NEFROLITÍASE Flashcards

1
Q

Litíase é mais comum em …. e tem seu pico de indicencia entre 20-40 anos.

A

Homens.

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2
Q

50% terá recorrência de cálculo em 10 anos. V ou f?

A

V.

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3
Q

Fatores de risco para a nefrolitíase:

A

História pessoal de nefrolitíase, história familiar; baixa ingesta hídrica; urina ácida, história de gota, HAS, cirurgia bariátrica, uso de medicamentos( indinavir e ceftriaxone), infecção urinária cronica.

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4
Q

Cálculo mais comum:

A

Sais de cálcio, principalmente oxalato de cálcio.Existem dois tipos de cristais de oxalato de cálcio: o monoidratado (wewelita) e o di-hidratado (wedelita).
O outro sal de cálcio é o Fosfato de Cálcio, um composto mineral denominado apatita, encontrado com mais frequência misturado ao oxalato de cálcio. O cálculo de fosfato de cálcio puro é incomum, sendo responsável por apenas 6% dos cálculos renais.
O tipo mais comum de fosfato de cálcio encontrado nos cálculos renais é a hidroxiapatita ou Ca5(PO4)3 OH, e o menos comum é a brushita ou CaHPO4.H2O.

O OXAlato de cálcio pode ser puro, calcio mais hidroxiapatia ou oxalato de calcio mais acido urico.

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5
Q

Segunda causa de cálculos renais;

A

Estruvita ou fosfato de amonio magnesiano, 10-20%, desenvolve na presença de bactérias produtoras de urease na urina.

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6
Q

Terceira causa de cálculos renais:

A

Ácido úrico. E , por último, cistina.

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7
Q

Os cálculos urinários podem ser visto a olho nu. V ou F?

A

V. Mas, ideal pedir EAS.

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8
Q

Oxalato de cálcio monoidratado aparece com cristais de que forma?

A

Ovalados ou em halteres birrefringentes.

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9
Q

Oxalato de calcio di-hidratado como aparece nos cristais urinários?

A

Octaédricos.

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10
Q

Como aparece a estruvita nos seus cristais?

A

Prismas retangulares(tampa de caixão).

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11
Q

Como aparece os cristais do ácido úrico?

A

Placas romboides(losangulares).

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12
Q

Como aparecem os cristais do fosfato de cálcio?

A

Amorfos.

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13
Q

Como aparecem os cristais da cistina?

A

Hexagonais.

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14
Q

Primeiro pré-requisito para a formação de cristais urinários é a …..:

A

Supersaturação.

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15
Q

PH urinário ácido <5 forma cálculos de ácido úrico e cistina, enquanto ph alcalino forma cálculos de :

A

Fosfato de cálcio e estruvita.

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16
Q

O ph urinário altera a solubilidade dos cálculos por oxalato de cálcio. V ou F?

A

F.

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17
Q

O processo de formação de cristais pode ser por homogenea ou heterogenea. Descreve cada um:

A

Homogenea ( primária): cristal puro, exige concentrações urinarias muito elevadas do seu produto de solubibilidade.
Heterogenea: um se forma a partir do outro, levemente acima.

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18
Q

nem todas as pessoas com cristais detectados no EAS apresentam nefrolitíase.O fluxo urinário pode eliminar os cristais antes que eles cresçam e se tornem cálculos renais verdadeiros. V ou F?

A

V,

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19
Q

Condições que afetam a supersaturação da urina:

A

Condições que favorecem a supersaturação da urina, como hiperexcreção de solutos, volume urinário reduzido, alterações do pH e deficiência dos inibidores da cristalização favorecem a formação de cálculos. Alterações anatômicas facilitam a formação de cálculos ao produzirem estase urinária, por exemplo: duplicidade pielocalicial, rim esponjoso medular, rim em ferradura, ureterocele

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20
Q

Principal inibidor fisiológico da formação de cáculos urinários:

A

água. Uma urina diluída reduz a concentração de todos os seus elementos químicos, diminuindo a chance de nucleação (cristalização).

Outros: citrato, magnésio, pirofosfato, proteína de tamm-horsfall, nefrocalcina, uropontina.

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21
Q

A dor típica dos cálculos urinários é decorrente de sua…..

A

Mobilização.

Alguns podem ser assintomáticos.

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22
Q

Quais os três pontos de constrição fisiológica do ureter?

