Distrofias cirúrgicas Flashcards

Anna Laeticia

1
Q

O que são as distrofias cirúrgicas ?

A

São alterações teciduais que causam irritação, inflamação ou infecção e distúrbios do metabolismo, podendo alterar a cicatrização;

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2
Q

O que acontece com a cicatrização em casos de distrofias cirúrgicas ?

A

Cicatrização errônea e atrasada ou formação de úlcera ou formação de tecido infeccionado como o abscesso;

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3
Q

Quais são os exemplos de distrofias cirúrgicas ?

A

Abscessos;
Flegmão;
Fístula;
Sinus;
Queimaduras;
úlceras;
Infecções localizadas de importância cirúrgica;

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4
Q

O que é um abscesso ?

A

Principal distrofia cirúrgica;
Cápsula fibrosa envolvendo um conteúdo purulento;

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5
Q

O que é um flegmão ?

A

Infecção da pele, disseminada no subcutâneo ou entre massas musculares sem formação de cápsula fibrosa;

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6
Q

O que é um furúnculo ?

A

Inflamação do folículo piloso, com presença de tecido necrótico na região do folículo.

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7
Q

O que é um antraz ?

A

Somatório de furúnculos;

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8
Q

O que é um abscesso na maioria das vezes ?

A

É um processo inflamatório que na grande maioria das vezes é infeccioso mas não em 100% dos casos;

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9
Q

Com o que em algumas situações o abscesso está relacionado ?

A

Com corpos estranhos sem infecção;

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10
Q

Como é a caracterização do abscesso ?

A

Circunscrito por tecido fibroso (organismo entende que não é normal e tenta encapsular) em uma cavidade neoformada.

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11
Q

A presença de pus no abscesso indica o que ?

A

Infecção, pois é tecido necrótico com células mortas e líquido.

Esse líquido pode ou não ter bactérias mas na maioria das vezes tem sim;

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12
Q

Qual a etiologia geral do abscesso ?

A

Agente penetra na pele ou é inoculado ou por solução de continuidade;

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13
Q

O que é geralmente uma solução de continuidade ?

A

Geralmente é a própria ferida cirúrgica.

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14
Q

O que pode ser o abscesso inoculado ?

A

Mordedura ou arranhadura.
Corpo estranho, agentes proteolíticos injetados, gatos tendem a fazer.

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15
Q

O que temos em relação aos gatos para a formação de abscessos ?

A

Aplicação de substâncias que podem formar sarcoma;

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16
Q

O que também podem formar abscessos que geralmente não lembramos ?

A

Picadas de insetos.

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17
Q

Como podem se apresentar os abscessos ?

A

Absecessos sépticos e não sépticos;

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18
Q

Infecções por via hematógena podem formar abscesso ?

A

Sim;

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19
Q

Quais são as principais bactérias causadores de absecesso ?

A

Bactérias piogênicas como Staphylococcus, streptoccocus, colineobactéria, pseudomonas, erlíquia, e coli e proteus;

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20
Q

Como é a patogenia de um abscesso séptico ?

A

Bactérias entram - processo inflamatório - organização de fibras de colágeno na tentativa de delimitar o processo formando a cápsula fibrosa - formação dos tabiques conjuntivos (pode acontecer do organismo vencer)

Bacterias crescem - dissovem os tabiques conjuntivos - liquefação do material que eram os tabiques - formação de ambiente ácido - coleção de células mortas (inflamatórias e bacterianas) mais água e pus - engrossamento da cápsula externa.

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21
Q

Posso ter formação de abscesso sem a presença de bactérias ?

A

Sim, caso a inflamação seja muito intensa posso ter formação de tabiques do mesmo jeito.

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22
Q

O que é preciso saber para tratar o abscesso ?

A

Saber qual a fase;

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23
Q

Qual fase se trata o abscesso ?

A

Absecssso maduro;

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24
Q

O que deve-se fazer quando encontramos um abscesso imaturo ?

A

Esperar maturar para aí sim realizar a drenagem

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25
Q

Como pode se classificar o abscesso ?

A

Fase de aparecimento;
Fase de evolução;
Origem;
Localização;
Localização nas regiões;

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26
Q

Como se classifica um abscesso pela sua fase de evolução ?

A

Maduro: permite a drenagem (conteúdo liquefeito), consistência firme na periferia, sem dor, congestão ou aumento de temperatura. No centro tem consistência flutuante, sem aumento de temperatura, sem dor ou hiperemia (processo inflamatório já resolvido e transformado em pus).

Imaturo: Forma fibrose o que dificulta a drenagem. Aumento e temperatura pela reação inflamatória presente no organismo, hiperemia, dor, consistência pastosa entremeada na fibrosa, o que são os tabiques conectivos. Na periferia temos aumento de temperatura, dor, hiperemia e consistência flutuante, no centro tendem a ter consistência mais firme com pastosa e com aumento de temperatura. Nessa caso o processo inflamatório está ativo.

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27
Q

Como se classifica um abcesso em relação a sua fase de aparecimento ?

A

Agudo: 3 a 5 dias para formar;
Crônico: até semanas para se formar;

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28
Q

Como se classifica um abscesso em relação a sua origem ?

A

Sintomático (garrotilho) - sintoma de outra doença;

Idiopático: Não se sabe como formou, podendo ser picada de inseto, vacina e etc. Tutor não viu como se formou (brigas não vistas);

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29
Q

Como se classifica um abscesso pela sua localização ?

A

Superficial: Está mais na periferia do corpo, podendo ser cutâneo ou subcutâneo;

Profundo: ocorre em órgãos ou músculos, sendo os mais acometidos a próstata e o pulmão, mas também intestino e baço.

