Semiologia de Diabetes E Obesidade Flashcards
Define a diabetes mellitus.
Diabetes mellitus é um distúrbio metabólico onde há uma falha na produção e ação da insulina, ocasionando algumas complicações do longo prazo.
Quais os tipos de diabetes
Diabetes mellitus do tipo 1, diabete mellitus do tipo 2, diabetes mellitus gestacional. Dm do tipo 1 só tem 5%-10% já a dm dotipo2 tem 90%
Quais são os sintomas clássicos agudos de diabetes mellitus?
Poluiria (aumento do volume e frequência urinária)., polidipsia aumento da sede), glicosúria (eliminação de glicose na urina); polifagia (aumento do apetite devido a quebra de lipídeos, proteínas, perda de peso)., perda de peso como o efeito catabólico, fadiga, tontura, turvação visual, desidratação corporal, alteração do nível de consciência devido a estado hiperosmolar (comum em DM tipo 2) e alteração no ritmo respiratório (comum em DM tipo 1 devido a maior liberação de corpos cetônico → acetona → acidose → hálito frutado. Disfunção erétil em homens e vulvovaginite ou candidíase nas mulheres
Quando suspeitar e realizas rastreamento da diabetes mellitus uma vez que a doença é crônica e insidiosa.?
Faz rastreamento nos pacientes com IMC ≥ 25kg/m-2 + um dos fatores de risco como sedentarismos hipertensão arterial sistêmica, história familiar de diabetes, obesidade, dislipidemia, síndrome dos ovários policísticos, macrossomia fetal, doença do aparelho cardiovascular.
Pode também fazer rastreio em pacientes assintomáticos sem fatores de risco a partir de 45 anos
O aparecimento de acantose nigricans significa o que para o médico examinando um paciente com a possibilidade de diabetes?
Aparecimento de acantose nigricans é uma expressão clínica de resistência insulina. São manchas escuras resultantes de hiperqueratose e hiperpigmentação. É muito mais presente nas áreas da dobra de pele como o pescoço, axila, etc.
Quais as complicações micro e macrovascular estão associadas com a diabetes mellitus?
Complicações macrovasculares são doenças cerebrovasculares, doenças arteriais periféricas e doenças cardiovasculares como coronariopatia.
Complicações microvasculares são neuropatia diabética, nefropatia diabética e retinopatia diabética.
Qual é o mecanismo de dano vascular na diabetes mellitus?
As células endoteliais conseguem absorves a glicose sem o uso de insulina, então a hiperglicemia causa um aumento na internalização de glicose e assim, aumento na produção de ATP e ao mesmo tempo, aumento na produção de espécies reativos de oxigênio. Os ROS causam um aumento na produção de produtos glicados, aumento na produção de endotelina que por sua vez, aumenta a agregação plaquetária. Há o aumento da VEGF e outros fatores de crescimento que causam angiogênese. Há também o aumento de NF-kB que aumento a produção de citadinas pró-inflamatórias, aumento da expressão de receptores para as células inflamatórias como o macrófago. Assim, há entrada de monólitos na túnica íntima e entrada de LDL. Há fagocitose do LDL pelos fagocitose, formação de células espumosas, liberação de citadinas pró-inflamatórias TNF, IL-1, etc), além da secreção de outros fatores de crescimento que atraem mais células imunes e as células musculares da túnica média. Ao passas do tempo, há formação de placas ateromatosas que acabam diminuindo o fluxo sanguíneo a área ou tecido e assim, se instala as complicações vasculares da diabetes mellitus.
Quando deve ser feito o rastreio das complicações de diabetes mellitus
No caso de diabetes mellitus tipo 1, deve ser após 5 anos de diagnóstico e no caso de diabetes mellitus tipo 2, deve ser feito imediatamente com o diagnóstico. Lembra que o tempo de exposição à hiperglicemia aumenta a chance de desenvolvimento das complicações. Há uma demora no diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 em comparação com a tipo 1 onde o diagnóstico é bem precoce. Nos casos dos descompensado, ou os que entraram na puberdade o diagnóstico deve ser feito em menos (
Explique a retinopatia diabética, seus estágios e seu tratamento..