A

(1) junção ureteropélvica – mais comum; (2) terço médio do ureter (cruzamento com os vasos ilíacos internos); (3) junção vesicureteral. Felizmente, na maioria das vezes, os cálculos (por serem pequenos) impactam apenas de forma TRANSITÓRIA, migrando para a bexiga e sendo eliminados na urina.

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23
Q

Como é a cólica nefrética?

A

O cálculo migra, dor emcólica de 20-60 minutos, distensão da capsula renal que provoca punho-percussao lombar positiva( analgesia opioide parenteral). Pode ocorrer nauseas, vomitos, sudorese, síncope, taquicardia, HAS.

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24
Q

A dor depende do local do cálculo. V ou F?

A

V. Um cálculo na junção ureteropélvica provoca dor em flanco e sinal de Giordano precocemente positivo. Já um cálculo próximo à porção média do ureter provoca dor abdominal com irradiação para o ligamento inguinal e/ou testículo/grande lábio ipsilateral. Cálculos impactados na junção vesicureteral podem ser confundidos com cistite bacteriana, cursando com disúria, polaciúria, urgência e dor uretral (no homem: dor peniana). Pode ou não haver sinal de Giordano nos cálculos presentes na junção vesicureteral.

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25
Q

Depois da infecção urinária, nefrolitíase é a segunda causa de hematúria, que pode ser macro ou microscópica. A hematúria é detectada em 90% dos pacientes que apresentam cálculo renal. Algumas vezes, pode ser o único sinal da nefrolitíase. V ou F?

A

V.

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26
Q

Complicação mais temível da litíase com cálculo impactado no ureter:

A

PIELNOFRITE. Febre alta, calafrios, leucocitose, com desvio a esquerda. A sepse pode causar pionefrose ( destruição) se não tratada.

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27
Q

Quando o cálculo impacta no ureter, geralmente causa uma obstrução apenas parcial. Eventualmente, contudo, a obstrução pode ser total, acarretando hidronefrose progressiva e perda do parênquima renal (semanas a meses se não houver infecção), caso a obstrução não seja desfeita. V ou F?

A

V.

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28
Q

A nefrocalcinose ocorre em qual litíase?

A

Fosfato de cálcio(apatita).os cristais se depositam difusamente sobre as papilas renais. Pode ser assintomática, se exteriorizando como múltiplas calcificações encontradas num RX simples, ou então determinar cólica pelo seu desprendimento para a pelve renal.

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29
Q

O que são cálculos coraliformes?

A

Os cristais se depositam difusamente sobre as papilas renais. Pode ser assintomática, se exteriorizando como múltiplas calcificações encontradas num RX simples, ou então determinar cólica pelo seu desprendimento para a pelve renal.

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30
Q

Como diagnosticar nefrolitíase?

A

Existe mesmo nefrolitíase?: cólica nefrética, hidronefrose, hematúria, e pensar em diagnósticos diferenciais.

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31
Q

Diagnósticos diferenciais da nefrolitíase:

A

Renais: pielonefrite aguda, necrose de papila, trombose de artéria renal, embolia de artéria renal, retenção urinária, cistite bacteriana.
Ginecológicas Prenhez ectópica Torção de ovário Endometriose Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
Abdominais Apendicite aguda Diverticulite Isquemia mesentérica Cólica biliar Peritonite Obstrução intestinal aguda Abscesso/hematoma de psoas
Outras Infarto agudo do miocárdio Dor musculoesquelética Distúrbio conversivo

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32
Q

A presença de cristais urinários não garante diagnóstico de litíase. V ouF?

A

V. A presença de cristais urinários (cristalúria) não garante o diagnóstico de litíase, uma vez que pode ocorrer em pessoas normais, não formadoras de cálculo.

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33
Q

Exame preferencial de imagem:

A

TC helicoidal não contrastada. USG ( SEGUNDA ESCOLHA).

Outros métodos como radiografia simples de abdome e urografia excretora não são mais utilizados de rotina! A RNM é inferior à TC helicoidal para visualização de cálculos no trato urinário, entretanto, pode ser considerada como opção em pacientes que precisam evitar exposição à radiação ionizante, como as grávidas.

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34
Q

Importância da TC na nefrolitíase:

A

Diversos tipos de cálculos, descartar outras causas, desvantagens: incapacidade de medir função renal, exposição a radiação ionizante.