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30
Q

Como se classifica um abscesso em relação a sua localização em regiões ?

A

Em gatos é mais comum na região cervical e submandibular, pois é local de lesão comum em brigas felinas.

Em cães é mais comum em membros, face e região costal e subcostal.

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31
Q

Quais são geralmente os sinais clínicos de um abscesso ?

A

Depende se for um abscesso maduro ou imaturo.

Podem existir pacientes assintomáticos.

Imaturo: Edema, sensibilidade, aumento de temperatura e hiperemia.

Maduro: Conteúdo flutuante no meio da cápsula fibrosa.

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32
Q

Quais são os sinais clínicos de um abscesso sistêmico ?

A

Sinais gerais como hiperemia, inapetência, apatia,
A depende do tamanho e localização: abscessos maiores podem causar desconforto. Na face por exemplo pode ocorrer compressão ocular, dificuldade de se alimentar.

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33
Q

Quais são os sinais clínicos locais de um abscesso?

A

Edema, sensibilidade, temperatura, coloração mudada.

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34
Q

Abcesso fístula ?

A

Não; Abcesso drena, fura ou perfura;

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35
Q

Quanto maior for o absecesso maior o que ?

A

Maior o desconforto;

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36
Q

Como é o diagnóstico de abscesso ?

A

Sinais clínicos;
Histórico (Etiologia (brigas, mordeduras);
Aumento de volume;
Flutuação do conteúdo;
Tratos drenantes;
Se for em órgãos como pulmão pode ocorrer estresse respiratório,
Hematologia;
Hipertermia;

Caraterísticas do mesmo (classificar em maduro ou imaturo)

Punção;

US;

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37
Q

Como deve ser feita a punção do abscesso ?

A

Sempre deve ser feita guiada por US, pois pode ser uma hérnia, o que acarretará em punção de vísceras sépticas;

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38
Q

Do que deve ser diferenciado o abscesso ?

A

Hérnias, principalmente as hérnias inguinais;

Neoplasias mamárias;

Cistos;

Hematomas;

Tumores;

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39
Q

Como podemos diferenciar o abscesso de uma outra coisa ?

A

Inspeção e visualização (quando externo)

Palpação;

Anamese

US (pode fazer punção)

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40
Q

O que indica um abcesso prostático ?

A

Doença sistêmica;

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41
Q

Em quais abscessos pode se fazer centese ?

A

Apenas em maduros;

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42
Q

Quando deve-se pedir hemograma em abscesso ?

A

Quando se suspeita de abscesso em órgãos ou multiabscessos;

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43
Q

O que podem gerar os multiabscessos ?

A

Podem gerar doença sistêmica, com sintomalogia sistêmica. , podem migrar para corrente sanguínea.

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44
Q

O que geralmente se encontra no hemograma de abscesso ?

A

Leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda (suspeita de doença sistêmica)

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45
Q

O que muitas vezes precisa fazer com o animal para tratar o abscesso ?

A

Sedar o animal;

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46
Q

O que devemos fazer primeiramente para tratar o abscesso ?

A

Promover sua maturação - deve tornar o abscesso maduro para conseguir drenar adequadamente.

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47
Q

Quais os objetivos de se tratar o abscesso ?

A

Evitar disseminação de microrganismos, combater infecção local e recidivas;

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48
Q

O que se precisa fazer as vezes para tratar o abscesso ?

A

Colocar dreno.

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49
Q

Como se promove a maturação do abscesso ?

A

Primeiramente realiza-se tricotomia ampla para fazer a passagem das pomadas e tirar camada termoprotetora. Em seguida aplica-se compressas quentes e
pomadas rubefacientes e hiperemiantes que vão promover o aumento da temperatura local e vasodilatação, fazendo o n° de células inflamatórias aumentar que vão dissolver mais rápido os tabiques, causar morte das bactérias e formar pus.

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50
Q

Como o abscesso precisa se fechar ?

A

De dentro para fora, para drenar adequadamente.

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51
Q

Como é o tratamento dos abscessos maduros

A

Tricotomia e antissepsia;
Centese (para ter certeza que é absecesso) sempre no local de maior flutuação e na região mais central;
Drenagem com incisão do bisturi;

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52
Q

O que se deve fazer com o absecesso após a drenagem ?

A

Lavagem da cavidade com solução antisséptica.

Pode ser utilizada a solução fisiológica juntamente com Iodo Povidona (PVPI) ou Clorexidina ou líquido de Dakin.
Sendo que a associação com soluções iodadas é muito vantajoso.
A eficiência da lavagem não está associada ao agente, mas a quantidade de lavagem que faço.
Estudos mostram que se usar quantidade suficiente de solução, vai causar a inflamação necessária para formar tecido de granulação necessário.
Lavar 3x/dia até cicatrizar de 5 a 7 dias. Pensando que fez incisão com bisturi e vai esperar cicatrizar por 2° intenção (ferida aberta).

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53
Q

Como pode ser feito o tratamento de abscessos pequenos e isolados ?

A

Incisão elíptica isolada ao redor do mesmo, não deixar romper a cápsula. lavar a incisão, fechar e fazer cicatrização por 1° intenção.

Sedar o paciente;

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54
Q

Como é o tratamento para abscessos grandes ?

A

Remover ao redor e fazer o fechamento por cirurgia reconstrutiva (uso de flaps H)

Colocar dreno;

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55
Q

Como deve ser colocado o dreno nos abscessos grande ?

A

Incisão de entrada e saída;
Sempre com a gravidade;

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56
Q

Quais são os tipos de dreno ?

A

Entrada única, entrada e saída.
Ativo (Lavar) Lavagem sempre 3x ao dia;
Dreno passivo.

