Síndromes Febris Flashcards

1
Q

Leptospirose

*Vasculite infecciosa

A
  1. Agente: Leptospira interrogans (espiroqueta)
  2. Roedores são os principais reservatórios sendo portadores
    1. Rattus novergicus (rato de esgoto) principal portador do sorovar Icterohaemorraghiae
  3. “Alberga” os germes nos rins e eliminando-o vivo p/ ambiente (solo ou água) pela urina
  4. Homem é hospedeiro acidental → penetra por abrasões na pele ou mucosas pelo contato com urina contaminada
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2
Q

Leptospirose

A
  1. Síndrome febril = a dengue, que pode evoluir p/ forma grave (Sd. Weil)
  2. Principais meio de contágio: enchentes e chuvas forter*
  3. Atividades de risco: colheita de arroz, esgoto, minas e túneis, estáblos e abateduras, pescaria e represas
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3
Q

Patogenia da Lespstopirose - Fase da Leptospirose

A
  1. Penetra pele/ mucosas → corrente sanguínea → disseminação
  2. Lesão direta do endotélio vascular: capilarite generalizada
  3. Adesão das leptospiras à membrana das céls
  4. Fígado e rim são órgãos mais afetados
  5. Pulmão: (disfunção pulmonar é principal causa de óbito (capilarite difusa)
  6. Coração: miocardite mononuclear
  7. Miose
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4
Q

Patogenia da Leptospirose - Fase imune

A
  1. Anticorpos IgM antileptospira
  2. Resposta humoral elimina por opsonização as leptospiras de quase todos órgãos, menos das meninges, olhos e rins (TCP)
  3. Eliminação urinária de leptospiras pode persistir por 6 semanas a 3 meses
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5
Q

Leptospirose - QC

A
  1. Incubação de 7-14 dias
  2. Forma anictérica (90-95%): síndrome febril aguda c/ curso bifásico → fase da leptospiremia (3-7 dias) → fdesfervescência (1-2 dias) → fase imune (4-30 dias)
  3. Forma íctero-hemorrágica ou Síndrome de Weil (5-10%): icterícia, IRA e hemorragia
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6
Q

Leptospirose - Forma Anictérica (Leve)

  • Leucocitose c/ desvio à E, plaquetopenia* (por ativação endotelial), ↑ VHS, CPK
  • Febre bifásica + Sufusão conjuntival + Dor nas panturrilhas
A
  1. Fase da leptospiremia (3-7 dias) : febre alta remitente (38-40ºC c/ oscilações diárias s/ normalidade), calafrios, cefaleia (frontal e retro-orbitária), náusea, diarreia (15-30%), tosse seca/ dor garganta (20%) e rash eritematoso maculopapular pré-tibial
    1. MIALGIA (Panturrilhas, dorso e abdome)
    1. Sufusões conjuntivais (“olho vermelho” em 30-40%)
  2. Fase imune (4-30 dias): recrudescimento da febre, pode ter complicações reativas
    1. Meningite asséptica: manifestação neurológica MAIS comum (15-40%) → Liquor: pleocitose linfocítica (mononuclear), glicose normal
    1. Uveíte (10%): mais tardia que pode recidivar
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7
Q

Leptospirose - Forma Íctero-Hemorrágica (Síndrome de Weil)

**Síndrome pulmão-rim

A
  1. Tríade: Hemorragia Alveolar (principal causa morte) + Lesão Renal Aguda (↓ K+) + Icterícia rubínica (↑ BD/ ↑ FA e GGT)
  2. Letalidade de 10-40%
  3. Sorogrupo: L. icterohaemorrhagiae
  4. Início anictérico (leve) c/ evolução fulminante p/ Sd. multissistêmica (4-9 dias)
  5. HEPATOESPLENOMEGALI (20%)
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8
Q

Leptospirose - Forma Íctero-Hemorrágica (Síndrome de Weil)

A
  1. Icterícia rubínica (alaranjada pela vasculite conjuntival associada): ↑ BD/ ↑ FA e GGT
  2. IRA hipocalêmica*, mas o típico é oligúria c/ K+ normal
  3. Diáteses hemorrágicas (40-50%): equimoses, peteguias, HD e hemorragia pulmonar
  4. Miocardite
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9
Q

Leptospirose - Dx:

A
  1. Inespecíficos: ↑ CPK/ ↓ plaquetas
  2. Específico: Microaglutinação ≥1:800 (padrão-ouro)
  3. Cultura positiva no sangue ou liquor nos primeiros 7 dias, e na urina após 7-10 semanas (baixa sensibilidade)
  4. Exames sorológicos (macro, micro, hemaglutinação indireta e ELISA): positivo só após 7 dias (fase imune)
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10
Q

Leptospirose - TTO:

A
  1. Pode ser autolimitada o ATB ↓ intensidade e duração dos sintomas e ↓ morbimortalidade da forma grave (Weil)
  2. Início precoce nos primeiros 5 dias é o ideal, mas pode ser começado a qqer momemnto
  3. Forma leve (anictérica): Doxiciclina 100 mg VO 12/12h 5-7 dias OU Amoxicilina 500 mg 8/8h por 5-7 d
    1. Doxiciclina é contraindicada em gestantes, <9 anos e c/ IRA ou Insuf. hepática
  4. Forma grave: Penicilina Cristalina 1,5 mi UI IV 6/6h OU Ceftriaxona 1-2g IV/d OU Azitromicina 500 mg IV/d (todas por no mínimo 7 dias IV)
    1. Associar medidas de suporte: hidratação volêmica ± K+ ± HEMOdiálise
    1. Pelo risco de SDRA: IOT + VM c/ baixo volume corrente (protetora)
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11
Q

Leptospirose - Profilaxia

A
  1. Controle de ratos
  2. Controle de grupos ocupacionais c/ roupas adequadas
  3. Saneamento básico
  4. Medidas p/ evitar enchentes
  5. Vacinação de animais (cães) contra leptospirose
  6. Quimioprofilaxia individual (controversa): Doxiciclina 200 mg VO 1x/sem ANTES da exposição (vítimas de enchentes não se encaixam pois já houve exposição)
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12
Q

Arboviroses (Artropod-Born Virosis)

A
  1. Dengue
  2. Zika
  3. Febre Amarela
  4. Chikungunya
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13
Q

DENGUE

A
  1. Agente Etiológico: Flavivírus (gênero) da → família Flaviviridae
  2. Vírus de RNA
  3. Sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4 e DENV-5 (esse não tem no BR)
  4. Vetor: mosquito Aedes aegypti (meio urbano) é o principal (pode ter o recente Aedes albopictus)
    1. Depósito ovos em água parada → larvas
    1. Mosquito adquire vírus pelo sangue do indivíduo infectado
    1. Hábitos diurnos e vespertinos
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14
Q

DENGUE - Curiosidade na Transmissão:

A
  1. Transmissão vertical

2. Transmissão por transfusão sanguínea

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15
Q

Dengue - Patogênese

A
  1. Tropismo principal por macrófago/ monócito, depois por céls musculares esqueléticas (mialgia)
  2. Incubação de 3-15 dias
  3. Sintomas depende da liberação de TNF-a e IL-6
  4. A partir do 6º dia o IgM se torna positivo e o IgG em 14 dias
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16
Q

Dengue - Forma Grave

A
  1. Maior risco em quem já se infectou por algum outro sorotipo
  2. Maior risco se 2ª infecção for pelo sorotipo 2
  3. Ordem decrescente de virulência: 2 → 3 → 4 → 1
  4. Teoria de Halstead
  5. Nem sempre é necessário p/ ser grave ter sido previamente infectado
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17
Q