35
Q

USG na nefrolitíase:

A

Em mãos experientes, pode ter uma acurácia semelhante à da urografia excretora, identificando cálculos em 64% dos casos e hidronefrose em mais 21% (sensibilidade
total = 85%). A sensibilidade é maior para cálculos da pelve ou cálices renais (que ainda não migraram para o ureter). Cálculos mais distais no trato urinário podem não ser identificados, ainda que se possa constatar a presença da hidronefrose (dilatação pieloureteral) em consequência à obstrução. A grande desvantagem é que o exame depende muito do examinador. Passa a ser escolha em gestantes.

36
Q

Rx é feito de rotina na nefrolitiase. V ou F?

A

F.não é feita de rotina, e diagnostica apenas cálculos radiopacos (ex.: NÃO detecta os cálculos de ácido úrico). Apesar de tradicionalmente ter sido considerada capaz de evidenciar até 90% dos cálculos renais, estudos mais recentes revelam uma sensibilidade = 62% e uma especificidade = 67%

37
Q

Urografia excretora na nefrolitíase:

A

: também chamada de pielografia intravenosa, durante muito tempo foi considerada o padrão-ouro para o diagnóstico da litíase. Continua sendo um excelente exame, com sensibilidade em torno de 90%, porém, perde em acurácia para a TC helicoidal. A principal vantagem sobre a US é a capacidade de avaliar indiretamente a função renal (atraso de enchimento, ausência de enchimento). Também pode detectar cálculos mais distais na via urinária que não foram visualizados pelo ultrassom. A desvantagem é o uso do contraste iodado.

38
Q

Como saber a composição do cãlculo?

A

Espectroscopia por infravermelho ou difração por raios-x.

Avaliar urinocultura já que estruvita se desenvolve mediante klbsiela e proteus. Ver ph da urina para comparar.

39
Q

O EAS fornece a informação do tipo de cálculo. V ou F?

A

F. nada impede que um mesmo paciente tenha dois distúrbios metabólicos concomitantes, como hiperuricosúria e hipercalciúria – ambos relativamente comuns, e associados à formação de cálculos de ácido úrico e oxalato de cálcio, respectivamente. Desse modo, num determinado momento ele pode ter ureterolitíase obstrutiva por um cálculo de ácido úrico, apresentando cristais de oxalato de cálcio na urina, e vice-versa.

40
Q

Esfriar urina pode supersaturar critais. V ou F?

A

V. Falsos-positivos.

41
Q

Cãlculo que mais da cãlculos coraliformes:

A

Estruvita(maioria). Outros: ácido úrico e cistina.

42
Q

Entidades que causam cálculos:

A

Cálculos de Cálcio: Hipercalciúria idiopática 50-55% Hipocitratúria 15-60% Hiperuricosúria 20% Hiperparatireoidismo primário 5% Hiperoxalúria intestinal 1-2% Acidose tubular renal Tipo I 1% Cálculo Idiopático 20%

Cálculo de Ácido Úrico * Gota + hiperuricosúria 50% Hiperuricosúria (sem gota) 50%

Cálculo de Estruvita * Infecção por germe produtor de urease 100%

Cálculo de Cistina * Cistinúria 100%

43
Q

Primeira escolha para analgesia:

A

AINES. Opioides se não resovler ou contraindicado, eles não melhorar recidiva.

44
Q

O que compõe a terapia médica expulsiva?

A

AINE e alfabloqueador (tamsulosin) em até 4-6 semanas caso não haja necessidade de intervenção imediata.

45
Q

Hidratação da nefrolitíase:

A

Mínima, exceto distúrbios.

46
Q

único cálculo capaz de ser dissolvido:

A

Ácido úrico.este cálculo só se forma em urinas ácidas, logo, a alcalinização urinária (ex.: bicarbonato VO) é capaz de dissolvê-lo! Vale ressaltar que uma dissolução completa e em curto prazo é um desfecho incomum, e por isso as estratégias de dissolução química são pouco empregadas na atualidade… Para outros tipos de cálculo existem outros tipos de “solvente”, muitos dos quais são controversos… O fato é que na prática esse tipo de abordagem vem caindo em desuso, em se tratando da crise de cólica nefrética!!!

47
Q

A maioria das abordagens de nefrolitiase são cirúrgicas. V ou F?

