CA DE PRÓSTATA Flashcards

1
Q

Tipo de CA de próstata mais comum:

A

No Brasil, o adenocarcinoma de próstata é o câncer visceral mais comum do sexo masculino. Constitui também a segunda maior causa de morte oncológica em homens, perdendo apenas para o câncer de pulmão

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2
Q

HPB é fator de risco para CA de próstata.V ou F?

A

F.

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3
Q

Alterações genéticas como fatores de risco:

A

Fusão TM-PRSS2-ERG e POLIMORFISMO NO GENE DO REPECTOR DE ANDROGENIO(AR).

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4
Q

Alteração genética mais comum do CA de próstata:

A

Hipermetilação do gene GSTP1.

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5
Q

Fatores de risco para adenocarcinoma:

A

Idade, negros tem mais, maioria esporádica, mas 15% é familiar. Mutações BRCA-2 E BRCA-1 que também estao associados a mama. Mutação HPC-1. Aumento do IGF-1; Dieta rica em gorduras. Obesidade.

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6
Q

Tipo histológico mais frequente do CA:

A

Adenocarcinoma acinar.

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7
Q

Achado patognomonico de CA de próstata:

A

Presença de invasão perineural.

.A camada externa de células basais está tipicamente ausente nas glândulas malignas.

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8
Q

Descreve-se ainda uma lesão provavelmente precursora do adenocarcinoma de próstata: HGPIN. V ou F?

A

V.

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9
Q

O que significa proliferação atípica de pequeno ácinos(ASAP) no laudo?

A

dúvida que o patologista teve em relação à possibilidade de câncer”. Desse modo, quando o laudo descrever a presença de ASAP na ausência de câncer, a conduta deve ser a repetição da biópsia dentro de 6-8 semanas (chance de positividade de 15-30%).

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10
Q

Escore de diferenciação doadenocarcinoma de próstata:

A

Gleason. Bem Diferenciado: Gleason 2-4
Intermediário: Gleason 5-6
Pouco Diferenciado: Gleason 7
Indiferenciado (alto grau:) Gleason 8-10

Grupo 1 Gleason ≤ 3 + 3 = 6
Grupo 2 Gleason 3 + 4 = 7
Grupo 3 Gleason 4 + 3 = 7
Grupo 4 Gleason = 8
Grupo 5 Gleason = 9 ou 10
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11
Q

Além da forma acinar, há a forma ductal, que possui melhor prognóstico. V ou F?

A

F. Pior.

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12
Q

Outros tipos de CA de próstata:

A

Tumor adenomatoescamoso; carcinoma coloide da próstata; pequenas células: raro e pior prognóstico.

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13
Q

CA de próstata raro , oriundo do estroma glandular que mais acomete crianças:

A

Raramente o câncer de próstata tem origem em células do estroma glandular. Sarcomas e linfomas são os principais exemplos, sendo o rabdomiossarcoma o tumor mesenquimal da próstata mais frequente em crianças, e o leiomiossarcoma o mais comum em adultos.

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14
Q

Tumor que mais invade a próstata:

A

carcinoma urotelial, em particular o Ca de bexiga (invasão por contiguidade), lembrando que o câncer de reto também pode fazer isso.

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15
Q

Local mais comum de metastase a distancia é o :

A

Esqueleto axial, depois coluna lombar, femur, pelve, coluna torácica e costelas.

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16
Q

Estadiamento CA de próstata:

A

T1
“TUMOR NÃO PALPÁVEL” T1a: achado histológico incidental em ≤ 5% do tecido ressecado (ex.: após uma RTU de próstata). T1b: achado histológico incidental em > 5% do tecido ressecado (ex.: após uma RTU de próstata). T1c: tumor identificado após biópsia com agulha, localizado em um ou ambos os lados
da glândula.
T2
“TUMOR PALPÁVEL E CONFINADO À PRÓSTATA” T2a: tumor envolve ≤ 50% de um lado da glândula. T2b: tumor envolve > 50% de um lado da glândula, mas não os dois lados. T2c: tumor envolve os dois lados da glândula.
T3
“EXTENSÃO EXTRACAPSULAR” T3a: extensão extracapsular uni ou bilateral, sem invadir vesículas seminais. T3b: extensão extracapsular com invasão de uma ou ambas as vesículas seminais.
T4
“EXTENSÃO PARA ÓRGÃOS ADJACENTES” O tumor se fixa ou invade estruturas adjacentes à próstata que não as vesículas seminais. P. ex.: esfíncter uretral externo, reto, bexiga, músculos do assoalho e da parede pélvica. Estadiamento N N0 Linfonodos regionais livres de doença.
N1 Linfonodos regionais acometidos. Estadiamento M M0 Ausência de metástases à distância.
M1
Presença de metástases à distância. M1a: Metástases em linfonodos não regionais. M1b: Metástases ósseas. M1c: Metástase em outros órgãos (ex.: pulmões, fígado), com ou sem metástases ósseas.

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17
Q

Estadiamento prognóstico:

A

EI
T1a-c N0 M0, PSA < 10, Grupo de Grau 1. T2a N0 M0, PSA < 10, Grupo de Grau 1.
EIIA
T1a-c N0 M0, PSA ≥ 10 e < 20, Grupo de Grau 1. T2a N0 M0, PSA ≥ 10 e < 20, Grupo de Grau 1. T2b-c N0 M0, PSA < 20, Grupo de Grau 1.
EIIB T1-2 N0 M0, PSA < 20, Grupo de Grau 2.
EIIC T1-2 N0 M0, PSA < 20, Grupo de Grau 3-4.
EIIIA T1-2 N0 M0, PSA ≥ 20, Grupo de Grau 1-4.
EIIIB T3-4 N0 M0, qualquer PSA, Grupo de Grau 1-4.
EIIIC Qualquer T N0 M0, qualquer PSA, Grupo de Grau 5.
EIVA Qualquer T N1 M0, qualquer PSA, qualquer Grupo de Grau.
EIVB M1 + qualquer outro parâmetro.

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18
Q

Manifestações clínicas do CA de próstata:

A

Maioria assintomática, obstrução urinária, hematúria e hematoespermia diferencia da HPB. Disseminação linfática: edema de membros inferiores, desconforto pélvico.
Metástases ósseas são indolores no início, depois pioram. A coluna pode ocasionar síndrome da pressão epidural da medula espinhal(paraplegia, sensitivo, esfincteriano). Fases terminais: déficits neurológicos, derrame, ascite, falencia hepática)>

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19
Q

O screening de CA e próstata reduz mortalidade geral. V ou F?

A

F.

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20
Q

Recomendações ara Screening do CA de próstata American Urological Association:

A

ƒ O screening não deve ser feito em homens com idade < 40 e ≥ 70 ƒƒ O screening não deve ser feito se a expectativa de sobrevida for < 10 anos ƒƒ Entre 40-55 anos, considerar screening apenas se alto risco (negros, história familiar) ƒƒ Para os demais homens, considerar screening entre 55-69 anos ƒƒ O paciente deve ser informado sobre potenciais riscos e benefícios. A decisão de realizar ou não o screening deve ser partilhada entre médico e paciente ƒƒ O TR faz parte do exame urológico de rotina, devendo ser feito em toda consulta ƒƒ Se TR positivo (nódulo, induração), indicar biópsia ƒƒ O PSA deve ser dosado a cada dois anos ou mais (e não anualmente) ƒƒ O valor de referência do PSA para considerar a realização de biópsia é 3 ng/ml ƒƒ Todavia, esse ponto de corte deve ser avaliado individualmente, levando em conta: 1. O volume prostático 2. A idade do paciente 3. A suspeita de inflamação - Isso quer dizer que pode-se optar por não realizar biópsia caso idade próxima aos 70, HPB volumosa e/ou suspeita de inflamação, mesmo com um PSA > 3 ng/ml. O julgamento clínico do urologista é que vai decidir… ƒƒ Os “derivativos do PSA” (velocidade de aumento, relação PSA livre/PSA total, valores de referência por faixa etária e densidade do PSA) são considerados secundários, e podem ser utilizados para reforçar ou não a indicação de biópsia

21
Q

O que procurar no toque retal?