Teoria de Halstead - Dengue Grave

A
  1. Ligação de acs heterólogos ao novo sorotipo (s/ neutralizar) facilita penetração do vírus nos macrófagos que ↑ viremia e resposta pró-inflamatória (citocinas e tromboplastina/ fator pró-coagulante)
  2. Permeabilidade capilar: hipovolemia
  3. Trombocitopenia: destruição periférica de plaquetas por imunocomplexos
  4. Maior risco em lactentes que herdam IgG materno
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18
Q

Dengue grave - Outras Teorias

A
  1. Teoria de Rosen: cepas mais virulentas do agente etiológico
  2. Teoria da Multicausalidade: fatores individuais (<15a, lactentes, ♀, branco, comorbidades), virais (sorotipos circulantes) e epidemiológicos
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19
Q

QC da Dengue - Fase Febril (Febre “quebra-ossos”)

A
  1. Febre alta (39-40ºC), início súbito, duração de 2-7 dias,
  2. Adinamia, cefaleia, dor retro-orbitária, mialgia intensa e artralgia
  3. Anorexia, náusea, vômito e diarreia
  4. Exantema maculopapular: face, tronco e extremidades entre 2º-4º dia, durante defervescência (36-48h)
  5. Maioria apresenta melhora progressiva após essa fase
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20
Q

QC dengue - Fase Crítica

A
  1. Só alguns passam por essa fase, se instala após desfervecência (entre 3o e 7o dia após início dos sintomas)
  2. Extravasamento plasmático
  3. Suas manifestações costumam ser o sinais de alarme, esses prenunciam a possibilidade de rápida evolução para estado de choque circulatório***
  4. Choque circulatória: taquicardia, hipotensão ou PA convergente, pulso fino, extremidades fria, oligúria <1,5ml/kg/h, taquipneia
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21
Q

Dengue com sinais de Alarme:

  • Suspeita dengue + ≥1 sinal de alarme
  • Prova do laço + não ésinal de alarme
A
  1. Extravasamento plasmático: ↑ Hematócrito (1); Lipotimia (hipotensão postural) (2) ; Acúmulo de Líquido (ascite, derrame pleura e pericárdico) (3)
  2. Disfunção orgânica leve: Dor abdominal intensa e contínua(referida ou à palpação) (4); Vômitos persistentes (5); Hepatomegalia >2 cm abaixo do RC (6); Letargia/ irritabilidade (7)
  3. Plaquetopenia: Sangramento de MUCOSAS (8)
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22
Q

Dengue Grave:

*Suspeita de dengue + ≥ 1 sinal de gravidade

A
  1. Extravasamento plasmático grave /choque (3Ps): ↓ PA ou pressão convergente (≠ entre PAS e PAD <20 mmHg); Pulso fino e rápido, periferia com TEC >2 seg e extremidades frias
  2. Disfunção orgânica: Encefalite; Miocardite (bradi/taquicardia c/ alteração da repolarização ventricular) ou Hepatite (↑AST/ALT, alargamento TAP)
  3. Sangramento grave: Hemorragia digestiva ou no SNC
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23
Q

Diagnóstico Diferencial com a Dengue

A
  1. Zika: febre mais baixa, maior exantema no início do QC, mais conjuntivite, mialgia/artralgia não são tão prevalente e ausência de sangramento/ choque
  2. Chikungunya:febre mais intensa, maior artralgia (risco de cronificação) e linfopenia
  3. Leptospirose (forma anictérica): leucocitose significativa com desvio à esquerda
  4. Viroses exantemáticas (sarampo, rubeola, mononucleose)
  5. Hepatites virais
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24
Q

Diagnóstico da Dengue

A
  1. Até o 5o dia da doença (só métodos que identificam diretamente o vírus devido a viremia): pesquisa de antígenos virais NS1 (inicial até 3o dia)(1); isolamento viral (cultura) (2), teste de amplificação gênica (RT-PCR) (3) e imunohistoquimica tecidual/ biópsia (4)
    1. Se negativos não excluem a doença, apenas se IgM negativo
  2. A partir do 6o dia (após soroconversão): sorologia (ELISA IgM)
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25
Q

Classificação de Caso de Dengue

  • Só pode ser feito de forma retrospectiva
  • TODO CASO SUSPEITO DEVE SER NOTIFICADO
A
  1. Suspeita: náusea/vômitos; exantema; mialgias/ artralgias; cefaleia/ dor retro-orbitaria; petequias; prova laço +; leucopenia
  2. Suspeita com sinais de alarme
  3. Suspeita de dengue grave: choque, sangramento grave ou lesão de órgãos específicos (ALT/AST >1000)
  4. Confirmado: após laboratorial +;
    1. Em casos de EPIDEMIA os 1os casos devem ser obrigatoriamente confirmados por exames (depois só grupo C e D, ou seja, graves);
    1. Se ausência de epidemia deve ser confirmado em todos pelo laboratorial
  5. Descartado: laboratorial -; confirmação ou sugestão de outra doença
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26
Q

Prova do Laço

*Pode ser negativa durante o choque

A
  1. Avalia o risco de sangramento
  2. Deve ser feita em todos casos suspeitos que não apresentam sangramento espontâneo
  3. Insuflação do manguito ate valor médio da PA=(PAS+PAD)/2
  4. Fazer um quadrado com 2,5 cm no antebraço
  5. Adultos: Manter manguito insuflado por 5 minutos, positivo ser ≥20 petéquias
  6. Criança: Manter insuflado por 3 minutos, positivo se ≥ 10 petéquias
  7. Pode ser falso-negativo em obesos ou no choque
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27
Q

Tratamento da Dengue

A
  1. Não prescrever AAS/ AINS (Risco de sangramento e Síndrome do extravasamento plasmático)
  2. Não há drogas especificas contra o vírus da dengue
  3. Alívio dos sintomas: analgésicos (Dipirona ou Paracetamol), antieméticos, antipruriginosos e HIDRATAÇÃO
  4. Evitar deterioração clinica, devendo em todo caso de suspeita manejar como dengue
  5. NOTIFICAR TODOS CASOS SUSPEITOS
  6. Reavaliar sinais de alarme ou de gravidade
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28
Q

Tratamento da Dengue - Grupo A:

*Não é obrigatório hemograma

A
  1. Suspeita de dengue SEM sinais de alarme/ sangramento (prova do laço negativa) e ausência de comorbidades crônicas
  2. Exames p/ Dx só em situações não epidêmicas
  3. TTO: ambulatorial
  4. Hidratação oral 60 ml/kg/d sendo 1/3 solução salina (SRO) e 2/3 com líquidos caseiros (água, sucos, chás)
  5. Manter hidratação durante todo período febril e por 24-48h após desfervecência
  6. Reavaliação em 48h ou se Sinais de Alarme
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29
Q

Tratamento da Dengue - Grupo B

*Obrigatório solicitar hemograma

A
  1. Suspeita de dengue + ausência de sinais de alarme + PRESENÇA de sangramento espontânea (petéquias/ equimoses) ou induzidos (Prova do laço +)
  2. Entra nesse grupo qqer pessoa com comorbidades crônicas (HAS,DM, DPOC, IRA, anemia, autoimunes) ou condições especiais (<2 anos ou >65 anos ou GESTANTES) ou risco social
  3. Exames p/ confirma Dx só se não estiver em epidemia, mas é obrigatório Hemograma (avaliar Hemoconcentrção)
  4. Manter em OBSERVAÇÃO (c/ manejo = grupo A), até liberação do exame
    1. Hidratação oral 60 ml/kg/d sendo 1/3 solução salina (SRO) e 2/3 com líquidos caseiros (água, sucos, chás)
  5. Se Ht OK manejo = grupo A; Se Ht ↑ = grupo C
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30
Q