A

F.Ao contrário do que muita gente pensa, a maioria das ureterolitíases sintomáticas pode e deve ser manejada de forma conservadora, já que os cálculos com frequência são pequenos (< 5 mm), possuindo grande chance de eliminação espontânea! A probabilidade de expulsão de um cálculo é inversamente proporcional ao seu tamanho… Na ausência de complicações que indiquem uma abordagem intervencionista imediata (ver adiante), a literatura moderna aceita uma tentativa inicial de manejo conservador (com terapia médica expulsiva) para cálculos ureterais ≤ 10 mm. Não obstante, se paciente e médico estiverem de acordo, a abordagem intervencionista pode ser indicada independentemente do tamanho do cálculo ou da presença de complicações… Vale lembrar que durante a TME devemos reavaliar o paciente (ex.: USG após 7-14 dias), a fim de verificar se houve migração do cálculo. Quando o cálculo – mesmo pequeno – não for expelido no prazo de quatro a seis semanas, uma abordagem intervencionista deverá ser programada.

48
Q

Ponto de corte para indicar abordagem precoce de cálculo renal:

A

10mm.

49
Q

Indicações de intervenção urológica precoce em cálculos:

A
  1. Cálculo > 10 mm
  2. Infecção urinária associada.
  3. Sintomas refratários ao tratamento clínico (ex.: dor, náuseas e vômitos)
  4. Obstrução persistente e/ou progressiva
  5. Insuficiência renal aguda (obstrução bilateral completa ou unilateral em rim único)
50
Q

4 tipos de internvação urológica de cálculo urinários:

A

(1) Litotripsia com Ondas de Choque Extracorpórea (LOCE);
(2) Litotripsia por ureterorrenoscopia (endourológica);
(3) Nefrolitotomia percutânea (cirurgia minimamente invasiva);
(4) Nefrolitotomia aberta (“anatrófica”).

51
Q

Tratamento cirúrgico de primeiro escolha para a maioria:

A

Litotripsia com Ondas de Choque Extracorpórea (LOCE).Neste método, um aparelho gera ondas mecânicas convergentes que se propagam através dos tecidos do paciente, tendo como ponto focal o cálculo.

52
Q

Contraindicações para a litotropsia com ondas de choque estracorporea:

A

(1) cálculos > 20 mm;
(2) cálculos localizados no polo inferior do rim;
(3) cálculos “duros”, como os de cistina.

1- Gravidez 2- Aneurisma da artéria renal ou aórtico 3- Diátese hemorrágica 4- Marca-passo 5- Hipertensão severa 6- Cálculos grandes ou coraliformes 7- Cálices com distensão grosseira

53
Q

a litotripsia extracorpórea é o método de primeira escolha para os cálculos RENAIS e URETERAIS PROXIMAIS com tamanho inferior a 20 mm. V ou F?

A

V.

54
Q

Complicações da litotropsia com ondas de choque extracorpórea:

A

1- Hematoma perinéfrico
2- Hematúria
3- Cólica renal (fragmentos deslocados)
4- Pancreatite (rara)

55
Q

Como ocorre a litotropsia por ureterorrenoscopia?

A

Na ureterorrenoscopia, um ureteroscópio rígido, semirrígido ou flexível (fibra óptica) é introduzido sob visão cistoscópica direta no óstio ureteral, podendo ser levado até o interior da pelve renal. Tal instrumento permite a aplicação de diversas modalidades de litotripsia intracorpórea, objetivando a fragmentação dos cálculos. O tipo de sonda de litotripsia intracorpórea mais utilizado na prática atual é o Holmium-YAG laser.

56
Q

método de escolha para a retirada dos cálculos impactados em URETER DISTAL, com uma taxa de sucesso de virtualmente 100%

A

Uretoscopia

57
Q

Nefrolitotomia percutanea:

A

A nefrostomia (cirurgia minimamente invasiva) substituiu a cirurgia aberta na nefrolitíase. Guiado pela radioscopia ou ultrassonografia, o urologista faz uma punção percutânea da pelve renal, introduzindo um guia e, em seguida, diversos dilatadores, de modo a formar um pertuito de acesso aos cálculos intrarrenais . O próximo passo é introduzir o nefroscópio, munido de fórcipe removedor e sondas de litotripsia intracorpórea. Cálculos < 1 cm podem ser removidos diretamente pelo fórcipe, através do canal de nefrostomia. Aqueles com > 2 cm devem ser primeiro fragmentados pela litotripsia in situ (intracorpórea), para depois serem removidos. Indicaremos a nefrolitotomia percutânea

58
Q

Indicações de nefrolitotomia percutanea:

A

1- Tamanho > 2 cm; 2- Cálculos coraliformes; 3- Localizados no polo renal inferior; 4- Refratários à LOCE.

