Obstrução Intestinal Flashcards
Tríade sintomática da Obstrução Intestinal:
- parada na eliminação de gases e fezes
- dor abdominal
- distensão abdominal
Outros sintomas da Obstrução Intestinal:
- vômitos
- diarreia paradoxal
Obstrução alta vs. baixa:
- Dor: alta = em cólica, precoce, em mesogastro baixa = contínua, tardia, em hipogastro - Vômitos: alta = precoces, biliosos baixa = tardios ou ausentes, fecaloides - Constipação: alta = tardia baixa = precoce
Exame físico nos quadros de Obstrução Intestinal:
- distensão abdominal
- hiperperistaltismo - peristaltismo de luta, timbre metálico, ondas de Kussmaul
- toque retal:
. presença de massas (causa da obstrução?)
. presença de gases e fezes (obstrução funcional?)
. ausência de gases e fezes (obstrução mecânica?)
Sinais e sintomas que sugerem estrangulamento de alças:
- febre, leucocitose, taquicardia, alteração do nível de consciência, sinais de irritação peritoneal
OBS: não há nenhum dado com acurácia suficiente para fazer o diagnóstico de estrangulamento de alças
Exames laboratoriais na obstrução intestinal:
- alcalose metabólica hipoclorêmica (vômitos)
- hipocalemia (SRAA)
- acidose metabólica (se estrangulamento de alças)
Primeiro exame de imagem a ser solicitado nos casos de Obstrução Intestinal:
- Radiografia, rotina de abdome agudo:
. radiografia de tórax AP
. radiografia de abdome em pé
. radiografia de abdome em decúbito dorsal
Obstrução de delgado na radiografia:
- distensão mais central
- dilatação < 5cm
- RX em decúbito = presença de pregas coniventes (aspecto de empilhamento de moedas)
- RX em pé = presença de níveis hidroaéreos (aspecto em escadaria ou degraus)
Obstrução de cólon na radiografia:
- distensão mais periférica (aspecto em moldura)
- dilatação grosseira (>5cm)
- RX em decúbito = presença de haustrações
Medidas de suporte na Obstrução Intestinal:
- dieta zero
- hidratação venosa com solução cristalóide
- sonda nasogástrica
- correção de DHE e ácido-básicos
- antibioticoprofilaxia?
Tratamento conservador nas Obstruções Intestinais:
- obstruções parciais
- obstruções funcionais
- Doença de Chronn, enterite actínica, carcinomatose
Tratamento cirúrgico nas Obstruções Intestinais:
- obstruções parciais refratárias (>48h)
- obstruções totais
- estrangulamento
Principais causas de obstrução do delgado:
- Bridas (aderências) - 50-75%
- Neoplasias (carcinomatoses - extrínsecas)
- Hérnias
Cirurgias que mais levam a formação de bridas:
- cirurgias colorretais
- apendicectomia
- cesarianas (risco muito baixo)
Tratamento das bridas:
- obstruções parciais = suporte + gastrografin (resolutivo em 65-80% dos casos)
- obstruções totais = cirurgia (lise das aderências)
Principais causas de obstrução de cólon:
- neoplasias colorretais (50%)
- volvo
Locais mais acometidos por volvos:
sigmoide (75%) - pacientes idosos
ceco - pacientes de meia-idade
Diagnóstico de volvo:
- radiografia: sinal do ‘grão de café’ ou do ‘U invertido’
- enema: sinal do ‘bico de pássaro’
Tratamento do volvo de sigmóide:
- sem sinais de estrangulamento/perfuração:
. descompressão endoscópica
. colonoscopia (p/ excluir neoplasia)
. sigmoidectomia eletiva com reconstrução primária do trânsito - com sinais de estrangulamento/perfuração
. cirurgia de emergência (cirurgia a Hartmann)
Causas mais comuns de obstrução na infância:
- intussuscepção intestinal
2. bezoar, ascaris, hérnias, corpo estranho
Faixa etária mais acometida pela intussuscepção intestinal:
- 3 meses - 6 anos
Principais causas de intussuscepção intestinal:
- na criança: idiopática
- no adulto: cabeça de invaginação (divertículo, pólipo, tumor)
Local mais comum de intussuscepção:
- junção ileocecal
Tríade sintomática da intussuscepção intestinal:
- dor abdominal +
- massa abdominal palpável, ‘em salsicha’ +
- fezes em geleia de framboesa
Imagem na intussuscepção intestinal:
- USG = exame de escolha para diagnóstico
- sinal do alvo (corte transversal)
- sinal do pseudorim (corte longitudinal)
Tratamento da Intussuscepção Intestinal:
- crianças: enema com contraste de bário (evitar), hidrossolúvel ou ar (resolutiva em 80% dos casos)
- adultos e crianças refratárias à redução com bário: cirurgia
História natural do Íleo Biliar:
colecistite»_space;> fístula»_space;> obstrução intestinal
Local mais comum de obstrução no Íleo Biliar:
- íleo terminal, próximo à válvula ileocecal (antes dessa!!!)
Diagnóstico de Íleo Biliar:
- RX ou TC
- Tríade de Riegler:
. pneumobilia
. cálculo ectópico
. obstrução de delgado
Tratamento do Íleo Biliar:
- suporte +
- enterolitotomia (retirada do cálculo) +
- colecistectomia
Principais causas de Íleo Paralítico:
- pós-operatório (fisiológico)
- drogas
- distúrbios hidroeletrolíticos
- processos inflamatórios/isquemia abdominais
Íleo Paralítico pós-operatório:
- fisiológico
- delgado: normaliza em até 24h
- estômago: normaliza em até 48h
- cólon: normaliza em até 72h
Conduta no Íleo Paralítico:
- pesquisar e corrigir DHE
- suspender medicações causadoras de Íleo Paralítico
- excluir a possibilidade de obstrução mecânica
Diagnósticos diferenciais da Síndrome de Ogilvie (pseudo-obstrução colônica aguda):
- vs. íleo paralítico:
. peristaltismo presente
. dilatação apenas do cólon (principalmente ceco e cólon ascendente) - vs. obstrução mecânica:
. dor não é cólica, como nas obstruções mecânicas - vs. megacólon tóxico:
. megacólon é mais grave e florido (taquicardia, febre, diarreia sanguinolenta)
Diagnóstico de Síndrome de Ogilvie:
- exclusão
Tratamento da Síndrome de Ogilvie:
- suporte + suspensão de medicamentos desencadeantes + tratamento de doenças de base
- Neostigmina IV (se falha da terapia não farmacológica por 48-72h ou se ceco > 12cm) - sucesso em 80-100% dos casos, cuidado com bradicardia (Atropina)
- Descompressão endoscópica (se falha com a Neostigmina IV)
- Cirurgia (se falha da descompressão endoscópica) - cecostomia percutânea ou colectomia)