Parasitoses Intestinais Flashcards
Protozoários
- Unicelulares (não vistos ao “olho nu”)
- Eucarióticos (c/ membrana nuclear)
- Tamanho > bact/fungos
- Podem ser de vida livre ou parasitas (osmotrófico ou fagotrófico)
- Aeróbios ou microaerófilos
- Mais patogênicos são assexuados (ameba, tricomonas, giárdia) c/ divisão binária
Protozoários
- Entamoeba histolytica (amebíasE) e Giardia lamblia (giardíase)
- NÃO causam EOSINOFILIA
- Maioria assintomáticos
- Transmissão fecal-oral (regiões sem saneamento)
- Ciclo: Cisto (ingestão) → Trofozoíta (intestino) → Cisto (fezes = EPF)
- TTO: Metro/Sec/TiNIDAZOL ou Nitazoxanida (Annita = pega todos) ou Albendazol (helmintos + só GIARDIA)
Helmintos
- Pluricelulares (vistos ao olho nu)
- Reprodução sexuada (hetero ou autofecundação)
- Maioria ovíparos
- Causam eosinofilia
- Maioria assintomáticos (obrigatório tratar)
- Transmissão oral-fecal/ pele/ carne
Helmintos - P*latelmintos
TTO: Praziquantel
- Trematosa: Schistosoma mansonia (esquistossomose)
2. Cestoda: Taenia solium, Taenia saginata (teníase), Equinococcus
Helmintos - Nematelmintos
- Ovo (ingestão) → larva → verme (intestino) → ovo (fezes = EPF)
- TTO: Me/Ti/AlBENDAOL
- Ascaris lumbricoides (ascaridíase)
- Stronguloides stercoralis (estrongiloidíase)
- Ancylostoma duodenale
- Necator americanus (ancilostomiase)
- Enterobius vermiculares (enterobíase ou oxiuríase)
- Trichuris trichiura (tricuríase)
- Wuchereia bancrofti (filariose)
Amebíase
- Entamoeba histolytica (única c/ potencial patogênico)
- Habitat: cólon
- Acomete mais homens
- Cisto (ingestão e infecção) água/ alimentos contaminados com fezes c/ resistência à acidez gástrica → incubação 2-6 semanas
- Trofozoítas: amadurecimento cólon (úlcera amebianas profunda em “botão de camisa”) e liberam cistos nas fezes
Amebíase - QC
- Mais comum ser portador assintomático
- Intestinal: diarreia aguda (disenteria) e crônica, ameboma (massa palpável)
- Extraintestinal (↓ imunidade): Abscesso hepático amebiano → dor QSD, Sinal Torre-Homem (dor à percussão gral costa D)
- Abscesso pulmão, cérebro
Amebíase - QC Intestinal
- Colite (ceco e sigmoide) c/ forma aguda ou disenteria: diarreia mucossanguinolenta 10-12x/d, náusea, febre, tenesmo → pode ser fulminante e desenvolver megacólon tóxico
- Crônica: incomum, desconforto abdominal e irregularidade
- Ameboma: semioclusão do cólon e massa palpável
Amebíase - QC Extraintestinal
- Acessar corrente sanguínea (sistema porta) e disseminação
- Abscesso hepático (mais comum): agudo (<10 dias), dor em QSD, hepatomegalia, febre, sudorese noturna e sinal Torres-Homem (dor percussão gradil costal em HD)
- Abscesso pulmonar ou cerebral
- Aspecto “achocolatado”, sem cheiro: “pasta de anchova”
- No geral é única (70%) e no lobo direito
- NÃO DRENAR!