Tratamento da Dengue - Grupo C:

A
  1. Caso suspeito + PRESENÇA de algum sinal de alarme
  2. Obrigatório solicitar exame específicos p/ Dengue + Inespecíficos (Hemograma + AST/ALT + Albumina sérica + Rx Tórax + USG abdome(avaliar derrame cavitário))
  3. Internação em ENFERMARIA
  4. Reposição volêmica IV imediata: 20 ml/kg em 2h (até 3x)
    1. Se melhora: fazer 25 ml/kg em 6h (e depois passar para 8h sendo 1/3 SF 0,9% e 2/3 com SG 5%) → manter internado por no mínimo 48h até preencher critérios para alta
    1. Ausência de melhora: Grupo D
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31
Q

Tratamento da Dengue - Grupo D:

*Manejar como choque

A
  1. Caso suspeito de dengue + Presença de sinal de CHOQUE, SANGRAMENTO GRAVE OU DISFUNÇÃO GRAVE DE ÓRGÃO
  2. Obrigatório solicitar exame específico p/ dengue + inespecíficos (hemograma, AST/ALT, Albumina, Rx tórax e USG abdome)
  3. Internação em UTI* até estabilização clínica (mínimo 48h)
  4. Fase de expansão rápida: SF 0,9% ou RL 20 ml/kg IV em até 20 min (até 3x) → reavaliar em 15-30’ e Ht em 2h → se melhora = grupo C
    1. Ausência de melhora: Infundir Albumina 0,5-1 g/kg ou coloides sintéticos (NORADRENALIA) 10 ml/kg/h
    1. Se hemorragia: CH 10-15 ml/kg/d
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32
Q

Indicações para internação hospitalar

A
  1. Sinais de alarme, choque, sangramento grave ou disfunção de órgãos
  2. Recusa ingestão alimentos/ líquidos
  3. Comprometimento respiratório: MV diminuído, dificuldade respiratória, dor torácica
  4. Impossibilidade de seguimento ou retorno à UBS
  5. Comorbidades descompensadas: DM, HAS, ICC, cumarínicos, asma
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33
Q

Critérios para alta hospitalar:

A
  1. Ausência de febre durante 48h, s/ uso de antitérmicos
  2. Melhora visível do QC
  3. Ht normal e estável por 24h
  4. Plaquetas em ascensão e >50.000/mm3
  5. Estabilização hemodinâmica durante 48h
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34
Q

Dengvaxia

A
  1. Vírus vivo recombinante atenuado (cepa enfraquecido da FA - cepa 17A)
  2. Proteção contra os 4 sorotipos de dengue
  3. Vacina indicada para entre 9-45 anos com 3 doses SC (0,6 e 12 meses) que já teve um episódio prévio de dengue
  4. Contraindicada em gestantes e Imunodeprimidos (evitar em fenilcetonúricos)
  5. Contraindicada para soronegativas para dengue (maior risco da forma grave)
  6. Efeito protetor só ocorre em quem já teve antes dengue
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35
Q

Febre Amarela (FA)

A
  1. Doença febril aguda
  2. Agente Etiológico: Flavivírus (vírus amarílico) é um RNA virus
  3. Ciclo urbano: transmissão pelo mosquito Aedes aegypti → forma urbana foi erradicada do BR em 1942
  4. Ciclo silvestre: mosquito Haemagogus e Sabethes que transmite a doença para macacos (principal reservatório/ epizootias), sendo homem um hospedeiro acidental → principal forma de transmissão atual
  5. É uma ZOONOSE
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36
Q

Febre Amarela (FA)

A
  1. É uma doença de notificação compulsória IMEDIATA (Até 24h), mesmo se suspeita
  2. Incubação de 3-6 dias
  3. Forma Leve (90%): Febre + “dicas” → Sinal de FAgeT e Ecoturismo (pescaria)
  4. Forma Grave (10%): lesão fígado (hepatite viral necrosante)+ Rim (Síndrome hepato-renal) → Tríade: Icterícia + Hematêmese (↓ fatores de coagulação) + Oligúria
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37
Q

Causas de Sinal de FAgeT

*Febre alta com pulso lento (bradicardia)

A
  1. Febre Amarela

2. Febre Tifoide

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38
Q

Febre Amarela (FA) - QC:

A
  1. Leve: Febre alta continua, cefaleia e mialgias, injeção conjuntival, rubor facial, ictericia leve ou ausente e bradicardia relativa (sinal de Faget)
  2. 1.Maioria tem resolução espontânea ou evoluem para forma grave
  3. Forma grave (período de intoxicação): todos da leve, icterícia intensa (hepatite aguda c/ necrose), manifestações hemorrágicas (gengivorragia, epistaxe, hematêmese, metrorragia, petéquias, equimose), oligúria e diminuição da consciência
  4. Maligna: todos casos de forma grave intensa com CIVD
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39
Q

Febre Amarela (FA) - Laboratorial

A
  1. Plaquetopenia
  2. Elevação das aminotransferases: AST (TGO >1000) > ALT (TGP) → dxx c/ leptospirose que é o contrário, e = hepatite alcoólica
  3. ↑ BD
  4. EAS: Proteinuria (albuminuria) indica IRA por NTA
  5. Leucopenia e neutropenia, anemia (sangramentos)
  6. VHS aproxima-se de zero
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40
Q

Febre Amarela (FA) - Diagnóstico

A
  1. Até 5o dia: isolamento viral em cultura ou PCR
  2. ≥6o dia: sorologia com ELISA IgM
  3. Pctes que tiveram FA e se curaram não precisam ser vacinados (imunidade natural)
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41
Q

Febre Amarela (FA) - TTO

A
  1. Suporte, não há TTO específico
  2. Para todo paciente com FA, independente da gravidade, nos primeiros 6 dias da doença devem ser adotado medidas de prevenção contra picada
  3. Casos leves podem ser manejados em casa c/ hidratação oral e sintomáticos (antitérmicos e analgésicos)
  4. Casos moderados a grave (ou alterações laboratoriais): hospitalizados, hidratação venosa, Vitamina K (10 ml/kg/d por 3 dias) e hemoderivados s/n
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42
Q

Sinais de alerta para formas graves da FA

A
  1. Ictericia, hemorragias, colúria, oligúria, vômitos constantes, diminuição consciência e dor abdominal intensa
  2. Hematócrito elevado (>20% LSN)
  3. TGO > TGP, ambos com níveis elevados
  4. Creatinina elevada
  5. Coagulograma alterado
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43
Q

Profilaxia da FA - Vacinação

A
  1. Vacinação: altamente imunogênica e eficaz em 98% a partir de 10 dias da aplicação
  2. Vírus vivo atenuado
  3. Risco de doença viscerotrópica vacinal é grande em idoso (>60 anos) e imunodeprimidos
  4. Todos visitantes ou residentes em areas potenciais de transmissão deverão receber a vacina
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44
Q

Leishmaniose Visceral (Calazar):

