreviver ao período pós operatório inicial. Nas primeiras 24h acompanha o paciente.
Excelente.
O problema anatômico foi restituído. Mas para isso, o paciente tem que readaptar.
Logo, primeiras horas são bem importantes para o paciente.