HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA Flashcards

1
Q

O que é HPB?

A

Proliferação (hiperplasia) das células do epitélio e do estroma prostático, formando um tecido nodular adenomatoso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Localização da próstata:

A

A próstata normal é um órgão de consistência fibroelástica (como a ponta do nariz), com peso aproximado de 20-30 g (1 g = 1 ml = 1 cm3). Localiza-se inferiormente à bexiga, sendo atravessada pela primeira porção da uretra, limitada anteriormente pela sínfise púbica e posteriormente pelo reto

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

3 regiões da próstata:

A

Zona central: glandulas curtas;
Zona de transição: glandulas de tamanho intermediário;
Zona periférica: glândulas longas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Zona da prótata que Situada posterolateralmente, representa a porção mais volumosa da próstata normal e contém cerca de 75% de todo o tecido glandular. Nesta zona, origina-se a maior parte dos adenocarcinomas da próstata.

A

Zona periférica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Situa-se na face anterior da uretra prostática, “abraçando-a”, abrangendo 5% do volume da próstata normal. Apesar de seu pequeno volume, é nesta zona que se origina a HPB:

A

Zona de transição.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Possui forma piramidal, com seu ápice na extremidade distal da uretra prostática e sua base sob o colo vesical. É atravessada pelos dutos ejaculadores e abrange 20% do tecido prostático:

A

Zona central.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Forma a parede anterior da próstata e é constituído por tecido conjuntivo e muscular compacto, sem qualquer estrutura glandular:

A

ESTROMA FIBROMUSCULAR ANTERIOR.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Fatores para a HPB:

A

Idade e história familiar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Influencia endócrina na HPB:

A

A testosterona livre penetra na célula epitelial prostática e, por ação da enzima 5-alfa- -redutase, é transformada em DHT (diidrotestosterona) – a forma biologicamente ativa do hormônio. A isoforma tipo 1 desta enzima está presente em várias partes do organismo, porém, a isoforma tipo 2 é exclusiva do tecido prostático (logo, representa um importante “alvo terapêutico”,

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

O que causa a obstrução mecânica e funcional?

A

O processo de obstrução uretral pode ser decorrente de um efeito mecânico secundário ao crescimento prostático exagerado e/ou um efeito funcional (“dinâmico”), relacionado à contração das fibras musculares do estroma prostático. Estas fibras, ricas em receptores alfa-1-adrenérgicos, tendem a se contrair por influência do sistema nervoso simpático, aumentando o grau de obstrução uretral. A bexiga então passa a hipertrofia músculo detrusor.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que são divetículos vesicais? consequências?

A

A hipertrofia do detrusor leva à formação de trabéculas na mucosa vesical, as quais podem ser vistas na cistoscopia. As trabéculas nada mais são do que “bandas” de musculatura hipertrofiada… Quando isso acontece, começam a surgir divertículos vesicais! Trata-se, na realidade, de “falsos divertículos”, pois são compostos apenas pela mucosa herniada entre as trabéculas (para serem “verdadeiros” os divertículos devem possuir todas as camadas da parede de um órgão). A presença de divertículos na parede vesical denota a existência de obstrução uretral grave e prolongada, além de constituir fator de risco para infecção urinária e formação de cálculos vesicais (devido à estase local de urina). É por este motivo, inclusive, que divertículos vesicais “grandes” constituem indicação de tratamento intervencionista da HPB

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Sintomas clássicos do prostatismo:

A

Sintomas obstrutivos de esvaziamento ou pós-miccional.As manifestações clínicas costumam ser oscilantes, com períodos de melhora, que podem durar meses ou anos, intercalados com fases de recrudescência. Outro aspecto importante é que a intensidade e o grau de desconforto dos sintomas não necessariamente são proporcionais ao volume da próstata ou à diminuição do fluxo urinário.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Sintomas obstrutivos relacionados ao esvaziamento:

A

Hesitância, jato fraco, intermitencia, jato afilado, gotejamento terminal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Sintomas relaciodados ao pós-miccional:

A

Esvaziamento incompleto, gotejamento pós-miccional.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Sintomas irritativos de armazenamento:

A

Urgencia, frequencia, noctúria, incontinencia de urgencia, incontinencia por transbordamento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Complicações da HPB:

A
Retenção urinária aguda;
Infecção urinária e prostatite;
litíase vesical;
falencia do detrusor;
IRA ou IRC; Hematúria.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Prognóstico para a retenção abrupta aguda é favorável. V ou F?

A

F.Diversos são os fatores que podem desencadear retenção urinária aguda, como: (1) uso de simpaticomiméticos ou anticolinérgicos; (2) distensão aguda da bexiga, como nos casos de diurese forçada; (3) prostatite infecciosa aguda; (4) cálculo vesical; ou (5) infarto prostático. O prognóstico desses pacientes é relativamente desfavorável, já que 60-70% voltam a apresentar retenção após 1-3 meses da retirada do cateter de Foley. As chances dos pacientes voltarem a urinar de maneira espontânea são, respectivamente, de 60% e de 15% nos casos com menos de 900 ml e mais de 900 ml de urina retida.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

O que causa a infecção urinária e rpostatite?

A

Surge em torno de 5% dos pacientes com HPB, exacerbando os sintomas urinários, e por vezes desencadeando retenção urinária. Essas infecções resultam de colonização prostática ou da presença de urina residual e podem provocar quadros de bacteremia, o que justifica a remoção da próstata em casos de infecção persistente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Causa litíase vesical:

A

Surge em torno de 5% dos pacientes com HPB, exacerbando os sintomas urinários, e por vezes desencadeando retenção urinária. Essas infecções resultam de colonização prostática ou da presença de urina residual e podem provocar quadros de bacteremia, o que justifica a remoção da próstata em casos de infecção persistente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

IRC :

A

o comprometimento crônico da função renal é observado em cerca de 15% dos pacientes com HPB, mas, em muitos casos, deve-se a outros fatores, tais como hipertensão, diabetes ou outras formas de nefropatia preexistente. Na verdade, apenas 3% dos pacientes com HPB têm lesão renal causada pela própria obstrução prostática (nefropatia obstrutiva crônica), e, em metade desses casos, o quadro de hidronefrose se instala de maneira silenciosa, frequentemente sem manifestações urinárias importantes. A existência dessa complicação torna obrigatória a realização de cirurgia, que deve ser executada após um período de cateterismo vesical contínuo. Este cuidado promove melhora, pelo menos parcial, do quadro de insuficiência renal e, com isso, reduz a morbimortalidade. Uma crise de retenção urinária aguda da HPB é uma das principais causas de insuficiência renal
aguda

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Hematúria na HPB:

A

a hematúria macroscópica surge em Alguns poucos pacientes com hiperplasia prostática e deve-se à ruptura de vasos submucosos locais. Esta manifestação tende a ceder espontaneamente, porém, os pacientes nesta situação devem ser explorados cuidadosamente com cistoscopia e USG renal, já que a hematúria macroscópica pode estar relacionada com a presença de outra afecção, como neoplasias urogenitais (bexiga, rim) ou litíase renal ou ureteral. A hematúria microscópica também deve suscitar a procura de outras causas, já que pode ser o único sinal de um carcinoma de células renais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Escore Internacional de Sintomas Prostáticos (IPSS):

A

É composto de sete perguntas, com notas individuais de 0 a 5, dependendo da intensidade de cada sintoma, e, de acordo com os resultados obtidos, os pacientes podem ser classificados em:

(1) Sintomatologia leve – escore de 0 a 7; (2) Sintomatologia moderada – de 8 a 19; (3) Sintomatologia grave – de 20 a 35

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Dados da história clínica importantes na HPB:

A

a presença de febre caracteriza a prostatite infecciosa; sintomas neurológicos associados sugerem bexiga neurogênica; hematúria traz a possibilidade de neoplasia uroepitelial ou urolitíase; história de trauma ou instrumentação cirúrgica nos faz pensar em estenose uretral; uso de drogas anticolinérgicas ou simpaticomiméticas indica uma disfunção vesical medicamentosa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

O que esperar do toque retal?