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57
Q

Como deve ser a lavagem do absecesso ?

A

Lavar até sair água igual ao que estava sendo colocado, quanto mais lavar mais rápido cicatriza.

Tratamento por terceira intenção: faz segunda intenção até a granular e depois sutura (fechamento cirúrgico).
Açúcar: ação hidroscopica, puxa todo o líquido da bactéria e acaba morrendo (bactericida). Troca inicialmente de 3 a 4x por dia, na hora que granular, não usa mais o açúcar.
Não faz sentido misturar açúcar com pomada, porque se ele mata por plasmólise, não faz sentido. Usa só açúcar ou só a pomada.

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58
Q

Como deve ser feito o tratamento de absecessos pequenos e múltiplos ?

A

drenagem e cicatrização por segunda intenção.
Tricotomia -> lanceta (incisão com bisturi, pode ser elíptica para não fechar de fora para dentro) (em grandes animais coloca solução de iodo na compressa por dentro e -> vai fechando de fora para dentro. Coloca repelente por conta de moscas.
Mas para pequenos animais, tira e deixa a drenagem ou cicatriza por 2° intenção.

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59
Q

Quando se usa antibióticos para tratar abscessos ?

A

Somente em infecção sistêmica ou em casos de absecessos em orgãos;

Tratamento é lavagem;

Pode usar em multi abscessos, ou infecção sistêmica.

Amoxilicina, ampicilina, cefalosporina, quinolonoas de 7 a 10 dias, sempre usar de amplo espectro;

Ideal é fazer cultura e antibiograma com conteúdo da primeira lavagem.

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60
Q

Do que depende o prognóstico de um abscesso ?

A

Localização
Tamanho (quanto menor, mais fácil de remover)
Facilidade de remoção (cutâneo é o melhor)
Mais fácil de drenar abscesso superficial;

Mas fazendo adequadamente o tratamento tem bom prognóstico.

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61
Q

Para que evolui o abscesso ?

A

Cura;
Flegmão;
Septicemia (cair na circulação)

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62
Q

Como pode se formar um flegmão

A

Abscesso não curado ou sozinho

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63
Q

O que é o flegmão ?

A

Processo infeccioso, sem tendência a circunscrição por tecido fibroso.

64
Q

Quais são os fatores predisponentes de um flegmão ?

A

Imunossupressão - se tiver bom sistema imune tende a encapsular;

65
Q

Quais os fatores determinantes de um flegmão ?

A

Bactérias em solução de continuidade ou inoculação;

66
Q

Como é a patogenia de um flegmão ?

A

Inflamação purulenta com tendência a se infiltrar em membrana conjuntiva sem formar membrana piogênica.

67
Q

Diferencie bacteremia e septicemia

A

Mole que nem pudim;

68
Q

Quais os sinais clínicos de um flegmão ?

A

Sinais inflamatórios;
Aumento de volume disseminado;
Consistência firme;
Aumento de temperatura;
Hiperemia;
Dor local;
Cai rapidamente no sangue pela ausência da cápsula fibrosa o que vai gerar hipertermia, apatia, anorexia, mucosas congestas, taquipneia, taquicardia, taquisfgmia.

69
Q

Como é o diagnóstico de um flegmão ?

A

Anamense (histrorico de mordedrua e etc)
Sinais clínicos como aumento de volume disseminado (região dorsal e costal é mais comum)
Centese (vê conteúdo purulento)
Aumento de temperatura;
Desconfroto;
Dor local;

70
Q

O que se encontra em um hemograma de flegmão ?

A

Leucocitose com células de defesa e desvio a esquerda;

71
Q

Como é o tratamento de flegmão ?

A

Drenagem da área de flutuação (não funciona sozinha pois tem áreas entremeadas em músculos)
Usa a drenagem só para o diagnóstico.

Antibioticoterapia sistêmica com ampicilina, amoxicilina, cefalosporina, quinolonas, por no mínimo 15 dias.

Tratar a desidratação e anorexia com fluidoterapia.

72
Q

Para o que pode evoluir um flegmão ?

A

Para um abscesso (quando melhor imunidade)
Reabsorção;
Se piorar vai para bactermia, septicemia e óbito;

73
Q

O que são as fístulas e sinus ?

A

Comunicações que não deveriam existir;

São usadas como sinônimos mas não o são;

74
Q

O que é uma fístula ?

A

Conduto acidental que une duas superfícies epiteliais que podem ser internas (mucosas) como intestinos, reto, vagina ou intestino e bexiga ou externas - com a pele, intestino com a pele, bexiga com a pele

75
Q

O que é um sinus ?

A

Conduto acidental com um fundo de saco cego, sem comunicação entre vísceras ou estruturas, tem fundo de saco cego que se comunica com o meio externo no qual se alojam corpos estranhos ou glândulas alteradas;

76
Q

O que os sinus e fístulas produzem em comum ?

A

Secreção externa que provoca lambedura nos pacientes e sinais clínicos parecidos mas por terem formação diferente o seu tratamento também é diferente.

77
Q

O que tem formando uma fístula ?

A

Conduto com duas aberturas que se comunicam com estrutura cavitária ou visceral.

Possuem revestimento epitelial;

78
Q

Como é o conteúdo de uma fístula ?

A

Depende da sua comunicação, então se for entre reto e vagina as fezes saem na vagina, se for da pele com bexiga drena urina, se for da pele com intestino drena fezes.

79
Q

O que tem formando um sinus ?

A

Abertura com conduto em saco cego;

Revestimento é de granulação (tecido cicatricial)

80
Q

O que drena em um sinus ?

A

Conteúdo inflamatório, podendo ou não estar associado com glândula.

81
Q

Quais são os sinais clínicos de fístula e sinus ?