Atenção p/ Exame parasitológico de Fezes (EPF):
- Entamoeba coli, Endolimax nana, E. hartmanni, Iodamoeba bustchlii e dientoamoeba fragilis = NÃO TRATAR
- São amebas comensais (não patogênica) = NÃO TRATAR
Amebíase - Dx:
- EPF: cistos nas fezes
- Sorologia e pesquisa de antígenos fecais de ameba (mais sensível que EPF)
- PCR: padrão-ouro
- USG ou TC c/ sorologia antiameba: abscesso amebiano
- Dxx: RCU, DC e câncer de cólon
Amebíase - TTO
*Deve ser tto em qqer forma de apresentação clínica (sintomática ou assintomática)
- Secnidazol 2 g dose única (evitar na gestação / lactação) c/ eficácia de 95% → 1ª Escolha
- Outros: Metronidazol 3x/d por 5 dias ou Tinidazol
- Se forma intestinal grave ou extraintestinal (ou abscesso): Metronidazol por 10 dias
- Abscesso é tto c/ medicações, não deve ser drenado, exceto se complicação (piogênico, ruptura, s/ resposta >4d)
Giardíase
- Giardia lamblia (intestinalis ou duodenalis)
- Parasita o intestino delgado na forma proximal do jejuno (forma trofozoíta)
- Ingestão de alimentos não cozidos/ H2O não filtrado e eliminação nas fezes do CISTO (cloração da água não mata cisto)
- Transmissão anal-oral
- Maioria assintomáticos
Giardíase - QC:
- Foma aguda (enterite aguda): diarreia, dor abdominal cólica
- Forma crônica (enterite crônica)
- Diarreia NÃO INVASIVA (capacidade de “atapetear” e inflamar duodeno) e s/ invasão tecidual → dxx c/ dças disabsortivas
- Diarreia clara, fezes amolecidas, cólicas, desconforto abdominal
- Má absorção (nutriente nas fezes), fezes gordurosas/ amolecidas
- Atrofia de Vilosidades: perda peso, anemia, ↓ absorção ADEK, B12, B9
Giardíase - Dx:
- EPF (método de Faust) ou biópsia duodenal
- Dxx c/ doença celíaca
- TTO de escolha: derivados do imidazólicos como Tinidazol/ Secnidazol 2g dose única OU Metronidazol por 5 dias
- Alternativa: albendazol por 5 dias (nas ascaridíase não complicada é dose única)
Vermes do Ciclo Pulmonar de LOSS - Síndrome de Löeffler é: SANTA
- S: Strongyloides stercoralis
- A: Ancylostoma duodenalle
- N: Necator americanus
- T: Toxocasa canis
- A: Ascaris lumbricoides
Síndrome eosinofílica pulmonar de Löeffler
- Tosse seca
- Infiltrado pulmonar MIGRATÓRIO
- Eosinofilia
Ciclo de Loss
- Ovo (ingestão água ou alimentos) → Larva → Pulmão (busca O2 nos alvéolos) → Verme Adulto após tosse e deglutição → Intestino Delgado → Ovo (fezes)
Ascaridíase (ou lombriga)
*Mijo = cças
- Ascaris lumbricoides
- Habitat: intestino delgado (jejuno)
- Verminose mais frequente no mundo
- Maioria assintomáticos
Ascaridíase (ou lombriga) - QC:
- Entra em qualquer buraco
- Pode se “embolar” e obstruir
- QC: dor abdominal, diarreia, anorexia
- Se em grande quantidade: obstrução intestinal: Valva ileocecal em cças (bolo de áscaris em até 40%) → Suboclusão intestinal
- Cólica biliar, pancreatite aguda (subida e obstrução)
- Síndrome de Loeffler (durante ciclo pulmonar): tosse seca, (broncoespamo), eosinofilia, infiltrado pulmonar migratório
- Populações com baixa ingesta de vitamina e interação na absorção , pode levar a HIPOvitaminose A, com tendência a manifestações oculares em crianças
Ascaridíase (ou lombriga) - TTO:
- Dx: EPF
- TTO: Albendazol (1ª opção)
- Outras opções: Levamisol, Pamoato de pirantel, Annita, Ivermectina, Mebendazol
- Suboclusão intestina: Suporte → SNG + Hidratação
- Piperazina (imobilizar sist. muscular do verme) + Óleo mineral
- Após eliminação: albendazol
Ancilostomíase (ou Amarelão ou opilação ou doença do Jeca Tatu)
- Necator americanus e Ancylostoma duodenale
