ITU, Infecções da Pele e Osteomielite Flashcards

1
Q

ITU baixa

A
  1. Cistite: Infecção superficial da mucosa da bexiga (disúria e polaciúria)
  2. Uretrite: infecção da uretra no geral por germes sexualmente transmissíveis, c/ corrimento no homem e na mulher = cistite
  3. Prostatite e epididimite: germes por refluxo de urina pelos ductos prostático e ejaculatório.
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2
Q

ITU alta

A
  1. Pielonefrite aguda: inflamação do parênquima renal por agentes infecciosos, como nefrite intersticial aguda por invasão tecidual de leucócitos PMN, unilateral
  2. Pielonefrite crônica: Nefrite intersticial crônica associada à fibrose e atrofia do parênquima, por refluxo vesicoureteral no gerla
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3
Q

Bacteriúria significativa

A
  1. Presença de bactérias em urina de jato médio em quantidade maior que esperada ≥10⁵ UFC/ml
  2. Mulheres c/ sintomas de cistite não complicada: ≥10² UFC/ml + piúria
  3. Mulheres c/ pielonefrite não complicada ou homens com qqer forma de ITU: 10^4 UFC/ml + piúria
  4. Mulheres c/ ITU complicada: ≥10⁵ UFC/ml c/ ou s/ piuria
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4
Q

Conceitos em ITU

A
  1. Bacteriúria assintomática: bacteriúria significativa na ausência de sintomas urinários
    1. ≥10⁵ (micção espontânea uma amostra), 10² (por cateter vesical uma amostra), qqer contagem (punção suprapúbica uma amostra)
  2. Relapso: nova bacteriúria causada pelo mesmo patógenos previamente tto
  3. Reinfecção: por agentes ≠
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5
Q

ITU Complicada - Presença de Fatores Complicadores

A
  1. Obstrução urinária
  2. Bexiga neurogênica
  3. Nefropatia diabética
  4. Imunodepressão
  5. IRC
  6. Anemia falciforme
  7. Dça renal policística
  8. Alteraçõs anatômicas do trato urinário
  9. Presença de cateter vesical ou cálculo
  10. Gravidez
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6
Q

Conceitos em ITU

A
  1. Infecção do parênquima renal na ausência do QC grave. Comum em imunodeprimidos.
  2. Abscesso intrarrenal: formação cavitária intraparenquimatosa que aparece como complicação grave de pielonefrite
  3. Abscesso perinefrético: supuração nos tecidos adjacentes ao rim, complicação grave da pielonefrite
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7
Q

Patogênese das ITU

A
  1. Via ascendente: PRINCIPAL via de infecção
    1. Colonização períneo → introito vaginal (ou prepúcio ♂) → uretra distal → bexiga
  2. 2.♀ por ter ↓ comprimento uretra é comum ascensão no coito
    1. Pielonefrite: apenas que fazem ADESÃO ao epitélio ou se refluxo vesicoureteral
  3. Via hematogência
  4. Via linfática
  5. Fístula vesicoenteral: bacteroides fragilis
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8
Q

Determinantes da Infecção

A
  1. Colonização periuretral: uso de ATB, atrofia epitélio vaginal pós-menopausa e uso de espermicidas (diafragma) → eliminam a flora comensal não patogênica favorecendo crescimento gram -
  2. Adesão bacteriana e sangue tipo P: uropatogênicos (E. coli e Proteus) que possuem fimbrias c/ receptor celular antígeno do grupo sanguíneo P (expresso hemácia e trato urinário)
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9
Q

Determinantes da Infecção

A
  1. Presença de corpos estranhos no interior da via urinária: BIOFILME → cateter vesical e cálculos
  2. Gravidez: ↓ tônus e da peristalse (hidronefrose fisiológica à direita), refluxo vesicoureteral.
  3. Tamanho do inóculo
  4. Fatores de defesa do hospedeiro
  5. HPB, tumores, cálculos, bexiga neurogênica
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10
Q