A

Muito semelhantes;

Orifício de borda circular/oval, firme que está drenando conteúdo
Prurido na região;
Lambedura na região;
Drenagem e secreção que pode ser sanguinolenta, serosanguinolenta, purulenta, serosa;
Pelo molhado e com secreção;

82
Q

Quias são as manifestações clínicas sistêmicas de fístulas e sinus ?

A

Febre, principalmente se for uma fístula interna;

83
Q

Quando geralmente se forma um sinus ?

A

Corpo estranho, no qual o organismo tenta expulsar o que está causando o problema;

84
Q

Como é feito o diagnóstico de uma fístula ou sinus ?

A

Anamnese descobrindo o tempo decorrido e tratamentos já realizados, se foi feito cirurgia pode ser fio (sinus abdominal), saber se tem glândula inflamada, fístula reto-vaginal;

Inspeção cuidadosa do trajeto, avaliando profundidade, sonda uretral ou estilete de ponta romba podem ajudar, se não tiver histórico tem que ir atrás;

Radiologia; Uso de fistulograma (injeção de contraste pela abertura para ver o trajeto)

85
Q

Como é o tratamento de uma fístula ?

A

Reconstituição anatômica da comunicação que não deveria existir por meio de exploração cirúrgica.

Curetagem do trajeto, fechamento por segunda intenção em fístula maxilar para drenar por conta da sinusite que causou aquilo e fechamento por primeira intenção em casos de fístula retovaginal;

86
Q

Como é o tratamento para sinus ?

A

Remoção do fator irritante (glândula ou corpo estranho);

Lavagem;

Síntese;

Exploração cirúrgica com incisão elíptica, retirada do corpo estranho/glândula, lavagem e uso de dreno quando pertinente.

Quando há processo inflamatório instalado deve só fechar mas pode ser que volte a formar;

Lavagem com solução iodada 1:1000 mas hoje já se mostrou que não é necessária.

87
Q

Quais são os sinus mais comuns ?

A

Sinus abdominal e sinus perianal;

88
Q

Quando surge o sinus abdominal ?

A

Uso inadequado de fios de sutura não absorvíveis em estruturas internas (fios de algodão, linho, seda e no subcutâneo com nylon);

89
Q

Como se forma um sinus abdominal ?

A

Reação inflamatória do conduto da pele até o local do corpo estranho;

90
Q

O que é importante se fazer no caso de sinus abdominal ?

A

Retirar o fio de sutura, tratar depois com solução fisiológica e merthiolate;

91
Q

O que pode-se fazer no caso de sinus abdominais mais profundos ?

A

Usar cefalexina para aumentar a reação ao fio por 10 dias, tem pacientes que só isso resolve mas se não resolver tem que fazer cirurgia para retirar o fio;

Quando se usa absorvível e trata com cefalexina resolve mais se for inabsorviel tem que tirar esse fio;

92
Q

Como também é chamado o sinus perianal ?

A

Fístula perianal.

93
Q

Qual raça tem predisposição para sinus perianal ?

A

Pastor alemão

94
Q

Como se forma o sinus perianal no pastor alemão ?

A

Reação inflamatória ou infecciosa da glândula perianal relacionada com impactação da glândula;

Normalmente quando as fezes saem, elas massagem a glândula e elas colocam secreção na glândula. Mas se tiver paciente com diarréia ou com fezes impactadas, causa problema. Ou fezes ressecadas, as fezes impactam a glândula, conteúdo endurecido na região, impacto e forma o sínus ( drenando o conteúdo da glândula para outra região).
Só que isso costuma contaminar, fazer miíase, formar abcesso ao redor. Piora o tratamento, precisa tratar isso.

95
Q

Como se forma o sinus perianal ?

A

Conduto ligando pele a glândula alterada;

96
Q

Quais são as fístulas mais comuns ?

A

Fístula infraorbitária;
Fístula oronasal adquirida;
Fenda palatina (fístula oronasal congênita)
Fístula retovaginal;

97
Q

Quais os dentes que são mais afetados pela fístula oro nasal adquirida ? QUESTÃO DE PROVA

A

Canino e prémolar;

98
Q

O que é a fístula oronasal adquirida ?

A

Afecção dentária, geralmente em 4° pré molar superior em cães e canino nos gatos.O

99
Q

O que pode gerar uma fístula oronasal adquirida ?

A

Microabsecsso periapical ou apical;

100
Q

Como é a patogenia de uma fístula oronasal adquirida ?

A

4° pré-molar - abscesso periapical - digere o osso alveolar - comunicação com cavidade nasal - sinusite - digere osso maxilar - formação da fístula;

101
Q

Como o paciente fica drenando conteúdo em casos de fístulas infraorbitárias ?

A

Paciente vai ter drenagem pelo nariz, com conteúdo mucopurulento ou serosanguinolento que vem da infecção do dente (atravessou as cavidades: oral -> nasal -> externa).

102
Q

Quais são os sinais clínicos da fístula infraorbitária ?

A

Aumento de volume;
Sinusite;
Espirro;
Descarga purulenta nasal;
Ao se alimentar comida pode entrar e da desconforto para respirar;
Desconfroto para alimentar;

103
Q

Como é o diagnóstico de fístula infraorbitária ?

A

Raio X onde se nota a reabsorção da raix dentária do 4° pré-molar;

104
Q

Como é o tratamento para fístula infraorbitária ?

A

Canal;
Extração dentária;
Curetagem do canal: Lavagem de dentro para fora e de fora para dentro;
Incisão elíptica na região da face, debridamento, fechamento por 1° intencião.
Antibioticoterapia por 3 semanas;
AI e analgésico;
Colar elizabetano;

105
Q

Cite o conceito da fístula oronasal adquirida

A

Fístula entre cavidade oral e nasal que foi adquirida por algum motivo.

