Síndrome Disfágica Flashcards
Mecanismo fisiopatológico do Divertículo de Zenker:
hipertonia do EES (m. cricofaríngeo)»_space;> contração exagerada do m, tireofaríngeo»_space;> protrusão da mucosa e submucosa esofágicas (falso divertículo)
Região em que o Divertículo de Zenker se forma:
Triângulo de Killian (divertículo de hipofaringe, e não de esôfago)
Quadro clínico do Divertículo de Zenker:
- disfagia (que alivia com a compressão da região cervical ou inclinação do pescoço)
- massa cervical
- halitose
- regurgitação
- perda de peso
Diagnóstico do Divertículo de Zenker:
Esofagografia baritada (padrão-ouro)
Epidemiologia do Divertículo de Zenker:
- mais a esquerda
- mais em idosos (após a 7ª década de vida)
Tratamento cirúrgico do Divertículo de Zenker:
- < 2cm = miotomia apenas
- > 2cm:
. até 5cm = miotomia + diverticulopexia
. > 5cm = miotomia + diverticulectomia
Tratamento endoscópico do Divertículo de Zenker:
- para divertículos > 3cm
- miotomia + diverticulostomia
- opção ao tratamento cirúrgico, com menores taxas de complicações e internações mais curtas
Divertículo médio-esofágico:
- verdadeiro
- por tração: linfonodos inflamados/infecções fibrosantes
- por pulsão: distúrbios motores
Divertículo epifrênico:
- somente por pulsão (distúrbios motores)
Tratamento dos divertículos médio-esofágico e epifrênico:
- somente se sintomáticos ou >2cm
- diverticulopexia ou diverticulectomia
Fisiopatologia da acalasia:
- destruição dos plexos mioentéricos
Alterações esofagomanométricas da acalasia:
(1) déficit de relaxamento do EEI
(2) hipertonia do EEI (geralmente > 35mmHg)
(3) peristalse anormal do corpo esofagiano
Acalasia vs Cancer:
- cancer:
. idade avançada (> 50 anos)
. evolução rápida da disfagia
. perda de peso expressiva em curto espaço de tempo
Clínica da acalasia:
- disfagia
- regurgitação
- perda de peso
- halitose
Esofagografia baritada na acalasia:
- afilamento do contraste em região de EEI (sinal do bico de pássaro ou da chama de vela)
- dilatação do corpo esofágico
- falhas de enchimento (alimento retido)
Esofagomanometria na acalasia:
- padrão-ouro
- (1) déficit de relaxamento do EEI
- (2) hipertonia do EEI (geralmente > 35mmHg)
- (3) peristalse anormal do corpo esofagiano
EDA na acalasia:
- deve ser feita em todos os pacientes
- para diagnóstico diferencial (CA de esôfago) e avaliação de complicações (esofagite)
Classificação de Mascarenhas:
até 4cm - grau I
de 4-7cm - grau II
de 7-10cm - grau III
maior que 10cm - grau IV
Tratamento da acalasia:
- grau I = conservador (nitratos, BCC, sildenafila, toxina botulínica); costuma ser ineficaz em longo prazo
- grau II = dilatação endoscópica com balão (recidiva em 50% dos casos, pode ser feita até 3x)
- grau III = miotomia a Heller + fundoplicatura parcial anterior (para evitar DRGE)
- grau IV = esofagectomia
Fisiopatologia do Espasmo Esofagiano Difuso:
- distúrbio neurogênico da motilidade do esôfago, que leva a substituição do peristaltismo normal por intensas contrações não-propulsivas
Epidemiologia do EED:
- mulheres, com distúrbios psicossomáticos associados (ansiedade, depressão)
Clínica do EED:
- episódios de cólica esofagiana (dor retroesternal) +
- disfagia
OBS: pode haver cólica sem disfagia e disfagia sem cólica
Esofagografia baritada no EED:
- esôfago em saca-rolhas
Esofagomanometria no EED:
- contrações simultâneas, não-peristálticas, de grande amplitude, prolongadas, repetitivas
OBS: necessário teste provocativo
Tratamento do EED:
- nitratos, BCCs, antidepressivos tricíclicos
- miotomia longitudinal para os casos refratários