Mecanismo de Defesa Contra as ITU

A
  1. pH e osmolaridade (alta [ureia])
  2. Esvaziamento vesical (efeito de “lavagem” dos tecidos urinários): PRINCIPAL defesa
  3. Mucosa do trato urinário
  4. Inibidores bacterianos: substâncias bactericidas nas secreções prostáticas (zinco)
  5. Válvula vesicoureteral: impede o refluxo
  6. Microbiota vaginal
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11
Q

Agentes Etiológicos

*E. coli é a principal causa de ITU COMPLICADA (mas em <50%) e NÃO COMPLICADA

A
  1. ITU esporádica não complicada): E. coli (80-85%), S. saprophyticus (10-15% em ♀ sexualmente ativa), Klebsiella, Proteus
  2. ITU recorrente ou complicada (cálculos, alteração anatomofuncional, manipulação urológica): Enterococcus, Pseudomonas e Serratia
  3. Cuidados de saúde (ITU nosocomial): Acinetobacter e Stenotrophommonas maltophilia
  4. Nefrolitíase: Proteus ou Klebsiella (predispõem formação cálculos)
  5. DM: fungos (Candida spp.)
  6. Cateterismo vesical contínuo (>30 dias): polimicrobiana (70%) e gram - atípicos (Providencia stuartii)
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12
Q

Agente mais frequente em TODOS tipos de ITU:

A
  1. Cistiti: E. coli (79%)
  2. Pielonefrite: E. coli (89%)
  3. ITU complicada: E. coli (32%)
  4. Rel. ao Cateter Vesical: E. coli (24%)
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13
Q

Situações comuns de ITU

*♂ ocorre por anormalidade anatomofuncionais (ou seja, é sempre ITU complicada)

A
  1. Bacteriúria em cça (1-2%): primeiros meses de vida mais em ♂ (válvula de uretra posterior) e depois em ♀
  2. Adultos até 60 anos: ♀ por atividade sexual, sendo principal FR é ITU prévia***
  3. Idosos: ambos ± igual
    1. ♂: doença prostática, perda atividade bactericida de secreções, obstrução urinária e disfunção vesical (divertículos)
    1. ♀: esvaziamento incompleto da bexiga, prolapso genital e epitélio atrófico
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14
Q

Bacteriúria Hospitalar

A
  1. É a causa mais frequente de infecção nosocomial (45%)
  2. Pouca morbidade/ letalidade
  3. Germes gram-negativos
  4. FR: gravidade da dça de base e cateterismo vesical
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15
Q

Indicações ao uso de Cateter Vesical

A
  1. Obstrução ureteral
  2. Monitorização Débito urinário (instab. HemodinâmicA)
  3. Pós-operatório de cx urológicas
  4. OBS: bexiga neurogênica NÃO é indicação → preferir CV intermitente (↓ risco ITU)
    1. Sistema coletor de urina deve sempre ser fechado, pois no aberto ocorre bacteriúria em quase 100% após 2-4 dias
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16
Q

QC das ITU

*Febre alta e ↓ estado geral exclui ITU baixa (exceto prostatite bacteriana aguda = abscesso)

A
  1. Cistite aguda: disúria, polaciúria, dor suprapúbica, hematúria (30%), em ♂ predomina sintomas obstrutivos
  2. Uretrite (N. gonorrhoeae, C. trachomatis, herpes-simplex)
    1. ♀: duração >7 dias, arrastada e QC = cistite
    1. ♂: disúria, corrimento uretral
  3. Epidimite ou epidimorquite: dor e edema no epidídimo e testículo (↑ tamanho e doloroso que melhora c/ elevação testicula = sinal de Prehn) → dxx c/ torção testicular
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17
Q

QC das ITU - Prostatite

A
  1. 90% são de origem obscura, só 5-10% são bacterianas (E. coli em 80%)
  2. Aguda bacteriana (20-40 anos): febre alta, calafrios, irritação e obstrução urinária, risco de bacteremia e sepse se toque retal*** (↑, sensível, tensa e quente), área de flutuação indica abscesso.
  3. Crônica: ITU recorrente, mais velhos, toque retal normal ou c/ HPB
  4. Sd. dor pélvica crônica: dor perineal que irradia p/ lombar e hipogastro
    1. Inflamatória não bacteriana:
    1. Não inflamatória/ prostatodinia
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18
Q