”Febre negra” devido escurecimento da pele

A
  1. Forma sistêmica da infecção causada por 3 subespécies do complexo Leishmania chagasi (principal do BR/ América Latina), L.donovani (Índia, África) e L.infantum (Mediterrâneo)
    1. É um protozoário flagelado - classe Mastigophora)
  2. Transmissão: flebotomíneos → Lutzomyia longipalpis (mosquito-palha, Birigui ou tatuquira)
  3. Reservatórios: cães (principais) seguido das raposas (pode ficar assintomáticos ou doença debilitante)
  4. Predomínio na região periurbana (prevalente no Ceará)
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45
Q

Leishmaniose Visceral (Calazar):

A
  1. Amastigota: forma aflagelada, arredondada, parasito intracelular obrigatório → se reproduz no citoplasma dos macrófagos
  2. Promastigota: forma flagelada, alongada e móvel → se reproduz no intestino do vetor
  3. Reprodução assexuada por divisão binária
  4. Alcançam órgãos do sistema reticuloendotelial (fígado, baço, MO)
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46
Q

Leishmaniose

A
  1. BR é um dos países responsável pela “carga global” da doença (mais no Nordeste)
  2. Mosquito tem hábito noturno
  3. Nem todas pessoas picadas desenvolvem a doença
  4. Infecção assintomática: teste intradérmico de Montenegro (leishmania) que meda cada imunológica adquirida após exposição
  5. Resposta exagerada com plasmocitose medular e hipergamaglobulinemia policlonal
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47
Q

Leishmaniose - Forma Oligossintomática

A
  1. É a forma mais comum nas áreas endêmicas
  2. Sintomas inespecíficos: febrícula, tosse seca, adinamia, diarreia e hepatomegalia discreta
  3. “Virose prolongada”
  4. 60-70% evolui com resolução espontânea em 3-6 meses, e o restante progride p/ calazar clássico
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48
Q

Leishmaniose - Clínica

A
  1. Baixa patogenicidade → maioria não adoece
  2. Baixa resposta celular: Febre arrastada, Hepatoesplenomegalia e Pancitopenia
  3. Alta resposta humoral: aumento de globulina policlonal
  4. Pancitopenia (frequente) e avaliar queda de neutrófilos <500/mm3, por risco de neutropenia febril
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49
Q

Leishmaniose - Forma Crônica (Calazar Clássico)

A
  1. Predomina em crianças <10 anos e em imunodeprimidos (aids, transplantadas)
  2. Curso prolongado e insidioso c/ incubação de 3-8 meses
  3. Febre persistente com 2-3 picos diários ou intermitente
  4. Tosse seca, mal-estar, astenia e sintomas TGI
  5. Palidez cutâneo-mucosa, desnutrição, cabelos quebradiços, pele de coloração pardacenta ou cera vermelha ou escurecida, abdome volumoso devido hepatoesplenomegalia de grande monta
  6. Baço palpável a 5 cm do RCE
50
Q

Principais Características Clinicas do Calazar

A
  1. Febre + perda ponderal
  2. Hepatoesplenomegalia de grande monta
  3. Pancitopenia
  4. Hipoalbuminemia + hipergamaglobulinemia
51
Q

Causas de Esplenomegalia de Grande Monta (>5 cm do RCE)

A
  1. Neoplasia hematológicas: Mieloproliferativas (LMC, metaplasia mieloide agnogênica/ mielofibrose idiopática, Policitemia vera), Linfoproliferativas (LLC, MM,linfomas)
  2. Infecções: Esquistossomose hepatoesplênica, Calazar e Sd. Da esplenomegalia hiper-reativa à malária
  3. Miscelânea: Talassemia mano e Dç de Gaucher
52
Q

Confirmação Dx da Leishmaniose

A
  1. Parasitológico (formas amastigotas):
    1. Aspirado de MO (S = 70%): é preferencial
    1. Punção Esplênica (S = 95%): risco de sangramento (padrão-ouro
  2. Sorológico (feito em região não endêmica): Teste rápido, IFI (padrão-ouro), rK39 (Atividade da doença)
  3. Reação de Montenegro: Negativo (indica baixa resposta celular/ imunidade) sempre na fase ativa da doença
53
Q

TTO da Leishmaniose

A
  1. 1a Escolha: Glucantime (antimonial pentavalente 20 ml/kg/d IV ou IM por 20-30 dias)
    1. Efeitos adversos: Alargamento intervalo QT, morte súplica por TV aumento amilase/ liase
  2. 2a Escolha: Anfotericina B lipossomal
    1. Considerado 1a escolha em (G’s e I’s): Gestante, Grave (icterícia), Insuficiências (renal, hepatica , cardíaca)/ Imunodeprimidos, Idade <1 anos e >50 anos/ Intolerante (Intervalo QT alargado, hipersensibilidade)
54
Q

Malária

A
  1. Transmissão pelo mosquito do gênero Anopheles darlingi
  2. Agente etiológico: protozoário Plasmodium sp.
  3. Ciclo reprodutivo no fígado em 6-16 dias infectam as hemácias surgindo episódios febris periódicos, calafrios e prostração (rotura cíclicas das hemácias pelo parasita)
  4. No BR maioria se encontra na Amazônia (AC, AM, RO, PA, MG, TO, MA)
55
Q

Plasmodium das Malária

*Um mesmo pcte pode ser infectado por 2 espécies diferentes

A
  1. Plasmodium vivax (90% no BR): mais COMUM (vivo*) e infecta reticulócitos jovens
  2. Plasmodium falciparum: mais GRAVE
  3. Plasmodium malarie: mais RARO
  4. Plasmodium ovale: restrito à África
  5. Plasmodium knowlesi
56
Q

Malária

A
  1. Região Endêmica: notificação compulsória SEMANAL (até 7 dias)
  2. Região NÃO Endêmica: notificação compulsória IMEDIATA (até 24h)
57
Q

Malária - Ciclo Evolutivo no Homem

  • HOMEM: É ASSEXUADO
  • MOSQUITO: SEXUADO (Gametas → zigoto → oocineto → oocisto → esporozoíta)
A
  1. Pré-Eritrocitário (hepático): Picada do mosquito → Libera Esporozoíta → Fígado (hepatócito) → reprodução assexuada (Esquizogonia tecidual) → Esquizonte (multinuclear) → Merozoíta (duração 6-16 dia)
  2. Ciclo eritrocitário (hemácia): Merozoíta → Hemácias → reprodução assexuada da esquizogonia eritrocitária (sinais e sintomas da Malária) → Trofozoíta em anel → Esquizonte eritrocitáiro → Merozoíta hemáticos (duração 48-72h) → infecção de novas hemácias e formação hemozoína
58
Q

Hipnozoíta

A
  1. Ciclo hepático encontrado apenas nas espécies P. vivax e P. ovale
  2. Forma parasitária latente no interior dos hepatócitos
  3. Responsável pelos episódios de recidiva da doença
  4. Pode ficar latente por anos e desencadear novo ciclo hepático e eritrocitári
  5. É resistente aos antimaláricos, sendo necessário acrescentar Primaquina por 7-14 dias
59
Q

Duração da Esquizogonia Eritrocitária (Febre)

*Terçã: 2 dias p/ terminar esquizogonia e 1 dia de febre

A
  1. P. vivax: utiliza fator Duffy (grupo sanguíneo Duffy é imune) → Hemácias ↑ muito de volume → Febre Terçã Benigna (febre a cada 3 dias)
  2. P. falciparum: receptor glicoforina A → Febre Terçã Maligna (febre a cada 3 dias)
    1. Forma esquizonte são raramente visíveis na periferia; gametócitos tem forma alongada (“em foice”) e há muitos trofozoítas na mesma hemácia
  3. P. malaria: febre quartã (febre a cada 4 dias) → esquizonte tem formato de “faixa equatorial”
60
Q