106
Q

Quais são as causas da fístula oronasal adquirida ?

A

Odontopatias em caninos e molares;
Traumatismo;
COmplicações cirúrgicas em cirurgias orais que acabam em deiscência;

107
Q

Quais são os sinais clínicos da fístula oronasal adquirida ?

A

Espirros;
Descarga nasal;
Dificuldade de se alimentar.
Consegue ver o orificio principalmente se for canino, não fecha sozinho (grande),

108
Q

Como é o diagnóstico da fístula oronasal adquirida ?

A

Identificação da comunicação anormal entre cavidades;

109
Q

Qual o tratamento da fístula oronasal adquirida ?

A

Remoção do dente alterado;
Curetagem;
Flape gengival;
Alimentos pastosos por2-3 semanas;
Não dar brinquedos;
Antibioticoterapia depende da situação; pneumonia por aspiração deve ser tratada de forma sistêmica e também bronquites e traqueites;

110
Q

Como é a cirurgia da fístula oronasal adquirida ?

A

Fazer uma incisão ->reavivar a borda (curetar ou incisão) -> Flap de avanço com incisão paralela -> divulsão a e solta a pele ao redor -> puxa a pele solta para cima do local aberto -> sutura onde já fez incisão ao redor, para garantir que volte a cicatrizar .
Boca cicatriza rápido porque tem muitas hemoglobulinas e é muito vascularizado. Normalmente com 5 dias já está cicatrizado.
Usa fios absorvíveis e sintéticos.

111
Q

Como é a fenda palatina primária ?

A

Lábio leoporino ou lábio fendido
Lesão nasal e na pré-maxila;
Acontece naquele filhote menor da ninhada que engasga, espirra e geralmente também cursa com criptorquidismo, más formações e hérnias umbilicais;
Palato é totalmente aberto;
Tem que esperar até os 3 meses para cirurgia;

112
Q

Como se trata a fenda palatina primária ?

A

Geralmente precisa de 4 a 5 cirurgias para ele melhorar.
Fio de cerclagem para unir o palato -> sutura por aproximação e une.
Pode também fazer dupla incisão, uma perto dos dentes e outra onde está fendido. Faz Swift e deixa os nós voltados para cavidade nasal. Tem menos chance de deiscência.
Nessa, as duas incisões onde tem osso fica exposto e fecha por segunda intenção, o palato, onde estava com defeito foi tampado.

113
Q

O que é a fenda palatina secundária ?

A

Secundária
Fenda palatina ou palato fendido.
Lesão congênita.

114
Q

O que é a fístula retovaginal ?

A

É a comunicação anormal do reto com a vagina, e a vulva funciona como orifício comum do intestino e sistema urinário.
Quanto mais longe do anatômico, maior a chance de incontinência.
Pode ter paciente que tem pielonefrite, infecção urinária.

115
Q

Como pode ser classifica a fístula retovaginal ?

A

Congênito
Associado a atresia anal

116
Q

Quais são os sinais clínicos da fístula retovaginal ?

A

Fezes na vagina
Anus imperfurado.

117
Q

Como é o diagnóstico da fístula retovaginal ?

A

Enema com sulfato de bário.
Para ver se reto está próximo
Entrar com contraste pela vagina mesmo, se o anus for imperfurado.
Exame de urina
Exame de sangue
Para ver se tem infecção sistêmica
Castração
Já que é um problema congênito. Não sabendo se é hereditário ou não.

118
Q

Como é a cirurgia para fístula retovaginal ?

A

Reto e vagina são paralelas, têm comunicação entre eles. Entrar com punção pela vagina, sobe com comunicação com o reto e tenta perfurar o ânus. Muitas vezes tem que fazer episiotomia para que tenha acesso a fístula e possa reconstruir.
Faz episiotomia, entrar com a pinça, coloca onde seria o ânus e faz incisão em cruz. Sobra os 4 quadrantes. Faz espatulação, suturando o reto, criando um anus para o animal.
Vem e fecha a episiotomia.
São pontos que não pode deixar muito frouxo, mas também não pode deixar tão apertado.
Hoje não usa mais o naylon, usa fio absorvível para ficar mais macio e não incomodar muito o paciente.

119
Q

O que é uma úlcera ?

A

É uma solução de continuidade na pele ou mucosa, que tem perda de tecido e está inflamada.
Ferida com tendência a persistir ou progredir. Não tem tendência a cicatrizar.

120
Q

Quais são os componentes de uma úlcera ?

A

Fundo: avermelhado
Bordo: avermelhado
Secreção: purulenta, amarelada.
Característica engrossada, Hiperêmica, tem dor.

121
Q

Quais são os fatores predisponentes de uma úlcera ?

A

Todas as situações relacionadas com debilidade do tecido. Um tecido normalmente tende a cicatrizar, se não cicatriza, tem haver com a debilidade do tecido.
Anemia
Desnutrição
Enfermidade infecciosa

122
Q

Quais são os fatores determinantes de uma úlcera ?

