Síndrome metabólica 2 - Diabetes mellitus Flashcards
Defina diabetes mellitus
- É um distúrbio do metabolismo relacionado ao HIPOinsulinismo
Qual a função dos hormônios insulínicos e contrainsulínicos
- Insulínicos: constroem => anabólicos
* Contrainsulínicos: destroem => catabólicos
Como ocorre a hiperglicemia em pacientes com diabetes mellitus
- Pacientes com DM vivem em catabolismo (“jejum”)
- Glicogenólise: hiperglicemia
- Lipólise/proteólise: ácidos graxos, corpos cetônicos e aminoácidos => gliconeogêneses => hiperglicemia
Quais os tipos de diabetes existente?
- Diabetes mellitus tipo 1
- Diabetes mellitus tipo 2
- Diabetes mellitus gestacional
- Diabetes mellitus específico
Caracteriza o diabetes mellitus tipo 1
- Hipoinsulinismo absoluto
- Genético,AUTOIMUNE (destrói as células beta das ilhotas pancreáticas)
- < 30 anos, magro
- O paciente “sabe” quando começou
Quais os sintomas do diabetes mellitus tipo 1?
- P’s: poliúria, polifagia, polidipsia, perda de peso
Quais exames ajudam no diagnóstico do diabetes mellitus tipo 1?
- Dosar: peptídio C indetectável (produzido e liberado junto com a insulina)
- Anti-ICA; Anti-GAD
Caracterize diabetes mellitus tipo 2
- Resistência à insulina
- Genético, AMBIENTAL (não pode engordar, alimentação adequada, atividade física)
- > 45 anos, obeso
Quais os sintomas do diabetes mellitus tipo 2?
- Assintomático
* Descobre ao acaso
Qual exame ajuda no diagnóstico do diabetes mellitus tipo 2?
- HOMA-IR (Índice de resistência)
Quais os tipo de diabetes mellitus específico?
- Possui uma causa identificável isolável para desenvolver o diabetes
- LADA (diabetes autoimune de início tardio - adultos): autoimune, evolução lenta e tardia
- MODY (jovens): genético (monogênico), podem ser magros ou obesos
Como é feito o diagnóstico de diabetes mellitus?
- Glicemia de jejum > ou = 126
- Glicemia 2 horas pós-TOTG > ou = 200
- HbA1C > ou =6,5%
- 2 testes positivos (na mesma amostra ou em amostras diferentes)
- Vale sempre o pior valor. Repetir o teste de pior valor
- OU: glicemia aleatória > ou = 200 + sintomas (4P’s) => NÃO precisa de 2 testes positivos
Como é caracterizado laboratorialmente o pré-diabetes?
- Jejum: 100 - 125
- 2 horas pós-TOTG: 140 - 199
- HbA1C: 5,7 - 6,4%
Como e quando tratar um pré-diabetes?
- Metformina
* Idade < 60 anos; IMC > 35 ou história de DM gestacional
Quando se faz o rastreamento para diabetes mellitus tipo 2?
- De 3 em 3 anos
- Idade > ou = 45 anos ou IMC > ou = 25 + fator de risco
- Fatores de risco: história familiar de 1º grau; doença cardiovascular; HAS; dislipidemia; SOP; sedentarismo; acantose nigricans; DM egstacional
Qual o alvo no tratamento do diabetes mellitus?
- Principal: HbA1C < 7% (média: 3 meses)
- Idosos, pacientes críticos: HbA1C < 8%
- Glicemia capilar (automonitorização): principalmente para DM 1 (ususários de insulina)
- Pré-prandial: 80 - 130 (antes do café, almoço e janta)
- Pós-prandial: < 180 (2 horas depois)
Como se faz a insulinoterapia?
- 0,5 - 1 U/Kg/dia (fazer o mais próximo do fisiológico)
- Insulina basal: lenta/prolongada
- NPH (12 horas): 2x/dia
- GLARGINA (detemir, degludeca - 24 horas): 1x/dia (devaGLAR)
- Prandial: rápida/imediata
- REGULAR: 30 minutos antes da refeição
- Lispro (asparte, glulisina): na hora da refeição (Ligeira)
Como é feito a insulinoterapia no esquema intensivo (múltiplas aplicações diárias)?
- 0,5 - 1 U/Kg/dia: 50% de NPH e 50% de Regular
- NPH: Quando acorda e antes de se deitar
- Regular: 3x/dia => 30 minutos antes do café, almoço e jantar
Qual deve ser a conduta diante de uma hiperglicemia matinal?
- NÃO aumentar a NPH noturna
- Fenômeno do alvorecer (manhã desprotegida): NPH para mais tarde
- Efeito Somogyi (hipoglicemia da madrugada): Reduzir NPH ou lanche à noite
Como é feito o esquema intensivo com análogos da insulina?
- 50% de Glargina (não faz pico) e 50% de Lispro
Quais os benefícios do esquema intensivo com análogos da insulina?
- Menos incidência de hipoglicemia
- Lispro: Feita no momento da refeição. Não precisa esperar 30 minutos para comer. Isso é bom principalmente para crianaças.