- Parasitam o duodeno e jejuno proximal
- Não é pela ingestão de ovos, mas pela penetração das larvas na pele*
- Andar descalços em zona rural
- Órgãos de fixação (dentes cortantes) que ancoram na mucosa duodenal c/ inflamação hemorrágicas (sugar sangue) = Causa de Anemia ferropriva
Ancilostomíase (ou Amarelão) - Ciclo:
- Verme (intestino) → Ovo (fezes) liberado no solo → Larva Rabdoide (1º estágio - L1 = Rn) → Larva Filarioide (L3 = inFecta) → penetra PELE do hospedeiro (pés descalços, folículos piloso, interdigitais) → ciclo PULMONAR (ciclo de Loss) → L4 na mucosa intestinal
Ancilostomíase - QC:
*Maioria assintomáticos
- Anemia Ferropriva
- Lesão de Pele: maculopapulares eritematosas e pruriginosas (dxx c/ larva migrans)
- Síndrome de Löeffler: eosinofilia
- Gastroenterite: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e flatulência
- Dx: EPF
- TTO: Me/AlBENDAZO ou Pamoato de Piratel
Estrongiloidíase
- Strongyloides stercoralis (Skin)
- Habitat: delgado
- Em imunossuprimidos/ corticoide crônico: hiperinfestação p/ todo organismo (larvas circulantes em órgãos)
- Penetra pela pele causando linhas entortadas, pruriginosas
- Pode causar a estrongiloidiase intestinal com: indigestão, dor abdominal em cólicas, vômitos, diarreia, esteatorreia, enterologia perdedora de proteínas e perda peso
Estrongiloidíase - Evolução:
- Ciclo Direto: Verme (intestino → Ovo → Larvas rabditoides (L1) → meio externo c/ fezes → Larvas filarioides (L2) no solo → penetra pele do humano → corrente sanguíneo →Pulmão (Ciclos de Loss) → Delgado
- Autoinfestação (Imunossuprimidos/ uso corticoide ): lavar rabditoide no intestino se transforma na Larva Filarioide (intestino) s/ passar pelo solo → risco sepse
- Ciclo indireto: macho fecunda fêmea que põe ovos embrionários no solo → Rabditoides (L1 no solo) → Filarioide infestantes (L2)
Estrongiloidíase - QC:
- Maioria assintomática
- Dor epigástrica, surda ou queimação (dxx c/ úlcera duodenal)
- Diarreia
- Síndrome disabsortiva
- Lesão cutânea e Sd. Loeffler (tosse seca, sibilância, infiltrado migratório)
- Disseminada: carrega bactérias entéricas e fungos junto → sepse por translocação de gram negativos (principal FR é corticoide crônico) c/ ↑ letalidade
Estrongiloidíase - Dx:
- EPF (método de Baermann-Morae p/ larvas) ou pesquisa de formas larvarias no lavado broncoalveolar
- É comum redução da resposta imune humoral (Th2)
- Infecção por HTLV-1 predispõe a está complicação disseminada de estrogiloidíase
- A ciclosporina parece ter atividade contra S.stercoralis (esse esquema de Qt não predispõe)
- TTO: Ivermectina dose única (ou se grave por ate 10 dias), Cambedazol e Tibendazol
Toxocaríase (síndrome da larva migrans visceral)
- Toxocara canis ( é o mais comum)
- Dça multissistêmica causada por 3 diferentes nematelmintos: Tococara canis (ascaris do cão) , Toxocara cati (do gato) e Ascaris suum (do porco)
- Pode desenvolver forma ocular isolada (larva migrans ocular)
- Principal hospedeiro: Cão
- Contaminação em áreas públicas de lazer de areia c/ fezes cães e gatos: geofagia (cças < 5anos)
- Ingestão de terra contaminada c/ ovos é principal mecanismo de aquisição
Toxocaríase (síndrome da larva migrans visceral)
*Típica em cças entre 1-5 anos
- Cão é hospedeiro definitivo e o homem/ cças é acidental (ingestão de ovos)
- Não completa ciclo evolutivo e “vaga” por todos órgaõs: ↑ eosinofilia
- Ciclo de Loss com sintomas respira em 20-86% das crianças c/ infiltrado peribrônquico ao Rx (40%)