Transmissão da Malária

A
  1. Quase sempre transmitida por vetores
    1. Só transmitida em climas frios se umidade do ar >60% e temperatura >16ºC
    1. Forma autóctone (transmitido no próprio local)
    1. Predomina em regiões de clima quente e úmido, onde predomina matas/ florestas
  2. Transmissão Parenteral: hemotransfusão, agulhas IV, transplante de órgão e congênita (por MEROZOÍTA e não esporozoíta)
61
Q

Malaria - Patogênese

A
  1. Febre: por liberação substâncias do estroma hemático após ruptura (hemozoína, IL-1 e TNF-a)
  2. Anemia: multifatorial por hemólise intravascular (merozoíta) e extravascular (principal mecanismo anemia crônica)
  3. Esplenomegalia e hiperesplenismo (hiperfuncionante): hemácias parasitas estruídas por macrófagos dos cordões esplênicos
62
Q

Forma Grave da Malária - P. Falciparum

A
  1. Grau de parasitemia >250.000 parasitas/mm3
  2. Invade hemácias de qqer idade (P. vivax é exclusivo de reticulócitos jovens)
    1. Infecta maior nº de hemácias e maior agudização
  3. Pode levar à hipoglicemia e acidose láctica
  4. FR: Crianças entre 3m e 5 anos; Gestantes e indivíduos de regiões não malarígenas (migrantes, turistas)
63
Q

Imunidade em RN à Malária

A
  1. RN da área hiperendêmica são protegidos da infecção devido IgG transplacentário maternos
  2. Resistência da Hemoglobina Fetal (HbF) ao plasmódio
  3. Muito baixo risco de adoecer em <3 meses de idade
  4. Maior risco de gravidade entre 3 meses e 5 anos
64
Q

Bloqueio microvascular e Citoaderência da Malária

A
  1. Maior fator responsável pela morbiletalidade da malária é o Boqueio Microvascular, por sequestro de hemácias parasitadas no cérebro, rins, pulmão, placenta
    1. Fenômeno EXCLUSIVO do P. falciparum
65
Q

Semi-imunidade ao plasmódio

A
  1. Adquirida de forma lenta e progressiva após estímulos antigênicos constantes, por infecções repetidas pelo mesmo parasita
  2. Não é completa, evita reinfecção e não erradica o protozoário
  3. Adquirem forma mais branda se reinfecção, c/ baixos níveis de parasitemia
  4. Desaparece após 6 meses de ausência completa do estímulo
  5. É espécie-específica
66
Q

Proteção Natural contra P. falciparum- Traço Falcêmico, Talassemia

A
  1. Heterozigotos p/ gene HbS
  2. Seleção natural do “cinturão malárico africano”
  3. Hemácias afoiçadas inibem crescimento e desenvolvimento do plasmódio, c/ redução parasitemia
  4. Betatalassemia: dificuldade pela maior percentural de HbF
67
Q

Malária por P. vivax - Febre Terçã Benigna

  • Febre maioria irregular e contínua
  • Risco de recaídas devido hipnozoítas latentes no fígado
  • Ruptura esplênica tardia
A
  1. Pródromo é = as 3 espécies de plasmódio c/ sintomas inespecíficos (mal-estar, fadiga, náusea)
  2. Incubação entre 12-16 dias
  3. Crises febris (“acessos maláricos”) ocorrem diariamente no início e depois a cada 48h
    1. Período do frio: calafrio, tremores, mialgia
    1. Período do calor: alor e febre, fáscies congestas, olhos brilhantes, hemorragias subconjuntivais
    1. Período de sudorese: sudorese, temperatura cai “em crise”
  4. Febre, calafrios, sudorese, esplenomegalia (58%), hepatomegalia (53%), palidez cutâneo-mucosa (36%), icterícia (34%), vômitos (30%), cefaleia, diarreia
  5. Complicação: rotura esplênica espontânea
  6. Anemia N/N, leucopenia c/ desvio à E, ↑BI, ↑ LDH e ↓ haptoglobina
68
Q

Malária por P. falciparum - Febre Terçã Maligna ou Perniciosa

*Bloqueio microvascular por citoaderência das hemácias”

A
  1. Incubação entre 8-12 d
  2. Pródromos = da vivax, poendo ter confusão e convulsões junto c/ febre
  3. Leucopenia e trombocitopenia
  4. Malária cerebral (30%): delirum, cefaleia, coma, hiper-reflexia tendinosa e Babinski bilateral → isquemia difusa
  5. ” renal (65%): mais em adultos, oligúria, ↑ Ur/Cr
  6. ” hepática: icterícia
  7. ” intestinal (álgida): diarreia, sangue, prostração
  8. ” pulmonar: complicação mais grave c/ risco de SDRA.
  9. Hipoglicemia: altera gliconeogênese hepática e ↑ consumo glicose periférico (hiperinsulinemia)
  10. Acidose láctica
69
Q

Malária por P. malariae - Febre Quartã

A
  1. Raras (1%)
  2. Incubação de 30-40 dias
  3. QC = P. vivax, exceto pelo período de febre que ocorre a cada 72h
  4. Parasitemia moderada
  5. Complicação mais temível é a SÍNDROME NEFRÓTICA por imunocomplexos
70
Q

Malária nas formas especiais

A
  1. Gestantes: causa de abortamento, morte neonatal, PIG e TPM em áreas endêmicas
  2. Crônica
  3. A imunossupressão da malária torna pcte sucetível ao vírus EBV e desenvolver Linfoma de Burkit,
71
Q

Síndrome da Esplenomegalia Tropical (malária hiper-reativa)

A
  1. Acomete adulto jovem, da raça NEGRA
  2. Volumosa hepatoesplenomegalia de evolução crônica, anemia e sintomas gerais
  3. Associação c/ hipoalbuminemia com hipergamaglobulinemia acentuada (= calazar)
  4. Altos títulos de anticorpos circulantes contra os plasmódios
  5. Infiltração linfocitária sinusoidal hepática
72
Q

Diagnóstico da Malária

  • Febre (crises) + Anemia hemolítica (icterícia c/ ↑ BI)
  • Dica: região Norte
A
  1. Hematoscopia por:
    1. Gota Espessa: é o exame de escolha, sendo feito metileno-Giemsa/ método de Walker
    1. Esfregaço
  2. Imunotestes Rápidos: preferível em áreas NÃO endêmicas → diferencia P. falciparum de outros.
  3. Testes moleculares (PCR)
  4. Dxx: influenza, meninite bacteriana, calazar, febre tifoide, endocardite infecciosa.
73
Q

TTO da Malária

A
  1. P. vivax: Cloroquina 25 mg/kg VO por 3 dias + Primaquina 0,5 mg/kg VO por 7 dias (se gestante só cloroquina)
  2. P. falciparum: Artemeter + Lumefantrina VO por 3 dias (+ primaquina dose única no 1º dia)
    1. Artesunato + mefloquina VO por 3 dias (+ primaquina dose única no 1º dia)
    1. 2ª Escolha: Quinina ou Clindamicina ou Primaquina
  3. Graves (qqer espécie): ArtesunATO IV por 6d (ou Artemete IM por 5 d) + Clindamicina IV por 7d
74
Q