QC da ITU alta: Pielonefrite

A
  1. Febre alta
  2. Calafrios
  3. Dor lombar: distensão cápsula gleason, se irradiação p/ virilha pensar em nefrolitíase associada
  4. Sinais toxêmicos, ↓ Estado geral
  5. Sintomas ITU baixa (30%): disúria, polaciúria, urgência
  6. Descompensação da doença de base: idoso, DM, urêmicos, imunodeprimidos (s/ febre ou dor lombar)
  7. Sinai Giordano: dor à percussão ângulo costovertebral intensa
  8. Sepse se complicada
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19
Q

ITU em crianças

A
  1. Neonatos e lactentes: febre de origem obscura, deficit ponderal, irritabilidade, anorexia, vômitos, diarreia, icterícia, letargia, urina odor fétido
  2. É principal etiologia de dor abdominal crônica de origem orgânica
  3. Fazer exame de imagem (USG) se dx de ITU, independente sexo/ idade
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20
Q

Dx de ITU - Inespecíficos

A
  1. Cistite e uretrite não alteram leucograma ou PCR
  2. Pielonefrite e prostatite aguda elevam leucograma e PCR
  3. EAS c/ piúria (≥ 10 piócitos por campo): ↓ acurácia p/ ITU, S 65% e E 80% → tem vários dxx (TB, apendicite, diverticulite , DIP, NIA, GN)
    1. Teste nitrito: positivo p/ gram-negativo entéricos (exceto pseudomonar) → Sensibilidade baixa e Especificidade alta (90%)
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21
Q

Confirmação Dx de ITU

A
  1. Urinocultura quantitativa: mais utilizado
  2. Urinocultura do aspirado suprapúbico: padrão-ouro
  3. Coleta por micção espontânea em jato médio, cateter vesical ou punção suprapúbica
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22
Q

Diagnósticos das ITU

A
  1. ITU baixa: ♀ jovem c/ cistite esporádica não complicada o dx é clínico (se tto s/ resolução solicitar urinocultura), em ♂ é necessário urinocultura
    1. Cistite: ≥10² UFC/ml
    1. Uretrite: <10² UFC/ml
  2. ITU alta: QC sugestivo + urinocultura 10^4 (sempre confirmar c/ urinocultura)
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23
Q

Diagnóstico de Prostatite e Epididimite

A
  1. Prostatite bacteriana aguda: QC + urinocultura convencional (evitar vários toques retais por risco bacteremia)
  2. Crônica: QC + 3 amostras urina: 1º jato inicial (uretral); 2º jato médio (vesical) e 3º jato pós-massagem prostática (+ se contagem de colônica > 10 x (1 log))
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24
Q

Complicações da ITU alta - Pielonefrite

S/ resposta ao tto após 48-72 = investigação de sinais de obstrução ou abscesso

A
  1. Sepse
  2. Obstrução urinária: nefrolitíase, cálculo estruvita (↑ pH pelo Proteus)
  3. Abscesso intrarrenal
  4. Abscesso perinefrético
  5. Pielonefrite enfisematosa: em DM
  6. Necrose de papila renal
  7. Pielonefrite crônica
  8. Pielonefrite xantogranulomatosa
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25
Q

Pielonefrite xantogranulomatosa

A
  1. Efeito massa palpável em abdome (nefromegalia)
  2. Causada por obstrução urinária
  3. No geral é unilateral
  4. Mais em ♀ meia-idade, c/ pielonefrite de repetição
  5. Cças (= PROTEUS em 60% e E. coli): acomete todo parênquima renal ou focal (mimetiza neoplasia)
  6. Dor lombar/ abdominal, febre, retardo crescimento
  7. Dx: TC
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26
Q