A

Na HPB, o toque retal costuma revelar uma próstata de tamanho aumentado (simétrico), de consistência fibroelástica e com o sulco interlobular preservado

25
Q

ástica e com o sulco interlobular preservado. O volume prostático não tem, necessariamente, relação com a intensidade da obstrução urinária. V ou F?

A

V.

26
Q

O que fazer de identificar nódulos endurecidosno toque retal?

A

A presença de nódulos endurecidos é sugestiva de adenocarcinoma, e sempre indica a realização de uma biópsia transretal da próstata guiada por USG.

27
Q

Achados do exame da urina que podem ocorre:

A

A presença de piúria significativa deve indicar a pesquisa de infecção do trato urinário ou prostatite, por exame bacteriológico (coloração de Gram + cultura). A presença de hematúria deve estimular a solicitação de USG de vias urinárias, para afastar um Ca urogenital. A hematúria macroscópica indica ainda a realização de cistoscopia (complementar a avaliação para a possibilidade de Ca de bexiga).

28
Q

O que esperar do PSA na HPB?

A

O PSA é uma glicoproteína próstata-específica. Logo, pode se elevar em qualquer patologia prostática inflamatória ou neoplásica. Em pacientes com > 60 anos, o valor normal é inferior a 4,0 ng/ml; níveis acima de 1,6 ng/ml estão relacionados à maior risco de progressão da HPB. Este exame acaba sendo um preditor da intensidade dos sintomas, retenção urinária aguda e crescimento prostático. Na HPB, alguns indivíduos apresentam PSA na faixa entre 4-10 ng/ml (a chamada “zona cinzenta”, onde tanto a HPB quanto o Ca de próstata podem explicar tal achado).

29
Q

Indicações da USG:

A

Embora seja um exame realizado de rotina, a USG se encontra indicada na presença de elevação da creatinina, na suspeita de litíase vesical e em casos de hematúriao peso prostático é mais bem estimado pela USG transretal, exame que está indicado nos pacientes que irão se submeter à cirurgia. É com base neste dado que o urologista decidirá entre o tratamento endoscópico (ressecção transuretral da próstata) e a prostatectomia a céu aberto.

30
Q

Indicação da cistoscopia:

A

Indicada quando a próstata não se encontra muito aumentada, porém, o paciente apresenta sintomas obstrutivos importantes. Nesta situação devemos avaliar diagnósticos diferenciais, como a estenose de uretra. A cistoscopia é também obrigatória na presença de hematúria macroscópica, como parte da investigação para câncer de bexiga

31
Q

Diagnósticos diferenciais da HPB:

A

“Bexiga do Idoso”: homens e mulheres de mais idade têm sido identificados com quadros de disfunção vesical não relacionada à obstrução uretral. Nestes casos, talvez resultantes de isquemia crônica do detrusor, surgem manifestações como instabilidade e incompetência do detrusor, caracterizadas por frequência urinária, urgência miccional e redução da força do jato urinário. Doenças Neurológicas: quadros de bexiga instável podem surgir em pacientes com afecções do sistema nervoso central (acidente vascular encefálico, cirurgias neurológicas, Parkinson, tumores, demência , esclerose múltipla) ou da medula espinhal (mielite transversa, trauma, hérnia de disco, tumores, acidente vascular). No primeiro grupo, as manifestações são quase exclusivamente irritativas; já no segundo grupo, podem surgir também sintomas obstrutivos, decorrentes da dissinergia vesicoesfincteriana e aumento da resistência uretral. Doenças Urológicas: infecções urinárias oligossintomáticas, prostatite, cálculos vesicais, cálculos do ureter distal, carcinoma in situ e neoplasias invasivas da bexiga podem gerar sintomas irritativos. A presença de piúria, no EAS, ou hematúria micro/macroscópica deve servir de alerta para a possível existência desses problemas.