Medicações da Malária - Cloroquina

A
  1. Pode ser usada na gestação
  2. Toxicidade ocular NÃO é problema, pois tempo de tto é curto (3 dias)
  3. Ataca esquizontes eritrocitário, revertendo a parasitemia
  4. Não é contra os hipnozoítas hepáticos
  5. P. vivax resistente às 4-aminoquinoleínas (cloroquina, amodiaquina) são inexistentes no BR
75
Q

Medicações da Malária - Primaquina

A
  1. Efeitos adversos: hemólise em pctes c/ G6PD; metemoglobinemia
  2. Contraindicada na gestação (sem segurança estabelecida) e em <6 meses de idade → não receber nem derivados de artemisina
  3. Quando contraindicada deve receber quimioprofilaxia contra recaída (hipnozoítas) com doses semanais de Cloroquina por 12 semanas
  4. Não é contraindicado na amamentação
76
Q

TTO P. falciparum - situações especiais

A
  1. Gestante no 1º Trimestre e < 6meses: não fazer primaquina, fazer → Quinina por 3 dias + Clindamicina por 5 dias
  2. Gestante no 2 ou 3º Trimestre: podem receber derivados de artemeter + lumefantrina por 3 dias (s/ usar primaquina) ou artesunato + mefloquina por 3 dias
  3. P. falciparum é sensível à Cloroquina quando há desapareciemnto da parasitemia assexuada em 7 dias após início do tto
77
Q

Profilaxia da Malária

A
  1. P. vivax por ser mais endêmica a eficácia da quimioprofilaxia é BAIXA
  2. Pode ser feita em viajante em território nacional e áreas de alto risco de P. falciparum (Amazônia legal e ficarão por tempo > que o de incubação)
  3. Começar 1 sem antes da viagem endêmica e manter até 4 semanas após a saíad da área endêmica
  4. Cloroquina 5mg/kg 1x sem ou Mefloquina 5 mg/kg 1x/sem ou Doxiciclina 100 mg/d
78
Q

DXX entre Febre Amarela, Leptospirose e Malária

A
  1. FA: Faget e Ecoturismo; LeucoPENIA, ↑ B. DIRETA, ↑ AST/ALT
  2. Leptospirose: Sufusão Conjuntival e Enchente; LeucoCITOSE; ↑ B. DIRETA, ↑ FA/GGT
  3. Malária: Febre em crises; Região Amazônica; ANEMIA; B. INDIRETA; ↑ LDH
79
Q

EBOLA

*Vírus Marburg (parente do Ebolar) tem reservatório os morcegos

A
  1. Gênero Ebola pertence à família Filoviridae (vírus filamentares)
  2. Doença febril aguda grave c/ alta letalidade (70%)
  3. Espécies: zaire (epidemia africana em 2014-2015), sudan, ivory coast, bundibugyo
  4. Transmissão confinada à África subsaariana
  5. Pode provocar epizootias (epidemia em animais), em primatas
  6. Reservatório natural é desconhecido (primata - humanos)
80
Q

EBOLA - Disseminação

A
  1. Rápida disseminação de pessoa-pessoa por contato c/ fluidos corporais (até cadáver)
  2. Contato com a pele do doente leva à contaminação das mãos desprotegidas (penetração corporal)
  3. Transmissão nas epidemias NÃO foi documentada pela via respiratória ou por intermédio de vetores como mosquitos
  4. Fluidos mais infectantes: sangue, fezes e vômito
    1. Pode estar presente em urina, sêmen, saliva, leite materno (FÔMITES, Parenteral)
81
Q

Ebola

A
  1. Preferência por macrófagos e céls dendríticas (presente em todos órgãos e tecidos do corpo)
  2. Pode acometer vários locais do corpo: necrose multitecidual simultânea c/ tempestade de citocinas pró-inflamatórias (SIRS)
  3. Alto efeito imunodepressor, gerando um ciclo vicioso que favorece a progressão
82
Q

Ebola - QC

*Evolução progressiva para morte em 14 dias

A
  1. Incubação de 2-21 dias (início da infecção e transmissão)
  2. Síndrome febril aguda inespecífica, diarreia, vômitos, dor abdominal, febre, calafrios, Sinal de Faget
  3. Rash maculopapular difuso, não pruriginoso (5-7 dia)
  4. Hemorragia (20%) c/ hematoquezia
  5. Meningoencefaleia, alteração consciência, rigidez
  6. Manifestações oftalmológica tardia c/ uveíte aguda (visão turva, fotofobia)
83
Q

Ebola - Laboratorial

A
  1. Leucopenia: achado mais comum
  2. Trombocitopenia
  3. Aumento das aminotransferases
  4. Azotemia
  5. CIVD
  6. Hipoalbuminemia
  7. Hiperamilasemia
84
Q

Ebola:

A
  1. Dx: RT-PCR a partir do 4º dia do início dos sintomas (avaliar em quem teve contato há 21 dias com um infectado)
  2. Sem ARV específicos: Favipiravir?
  3. Evitar depleção volêmica e eletrolítica
  4. Cobrir TODA superfície corpórea para prevenção
  5. Evitar aleitamento materno
85
Q

Chikungunya (CHIKV)

A
  1. Arbovírus de RNA fita única, gênero Alphavirus da família Togaviridae
  2. Agente etiológico: Alphavirus
  3. Transmissor/ vetor: Ae. aegypti e Ae. albopictus (mosquito-tigre)
    1. Na África também pode ser transmitido pelo Culex, Mansonia e Anopheles
  4. Homem é o hospedeiro definitivo e demais animais intermediário
86
Q

Chikungunya (CHIKV)

A
  1. Doença de notificação compulsória semanal, em casos atípocos ou em área não endêmica imediata (24h)
  2. Vírus “exportados” para novos territórios
  3. Surgimento de mutação (A226V)
87
Q

Chikungunya (CHIKV) - QC

*Incubação de 1-12 dias

A
  1. “Febre dos que se torcem”
  2. Fase Aguda (3-10 dias): febre + quadro articular (poliartrite simétrica distal)
  3. Subaguda (até 3m): retorno dos sintomas articulares
  4. Crônica (>3 m): deformidade articular
88
Q

Chikungunya (CHIKV) - Fase Aguda (até 10 dias)

  • Dx: 1ª semana com Sorologia + PCR
  • Poliartrite simétrica distal
A
  1. Febre alta de até 10 dias
  2. Poliartralgia intensa, simétrica e distal maioria em mãos, punhos e tornozelos (axial é acometido em 30-50%)
  3. Edema periarticular
  4. Dor articular pode ser INCAPACITANTE
  5. Rash maculopapular (40-75%) entre 3-7º dia, pode haver prurido e bolhas (cças)
  6. TTO: Repouso + Analgesia (refratário: opióides)
89
Q

Chikungunya (CHIKV) - Fase Subaguda (até 3 meses)

A
  1. Persistência de queixas articulares: rigidez matinal, dor e edema
  2. Pode complicar como Síndrome do Túnel do Carpo
  3. Leucopenia, AST/ALT elevadas, Crioglobulinemia
  4. TTO: Repouso + Analgesia (se refratário opióide) + AINEs/ Corticoide
90
Q

Chikungunya (CHIKV) - Fase Crônica (> 3 meses a anos)

*Pode durar de 3-6 anos

A
  1. Artropatia crônica destrutiva (deformidade)
  2. Dxx c/ AR ou A. psoriásica, mas maioria se recupera sem sequelas
  3. Fenômeno de Raynaud (20%)
  4. Fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, dor neuropática
  5. Fatores de risco: Idade >45 anos, Dça articular prévia, ♀ e maior intensidade dos sintomas na fase aguda
  6. TTO: Hidroxicloroquina*/ MTX + Fisioterapia
91
Q