O estresse oxidava causa enfraquecimento da parede vascular dos vasos na retina e assim, precipita a formação de microancurisma, instalando a retinopatia diabética não proliferava leve. Depois, com a piora da glicemia, há a formação de exsudato amarelado e microhemorragias, instalando o quadro de retinopatia diabética não proliferava moderada. Nos 2 casos supracitados, o tratamento consiste no controle da glicemia. Se isso não for feito, há a progressão da doença para uma retinopatia diabética proliferativa, onde há o crescimento e surgimento de neo-vasos devido ao aumento de fatores de crescimento vascular, aumento de citocinas pró-inflamatórias. Pode levar ao descolamento da retina, e hemorragias. O tratamento é uso de injeção intraocular de anti-VEGF e tratamento por laser.
Explique nefropatia diabética.
Devido aos danos vasculares causada pela hiperglicemia, o paciente começa perder proteínas na urina. Tudo começa com perdas discretas, microalbuminúria e com a piora da diabetes, há perde progressiva de grandes quantidades de proteínas maiores na urina, progredindo para macro albuminúria e depois, proteinúria franca. A manifestação clínica é a presença de uma urina mais espumosa. Deve ser feita anualmente o exame da urina para analisar a presença ou não de alterações.
Explique a neuropatia diabética.
Devido ao dano microvascular, o paciente pode apresentar uma série de alterações nervosa. O mais comum é a polineuropatia sensitivo-motora crônica. Esse afecção atinge as áreas mais distais dos pés e das mãos.
O paciente manifesta sintomas positivas como parestesia, queimação, câimbras, sintomas negativos como ausência de sensação (dormência e anestesia), e outros sintomas como aparecimento do desconforto nos períodos de repouso, exacerbação noturna, anodinia, hiperalgesia (o paciente reclama que não suporta o lençol tocar nos seus pés). Quando há essas manifestações, o paciente corre risco de ter lesões nos pés sem perceber e isso, expõe-o a síndrome de pé - diabético.
Explique a síndrome de pé-diabético
Síndrome de pé-diabético é uma situação onde há infecção, ulceração e destruição intensa de tecidos profundos do pé, devido a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores do diabético.
Qual é o fator chave de desenvolvimento da síndrome de pé-diabético? Justifique a sua resposta.
O fator chave > neuropatia diabética. Isso porque o paciente tem uma perda de sensibilidade, e assim perda a protetor plantar e propriocepção, não sabe quando se machuca, tem alteração na marcha e disautonomia. A alteração na marcha é devido aos problemas na inervação motora que gera alteração de áreas de contato do pé com o chão, achando áreas de pressão anormais. Nas áreas de pressão maior, há aumento de calosidade e aumento de risco de ulceração por pressão
O envolvimento vascular pode estar presente só que é um fator secundário. Se o paciente tem uma lesão mas tem boa vascularização, ele até pode recuperar e ter uma boa cicatrização. Porém, se ele tiver uma vasculopatia associada à neuropatia, ele não teria uma boa cicatrização e assim, a lesãofica exposta à infecção e pode expor o paciente aos riscos de amputação no futuro.
Quais são as avaliações feitas no síndrome de pé-diabéticos?
Avaliação da sensibilidade tátil, avaliação da sensibilidade dolorosa com um palito, avaliação da sensibilidade vibratória com o diapasão de 128Hz, e avaliação de protetor plantar com o monofilamento de 10g, avaliação dos pulsos pediosos e tribais posteriores, além do cálculo do índice tornozelo-braquial.
Quais as orientações deve ser dadas ao paciente com risco de síndrome do pé-diabético?
Avaliação diária dos pés, uso de meia de algodão, higiene dos pés, uso de hidratante, evitando a aplicação entre os dedos, uso de calçado adequado e sempre averiguar que não tem corpo estranho, areia, etc, dentro do calçado, evitar usar calçado apertado, cortar as unhas em linha reta, em caso da impossibilidade de avaliar os pés, pedir ajuda