TTO da ITU

A
  1. ATB
  2. Resposta adequada se
    melhora em 24-48h
    2.1. Ausência de melhora na ITU baixa: uretrite (e não cistite), resistente
    2.2. Ausência resposta na pielonefrite: obstrução urinária, abscesso intrarrenal ou perinefrético → USG e TC
  3. Maioria das cepas já estão resistentes à Sulfametoxazol + trimetoprima
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27
Q

TTO das ITU

A
  1. Cistite: Norfloxacino, fosfomicina ou nitrofurantoína
  2. Uretrite/ vaginite: Doxiciclina (DST são resistntes às fluoroquinolonas)
  3. Prostatite: Ofloxacina (<35 anos = N. gonorrhoaea ou Chlamydia trachomatis/ DST) ou Criprofloxacino (>35 anos = Gram - entéricos/ E. coli)
  4. Pielonefrite: Ciprofloxacina ou cefuroxina ± gentamicina
  5. ITU hospitalar (Cateter vesical): Cipro, ceftazidima, cefepime , ampicilina + aulbactam, pipraciclina + tazobactam
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28
Q

TTO das ITU na GESTANTE

A
  1. Contraindicado uso de fluoroquinolonas e sulfametoxazol + trimetropima (dano fetal)
  2. Cistite: amoxicilina ou cefalexina ou nitrofurantoína
  3. Pielonefrite: amoxi ou cefalexina ou nitrofurantoína EV = internamento
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29
Q

Bacteriúria Assintomática (BA) em Gestantes

A
  1. Se ≥10⁵ UFC/ml e assintomática deve ser tratada com ATB por 7 dias seguido de outra urinocultura de controle 2-4 sem após (se esta negativa, repetir mensalmente até parto)
  2. Pré-natal de 1º e 3º trimestre
  3. Risco alto de pielonefrite, alta taxa de recorrência de BA e problemas fetais graves (PMT, PIG e morte perinatal)
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30
Q

BA no pré-operatório

A
  1. Investigar e tto no pré-operatório se: pcte com ↑ risco de pielonefrite (idoso, nefropata, DM, beixaga neurogênica, litíase, ITU repetição, imunodep.)
  2. Em cx urológicas*
31
Q

Quando tratar bacteriúria assintomática:

A
  1. Gestante
  2. Pré-op de cx que necessitam de cateter vesical no pós-imediato, em pctes c/ risco ↑ pielonefrite
  3. Transplante renal (primeiros 3 meses)
  4. Infecção por Proteus mirabilis (cálculos de estruvita)
  5. Infecção por Proteus spp. ou Providencia spp. em pcte c/ CV + bexiga neurogênica
  6. TODOS sintomáticos
32
Q

TTO cistite em não gestante

A
  1. Não há necessidade de urinocultura nem antes nem depois do tto
  2. Fluoroquinolona (Norfloxacino 400 mg 12/12h) por 3 dias OU Amoxicilina 250 12/12h por 5 dias
  3. Se não melhorar após ATB: urinocultura c/ antibiograma (resistente, prolongar ATB por 7 dias ou é uretrite/vaginite)
33
Q

TTO Pielonefrite

A
  1. ATB empírico até resultado da urinocultura (48 h)
  2. TTO por 14 dias*
  3. Hospitalar se: hipotensão, vômitos intensos (IV), febre com tremores → bacteremia
  4. Urinocultura de controle após 2-4 semanas do término do ATB (se + e assintomática não tratar)
  5. Gram +: ampicilina IV ou amoxicilina VO
  6. Gram - ou inconclusível: ofloxacina
  7. Sem resposta ao aTB 48-72h: abscesso ou resistência → urinocultura + USG TC
34
Q

5 indicações de ATBprofilaxia para ITU

A
  1. ITU sintomática de repetição (>3x/ano): em não gestantes por 6 meses a um ano
  2. Gestante c/ ITU recorrente: até o parto
  3. Pós-transplante renal: por 3-6 meses
  4. Prostatite crônica: ad aeternum
  5. Criança com refluxo vesicoureteral: até cx de correção
  6. Manejo: SMZ + TMP ou Norfloxacino ou Ofloxacina 1x/dia ante de dormir
    1. Em gestantes: Nitrofurantoína ou Cefalexina
35
Q