Fatores de Risco para evolução para Fase Crônica da CHIKV

A
  1. Idade >45 anos,
  2. Dça articular prévia,
  3. Maior intensidade dos sintomas na fase aguda
92
Q

Chikungunya (CHIKV) - QC

A
  1. No geral tem curso benigno e autolimitado
  2. Risco de formas graves/ atípicas (<5%): meningoencefalite, Pneumonite, miocardite, nefrite
    1. Maior risco em idoso (>65 anos), <2 anos (RN*), gestantes, usuários crônicos de AINE (AAS) e portadores de comorbidades
    1. CRISE CONVULSIVA: em hx prévia de epilepsia/ alcoolismo
  3. Não altera curso gravidez, nem é teratogênico, mas pode transmitir viremia no período perinatal (grave)
    1. Não é transmitido pelo Leite Materno
93
Q

Chikungunya (CHIKV) - Dx:

A
  1. RT-PCR (até 5º dia dos sintomas);
  2. IgM anti-CHIKV (≥6º dia);
  3. Sorologia “pareada” c/ acs IgG anti-CHIKV, como 1ª coleta a partir do 6º dia do início e repetido após 15 dias
  4. Acredita ter imunidade permanente, não tendo uma 2ª ves
94
Q

Chikungunya (CHIKV) - TTO

*Repouso previne evolução p/ forma subaguda/crônica

A
  1. Fase aguda (=suporte): Paracetamol/ Dipirona ou opioide (se refratário), Crioterapia e Repouso
    1. Evitar uso de AINE pelo risco de coinfecção c/ dengue
    1. Pode ser tentado amitriptilina baixa dose ou gabapentina (parestesias refratárias)
  2. Subaguda: AINE ou glicocorticoide (intra-articular ou VO) + Fisioterapia
  3. Crônica: Hidroxicloroquina por 6 semanas ± Sulfassalazina (1ª linha) + Fisioterapia
    1. MTX é mais tóxico sendo 2ª linha
95
Q

ZIKA (ZIKAV)

A
  1. RNA fita-única
  2. Gênero Flavivírus (= dengue e DA)
  3. Vetor: Ae. aegypti (regiões tropicais) e Ae. albopictus (temperadas)
  4. Transmissão: Picada do mosquito, Vertical*, Sexual, Transfusional e por acidade ocupacional
96
Q

Transmissão pelo ZIKAV

A
  1. Picada do mosquito,
  2. Vertical*,
  3. Sexual,
  4. Transfusional
  5. Acidade ocupacional
97
Q

ZIKA (ZIKAV) - QC:

*Dica: Rash + Conjuntivite NÃO purulenta

A
  1. Incubação de 2-7 dias
  2. Assintomático em 50%
  3. Doença febril aguda autolimitada de evolução branda
  4. Febre BAIXA ou AUSENTE
  5. Exantema pruriginoso (entre 1-2º dia)
  6. Rash + Conjuntivite NÃO purulenta
  7. Atralgia mais leve que pode durar 1 mês
98
Q

ZIKA (ZIKAV) - QC:

A
  1. RN que adquirem Zika após nascimento tem QC = ao dos adultos (assintomática ou leve)
  2. Não tende a ser mais agressivo em gestantes (Rash + conjuntivite não pruulenta)
  3. Viremia é mais persistente (até 10 semanas) na gestante devido proliferação do ZIKAV na placenta = Transmissão vertical
  4. NEUROTROPISMO: Microcefalia congênita (em filhos de gestantes), Sd. Guillain-Barré (neurotoxicidade direta), mielite e meingoencefalite em qqer idade
99
Q

Complicações do ZIKAV pelo Neurotropismo

A
  1. Microcefalia congênita (em filhos de gestantes): risco durante toda gestação. mas maior no 1º trimestre e não há tto específico
  2. Sd. Guillain-Barré (neurotoxicidade direta),
  3. Mielite e meingoencefalite em qqer idade
100
Q

Microcefalia

*Pode ser vista no pré-natal,, após a 20ª semana de gestação e mais evidente no 3º trimestre

A
  1. PC abaixo do esperado p/ idade e sexo, sendo 2 DP abaixo da média para idade e sexo
  2. Se >3 DP da média é uma microcefalia granve
  3. Ponto de corte entre RN a termo é de PC ≤ 32 cm aferido após 24h de vida até o 7º dia.
  4. Microcefalia congênita (1ª ou familiar/ idiopática) maioria (90%) SEM RM/ neuropsicomotor
  5. Microcefalia pós-neonatal (2ª): normal ao nascer mas adquire dça após vida extra-uterina c/ comprometimento neuropsicomotor
101
Q

Causas de Microcefalia

A
  1. Congênita: genéticas ou adquiridas
    1. Adquiridas: traumas (hemorragia IC fetal), TORCHSZ e HIV e teratógenos (DM não controlado, álcool, radiação)
  2. Pós-natais: genéticas, traumas (AVC), meningites, encefalopatias, toxcinas (cobre, falência renal crônica)
102
Q

Padrões de Infecção Congênita do SNC

  • Dx clinicorradiológico no USG pré-natal
  • Confirmar após anscer c/ TC ou RM de crânio (forma grave) ou USG transfontanela (não gravE)
A
  1. Maiores: Calcificações no parênquima subcorticais (é o mais sugestivo), corticais e tálamo/ gânglios da base; ventriculomealia ex-vacuum
  2. Menores: alterações de fossa posterior c/ hipoplasia do cerebelo, hipoplasia do vermis cerebelar, alargamento da fossa posterior >10 mm e agenesia/ hipoplasia do corpo caloso
103
Q

Dxx entre Dengue, Zika e CHIKV

A
  1. Dengue: febre alta (>38ºC), rash menos frequente (2-4º dia), mialgia e dor retro-orbitária e mais letal (choque por extravasamento plasmático e hemorragias) → não tem hiperemia conjuntiva (ZIKA tem)
  2. CHIKV: febre alta (>38ºC), rash menos frequente (2-4º dia), dor/inflamação articular periférica e possui fase crônca (=AR)
  3. Zika: febre baixa ou ausente (até 38ºC), rahs mais frequente (1-2ºd), Conjuntivite NÃO purulenta, Sd. Guillain-Barré, Microcefalia e Transmissão sexual e vertical
104
Q

Dxx da Zika

A
  1. Parvovirose (eritema infeccios): rash facial em bofetada
  2. Rubéola: coriza e linfadenopatia generalizada, exantema craniocaudal
  3. Sarampo: tosse, coriza, dor de garganta, manchas de Koplik
  4. Malária: febre alta (c/ calafrios), mialgia, dor abdominal, vômitos e diarreia, anemia e hemólise
  5. Leptospirose: febre alta c calafrios, icterícia rubínica (mas ambas podem ter hiperemia conjuntival)
  6. Streptococcus grupo A: febre elevada, prostração, faringoamigdalite
105
Q

ZIKA - Dx:

*Notificação compulsória (7 dias), sendo que se em gestantes ou óbitos é imediata (24h)