A

Infecção persistente: organismo não dá conta de sair da fase de desbridamento.
Fases da cicatrização: inflamação, desbridamento, proliferação, remodelação.
Desbridamento é onde podemos agir, relacionado a limpeza, quanto antes limpa, mais parte para proliferação.
Polimorfonucleares não vencem a remoção de bactérias
Porque está recontaminado e ele não está dando conta. Processo de cicatrização não saí do desbridamento. Só saí quando faz a limpeza que o corpo não está conseguindo.
Só vai sair quando permitimos
Processo estaciona na fase de desbridamento
Lesão nervosa
Lesões indiretas
A distância do foco de origem: posição inadequada. Ex: úlcera de apoio, por apoiar de forma errada.
Posição inadequadas
Lesões diretas
Terminação vasomotora com prejuízo aporte sanguíneo , causando isquemia, cianose e necrose.
Neoplasias
Radiação
Luz solar em animais de pelagem clara: faz depósito causando excesso de energia intracelular e carcinoma de células escamosas, mas pode começar por úlcera.
Lesões cutâneas
Excesso de energia intracelular
Trauma contínuo:
Sangue, seca, crosta, animal lambe
Lambedura,coçar, começa o processo de novo
Agentes químicos
Uso excessivo de produtos de limpeza no canil ou local que paciente pise por frequência, causando dermatite interdigital por contato.
Acúmulo interdígitos por contato
Circulação deficiente
Prejuízo de aporte sanguíneo: isquemia -> cianose -> necrose. Muito parecido com lesão direta. Não quer dizer que está relacionado a parte nervos, está relacionado a vascularização.
Decúbito prolongado: asa de íleo, tuberosidade isquiática.

123
Q

Quais são as fases da úlcera ?

A

Fase de persistência : ulcera se mantém ou piora
Fundo vermelho, irregular
Pus
Bordas ásperas e irregulares
Pus, ou exsudação profusa
Fase de cicatrização e regressão : começa a cicatrizar. Borda mais inclinada, mais condizente com a lesão.
Fundo rosado
Exsudato seroso
Bordas com tecido de granulação

124
Q

Quais são os graus de apresentação da úlcera ?

A

grau 1
Perda só da pele
2
Exposição do subcutâneo
3
Exposição da camada adiposa.
4
Perda de todas as camadas
Visualização de fáscias, aponeuroses, ossos e órgãos.
Pode ser necessário tratar cirurgicamente para proteger.

125
Q

Quais são os sinais clínicos da úlcera ?

A

Características de fundo, borda, secreção local
Dependendo do local, lesão de córnea, vai ter mínima secreção com exsudato, odor.
Secreção mínima com exsudato, hemorrágica ou purulenta com odor, consistência e coloração
Local atingido: córnea, por exemplo
Blefaroespasmo
Desconforto a luz
Uso de fluoresceína, lava para ver onde ela marcou, que é a úlcera.
Rosa de bengala para ver as camadas.

126
Q

Como é o diagnóstico de uma úlcera ?

A

Histórico com dificuldade de cicatrização. Normalmente são pacientes que tentaram usar outras coisas, com exceção à úlcera de córnea.
Apresentação da ferida: duodenais, de estômago, de córnea.

127
Q

Como é o tratamento de úlcera geral ?

A

Geral
Remover a causa, para que não continue determinando a úlcera, para que tecido consiga cicatriza.
Tricotomia da área
Limpeza da ferida
Clínico
Iodo 6% ou 10% para reavivar as bordas. Pode-se usar água oxigenada no primeiro momento.
Tratamento da ferida
Excisão cirúrgica
Depende da extensão e elasticidade para ver se é possível fazer o fechamento.
Grau 3 ou 4: dependendo do grau tenho que fazer proteção para não furar o olho, no caso de úlcera de córnea.
Úlcera tumoral: se não tirar o tumor, não cicatriza nunca.

128
Q

Como é o tratamento de úlcera de córnea ?

A

Córnea
Flap palpebral (flap da 3° pálpebra -> passa na pálpebra, 3° pálpebra e o animal pisca, está ultrapassado, porque tem flap da esclera e o animal continua piscando o olho, com olho normal), antimicrobianos,atropina (para tirar a dor)
Não pode usar corticóides. Atenção aos colírios que têm corticóides. Tem que usar anti inflamatórios não esteroidais, como o still por exemplo.

129
Q

Como é o tratamento de úlcera gástrica ?

A

Espasmolíticos: tirar o desconforto. ex: buscopan
Antibióticos: avaliar se precisa
Protetores
Antiácidos
Inibidores da secreção gástrica e reidratantes.
Sucralfato faz película no estômago. Em situações graves, associa o omeprazol com sucralfato antes de se alimentar, porque suco gástrico não faz ou piora a lesão.
Tem que avaliar se precisa de celiotomia e ressecção de úlcera se tiver profunda. Se perfurar, pode causar peritonite.

130
Q

Quais são as complicações de uma úlcera ?

A

Progressão das lesões
Olho: perfuração do olho
Duodenal: peritonite
Exposição óssea: osteomielite
Nervo: infecção nervosa
Superficial: infecção, miíase

131
Q

Fale sobre a úlcera de decúbito

A

Decúbito prolongado devido a alterações sistêmicas. Não é qualquer paciente que tem úlcera de decúbito.
Até 30 minutos: não há lesão
De 30 min a 2h: eritema local reversível
Depois de 2h: irreversível
Estado nutricional aliado ao decúbito prolongado : baixa quantidade de gordura, tecido. Locais onde tem mais aporte ósseo, com menos músculo (ponta óssea, com pouca proteção de tecidos moles):
Tuberosidade isquiática
Asa do óleo
Trocanter maior do fêmur
Côndilo lateral do fêmur
Situações
Internação hospitalar
Má limpeza: fezes, urina que ficaram depositadas.
Agentes de limpeza: pequenos animais
Uso de maravalha para acolchoar o local.
Pequenos animais: uso de acolchoamento do local.

132
Q

O que é uma gangrena ?

A

Processo de mortificação tecidual, necrose e perda de substância envolvendo apenas uma região, um órgão todo ou parte de um órgão e membros.

133
Q

Como é classificada a gangrena em relação a sua etiologia ?