Infecção Renal por Fungos (candidúria)

A
  1. Candida albicans
  2. Contaminação da urina pela flora periuretral OU colonização do trato urinário ou do CV OU ITU baixa ou alta OU infecção fúngica sistêmica
  3. Resolução espontânea em 20-40% em 1 mês
  4. Complicações: invasão renal, infecção sistêmica ou bola fúngica
  5. TTO: Fluconazol IV ou VO (Anfotericina B se resistência ao outro, mas evitar por toxicidade renal)
36
Q

Indicações de antifúngico p/ candidúria

A
  1. Sintomas de ITU
  2. Cilindros hialinos c/ pseudo-hias no EAS
  3. Pós-transplante renal: PROFILÁTICO
  4. Neoplasias hematológicas, Neutropenia, Qt: MAIOR RISCO
  5. Obstrução urinária, bexiga neurogênica
  6. Pcte grave (UTI)
  7. Calidemias se pcte grave
37
Q

Prevenção da ITU hospitalar

A
  1. Preferir fralda ou coletor peniano externo
  2. Cateterismo intermitente (de alívio a cada 6h)
  3. Utilizar sempre cateter de menor calibre adequado à drenagem
  4. Sempre higienização e assepsia do local
38
Q

Principais bactérias patogênicas que invadem a pele

A
  1. Staphylococcus aureus
  2. Streptococcus pyogenes
  3. Bacilos gram negativo: Pseudomonas aeruginosa
39
Q

Impertigo

*S. aureus na literatura recente é o mais frequente em ambos

A
  1. Infecção da epiderme superficial (subcórnea) vesicopustular (piodermite)
  2. Pode ser 1º ou 2º
  3. Bolhoso (10%): principal agente é o S. aureus
  4. Crostoso (90%): principal agente S. pyogenes (grupo A)* e o S. aureus
40
Q

Impertigo Crostoso

A
  1. Predomina entre 2-5 anos e nos meses quentes de verão (baixa higiene)
  2. Acomete áreas expostas: face, mmii
  3. Vesículas que formam pústula e se rompem → pus ressecado forma as crostas melicéricas (amareladas c/ aspecto “mel ou cera ressecada”)
41
Q

Impertigo - TTO

A
  1. Manter local limpo e seco (água e sabão normal)
  2. Remover crostas e secreções c/ compressas mornas
  3. ATB tópico: mupirocina ou ác. fusídico (2-3x/dia por 5-14 dias)
  4. ATB sistêmicos se: febre, linfadenopatia, acometer SC, faringite c/ infecção cutânea próximo à boca, lesões em couso cabeludo ou numerosas (≥ 5)
    1. Cefalosporina 1ª geração (caefalexina 4x/d por 7-10 dias), se alergia eritromicina
42
Q

Outras Piodermites além do Impertigo - Ectima

A
  1. Piodermite estreptocócica (S. pyogenese)
  2. Acomete derme e forma uma úlcera cutânea c/ bordos elevados
  3. Mesmo tto que impetigo crostoso
43
Q

Outras Piodermites além do Impertigo - Foliculite

A
  1. Piodermite estafilocócica (S. aureus)
  2. Infecção supurativa de um ou mais folículos pilossebáceos (únicas ou múltiplas agrupadas)
  3. Base eritematosa e centro pustuloso, bem demarcadas.
  4. Pseudomonas: banheiras de água quente não clorada
  5. Candida: usu de corticoide e ATB
  6. TTO: cuidados locais, limpeza e ATB tópico (mupirocina), se extensa sistêmico.
44
Q

Erisipela (ou “febre de Santo Antônio”)

A
  1. Infecção pelo Streptococcus pyogenes da derme superficial e profunda
  2. Acomete vasos linfáticos
  3. Porta de estrada por ser úlcera de estase ou lesões micóticas intertriginosas
  4. Lesões c/ bordos BEM delimitados e definidos, eritematosas, quente e dolorosa
  5. Acomete mais região malar (face), lateral ou media da perna (70-80%)
  6. Após 2-3 dias de evolução pode surgir bolhas flácidas e se romper (erisipela bolhosa)
45
Q