59
Q

O que é a terapia sanduiche?

A

Cálculos residuais presentes após o procedimento podem ser abordados com LOCE (litotripsia extracorpórea), seguida eventualmente por uma nova nefrolitotomia percutânea. É a chamada “terapia sanduíche” (nefrolitotomia percutânea – LOCE – nefrolitotomia percutânea).

60
Q

Indicação da nefrolitotomia aberta:

A

Quase obsoleta. (1) Refratariedade aos métodos não invasivos (LOCE) ou minimamente invasivos (ureterorrenoscopia, nefrolitotomia percutânea); (2) Cálculos anatomicamente complexos e extensos, em geral coraliformes.

O procedimento pode ser uma pielolitotomia aberta simples ou uma nefrolitotomia “anatrófica”. O termo anatrófico quer dizer “sem atrofia”, pelo fato de o parênquima ser incisado para acesso da pelve renal numa região conhecida como linha avascular de Brodel, evitando a ocorrência de lesão vascular iatrogênica… De outro modo, haveria atrofia pós- operatória variavelmente extensa do parênquima renal, devido à lesão vascular

61
Q

Perda da função renal mais cálculo impactado indica:

A

Nefrectomia.

62
Q

O que significa cálculo complicado?

A

Os cálculos ditos complicados são aqueles que se associam à infecção renal ou à obstrução ureteral total gerando insuficiência renal aguda pós-renal. Nestes casos, a intervenção deve ser o mais precoce possível.

63
Q

Como desobstruis emergencialmente?

A

Para desobstruir o rim acometido, dois procedimentos emergenciais podem ser usados: (1) Nefrostomia percutânea (cateter “único-J”); (2) Stent ureteral (cateter “duplo-J”).

64
Q

Medida geral para prevenção de cálculos:

A

Aumento da ingesta hídrica.

65
Q

Principal distúrbio metabólico relacionado a cálculos urinários.

A

A hipercalciúria idiopática é o principal distúrbio metabólico relacionado à formação de cálculos urinários! Podemos defini-la como uma excreção urinária de cálcio maior do que 300 mg/dia em homens, ou maior do que 250 mg/ dia em mulheres, ou maior do que 4 mg/kg/dia em ambos os sexos, na vigência de normocalcemia.

66
Q

Depois da redução do volume urinário, a hipercalciúria idiopática é a anormalidade urinária mais frequente em pacientes com nefrolitíase de repetição. V ou F?

A

V.Antes de firmarmos o diagnóstico, é preciso excluir outras condições que cursam com hipercalciúria, como hipertireoidismo, síndrome de Cushing, sarcoidose, tumores malignos, imobilidade, intoxicação pela vitamina D, doença de Paget .
A fase sintomática desses pacientes é mais frequente no sexo masculino, começando por volta dos 30 anos. A maioria das pessoas apresenta episódios recorrentes de cólica nefrética… O intervalo, em geral, é a cada dois a três anos.

67
Q

Prevenção de cálculos na hipercalciúria idiopática:

A

A prevenção se baseia na restrição dietética de sal e proteínas de origem animal, mas NÃO de cálcio..a redução do teor de cálcio no lúmen intestinal aumenta a biodisponibilidade do oxalato e, por conseguinte, o paciente acaba absorvendo mais oxalato, a ponto de desenvolver hiperoxalúria.
A restrição proteica moderada ameniza a produção ácida e, por conseguinte, ajuda a reduzir a calciúria..

68
Q

Nos pacientes que continuam com hipercalciúria no exame de urina de 24h, apesar de uma boa aderência à dieta, está indicado o tratamento medicamentoso com …..! A droga de escolha é a ……

A

Diuréticos tiazídicos. Hidroclorotiazídicos.