A

Séptica e não séptica;

134
Q

O que é a etiologia da gangrena séptica ?

A

Causada por microrganismos, que fazem um processo infeccioso.
Agentes bacterianos que determinam morte celular.

A morte celular nessa ocasião causa a gangrena;

135
Q

Como é formada a gangrena gasosa ?

A

É uma gangrena séptica feita por Clostridium;

136
Q

Como são classificadas as gangrenas não sépticas ?

A

Diretas ou indiretas;

137
Q

O que são gangrenas assépticas diretas ?

A

Gangrena de ação direta sobre os tecidos, causando uma redução da vascularização e morte celular;

138
Q

Quais são as causas da gangrena direta asséptica ?

A

Físicos: traumatismos graves diretos, ferimentos sob pressão, como arreio, sela, frio excessivo, contusões graves;

Químicos por agentes caústicos, coagulantes, necrosantes, ácido clorídrico e veneno de animais (picada de cobra);

139
Q

Quais são as mais frequentes causas de gangrena asséptica ?

A

Diretas, por conta de meios físicos e químicos;

140
Q

O que são as gangrenas assépticas indiretas ?

A

Ocorrem a distância da lesão mas influencia na gangrena;

141
Q

Quais são os tipos das gangrenas indiretas ?

A

Vasculares;
Nervosas;
Endócrinas;

142
Q

O que são as gangrenas vasculares

A

Compressões vasculares prolongadas: imobilizações inadequadas (garroteamento). Ex: imobilização para fraturas, que a vascularização não consegue passar.
Tromboses e tromboembolias: tromboembolismo aórticos felino : trifurcação onde tem aorta e 2 artérias ilíacas, trombo se forma ali, causando paralisia aguda membros pélvico, ausência de pulso femoral no doppler (não sente o pulso porque não passa sangue), extremidades frias, coxins plantares cianóticos, muita dor = cirúrgico com remoção do trombo e uso de anticoagulantes por um tempo. Investigar o que causou para não deixar acontecer novamente
Patológicas: prolapso de reto, útero, bexiga, hérnia intestinal estrangulada, intuscepção, torção de alças ou órgãos. Causa um déficit de vascularização que pode ser obstrução parcial ou total de sangue (vascularização), que pode causar a morte (total com morte celular) ou parcial (reverte cirurgicamente).
Não é comum causar necrose de toda bexiga, mas uma parte pode causar e acabar sendo preciso retirar, por cistectomia.

143
Q

O que são as gangrenas nervosas ?

A

lesões em terminações vasomotoras comprometendo o suprimento sanguíneo. O corpo entende que não precisa vascularizar a região, porque o nervo acaba perdendo a sensibilidade e não permitindo a vascularização.

144
Q

O que são as gangrenas endócrinas ?

A

Gangrena de diabéticos (não comum na veterinária e sim em humanos)
Demanda energética - glicose intracelular - paciente não consegue fazer isso, ocorre mobilização Lilica - cetogênese - ocorre infiltração gordura parede endotelial (gordura que se oslta vai para o vaso e acaba aderindo em regiões de estremidade, que vai afunilar e obstruir a região - formando formação placa ateroma - redução do calibre vascular - obstrução, que se ocorrer vai ocorrer a formação de um embolo em um vaso (artéria ou veia).

145
Q

Como é a gangrena seca ?

A

Parece uma casca
Alteração arterial
Os tecidos deixam de receber, gradativamente, o sangue. Tecido vai ressecando na área vascularizada por aquele vaso.
Mas tem uma drenagem correta do sangue que chega. O sangue que estava no tecido vai sendo drenado. O tecido vai ressecando e endurecendo, parecendo mumificação.
Cor e aspecto de pergaminho, frio, duro, insensível (múmia). Cega até a produzir som quando bate, tecido fica ressecado.
Seca e dura
Chegando a produzir som a percussão
Tendem a ser cutânea e superficial, mas podem ser também, lesões de extremidades
É asséptica. Não é comum ter contaminação bacteriana, porque o lugar morreu e a bactéria não consegue comer nada. Podem começar sépticas, mas normalmente começa asséptica e termina asséptica.
Sem odor

146
Q

Como é uma gangrena úmida ?

A

Molhada, tecido fica ingurgitado
Alteração venosa. Sangue chega normalmente pelas artérias, mas não consegue ser drenado, tecido fica ingurgitado e encharcado.
Sangue chega adequadamente mas não é drenado corretamente
Pode ter um início asséptico, mas com a evolução ela vai se contaminando, ficando úmida e séptica. Isso é interessante quando pensamos em tratamento.
Coloração varia do marrom escuro ao azulado
Aspecto pastoso, amolecido
Na fase de desenvolvimento é muito sensível e quente, passando a insensível (tecido necrosado), frio e mole
Odor caracterizado devido a contaminação e putrefação do tecido (degradação de proteínas com exposição do enxofre). Cheiro de podre mesmo, bem característico.
Tende a ter secreção.

147
Q

Quais são as 3 fases de evolução da gangrena ?

A

Mortificação, eliminação e reparação

148
Q

O que acontece na fase de mortificação da gangrena ?

A

Evidente mudança de coloração
Seca: aspecto de pergaminho, coloração marrom
Úmida: aspecto pastoso, roxo - azulado e aumento de volume.
Tecido está em mortificação, morte celular

149
Q

O que ocorre na fase de eliminação da gangrena ?

A

corpo tenta separar, para que o tecido não invada outras áreas.
Marginação de bordas : separação de tecido sadio e tecido morto
Formação de um sulco de eliminação
Mais evidente na Gangrena seca
Na úmida a eliminação é mais difícil
Muitas vezes teremos que intervir, para que a Gangrena não continue se espalhando.
Gangrena do diabético vai se espalhando e a pessoa acaba perdendo um membro inteiro.
Sulco de eliminação tenta se formar, mas tende a ter hemorragia (tem que ficar atento por isso). Muitas vezes, tem que amputar a área, para evitar sangramento e fazer com que evite a invasão de tecidos.