- Principal reservatório da toxocaríase humanas: cachorras c/ infecção latente que transmite aos filhotes (filhotes principais disseminadores)
- HEPATOMEGALIA É COMUM
Toxocaríase (síndrome da larva migrans visceral) - QC:
*Hx em areia e cães/gato
- Sd. Löeffler: dispneia, sibilos, tosse, estertores (TC em vidro fosco)
- Hepatomegalia
- Febre, rash cutâeno pruriginoso, sudorese noturna
- Eosinofilia INTENSA (dxx com leishmaniose visceral que tem pancitopenia)
- Ocular: ↓ acuidade visual e estrabismo (lesão brancacenta elevada na retina) risco de perda visual
- Hipergamaglobulinemia policlonal
Toxocaríase (síndrome da larva migrans visceral) - Dx:
- Leucocitose à custa de EOSINOFILIA
- Hipergaglobulinemia policlonal
- Biópsia é padrão-ouro mas não usado
- Sorologia (ELISA) é dx de escolha
- NÃO há como confirmar dx no EPF (não atingem maturidade no intestino humano)
- TTO: Me/AlBENDAZOL por 5 dias ± Corticoide (IResp, edema cerebra, disfunção cardíaca) → no geral são autolimitados
Enterobíase ou Oxiuríase
- Parasita do ceco, apêndice (obstruindo a luz do órgão causando apendicite), cólon ascendente e ileo terminal
- Coceira anal
- Enterobius vermiculares ou oxiúro
- Não faz ciclo pulmonar de Loss*
- Habitat: intestino GROSSO (aderido à mucosa) em região anal e perianal onde liberam ovos
- Transmissão fecal-oral (autoinfestação) → não precisa parar no solo, sendo a mão principal contaminante
- Mais comum na infância sem alteração pondero-estatural
- Pode causar vulvovaginite parasitária
- O ovo do parasita resiste a 3 semanas no ambiente doméstico
- Fêmea fecundada sai do ceco e vai para região perianal onda faz ovoposicao
- Prevalência é maior em >5 anos
Enterobíase ou Oxiuríase
*Prurido na região anal
- PRURIDO ANAL noturno (ativação dos enteróbios pelo calor do corpo acamado)
- Prurido e Corrimento vaginal na infância (migração errática do verme) → onanismo (masturbação)
- Eosinofilia é um achado não esperado, pois parasita não invade tecidos
- Enterobio pode causa salpingite crônica e DIP
- Dx: Fita gomada (método de Graham) anal
- TTO: Pamoato de pirantel, Albendazol dose única
Tricuríase (Tricocefalíase)
*Prolapso retal e diarreia crônica
- Trichuris trichuria
- Habitat: intestino grosso (Ceco)
- Transmissão pela água ou alimento contaminado
- Maioria assintomático ou pode se manifestar com dor abdominal, disenteria crônica, anemia ou prolapso retal
- Não tem ciclo pulmonar
Tricuríase (Tricocefalíase)
- Perfura o epitélio e eliminar sangue
- Prolapso retal
- Pode levar a anemia ferropriva (ulcerações), diarreia crônica c/ tenesmo (colite), enterorragia
- PROLAPSO RETAL: mais comum em cças
- Dx: EPF
- TTO: Pamoato de oxipirantel ou albenzadol dose única ou Mebendazol por 3 dias
Teníase
*Platelminto
- Taenia solium (porco) e saginata (vaca/ boi)
- Classe Cestoda do filo Platelmintos (vermes achatados)
- Corpo: escólex (cabeça), pescoço e estróbilo (proglote = reprodução)
- Fixa na mucosa intestinal por ventosas
- Apenas a T. solium causa cisticercoce
Teníase
- Intermediário: porco (T. solium) ou boi (T. saginata) → ingerem os ovos →oncosferas → larvas cisticercos
- Hospedeiro definitivo: homem → ingere as larvas
- Homem: Ingestão de carne mal passada contendo as larvas c/ formação de um único verme adulto “solitário” → parasitam intestino delgado
Teníase - QC:
- Maioria assintomática
- Quadro intestinal inespecífico (inflamação da mucosa)
- Tonturas, fraqueza, insônia, cefaleia
- Saginata é mais sintomática que solium, por ser maior.