69
Q

No tratamento da hipercalciúria idiopática refratária, podemos tentar a associação de quelantes de cálcio durante as refeições, visando reduzir a biodisponibilidade do cálcio dietético. Os principais quelantes são: fosfato inorgânico, fosfato de celulose e citrato de potássio. Vale dizer que o emprego de quelantes de cálcio é limitado pela elevada incidência de efeitos adversos, como diarreia e distensão abdominal. V ou F?

A

V.

70
Q

Definição de hiperoxalúria:

A

Define-se hiperoxalúria como uma excreção > 50 mg/dia.

71
Q

Forma mais comum de hiperoxalúria entérica:

A

A forma mais comum de hiperoxalúria, no entanto, é a chamada Hiperoxalúria Entérica, uma condição adquirida ou “secundária”. Esta alteração metabólica acompanha a síndrome de má absorção intestinal, em decorrência da esteatorreia (aumento na eliminação fecal de gorduras). A síndrome de má absorção intestinal pode ser secundária a diversas condições como doença de Crohn, supercrescimento bacteriano (síndrome da “alça cega”), ressecções intestinais extensas e “derivações intestinais” (ex.: cirurgia bariátrica). O cálcio alimentar, em condições normais, se liga ao oxalato no lúmen intestinal, formando oxalato de cálcio insolúvel (não absorvível), que é eliminado nas fezes. Quando existe esteatorreia, os ácidos graxos que não estão sendo absorvidos se ligam ao cálcio da dieta deixando o oxalato livre para ser absorvido, o que culmina em hiperoxalúria. A hiperoxalúria associada à má absorção intestinal pode ultrapassar 100 mg/dia, podendo levar não apenas à formação de cálculos urinários mas também a uma nefropatia tubulointersticial crônica decorrente de calcificações intraparenquimatosas renais.

Outra forma de hiperoxalúria é a dita “primária”, na qual o problema é um aumento na síntese de oxalato por distúrbios enzimáticos ou deficiência de piridoxina (vitamina B6). O transplante hepático pode ser necessário no primeiro grupo, e a reposição oral de piridoxina (até 200 mg/dia) é indicada no segundo grupo.

72
Q

Tratamento da hiperoxalúria:

A

O tratamento da hiperoxalúria é baseado na redução de oxalato e gordura da dieta, suplementos orais de cálcio e colestiramina (quelante de oxalato e sais biliares), além do aumento na ingesta hídrica.

73
Q

Hipocitratúria:

A

Diagnóstico da Hipocitratúria Citrato urinário 24h < 300 mg (mulheres) Citrato urinário 24h < 250 mg (homens) Tratamento da Hipocitratúria Álcali: reposição de citrato de potássio. O citrato de potássio é melhor do que o citrato de sódio, pois a ingestão de sódio deve ser restringida na litíase por cálcio.

74
Q

Acidose tubular distal tipo I CAUSANDO nefrocalcinose:

A

A acidose tubular renal distal (tipo I) pode ser tanto uma desordem hereditária (autossômica dominante) quanto adquirida (doença de Wilson, síndrome de Sjögren e doença de Fabry, entre outras). Sua principal característica é um distúrbio na secreção de H+ no túbulo coletor, o que resulta em incapacidade de acidificar a urina… O resultado é uma acidose metabólica hiperclorêmica (ânion-gap normal), acompanhada de hipocitratúria e supersaturação de fosfato de cálcio na urina (a acidemia crônica retira cálcio e fósforo dos ossos, que então são excretados na urina)… Em crianças, o distúrbio cursa com nefrolitíase recorrente, deficit de crescimento e raquitismo. Em adultos, além de nefrolitíase podemos ter a formação de cristais de cálcio no interstício renal, um quadro conhecido como nefrocalcinose, que pode levar à nefrite intersticial crônica e perda de função renal. O tratamento é a reposição oral de álcali (citrato de potássio), que reduz a acidose metabólica e diminui a taxa de formação de cálculos

75
Q

O PTH promove um aumento na reabsorção de cálcio pelo túbulo distal. Entretanto, a taxa de filtração glomerular do cálcio é tão grande (aumento sérico), que o balanço final resulta em mais cálcio eliminado do que reabsorvido, justificando a hipercalciúria. O tratamento deve ser a paratireoidectomia subtotal. V ou f?