A

Diz-se que o TR é “positivo” quando se nota a presença de nodularidade, induração ou assimetria lobar acentuada. É importante ter em mente que, apesar de sua sensibilidade para o diagnóstico de Ca de próstata ser muito “examinadordependente”, de um modo geral ela é baixa (59%), assim como sua especificidade (94%). O valor preditivo de um TR positivo situa-se entre
20-50%, logo, ainda que um TR negativo não descarte a presença de câncer, é mandatório realizar biópsia em caso de positividade, mesmo que o PSA esteja normal (raros casos de Ca de próstata cursam com TR positivo e PSA baixo). Outras condições podem justificar um TR positivo (ex.: cálculos, prostatite granulomatosa, infarto prostático, tuberculose, linfoma).
Só detecta a parte das faces laterais ou posterior da glândula.

22
Q

PSA é câncer específico. V ou F?

A

F. Próstata específica.

Toque retal aumenta, mas insignificante.

23
Q

Após procedimentos como biópsia e RTU de próstata, por outro lado, deve-se aguardar de…… para dosar o PSA no sangue.

A

8-10 SEMANAS

24
Q

Usuários de inibidores da 5-alfa redutase há mais de seis meses (ex.: finasterida, dutasterida) podem ter uma redução no PSA basal de até 50%. Logo, em tais casos deve-se multiplicar por ………o valor do PSA medido, a fim de estimar o PSA “real” do paciente. A relação PSA livre/PSA total não é alterada por efeito dos inibidores da 5-AR.

A

2.

25
Q

Quanto tempo o PSA se torna indetectável após prostatectomia?

A

6 semanas. Na radioterapia 3 a cinco meses, e não zera,

26
Q

Nas patologias prostática benignas, o PSA costuma se manter na faixa entre 4-10 ng/ml. Valores > 10 ng/ml são mais específicos para câncer, e valores muito aumentados (> 100 ng/ ml) predizem com grande acurácia a existência de doença metastática. V ou F?

A

V.

27
Q

Causas não malignas do aumento do PSA:

A

Hiperplasia Prostática Benigna Prostatite Infarto Prostático Pós-biópsia Prostática Cistoscopia
RTU de próstata Retenção Urinária Ejaculação Trauma Perineal Massagem Prostática

28
Q

Método de escolha para a confirmação histopatológico:

A

Biópsia transretal da próstata guiada por USG.
O paciente é preparado com clister retal e antibioticoterapia profilática (ex.: cipro ou gentamicina em associação a metronidazol ou clindamicina, visando cobertura contra Gram-negativos entéricos e anaeróbios). Usuários de anticoagulantes devem suspender a medicação se possível. Suas principais complicações (transitórias e brandas) são hematúria, hematoespermia, hematoquezia e picos febris.
Recomenda-se coleta de 12 fragmentos.

29
Q

A taxa de falso-negativo da Bx-TRUS gira em torno de 10-35%. Por este motivo, diante de forte suspeita clínica (ex.: PSA > 10 ng/ml), mesmo com o histopatológico inicial negativo deve-se repetir o exame em ………

A

8 SEMANAS.

30
Q

Utilidade da TC:

A

Maior risco de disseminação linfática, como aqueles que apresentam tumores T3/T4, Gleason alto (≥ 8) e PSA elevado (> 10 ng/ml).

31
Q

Este é o método de escolha para avaliar de forma não invasiva a extensão extraprostática e o envolvimento das vesículas seminais pelo tumor (estadiamento “T”). É também o método de escolha para o estadiamento “N” (superior à TC de abdome/pelve). O tecido neoplásico fornece um sinal hipointenso, em contraste com o parênquima glandular que possui sinal hiperintens:

A

RNM com sonda endorretal.