Como é feito o esquema de infusão contínua de insulina (padrão-ouro)?
- Lispro: 50% basal + 50 bolus (pelo paciente)
Quais medicamentos atuam diminuindo a resistência à insulina?
- Metformina (fígado)
* Pioglitazona (Periferia - músculo => “mioglitazona”)
Quais os efeitos secundários da metformina?
- Diminuição de peso; diminuição de B12; acidose lática (não usar em “insufuciências” => não usar se clearance < 30)
Quais os efeitos secundários das pioglitazonas?
- Aumento de peso; retenção de água; piora ICC; fraturas (desmineralização óssea)
Quais medicamentos aumentam a Secreção de insulina?
- Sulfonilureia (tem maior ação basal): Glibenclamida, Glimepirida, GLICAZIDA (MENOS HIPOGLICEMIANTE, ALÉM DE TER PROTEÇÃO CARDIOVASCULAR)
- Glinida (tem maior ação pós-prandial): Repaglinida, Nateglinida (pouco uso)
Quais os efeitos secundários das sulfonilureias e glinidas?
- Aumento de peso e hipoglicemia
Qual medicamento atua na diminuição da absorção da glicose?
- Acarbose (inibe alfa-glicosidade // acaba com a glicose): Açõa pós-prandial
- Efeito adverso: flatulência
Quais medicamentos atuam aumentando a increTINA?
- Inibidores da DPP-IV (degrada incretinas): SitaglipTINA; VildaglipTINA
- Análogo de GLP-1 (age no receptor): LiragluTIDA; DulagluTIDA
Qual a função das incretinas?
- O tubo digestivo envia estímulos ao pâncreas através das incretinas (GIP; GLP-1), o qual aumenta a liberação de insulina dependente de glicemia e diminui o glucagon
Quais os efeitos secundários dos inibidores da DPP-IV?
- Sem hipoglicemia; “neutra” para peso
* Urticária; angioedema
Quias os efeitos secundários dos análogos de GLP1?
- Diminui peso; benefício cardiovascular
* Pancreatite; câncer de tireoide (?)
Qual a função da SGLT2?
- A SGLT2 é um co-transportador de sódio/glicose para reabsorvê-los
Quais medicamentos diminuem a reabsorção tubular de glicose (RIM)?
- Inibidores do SGLT2: EmpaglifoZIN; DapaglifoZIN; CanaglifoZIN (do RIM)
Quais os efeitos secundários da SGLT2?
- Diminui peso; benefício cardiológico e renal
* Poliúria; ITU; amputações
Como escolher os medicamentos para tratar DM tipo 2?
1) Metformina por 3 - 6 meses. Se HbA1C aumentada:
2) Metformina + outro medicamento:
- Doença ateroscleróTIDA: TIDA (análogo GLP1)
- Doença do RIM ou IC: floZIN (inibidor SGLT2)
- Obesidade; hipoglicemia: “as duas acima” + Glipitina
- Custo (R$) é importante: Sulfonilureia e pioglitazona
Tudo por 3 -6 meses. Se HbA1C aumentada:
3) Adicionar insulina basal (NPH noturna 10U)
- Suspender sulfonilureia
- Aumento progressivo da dose (NPH 2x/dia - regular 3x/dia)
Quando iniciar com insulina?
- Hiperglicemia franca (HbA1C > 10% // glicemia > 300 // sintomáticos)
- Gravidez
- Disfunção renal ou hepática
- Estresse (cirurgia, infecções)
Quais são as complicações crônicas do diabetes mellitus?
- Macrovascular (IAM; AVE…): maior causa de óbito; relação com HAS; dislipidemia
- Microvascular (retina, nefro e neuro): debilitantes; maior relação com hiperglicemia
Como é feito o rastreamento anual para as complicações crônicas microvasculares?
- Geralmente começa com 10 anos de doença
- DM 1: 5 anos após o início da doença
- DM 2: No diagnóstico
Como se faz o rastreamento da retinopatia diabética?
- Fundoscopia
O que ocorre na retinopatia diabética não proliferativa?
- Não prolifera os vasos como forma de proteção - a retina isquemia
- “Mico duro chama algodão de rosa”:
- MICRO aneurisma
- Exsudato DURO
- Hemorragia em CHAMA-de-vela
- Mancha ALGODONOSA
- Veias em ROSÁRIO
Qual o tratamento da retinopatia diabética não proliferativa?
- Controlar GLICEMIA. Atenção com GESTANTES
O que ocorre na retinopatia diabética proliferativa?
- Neovascularização
Qual o tratamento da retinopatia diabética proliferativa?
- Anti-VEGF; fotocoagulação
Como rastrear nefropatia diabética?
- Albuminúria + creatinina sérica
Como é definida a “microalbuminúria”?
- Albumina/creatinina (urina) > ou = 30mg/g
Como se faz o controla da “microalbuminúria”?