32
Q

Assintomáticos não necessitam de tratamento. V ou F?

A

V.

33
Q

Eixste relação entre escore de sintomas e evolução da HPB. V ou F?

A

V.

34
Q

Três opções terapêuticas:

A

Observação e acompanhamento; terapia farmacológica; tratamento intervencionista.

35
Q

A observação e o acompanhamento es´ta indicada em quais pacientes?

A

A observação e o acompanhamento anual estão indicados em pacientes com sintomas leves e sem complicações (IPSS entre 0 e 7). Esta modalidade também se aplica a pacientes que não querem iniciar o tratamento medicamentoso ou intervencionista.

36
Q

A observação e o acompanhamento está indicada em quais pacientes?

A

A observação e o acompanhamento anual estão indicados em pacientes com sintomas leves e sem complicações (IPSS entre 0 e 7). Esta modalidade também se aplica a pacientes que não querem iniciar o tratamento medicamentoso ou intervencionista.

37
Q

O tratamento farmacológico está indicado em qual situação?

A

O tratamento farmacológico está indicado nos pacientes com sintomatologia moderada (IPSS entre 8 e 19). Este tratamento deve ter morbidade mínima, boa aceitação pelo paciente e não interferir negativamente em sua qualidade de vida. Os poucos indivíduos que não obtém melhora com a terapia medicamentosa devem ser avaliados para intervenção cirúrgica.

38
Q

Tratamento para escore de sintomas elevado:

A

Os pacientes com sintomatologia grave (IPSS entre 20 e 35) devem inicialmente ser abordados com terapia medicamentosa, porém muitos indivíduos dentro desse grupo acabarão se submetendo a tratamento cirúrgico – uma não resposta ao tratamento farmacológico é uma indicação clássica de cirurgia. Para definirmos um doente como não responsivo às medicações é necessário um período inicial de seis meses a um ano de acompanhamento, uma vez que os antiandrogênicos demoram a exercer seu efeito máximo (ver adiante). Além disso, o termo “não responsivo” implica em um IPSS que se manteve grave ou que se reduziu apenas para moderado. As formas de tratamento chamadas de minimamente invasivas podem ser consideradas em casos selecionadost

39
Q

INDICAÇÕES ABSOLUTAS DE ABORDAGEM INTERVENCIONISTAS:

A
Retenção urinária aguda;
ITU de repetição;
Hematúria macroscópica persistente;
Litíase vesical;
Iinsuficiência renal;
Divertículos vesicais grandes.
40
Q

Utilidade dos bloqueadores alfa-1-adrenérgicos:

A

Existem dois subtipos de receptor alfa-1 adrenérgico: alfa-1-a e alfa-1-b. O primeiro é específico do tecido prostático, enquanto o segundo é específico dos vasos sanguíneos. Os bloqueadores alfa-1-adrenérgicos podem ser “seletivos” ou “não seletivos” para os receptores alfa-1-a. O ideal é utilizarmos um bloqueador seletivo, pois a incidência de efeitos adversos cardiovasculares (ex.: hipotensão postural) tende a ser menor… A fenoxibenzamina foi o primeiro bloqueador alfa-1 não seletivo, mas caiu em desuso devido ao seu perfil de toxicidade. O prazosin (2 mg 12/12h) é um bloqueador alfa-1 não seletivo de meia-vida curta, cada vez menos utilizado. Terazosin (5-10 mg 1x/dia) e doxazocin
(4-8 mg 1x/dia) são bloqueadores não seletivos de meia-vida longa, que têm a vantagem de poderem ser feitos em dose única diária. Tamsulosin (0,4-0,8 mg 1x/dia), alfuzosin (10 mg 1x/dia) e silodosin (8 mg 1x/dia) são modernos bloqueadores alfa-adrenérgicos de meia-vida longa e SELETIVOS para o receptor alfa-1-a, sendo, por conseguinte, as drogas de escolha na atualidade!