- Desconforto perianal
Teníase - DX e TTO:
- Dx: EPF c/ tamização fecal (“peneiração”)
2. TTO: Praziquantel dose única, Mebendazol por 4 dias ou Albendazol por 3 dias ou niclosamida
Cisticercose humana
- Só ocorre na T. solium quando homem ingere os ovos (proglotes grávidas)
- Ovos c/ ação suco gástrico são convertidos em oncosferas e vão para vários órgãos
- Neurocisticercoce: quando cisticercos se alojam no parênquima cerebral
Cisticercose humana - QC:
- Epilepsia/ convulsão na idade adulta (reação imune local)
- Crises generalizadas ou focais
- Hidrocefalia por obstrução do fluxo liquórico: ↑ PIC (cefaleia, náusea, papiledema, borramento visão)
- TC ou RM: lesões cística c/ ou s/ reforço anelar, calcificações nodulares e lesões com reforço focal (LESÕES MÚLTIPLAS)
Cisticercose humana
- Dx: Sorologia, liquor, exame de imagem
- TTO: Praziquantel (OU Albendazol) + Corticoide (Dexametasona p/ ↓ edema e inflamação pela morte dos parasitas) por 21 dias
Himenolepíase
*Não passa pelo pulmão
- Enteroparasitose causada por 2 cestodos: Hymenolepis nana (Tênia anã = mais comum)* e H. diminuta (ratos)
- Principal infecção por cestodos no mundo
- Não necessita de hospedeiro intermediário
- Habitat: Mucosa ileal
- Ingestão na água e alimentos ou por pessoa-pessoa (contado direto), autoinfestação
Himenolepíase
- QC: maioria assintoma´tica, dor abdominal, diarreia, anorexia, prurido anal, pode haver convulsões
- Dx: EPF
- TTO: Praziquantel 2 doses com 10 dias de intervalo
Esquistossomonase (doença de Mason-Pirajá)
- Schistosoma mansoni
- Classe Trematoda, filo Platelmintos (vermes achatados)
- Parasitam os VASOS SANGUÍNEOS do homem
- Hospedeiro definitivo (vermes adultos): homem (sistema venoso mesentérico)
- Hospedeiro intermediário (larvas): Caramujo Biomphalaria (águas doces paradas)
- Endêmica do RN, BA, MG
Esquistossomonase (doença de Mason-Pirajá) - Ciclo
- Penetração cutânea na água
- Vive nos vasos mesentéricos
- Fezes contendo ovo c/ miracídio é lançado na água → miracídio nada e penetra no caramujo → cercária sai do caramujo e penetra pele homem → dermatite cercariana (esquistossômulo) → Schistossoma adulto (vaso mesentérico inferior do homem)
- Destinos dos ovos: lúmen retal; parede do reto (biópsia) ou retorno ao sistema porta (hipertensão portal)
Esquistossomonase (doença de Mason-Pirajá) - QC
*Função hepática é preservada (periportal c/ fibrose de Symmers) s/ nódulos regeneração mas pode ter hepatite isquêmica
- Dermatite cercariana (coceira do nadador)
- Febre de Katawama: febre aguda eosinofílica (imunológico por hipersensibilidade após 4-8 sem)
- Febre alta, calafrios, sudorese noturna, mialgia, hepatoesplenomegalia, adenomegalia, EOSINOFILIA
- Granuloma esquistossomótico → fibrose de Symmers → Hipertensão portal (INTRA-HEPÁTICA PRÉ-SINUSOIDAL)
- Diarreia, cólica
Esquistossomose - Forma Hepatoesplênica
- Esplenomegalia + hipertensão portal (intra-hepática pré-sinusoidal)
- Varizes esofágicas: hematêmese, ruptura, hipotensão
- OBS: forma pulmonar é comum c/ hipertensão c/ IVD, turgência, hepatomegalia
- OBS: forma renal membranoproliferativo tipo I (ou mesangiocapilar)
Esquistossomose - Forma Crônica
- Hipertensão portal, pulmonar, forma neurológica (medula espinhal toracolombar c/ mielite transversa) e glomerulopatia esquistossomótica (imunocomplexos)
- Pseudoneuoplasia: simulando AdenoCa cólon
Esquistossomose - Dx
- Sorologia: esquistossomose na forma aguda
- EPF (Lutz e Kato-Kartz): dx só após 40 dias da infecção (OVO ESPICULADO)
- Biópsia retal: maior sensibilidade (80%)
- Elevação de gamaglobulinemia
- Anemia hemolítica: hiperesplenismo
Esquistossomose - TTO:
*Visa eliminação dos vermes p/ evitar desenvolvimento de formas graves
