SÍNDROME NEFRÓTICA Flashcards

1
Q

Características da síndrome nefrótica:

A

1- Proteinúria > 3,5 g/24h (adulto) ou > 50 mg/ kg/24h (criança)
2- Hipoalbuminemia
3- Edema
4- Hiperlipidemia / Lipidúria

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2
Q

A síndrome nefrótica costum ser abrupta?

A

A maioria dos distúrbios que afetam os glomérulos pode resultar em síndrome nefrótica, incluindo aqueles descritos para a síndrome nefrítica. Ao contrário desta última, que geralmente se inicia de modo abrupto, a síndrome nefrótica em muitos casos é bastante insidiosa.

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3
Q

A HAS faz parte da síndrome nefrótica?

A

A função renal costuma estar relativamente preservada no momento da apresentação e geralmente não há oligúria. A hipertensão arterial é um achado variável, dependendo do tipo de glomerulopatia, não fazendo também parte da síndrome.

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4
Q

Qual a faixa nefrótica de proteinúria?

A

A anormalidade básica da síndrome nefrótica, que origina a maior parte de seus sinais e sintomas, é a proteinúria. De modo arbitrário, considera-se como “faixa nefrótica” a taxa de excreção renal de proteínas superior a
3,5 g/1,73 m2/dia em adultos e 50 mg/kg/dia ou 40 mg/m2/h em crianças. É importante frisar que uma proteinúria superior a 2 g/dia fortalece o diagnóstico de glomerulopatia, já que nas doenças tubulointersticiais a proteinúria não costuma ultrapassar esta cifra.

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5
Q

O que é a perda de proteinas seletivas e não seletivas?

A

Quando o processo lesivo renal acarreta perda predominante da “barreira de carga” (como no caso da nefropatia por lesão mínima), ocorre que se entende por proteinúria seletiva, ou seja, uma proteinúria basicamente à custa de albumina; quando a lesão glomerular determina perda da “barreira de tamanho” ocorre proteinúria não seletiva.As condições que determinam perda preferencial da “barreira de carga”, com proteinúria seletiva, não costumam cursar com alterações importantes da estrutura física glomerular. Existem estudos que sugerem a existência de um fator plasmático (uma citocina, talvez) capaz de neutralizar a carga negativa da membrana basal glomerular. Por outro lado, se existe proteinúria não seletiva, é sinal que ocorreram alterações estruturais dos glomérulos: os podócitos (prolongamentos do epitélio visceral) estão lesados, o que determina um desarranjo arquitetônico das fendas de filtração, permitindo o escape de proteínas.

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6
Q

Exame capaz de ver tipos de proteinas que constituem proteinúria do pacient:

A

Eletroforese de proteinas urinárias.

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7
Q

Principais proteínas perdidas na síndrome nefrótica:

A
Albumina: edema;
antitrombina III: hipercoagubilidade;
Globulina fixadora de colecalciferol: hiperparatireoidismo secundário;
transferrina: anemia hipo-micro;
imunoglobulinas: mais infecção.
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8
Q

Teoria de Underfilling:

A

Queda da pressão oncótica faz o líquido sair do intravascular para o interstício. O edema da síndrome nefrótica seria osmótica e não pressórica. Para ocorrer é necessário redução de albumina inferior a 2g.

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9
Q

Teoria de overfilling:

A

Retenção hidrossalina primária, reabsorção exagerada de sódio no túbulo coletor.

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10
Q

A renina tende a estar suprimida ou normal na teoria de ….. e aumentada na teoria do …..

A

Overfilling; underfilling.

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11
Q

Doenças que são overfilling e underfilling:

A

Em crianças com nefropatia por lesão mínima e hipoalbuminemia grave, por exemplo, predomina o fenômeno do Underfilling, enquanto em adultos com outras glomerulopatias, como a Glomerulosclerose Focal e Segmentar (GEFS), costuma sobressair a retenção hidrossalina primária.

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12
Q

Há hiperlipidemia na síndrome nefrótica?

A

Na maioria das vezes, o paciente com síndrome nefrótica desenvolve hipercolesterolemia, com aumento da lipoproteína LDL, a mais aterogênica de todas. A hipertrigliceridemia é encontrada em menor escala, predominando nos pacientes com falência renal crônica. O mecanismo da hipercolesterolemia é o aumento da síntese hepática de lipoproteínas, estimulada pela queda da pressão oncótica induzida pela hipoalbuminemia

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13
Q

O que achar no EAS , graças a hiperlipidemia?

A

É fácil perceber que a hiperlipidemia nefrótica resulta no aumento da filtração glomerular de lipídios, provocando lipidúria. O sedimento urinário passa a conter corpos graxos ovalados (células epiteliais com gotículas de gordura) e cilindros graxos (formados por tais células aderidas à proteína de Tamm-Horsefall).

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14
Q

Todos pacientes com síndrome nefrótica apresentam hiperlipidemia. V ou F?

A

V.Por razões desconhecidas, pacientes com certas formas de síndrome nefrótica não desenvolvem hiperlipidemia, como em muitos casos de lúpus eritematoso e amiloidose.

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15
Q

2 COMPLICAÇÕES DA SÍNDROME NEFRÓTICA

A

INFECÇÕES e FÊNOMENOS TROMBOEMBÓLICOS.

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16
Q

Porque pode ocorre complicações tromboembólicas?

A

Perda de antitrombina III, redução dos niveis de proteina C e S, hiperfibrinogenemia, fibrinólise.

17
Q

Quando suspeitar de trombose de veia renal?

A
Varicocele do lado esquerdo;
Hematúria macroscópica;
Mudanças no padrão da proteinúria;
Redução inexplicada do débito urinário;
Assimetria do tamanho dos rins;
18
Q

A síndrome nefrótica é uma das principais causas de trombose de veia cava inferior (um raríssimo tipo de trombose venosa profunda). V ou F?

A

V.

19
Q

Doença da síndrome nefrótica mais associada a trombose de veia renal?

A

Glomerulopatia membranosa. Outros dois: amiloidose e glomerulonefrite membranoproliferativa.

20
Q

Há indicação de anticoagulação profilática em pacientes com síndrome nefrótica. V ou F?

A

F.A anticoagulação plena está sempre indicada em pacientes nefróticos que tiveram alguma complicação tromboembólica documentada. Não há, até o momento, indicação de anticoagulação profilática.

21
Q

Tratamento da trombose de veia renal:

A

A heparina deve pre
ceder o warfarin nesses doentes, e sua dose deve ser maior do que a convencional, sendo ajustada de modo a manter o PTTa entre 2 e 2,5 (lembre-se: os níveis de antitrombina III, seu cofator, são patologicamente reduzidos na síndrome nefrótica). O cumarínico é iniciado somente quando a anticoagulação plena tiver sido atingida (“PTTa na faixa”), sendo mantido pelo tempo em que o paciente permanecer “nefrótico”. O papel dos novos anticoagulantes orais (ex.: dabigatran, rivaroxaban) no portador de síndrome nefrótica que complica com trombose ainda não foi definido na literatura…

22
Q

Duas infecções prevalentes como complicações na síndrome nefrótica:

A

O Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é a bactéria mais envolvida. Uma infecção bastante comum em pacientes nefróticos é a peritonite bacteriana espontânea, que acomete os pacientes com ascite. O pneumococo é o agente mais comum, responsável por metade dos casos, seguido pela Escherichia coli.