A

V. Uma pequena porcentagem dos pacientes que formam cálculos de cálcio possui hipercalcemia. Nesses indivíduos, o hiperparatireoidismo é a desordem mais frequente. Um adenoma em uma das quatro paratireoides e, mais raramente, uma hiperplasia de todas elas, podem ocasionar esta doença endócrina. As manifestações incluem litíase urinária de repetição, úlcera péptica e distúrbios ósseos, representados por reabsorção subperióstea e lesões como a osteíte fibrosa cística e o osteoclastoma (tumor marrom).

76
Q

Diversas outras desordens cursam com elevação persistente da calcemia, podendo, portanto, levar à nefrolitíase por oxalato ou fosfato de cálcio, bem como à nefrocalcinose. As mais importantes são: sarcoidose, intoxicação pela vitamina D, neoplasias, imobilização prolongada e tireotoxicose. No caso das doenças granulomatosas, a hipercalcemia se deve a um aumento na síntese da forma ativa da vitamina D (1,25 di-hidroxivitamina D3). A vitamina D é diretamente produzida pelas células do granuloma, e um de seus principais efeitos é o estímulo à absorção intestinal de cálcio. V ou F?

A

V.

77
Q

Anormalidades renais que causam calculos:

A

rim em ferradura, rim policístico, rim esponjo medular.

78
Q

Fatores de risco para a litíase por estruvita incluem condições relacionadas à infecção do trato urinário em geral, como sexo feminino, bexiga neurogênica, anomalias congênitas da via urinária, prostatismo e drenagem crônica da via urinária com cateter (nefrostomia, cateter vesical de demora). V ou F?

A

V.Usualmente, o sedimento apresenta piúria e numerosos bacilos. Os cristais de estruvita se assemelham a uma “tampa de caixão” . A hipercalciúria e/ou hiperuricosúria encontram-se presentes em até metade dos pacientes com cálculos relacionados à infecção, sendo, portanto, obrigatório pesquisar esses distúrbios

79
Q

Conduta específica no cálculo por estruvita:

A

Diagnóstico Cristais de estruvita no EAS (“tampa de caixão”)pH urinário > 7,5. Urinocultura positiva para germe produtor de urease. Tratamento Intervenção: a retirada dos cálculos coraliformes é mandatória. Antibioticoterapia: voltada para a bactéria que for isolada em cultura. Na presença de cálculos residuais institui-se antibioticoprofilaxia prolongada. Ácido Acetoidroxâmico: inibidor da enzima urease. Usado nos casos refratários.

80
Q

Os cálculos de ácido úrico são radiotransparentes (não aparecem no RX simples) e respondem por 5-10% de todos os cálculos renais. A idade de apresentação varia conforme a desordem subjacente, mas os homens de meia-idade representam o grupo mais acometido (devido à maior incidência de gota). Uma história familiar de gota geralmente está presente.

A

V.

81
Q

Definição de hiperuricosúria:

A

Define-se hiperuricosúria como uma excreção urinária de ácido úrico > 800 mg/dia em homens e > 750 mg/dia em mulhere

82
Q

Doenças que cursam com ácido úrico elevado:

A

Portadores de desordens mielo e linfoproliferativas encontram-se sob risco elevado de litíase por ácido úrico (síndrome da lise tumoral, que pode ser espontânea ou decorrente do tratamento quimioterápico)! Estados diarreicos crônicos também podem facilitar a litíase por ácido úrico, na medida em que favorecem a redução do volume urinário, tornando a urina ácida (resposta fisiológica à acidose metabólica decorrente da perda intestinal de bicarbonato). Uma ingesta elevada de purinas e proteínas (cujo metabolismo produz ácido) favorece igualmente a geração de cálculos de ácido úrico

83
Q

Tratamento do excesso de ácido úrico:

A

Diagnóstico Cristais de ácido úrico no EAS pH urinário < 5,5 Ácido úrico urinário 24h > 800 mg/dia (homem) ou > 750 mg/dia (mulher) Tratamento
Dieta: restrição de alimentos ricos em purinas e restrição de sódio.
Álcali: podemos usar o citrato ou o bicarbonato de POTÁSSIO.
Alopurinol: indicado apenas se a terapia com álcali tiver sido insuficiente ou naqueles que apresentam uricosúria > 1.000 mg/dia. A dose é de 100 mg/dia.

84
Q

O que é a cistinúria?

A

Cistinúria é uma doença genética autossômica recessiva que se caracteriza pela perda urinária de aminoácidos básicos: cistina, ornitina, lisina e arginina. Não devemos confundir cistinúria.