- Praziquantel/ oxaminique em tomada única
- Cura em 80% após 6 meses a 2 anos de tto (lento)
- Controle de cura c/ 6 EPF
- Prevenção: vacina proteína Sm14 (multivalente)
Esquistossomose
- No ciclo da doença estão envolvidos dois hospedeiros: um definitivo (homem) e um intermediário (caramujo)
- É um helminto da classe Trematoda
- Qualquer pessoa que entre em contato com a cercaria independente da idade, sexo, etnia pode vir a contrair a doença - basta entrar em contato com caramujo infectado
- Febre de katayama associada a eosinofilia é altamente sugestivo
- Nas áreas não endêmicas sua notificação é compulsória
- Em áreas endêmicas é recomendado que todos os casos de forma grave sejam notificados e seu objetivo for a eliminação da transmissão focal é fundamental a notificação de todos os casos
Esquistossomose - Containdicações do TTO:
- Gestação
- Amamentação (se risco/benefício compensar o tto da mulher nutriz só deve amamentar após 24h da medicação
- Crianças <2 anos (imaturidade hepática)
- Desnutrição ou anemia acentuada
- Infecções agudas ou crônicas intercorrentes
- Insuf. hepática grave ou IR ou IC descompensada
- Hipersensibilidade e dça do colágeno
- Dça mental
Bicho geográfico ou de praia
- Causada por larvas de vários nematodeos, principalmente ancilostomídeos de cães e gatos (Ancylostoma braziliensis)
- Parasita cutâneo sendo AUTOLIMITADO, por migração das larvas na pele mas não completa seu ciclo de vida no homem
- Pápulas pruriginosas, depois lesão serpentiforme marrom-avermelhada com muito prurido, elevada e migração da larva (aumento lesão)
- Acomete mais mãos ou pés
- Tto: ivermectina ou albendazol 400 mg/d durante 3 dias VO OU tiabendazol tópico
- Mesmo sem TTO as larvas morrerão após semanas c/ resolução espontânea das lesões
Parasitose que não usa albendazol
Amebíase (= metronidazol)
Salmonelose septicêmica prolongada
- É um doença decorrente da infecção por salmonella em pessoas com esquistossomose
- Febre prolongada irregular e hepatoesplenomegalia de grande monta
- QC semelhante à calazar, leishmaniose visceral
- Além da salmonela sp outras enterobacterias podem causar mesmo QC
- Faz parte do dxx de febre de origem indeterminada
Helminto que NÃO causa eosinofilia
- Enterobiose ou oxiuríase
2. Pois não ocorre invasão tecidual, que seria responsável por aumento de IgE
Palavras-Chave nas Parasitoses
- Ascaridíase: suboclusão intestinal
- Ancislostomiase: anemia ferropriva
- Tricuríse: prolapso retal
- Esteongiloidiase: dermatite larvaria
- Giardíase: esteatorreia (tapeteameamento com baixa absorção de B9 e B12)
Prevenção da Estrongiloidiase disseminada
- Em pacientes que começarão pulsoterapia de metilprednisona
- Ivermectina 200 mcg/kg/d por 2 dias consecutivos
Ação dos antiparasitários
- Benzimidazólicos (Tibendazol, Albendazol e Mebendazol): inibição seletiva e irreversível da capitação de glicose pelo verme adulto, com depleção depósito de glicogênio (imobilidade, paralisia e morte)- anti-helmintico de amplo espectro
2.
Parasitose com queixa de Síndrome Ulcerosa
- Estrongiloidiase e giardíase
- Mimetizam sintomas ulcerosos: dor ou queimação epigástrico, saciedade precoce, plenitude pós-prandial)
- Formas adultas vivem no delgado
Abscessos hepáticos amebianos
- As bactérias alcançam o fígado mais frequente por via biliar
- Os abscessos quase nunca precisam ser drenados
- TC é o método de imagem de escolha, com sensibilidade >90%
- A maioria dos pacientes com abscesso amebiano não apresenta simultaneamente amebíase intestinal, dificultando seu Dx
Angioedema (angioneurótico)
- Ocorre devido produção de IgE por suas proteinases
2. Mais associados são: Ascaris lumbricoides e Giardia lamblia