32
Q

A …………..é o método mais sensível para a detecção de metástases esqueléticas do Ca de próstata (o RX simples só se altera em fases tardias).

A

Cintilografia óssea.

33
Q

Indicações de cintilografia óssea no estadiamento do CA de próstata:

A

PSA>20;
GLEASON:8;
TUMOR T3 OU T4;
SINTOMAS DE METÁSTASE ÓSSEA.

34
Q

Estrategias para o tratamento do CA:

A

Doença localizada)estágio I e II): expectante; prostatectomia radical, radioterapia externa, braquiterapia.
Doença avançada(III e IV): hormonioterapia.

35
Q

Paraefeitos mais comuns do tratamento:

A

Impotência sexual e incontinência urinária.

36
Q

Vale dizer que nem sempre a recidiva bioquímica indica recidiva tumoral! Às vezes o retorno do PSA reflete apenas a atividade de uma porção de tecido prostático normal que não havia sido completamente removida/destruída com o tratamento. Em tais casos, a curva de PSA estabiliza em patamares baixos, não assumindo um padrão progressivamente crescente.. v OU f?

A

V.

37
Q

Como fazer a conduta expectante?

A

Expectativa menor que 10 anos. PSA a cada 6 meses e TR.

38
Q

Prostatectomia radical:

A

Definida pela remoção completa da próstata e das vesículas seminais.

A linfadenectomia pélvica não é obrigatória em todos os casos, mas é fortemente recomendada para pacientes com maior chance de metástases linfonodais (tumor T3-4, PSA > 10 ng/ml, Gleason > 7).

Hormonioterapia neoadjuvante não indicada.

Cuidado com os nervos cavernosos da ereção e esfincter urinário externo da continência urinária.

Radioterapia deve ser indicada somente seis semanas após cirurgia.

39
Q

Modalidades da radioterapia:

A

Radioterapia com feixes externos e braquiterapia( implanta de sementes radioativios no interstício prostático pela via transperineal).

40
Q

Efeitos adversos da radioterapia:

A

Proctopatia e cistopatia induzida por radiação.

41
Q

Tratamento para estágio III e IV:

A

Deprivação androgênica.

42
Q

Tratamento padrão ouro na deprivação androgenica:

A

Orquiectomia bilateral, mas não costuma ser aceita. Outros dois: agentes que reduzem androgenios e agentes que bloqueiam o receptor de androgenio.

43
Q

Agentes que reduzem a produção de androgênios:

A

Agonistas do GnRH: diminuiçao testicular de testosterona.

44
Q

Contraindicação do GnRH:

A

Obstrução urinária, dor refratária, compressão epidural da medula espinhal. Isso porque antes de diminuir hormonios, ela aumenta no início.

45
Q

Síndrome da deprivação androgênica:

A

Ondas de Calor (fogachos) Fraqueza Fatigabilidade Impotência sexual Sarcopenia Anemia Mudanças de personalidade Depressão Dislipidemia Obesidade Resistência à insulina Diabetes mellitus Doença cardiovascular Osteoporose

46
Q

Bloqueadores do receptor de androgênio:

A

Bloqueadores não esteroidais do receptor de androgênio (flutamida, bicalutamida e nilutamida) reduzem a estimulação androgênica do tecido prostático sem reduzir os níveis séricos desses hormônios (na realidade, os níveis de testosterona podem ficar até um pouco aumentados). Não usar em monoterapia, mas associar a cirurgia química ou cirúrgica.

47
Q

Quimioterapia:

A

Escolha: docetaxel; indicado após derivação androgênica já não mais resolver.

48
Q

Tratamento das metástases ósseas:

A

Radioterapia externa. Sintomas difusos: radioisótipos, bifosfonados, denosumab.

49
Q

os inibidores da 5-AR não possuem uma relação risco-benefício favorável como estratégia de quimioprevenção primária do Ca de próstata na população geral. V ou F?

A

V. sELENIO, VITAMINA D e estatinas possuem dados conflitantes sobre papel de prevenção.