Erisipela - TTO

A
  1. Duração de 10-14 dias
  2. Casos graves (toxemia c/ febre alta, calafrios): internação c/ Penicilina G cristalina 4/4h
  3. Casos leve/moderados: Penicilina G procaína EV ou V oral
  4. Alérgicos à penicilina: Eritromicina
  5. Profilaxia p/ evitar complicação linfática (Efefantiasis nostra): Penicilina G benzatina 4/4 sem
46
Q

Celulite:

A
  1. Infecção do SC (derme profunda e gordura)
  2. Causada por Staphylococcus aureus (1º) e Streptococcus pyogenes (2º)
  3. Porta de entrada identificável: abrasão, ferida cutânea, úlcera, furunculose
  4. Sinais intensos de flogoso no local (rubor, calor, edema), dor,
  5. SEM bordas delimitadas (imprecisas) e eritema menos proeminente (róseo)
47
Q

Celulite - TTO:

A
  1. Duração de 10-14 dias
  2. Casos graves (toxemia): Oxacilina 2g IV 4/4h
  3. Casos leves/moderados: Cefalexina, cefadroxil, eritromicina
  4. Alérgicos à penicilina: Cefazolina, vancomicina
48
Q

Furúnculo

A
  1. Nódulo supurativo na derme profunda que se instala a partir de uma foliculite
  2. S. aureus
  3. TTO: maioria c/ calor úmido local, sem ATB. NUNCA espremer por risco de disseminar pela corrente sanguínea.
  4. Se sinais sistêmicos ATB sistêmicos (Cefa 1ª/ Oxacilina)
  5. Furunculose de repetição: ATB sistêmico por 10-14 dias + mupirocina tópica
49
Q

Carbúnculo

A
  1. Lesão mais extensa e profunda, atingindo SC e c/ múltiplos abscessos separados por septos conjuntivos
  2. S. aureus
  3. ATB sistêmico (= celulite): Cefa 1ª/ Oxacilina
50
Q

Osteomielite

A
  1. Infecção no osso c/ destruição tecidual progressiva e formação de sequestros ósseos
  2. Sequestro ósseo: fragmento de tecido que se separa da matriz circundante e fica isolado em meio ao material necrótico/ purulento
    1. “Corpo estranho”, desvascularizado, s/ defesas anti-infecciosas → biofilme c/ dificuldade de erradicação por ATB
51
Q

Osteomielite - Fisiopatologia

A
  1. Hematogênica: bacteremia transitória (uso droga IV, Endocardite infecciosa)
  2. Contiguidade: infecção tecido mole adjacente (úlcera pressão infectada)
  3. Inoculação direta: trauma acidental (fratura exposta) ou iatrogênico (cx, biópsia percutânea)
  4. Infecção só ocorre se fatores de adesão específico p/ constituir matriz óssea
52
Q

Principal agente etiológico das Osteomielites

A
  1. Staphylococcus aureus
  2. Expressam adesinas de alta afinidade p/ moléculas de fibronectina, laminina, colágeno (distribuídas no tecido ósseo)
  3. Pode ficar latente nos osteoblastos: necessário ATB prolongado >4-6 semanas p/ evitar as várias recidivas
53
Q

Osteomielite - Fisiopatologia

A
  1. Cortical: lâmina rígida
  2. Medular: osso esponjoso c/ gordura, sangue e tecido hematopoiético
  3. A inflamação da medula ↑ pressão hidrostática intraóssea → bloqueia perfusão sanguínea → isquemia e necrose
54
Q

Estadiamento da Osteomielite

A
  1. Estágio 1: infecção medular
  2. Estágio 3: “ superficial
  3. Estágio 3: “ localizada (abscesso)
  4. Estágio 4: “ difusa
  5. A: hospedeiro normal
  6. B: hospedeiro comprometido → local, sistêmico, local e sistêmico
  7. C: tto é pior que a doença
55
Q