150
Q

O que ocorre na fase e reparação da gangrena ?

A

Ocorre deposição de tecido de granulação -> seca
Na úmida pode acontecer, mas é raro.

151
Q

Como se faz o diagnóstico de uma gangrena ?

A

Pelos sinais clínicos;

152
Q

Quais são os sinais clínicos da gangrena

A

Mudança de coloração. Avaliar se é seca ou úmida e o que espera de sinal clínico. Não gera dúvidas de que ocorreu a gangrena, dá para perceber que teve uma necrose.
Resfriamento da área
Insensibilidade

153
Q

Como é o tratamento da gangrena ?

A

Não tem como reverter tecido que se necrosou, só tem como impedir que ela se dissemine.
Impedir a extensão do processo
Facilitar desprendimento da parte mortificada
Na úmida: se evitar contaminação e séptico, consigo restringir o processo e ela pode até se delimitar, cair a área e formar tecido de granulação.
Debridamento cirúrgico da área: facilitar desprendimento da parte mortificada.
Facilitar a cicatrização: tricotomia, limpeza
Melhoria das condições locais
Antissépticos
Evita mau cheiro - cloro:
Evita anaerobios : H2O2
Evitar pomadas e pós: podem aumentar a anaerobiose -> aumenta extensão da gangrena.
Fazer a eliminação das partes mortificadas.
Remover a causa base: saber o que causou.
Amputação da zona mortificada
Com margem de segurança. Se eu ver que gangrena não vai ser capaz de solucionar sozinha.
Melhoria das condições gerais
Agentes depositantes: glicose a 5% -> auxilia o fígado para que ele consiga degradar substâncias (como radicais livres e bactérias)
Evitar o choque
Antibióticos (avaliar a necessidade. Mas nas úmidas geralmente é usado): cultura X faz antibióticos anaeróbicos. Quando é gangrena seca, normalmente não precisa de antibiótico. Mas se a seca for em área mais profunda, faz antibiótica.
Fluidoterapia: 40( idosos) ,50 (adultos) ,60 (jovens) ml/kg/dia 24h
Para ajudar a eliminar as toxinas do organismo.
Antinflamatório
Amputação da zona mortificada : membros (extremidade)
Locais de amputação do membro torácico:
Remoção da escápula: quando tem tumores. Para garantir a margem de segurança. Tumores em rádio, tem que fazer a amputação mais distante possível.
Quando a gangrena não está atingindo área que precise remover a escápula, nós evitamos remover, porque a escápula faz proteção do tórax. Quando removo a escápula, o tórax fica desprotegido nessa área.
Secção de ⅓ proximal do úmero: paciente apoia o coto e faz úlcera de pressão. Faz só quando tem vontade de colocar prótese. Para o cão não apoiar, não faz essa.
Desarticulação escápulo umeral: úmero, cabeça do úmero, com cavidade glenóide. Precis, para evitar o cisto sinovial: cartilagem hialina que produz líquido sinovial, se desarticular e fechar, continua sendo produzindo, formando cisto no local. Precisa então raspar a cartilagem hialina, até chegar no osso, osso é fosco, sabemos que chegamos nele e tira toda a cápsula ao redor.
Secção do colo da escápula: serra a escápula e tira cavidade glenóide. Não tem problema de líquido sinovial, mas eu tenho que minar pontas de ossos e acolchoar bem
Locais de amputação do membro pélvico
Desarticulação coxo femoral
Evita secção de ⅓ proximal do fêmur, para evitar o apoio e formar o coto, com úlcera de apoio. Tem que avaliar o que fazer. Não deixando cotos, é suficiente, eles se adaptam.
Cuidados para amputação do membro
Amputação com margem de segurança. Para que a necrose não continue e o tecido possa cicatrizar.
Secção de pele e músculos para proteger a parte óssea. No membro torácico, lembrar do plexo braquial.
Artérias e veias: vão ser ligadas. Liga artérias primeiro, para evitar sangramento muscular.
Nervos: para evitar dor fantasma -> tração, corta com tesoura curva
“ Membro fantasma”: dor ou coceira. Tracionar, entrar com tesoura curva e isola

154
Q

Quais são os possíveis complicações da gangrena ?

A

Progressão da necrose
Depende do grau e local da lesão. Se é de extremidade, se é de órgão. Torção de lobo pulmonar, causa gangrena. Tem que abrir, para retirar para que ele não caia dentro da cavidade.
Lesão por picada de aranha: geralmente mais superficial.
Septicemia
Hemorragia do sulco delimitador
Choque toxêmico
Miíase

155
Q

Como é o prognóstico da gangrena ?

A

Bom
Gangrena restrita a uma pequena área, restrita a pele e subcutâneo
Ruim
Mortificação de uma extremidade.
Apesar de que quando consegue fazer amputação, os pacientes se recuperam bem.
Peso fica 65% na frente e 35% atrás.
Quando um dos membros pélvicos é removido, eles apoiam e nem percebem, mas os membros torácicos demoram mais a adaptação.

156
Q

Como é o processo cirúrgico da cirurgia de gangrena ?

A

Cirurgia
Proteger área que não tricotomizar ->incisão de pele (avalia necessidade de ser mais proximal ou distal) -> divulsão da musculatura -> clamps-> secção da musculatura -> localiza nervos e veias -> amputação do osso do membro -> fecha musculatura-> sutura pele. Sutuan com poliglactina 910.