41
Q

Principais efeitos colaterais dos betabloqueadores:

A

Hipotensao postural, tonteira, fraqueza, cefaleia e rinite.

42
Q

Contraindicações aos alfabloqueadores:

A

ABSOLUTAS 1 - Insuficiência renal pós-renal e/ou resíduo vesical elevado, causados pela HPB.
2 - Pacientes com história de hipotensão postural ou hipersensibilidade à droga.

RELATIVAS 1 - Doença cerebrovascular.
2 - História de síncope.
3 - Retenção urinária aguda repetida ou infecção urinária recorrente devido à HPB.

43
Q

Objetivo dos inibidores da 5-alfa-redutase:

A

Visam reduzir o volume glandular e, consequentemente, o componente físico responsável pela obstrução da uretra. Dada a sensibilidade do epitélio glandular à ação da DHT, todas as medidas que diminuem o efeito desse mediador tendem a promover uma regressão da massa glandular.

44
Q

Drogas antiandrogenicas:

A

A finasterida (5mg 1x/dia) foi o primeiro agente antiandrogênico utilizado. Atua através da inibição da enzima 5-alfa-redutase do tipo 1, impedindo a formação local de DHT no tecido prostático. Na dose usual, produz uma diminuição de cerca de 30% do volume da glândula após seis meses de tratamento, o que alivia os sintomas em 35-40% dos pacientes. A finasterida é uma droga segura, com pouca interação farmacológica e raros efeitos colaterais. Seu principal inconveniente é a disfunção sexual, que se manifesta em 10-15% dos casos. Outro agente, a dutasterida (0,5 mg 1x/dia), é capaz de inibir as isoenzimas tipo 1 e 2 da 5-alfa-redutase, e alguns estudos demonstraram uma superioridade discreta (porém estatisticamente significativa) quando comparada à finasterida.

45
Q

Os antiandrogenicos aumenta PSA. V ou F?

A

F. Diminuem. Logo considerar o dobro do valor ao analisar.

46
Q

Quando associar antiadnrogenicos e bloqueadores da alfa-1-adrenérgicos?

A

Na prática, os inibidores da 5-alfa-redutase são acrescentados à terapia inicial com os bloqueadores alfa-1-adrenérgicos na presença de próstatas com peso ≥ 40 g.

47
Q

Em próstatas de pequenas e médias dimensões, ……………representa a melhor alternativa técnica, já que se acompanha de resultados globais bastante satisfatórios, baixa incidência de complicações, custos reduzidos e menor tempo de internação hospitalar

A

Ressecção trasuretral.

48
Q

Os pacientes com próstatas muito volumosas (≥ 80 g) ou que apresentam complicações locais da HPB, como litíase ou divertículos vesicais, devem ser tratados por …………

A

Cirurgia a céu aberto.

49
Q

A prostatectomia a céu aberto e a RTUP da próstata constituem as formas mais eficientes para se tratar pacientes com HPB. Cerca de ….. dos casos apresentam melhora clínica significativa após essas intervenções e em …… podem permanecer algumas queixas, provavelmente devido à existência concomitante de doença vesical ou por sequelas da cirurgia, como o aparecimento de estreitamentos uretrais.

A

90%. 10%.

50
Q

Opções cirúrgicas menos comuns a prostatectomia aberta e a ressecção transuretral:

A

ablação por laser, a incisão transuretral da próstata e a termoterapia com micro-ondas.

51
Q

O que fazer se cultura de urina positiva antes da cirurgia?