A
  1. RT-PCR no soro (até 5º dia) ou na urina (até 15º dia) → em gestante fica positivo por mais tempo
  2. Sorológico: a partir do 6º dia c/ anti-ZIKA (IgM, IgG)
  3. Exames laboratoriais ESPECÍFICOS, só são obrigatórios para GESTANTES ( se exantema c/ duração de 5 dias deve fazer RT-PCR de Soro + Urina), CÇAS c/ suspeita de exposição vertical e que evoluem p/ complicações
  4. Restante pode fazer apenas por critérios clinicoepidemiológicos
106
Q

ZIKA - TTO:

A
  1. Evitar AINEs
  2. Sintomáticos: antitérmicos, analgésicos, antipruriginosos
  3. Evitar sexo desprotegido (camisinha), se gestante durante toda gestação
  4. Evitar locais endêmicos se planejar engravidar
107
Q

Febre Tifoide

A
  1. Agente: Salmonella typhi (enterobacteria gram-negativo, bastonete, anaeróbios facultativos)
  2. Contém endotoxina/ lipopolissacarídeo (Antígeno O e Antígeno H) que irão determinar o sorogupo da salmonela (A, B, C ou D***)
108
Q

Febre Tifoide - Transmissão

A
  1. Mais em países subdesenvolvidos c/ problema de saneamento básico e higiene
  2. O único reservatório da S. Typhi e S. Para typhi sorotipos A,B e C é o ser humano. Transmissão oral-fecal, sexual e ocupacional.
  3. Podem se tornar portadores crônicos assintomáticos de longa data e eliminando o bacilo (fonte de infecção)
  4. Maioria por fonte hídrica (água contaminada c/ fezes humana)
109
Q

Febre Tifoide - Patogênese

A
  1. Tem S.typhi tem propriedade de se proliferar no interior de fagócitica mononucleares, comportando-se como parasita intracelular que resiste à ação microbicida desses favoritos.
  2. Este fenômeno ocorre em menor grau com S.paratyphi mas não acontece com as salmonela não tifoides (S.enteritidis)
  3. Replicação nas células do sistema reticuloendotelial (macrofagos) → alterações hiperplásicas nas placas de Peter e linfonodos mesentéricos (necrose, hemorragia e perfuração intestinal) → Recirculação da S.typhi (vias biliares→ vesícula → intestino → fezes)
110
Q

Febre tifoide - QC:

A
  1. Febre há mais de 1-2 semanas c/ epidemiologia sugestiva (condições precárias, falta de saneamento)
  2. Incubação de 5-21 dias
  3. Fase 1 ou 1a semana: febre alta (39-40) de início subagudo/insidiosa/ progressivo e mal-estar; Sinal de FAgeT (20%)
  4. Fase 2 ou 2-3a semana: febre alta sustentado, cefaleia continua, prostração , apatia, bradipsiquísmo, delirium, “estado tifoso” (delírio murmurante ou coma vígil)
    1. Desidratação e dor abdominal c/ fezes em “sopa de ervilha”, hepatomegalia (60%), esplenomegalia, exantema “roséolas tifoides”, língua subir rosa (25%)
  5. Fase 3 ou 4a semana: febre diminui progressivamente, pode ter sinais de desnutrição e atrofia muscular
111
Q

Febre tifoide

A
  1. Leucopenia com desvio para esquerda e linfomonocitose relativa
  2. Complicações: enterorragia (3-10%), perfuração intestinal
  3. Recaída: febre e outros sintomas na fase de convalescença (4a semana)
  4. Bacteremia recorrente por Salmonella é uma condição definidora de aids (QC mais grave)
112
Q

Febre tifoide

A
  1. Dx definitivo: isolamento da S.typhi ou S.paratyphi no sangue, medula óssea , roséolas, fezes ou secreção intestinal
    1. Hemocultura: maior sensibilidade na 1a semana (S = 75-90%)
    1. Mielocultura: exame de maior sensibilidade (90%) e mante-se positivo após 1a semana, podendo ser recomendado de rotina
    1. Compro ultra tem maior valor positivo após 3-4a semana e é maior em cças
  2. Exames sorológicos não tem boa acurácia , sendo mais clássico a reação de Widal
113
Q

Febre tifoide - TTO

A
  1. Em monoterapia com Cloranfenicol 50 mg/kg/d VO até 15 dias após último dia de febre sendo máximo de 21 dias (1a escolha no BR)
    1. Risco de toxicidade medular (idiossincrásica), resistência e aumento da taxa de recaídas
  2. Aminopenicilinas (ampicilinas e amoxicilina) e SMZ+ TMP também são algumas opções
  3. S. Typhi multirresistentes (MDR): fluoroquinolonas e cefalosporina 3a geração
114
Q

Febre tifoide - Vacinação

A
  1. Não apresenta valor prático para controle de surtos, e baixo poder imunogênico e curta duração
  2. Só para >5 anos
  3. Recomendação de vacinar indivíduos que irão viajar para área de alta endemicidade e expostos a alimento contaminados
  4. Não é recomendo vacinar em massa
115
Q

Salmonella enterica

A
  1. A: S. paratyphi A
  2. B: S. paratyphi B e S. typhimurium
  3. C1: S. paratyphi C e S. choleraesuis
  4. D: S. typhi e S. enteritidis
116
Q

Dengue

A
  1. FR: idade, etnia e infecção 1ª
  2. Há reação cruzada entre dengue e ZIKA (e não c/ CHIKV)
  3. Uso do NS1 diferencia a dengue da CHIKV
117
Q

Contraindicações da Vacina da FA

A
  1. <6 meses,
  2. dça febril aguda/ ↓ Estado geral;
  3. reações anafilática a ovos de galinha, gelatina, eritromicina e canamicina;
  4. gestantes (riso x benefício);
  5. imunodef. ou uso de supressores;
  6. dça timo (miastenia gravis, timoma)
118
Q

IRA na Leptospirose

A
  1. É uma manifestação da 2ª fase da doença
  2. Caracteriza-se por ser NÃO oligúrica e hipocalêmica
  3. Ação no túbulo contorcido proximal, pela não reabsorção de Na+ que elimina mais K+
  4. Hidratação IV é um dos ilares do tto
  5. Níveis de Ur e Cr se elevam rapidamente
119
Q

Doenças contraídas em cavernas no BR

A
  1. Leptospirose (urina de ratos)
  2. Histoplasmose (morcegos)
  3. Hantavirose (Hantavírus presente na saliva, fezes e urina de roedores)
120
Q

Malária

A
  1. A gravidade da doença se relaciona a % de eritrócitos infectados e c/ presença do pigmento malárico em >5% dos neutrófilos à hematocospia
  2. Infecção por Plasmodium malariae pode acompanhar com Sd. Nefrótica por imunocomplexos
  3. Na Def. de G6FD a Primaquina pode provocar hemólise por estresse oxidativo sobre eritrócitos
  4. Traço falcêmico (AS) desenvolvem forma menos intensas de malária falcípara
121
Q

Nova classificação da dengue

A
  1. Dengue
  2. Dengue com siansi de alarme
  3. Dengue grave
122
Q

Leptospirose

A
  1. A forma mais comum da dça é anictérica (branda); a forma menos comum e mais grave é a Sd. de Weil
  2. Dça infecciosa aguda, febril cuja mortalidade pode chegar a 50% nas formas grave, como Sd. de Weil e Sd de hemorragia pulmonar
  3. Fase precoce geralmente é febri, inespecífica, por volta do 4º ao 9º dia, surgem a gravidade (icterícia rubínica e IRA)
  4. Hiperemia/ sufusão conjuntival é comum na leptospirose
  5. ATB deve ser introduzido em qqer fase, mas tem maior benefício se na fase precoce