QC da Osteomielite

A
  1. Adulto: curso subagudo/ crônico c/ dx tardio por fístula osteocutâneas após anos
  2. Criança: dramático, c/ sepse associada
56
Q

Osteomielite complicando uma fratura exposta

A
  1. Risco de 3-25% após fratura exposta
  2. Homem jovem c/ lesão em mmii
  3. S. aureus e estafilo coagulase-negativo, e bacilos gram - aeróbios
  4. Semanas ou meses após trauma
  5. Suspeita: fratura NÃO CONSOLIDADA após meses
57
Q

Osteomielite aguda hematogênica

A
  1. Idosos, usuários drogas IV, cateter venoso profundo
  2. CRIANÇA PRÉ-PÚBERE
  3. Preferência por metáfises de osso longos (fêmur e tíbia): nas crianças é muito vascularizada (placa crescimento)
  4. Traumas → ruptura vascular metáfise → hematoma local (depósito se bacteremia transitória) → osteomilite aguda
  5. S. aureus e Pneumococo
58
Q

Osteomielite Crônica

A
  1. TTO inadequada das osteomielites, que complicam fraturas expostas
  2. Pouco sintomática (s/ febre/ calafrios), arrastada por anos
  3. Evolução p/ AMILOIDOSE AA c
  4. Formação de fístulas osteocutâneas e risco de formar Carcinoma Escamoso no trajeto da fístula
  5. Rx: sequestro ósseos c/ involucrum (camadas sobrepostas de osso neoformado que revestem subjacente)
59
Q

Osteomielite Vertebral (Espondilodiscite)

A
  1. Infecção disco intervertebral, entre 2 vértebras adjacentes
  2. Forma mais comum de apresentação clínica da osteomielite por disseminação hematogênica em adultos
  3. Infecções sanguíneas (drogas IV, Cateter Venoso profundo), EI, ITU
  4. QC: dor nas costas e hipersensibilidade vertebral à palpação do processo espinhoso
  5. Pode complicar c/ paresias/ plegias, abscesso epidural
  6. S. aureus e coagulase-negativo são mais comuns (usuários drogas IV é Candida e Pseudomonas)
60
Q

Osteomielite no pé-diabético

A
  1. Por contiguidade por formação de úlcera (15% dos DM)

2. Manejo se úlcera >2 cm, osso subjacente facilmente tocado, ↑ VHS e PCR

61
Q

Osteomielite de ossos não usuais

A
  1. Pubis: cx ginecourológicas por S. aureus, Enterococcus, E. coli → dor suprapúbica que piora na deambulação
  2. Clavícula: hematogênica por usuário drogas IV e cateter venoso profundo em subclávia, S. aureus, dor intensa.
  3. Sacroilíacas: hematogênica em usuários drogsa IV e CVP, S. aureus, pode ter forma crônica unilateral (Brucelose)
62
Q

Osteomielite em Situações Especiais

A
  1. Hemodiálise: MRSA c/ risco espondilodiscite
  2. An. Falciforme: translocação bacteriana do TGI e formação de nichos no interior dos ossos. → Salmonella spp. (1º) e depois S. aureus
  3. Doença de Gaucher: autos. recessiva por ausência enzima glicocerebrosidase c/ depósito de glicocerebrosídeos nos órgãos (medula óssea)
63
Q

Síndrome SAPHO

A
  1. Sinovite
  2. Acne
  3. Pustulose
  4. Hiperostose
  5. Osteomielite: caixa toácica, pelve e coluna
  6. É autolimidade c/ remissão e atividade
64
Q

Diagnóstico da Osteomielite

QC + imagem + microbiológico

A
  1. ↑ VHS > 100 mm na 1ª hora, útil na resposta terapêutica
  2. ↑ PCR
  3. Rx: alterações tardias após 10-14 duas do início
  4. Cintilografia: Muito sensível, mas pouco específico (falso-positivos)
  5. TC: S e E, informação detalhada sobre osso.
  6. RM: método de escolha*, acúmulo de líquido no interior da MO
65
Q