- Controle da albuminúria: IECA ou BRA-II
* Controle da glicemia: Inibidores da SGLT2 se TFG > ou = 30 ml/min
Como é definida a “macroalbuminúria”?
- Albumina/creatinina (urina) > ou = 300mg/g
Como se faz o controla da “macroalbuminúria”?
- Deve-se controlar a pressão arterial: IECA ou BRA-II + outro anti-hipertensivo
Como saber se a lesão renal é pelo diabetes ou pela HAS?
- Lesão mais comum do diabetes na biópsia: glomeruloesclerose DIFUSA (diabetes)
- Lesão mais específica do diabetes? glomeruloesclerose NODULAR (Kimmelstiel-Wilson)
Quais as alterações possíveis na neuropatia diabética?
- Mononeuropatia/disautonomia
- Polineuropatia simétrica distal: + comum // + sensitiva // pé diabético (maior causa de amputação de ordem não traumática)
Como é feito o rastreamento da polineuropatia simétrica distal?
- Exame neurológico (monofilamento)
Qual o tratamento da mononeuropatia simétrica distal?
- Controlar glicemia // anticonvulsivante, antidepressivo para a neuropatia (pregabalina, amitriptilina)
Quais são as complicações agudas do diabetes mellitus?
- Cetoacidose diabética
* Estado hiperglicêmico hiperosmolar
O que ocorres na cetoacidose diabética?
- Insulina ausente (Ex.: DM 1)
- Hormônio cantrainsulínicos em franco catabolismo: HIPERGLICEMIA
- Destroem gordura: aumenta CORPOS CETÔNICOS (ácido beta-hidroxibutírico / ácido acetoacétocp / acetona). São ácidos, por isso desencadeiam:
- ACIDOSE METABÓLICA: Ânion GAP elevado
Qual a clínica da cetoacidose diabética?
- Poliúria, desidratação
- Confusão
- Hiperventilação (Kussmaul)
- DOR ABDOMINAL
Como é feito o diagnóstico da cetoacidose diabética?
- Glicose > ou = 250 mg/dl
- Cetonemia (sangue)/cetonúria (urina): 3+/4+
- pH < 7,3 e HCO3 < 15 (acidose metabólica)
Em uma cetoacidose diabética pode-se utilizar a insulina de forma imediata?
- NÃO. A insulina pega a glicose e coloca dentro da célula, a qual puxa água do vaso. O paciente, que já está desidratado, vai chocar
Qual a primeira medida do tratamento da cetoacidose diabética?
- VOLUME
- SF 0,9% = 1 - 1,5 litros na primeira hora
- Toda vez que a glicose aumentar acima de 100mg/dl, deve-se diminuir 1,6 mEq/L da natremia, pois ele já está passando por uma hiponatremia dilucional
=> Sódio < 135: manter SF 0,9%
=> Sódio > 135:mudar para NaCl 0,45%
Qual a segunda medida do tratamento da cetoacidose diabética?
- INSULINA REGULAR
- 0,1 U/Kg (bolus) + 0,1 U/Kg/h (bomba infusora contínua)
- Objetivo:
=> Diminuir glicemia 50 - 80 mg/dl/h
=> Glicemia = 200: iniciar SG 5%
Qual a terceira medida do tratamento da cetoacidose diabética?
- POTÁSSIO
- Repor 20 - 30 mEq por litro de soro
- Potássio > 5,2: adiar potássio
- Potássio < 3,3: adiar insulina
- OBS.: A insulina joga potássio para dentro da célula. Se ela já estiver baixo, não pode fazer insulina
- Bicarbonato: apenas se pH< 6,9 => 100 mEq
Como é feito o tratamento da cetoacidose diabética?
- Tratamento VIP
- Volume
- Insulina regular
- Potássio
Como determinar a compensação de um paciente com cetoacidose diabética?
- HCO3 > 15; pH > 7,3; ânion GAP < 12
* Deve-se fazer insulina regular SC de 1 - 2 horas antes de para a IV
Quais as principais complicações da cetoacidose diabética?
- Hipocalemia; hipoglicemia; edema cerebral (crianças)
- Trombose venosa profunda: desidratação
- Mucormicose (micose destrutiva rinocerebral - seios nasais e paranasais): desbridamento e antifúngico (anfotericina B)
O que ocorre no estado hiperglicêmico hiperosmolar?
- Pouca insulina (Ex.: DM 2)
- Menos corpos cetônicos: “não faz acidose metabólica”
- Sem água (idoso acamado, com alguma demência, que não pode água): “Intoxicação pela glicose”
Qual a clínica do estado hiperglicêmico hiperosmolar?
- Hiperglicemia
- Aumento da osmolaridade
- Sem acidose
Como é feito o diagnóstico do estado hiperglicêmico hiperosmolar?
- Glicose > 600mg/dl
- Osmolaridade > 320
- pH > 7,3 / HCO3 > 18
Qual o tratamento do estado hiperglicêmico hiperosmolar?
- Tratamento VIP
- Volume
- Insulina regular
- Potássio
- Atentar para desidratação e hipernatremia (NaCl 0,45%)