A

Iniciar tratamento, cinco dias antes de cirurgia e continuar até 48 horas após procedimento.

52
Q

O que fazer se cultura de urina negativa antes da cirurgia?

A

O antibiótico deve ser indicado na presença de um dos seguintes fatores: ·

Instrumentação urinária prévia.
· História prévia de infecção do trato geniturinário (epididimite ou prostatite). · Calculose.
· Pacientes de risco (diabéticos, próteses ortopédicas, próteses valvares, bexiga neurogênica etc.)

53
Q

Profilaxia de trombose venosa profunda antes de cirurgia?

A

muitos autores aconselham o uso rotineiro de tromboprofilaxia medicamentosa nas cirurgias pélvicas. O uso de heparina de baixo peso molecular pode reduzir a incidência de tromboembolismo venoso de mais de 40% para menos de 14%. A deambulação precoce é sempre recomendada

54
Q

Complicação mais clássica da ressecção transuretral da próstata?

A

. A complicação intraoperatória mais clássica – e felizmente incomum nos dias de hoje
– é a síndrome de intoxicação hídrica, que decorre da absorção exagerada, pelo leito prostático cruento, da solução salina não iônica e hipotônica empregada para irrigação vesical durante o procedimento. Ela ocorria em 2% dos pacientes, sendo caracterizada por hiponatremia aguda, confusão mental, náuseas e vômitos, hipertensão arterial, bradicardia e distúrbios da visão, decorrentes de súbita diminuição da osmolaridade plasmática (encefalopatia hiposmolar aguda) e hipervolemia. O risco se torna significativo quando o tempo cirúrgico ultrapassa 90min (o que é mais provável quanto maior for o peso da glândula). O tratamento é feito com diuréticos de alça e reposição de solução salina a 3%.

55
Q

Complicações tardias da ressecção transuretral da próstata:

A

Ejaculação retrógrada, aspermia, disfunção erétil, incontinência.

56
Q

Indicações de prostatectoia subttal:

A

Via endoscópica impossível( estenose de ureta, anquilose do quadril), presença de afecçõs vesicais( cálculos e diverticulos), próstata volumosa maior que 80g.

57
Q

A prostatectomia a céu aberto padrão no tratamento da HPB é “subtotal”, quer dizer, somente o tecido adenomatoso é retirado (e não a próstata inteira, como é feito nas prostatectomias totais no tratamento do Ca de próstata). V ou f?

A

v.

58
Q

A prostatectomia subtotal pode ser ………. ou ………… Na primeira técnica o acesso à próstata é transvesical, isto é, a parede da bexiga é incisada, e a enucleação do tecido prostático adenomatoso é feita através de uma segunda incisão semicircular no assoalho da bexiga, distal ao trígono vesical. A técnica suprapúbica torna-se preferencial quando existe alguma patologia vesical associada (ex.: cálculo ou divertículo), já que a mesma poderá ser resolvida durante o procedimento. Na via retropúbica a cavidade vesical não é invadida: a enucleação do adenoma prostático é feita externamente à bexiga, através da dissecção da cápsula cirúrgica prostática (estrutura que separa a zona periférica das zonas central e transicional)

A

SUPRAPÚBICA E RETROPÚBICA.

59
Q

Complicação perioperatória mais comum na prostectomia a céu aberto:

A

a irrigação deverá ser mantida por, no mínimo, 24 horas. O cateter suprapúbico, quando utilizado, deverá ser retirado a partir do segundo dia de pós-operatório (48 horas). O cateter uretral deverá ser retirado do terceiro ao sétimo dia. A complicação perioperatória mais frequente é a perda excessiva de sangue. Aproximadamente 15% dos pacientes operados requerem transfusões sanguíneas. Se o sangramento surgir no pós-operatório e for grave, pode requerer fulguração transuretral ou reexploração cirúrgica, porém, na maioria dos casos, pode ser facilmente manejado com irrigação contínua da bexiga.