Diagnóstico da Osteomielite - Dx microbiológico

A
  1. Desbridamento cirúrgico: PADRÃO-OURO
  2. Punção percutânea guiada por imagem
  3. Aguarda resultado da cultura antes de iniciar o TTO*** (exceto se infecção partes moles concomitantes ou síndrome séptica)
66
Q

Agentes Causadores da Osteomielite

A
  1. > 50%: S. aureus (PRINCIPAL) e S. coagulase-negativo (epidermidis)
  2. > 25%: Streptococcus, enterococcus, pseudomonas, enterobacter, proteus, e. coli, anaeróbios
  3. <5%: micobacterioses, fungos (abscesso FRIO),, salmonella (falcêmicos)
67
Q

ATB empírico da osteomielite

*Duração >4-6 semanas

A
  1. Adultos (osteomilite hematogênica): Oxacilina 2g IV 6x/d ou Vancomicina (se ↑ risco MRSA)
  2. Adultos pós-fixação fratura exposta: Vacomicina + Cefepima (contra pseudomonas e gram-)
  3. RN: Oxa ou Vanco + Cefepima
  4. Anemia falciforme: Ciprofloxacina ou Levofloxacina
  5. Adjuvante: oxigenoterapia hiperbárica
68
Q

TTO Cx da Osteomielite

A
  1. Desbridamento de todo tecido ósseo e não ósseo infectado + irrigação abundante + ATB profilático EV
  2. Retirada de material exógeno
  3. Confecção de retalhos musculares p/ fechar qqer espaço-morto
  4. Fechamento compelto da FO
  5. Estabilizar e fixação precoce fratura infectada
69
Q

ITU por fungo após CV

A
  1. Candidúria é mais comum em DM mal controlado, uso recente de ATB, Cateter vesical de demora permanente
  2. Na ausência de sintomas, deve corrigir fatores de risco associados, deve ser retirado o CV (se não possível trocar e repetir urocultura)
  3. Tto só deve ser feito se doença disseminada ou grave (neutropenia, cancer, transplante renal) ou se manipulação do trato urinário ou obstrução
70
Q

Osteomielite da Coluna Vertebral

  • Mias comum em homens (2:1) e predomina na transição toraco-lombar
  • Maioria >50 anos
A
  1. Lombalgia, febre, ↑ PCR
  2. Imagem característica: extensão “atravessando” o disco intervertebral e afetando corpos vertebrais adjacentes (e disseminação paravertebral)
  3. Maioria por infecção bacteriana HEMATOGÊNICA
  4. Dx padrão-ouro: biópsia a céu aberto (mais sensível que punção guiada por imagem)
  5. Ausência de leucocitose não exclui etiologia bacteriana
  6. Febre NÃO é patognomônico de nenhum etiologia específica
71
Q

Erisipela

A
  1. Bordos bem definidos e elevados, brilhante e eritematosa
  2. Única localização que obriga internação é a FACE
  3. A recorrência é uma das principais complicações mórbida, principalmente em quem evoluem c/ lesões linfangíticas
  4. Principal agente: Streptococcus pyogenes
  5. A ausência de prota de entrada não afasta etiologia bacteriana
  6. Pode causar linfangite
72
Q

Trombose de Seio Cavernoso

A
  1. Seio cavernoso é frequente afetado por trombose SÉPTICA
  2. Sítios 1os de infecção: face, órbitas, tonsilas palatinas, palato mole e seios etmoidal e esfenoidal → picada mosquito
  3. QC: febre, edema periorbital, cefaleia, ptose e oftalmoplegia (paralisia músc. oculares, proptose), quemose conjuntivas
  4. Agente: S. aureus
  5. Papiledema ou veias da retina tortuosas dilatadas na maioria (2/3 fundoscopia alterada)
73
Q

ITU

A
  1. E. coli é a bactérias predominante
  2. Cistite costuma aparecer como um quador súbito, rápida evolução dos sintomas
  3. Exceto se repercussão sistêmica, não há indicação de tto da Bacteriúria assintomática em portadores de cateter de longa permanência (colonização só do local)
  4. Profilaxia p/ BA é feito p/ gestantes