Semiologia de Diabetes E Obesidade Flashcards

1
Q

Define a diabetes mellitus.

A

Diabetes mellitus é um distúrbio metabólico onde há uma falha na produção e ação da insulina, ocasionando algumas complicações do longo prazo.

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2
Q

Quais os tipos de diabetes

A

Diabetes mellitus do tipo 1, diabete mellitus do tipo 2, diabetes mellitus gestacional. Dm do tipo 1 só tem 5%-10% já a dm dotipo2 tem 90%

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3
Q

Quais são os sintomas clássicos agudos de diabetes mellitus?

A

Poluiria (aumento do volume e frequência urinária)., polidipsia aumento da sede), glicosúria (eliminação de glicose na urina); polifagia (aumento do apetite devido a quebra de lipídeos, proteínas, perda de peso)., perda de peso como o efeito catabólico, fadiga, tontura, turvação visual, desidratação corporal, alteração do nível de consciência devido a estado hiperosmolar (comum em DM tipo 2) e alteração no ritmo respiratório (comum em DM tipo 1 devido a maior liberação de corpos cetônico → acetona → acidose → hálito frutado. Disfunção erétil em homens e vulvovaginite ou candidíase nas mulheres

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4
Q

Quando suspeitar e realizas rastreamento da diabetes mellitus uma vez que a doença é crônica e insidiosa.?

A

Faz rastreamento nos pacientes com IMC ≥ 25kg/m-2 + um dos fatores de risco como sedentarismos hipertensão arterial sistêmica, história familiar de diabetes, obesidade, dislipidemia, síndrome dos ovários policísticos, macrossomia fetal, doença do aparelho cardiovascular.

Pode também fazer rastreio em pacientes assintomáticos sem fatores de risco a partir de 45 anos

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5
Q

O aparecimento de acantose nigricans significa o que para o médico examinando um paciente com a possibilidade de diabetes?

A

Aparecimento de acantose nigricans é uma expressão clínica de resistência insulina. São manchas escuras resultantes de hiperqueratose e hiperpigmentação. É muito mais presente nas áreas da dobra de pele como o pescoço, axila, etc.

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6
Q

Quais as complicações micro e macrovascular estão associadas com a diabetes mellitus?

A

Complicações macrovasculares são doenças cerebrovasculares, doenças arteriais periféricas e doenças cardiovasculares como coronariopatia.

Complicações microvasculares são neuropatia diabética, nefropatia diabética e retinopatia diabética.

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7
Q

Qual é o mecanismo de dano vascular na diabetes mellitus?

A

As células endoteliais conseguem absorves a glicose sem o uso de insulina, então a hiperglicemia causa um aumento na internalização de glicose e assim, aumento na produção de ATP e ao mesmo tempo, aumento na produção de espécies reativos de oxigênio. Os ROS causam um aumento na produção de produtos glicados, aumento na produção de endotelina que por sua vez, aumenta a agregação plaquetária. Há o aumento da VEGF e outros fatores de crescimento que causam angiogênese. Há também o aumento de NF-kB que aumento a produção de citadinas pró-inflamatórias, aumento da expressão de receptores para as células inflamatórias como o macrófago. Assim, há entrada de monólitos na túnica íntima e entrada de LDL. Há fagocitose do LDL pelos fagocitose, formação de células espumosas, liberação de citadinas pró-inflamatórias TNF, IL-1, etc), além da secreção de outros fatores de crescimento que atraem mais células imunes e as células musculares da túnica média. Ao passas do tempo, há formação de placas ateromatosas que acabam diminuindo o fluxo sanguíneo a área ou tecido e assim, se instala as complicações vasculares da diabetes mellitus.

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8
Q

Quando deve ser feito o rastreio das complicações de diabetes mellitus

A

No caso de diabetes mellitus tipo 1, deve ser após 5 anos de diagnóstico e no caso de diabetes mellitus tipo 2, deve ser feito imediatamente com o diagnóstico. Lembra que o tempo de exposição à hiperglicemia aumenta a chance de desenvolvimento das complicações. Há uma demora no diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 em comparação com a tipo 1 onde o diagnóstico é bem precoce. Nos casos dos descompensado, ou os que entraram na puberdade o diagnóstico deve ser feito em menos (

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9
Q

Explique a retinopatia diabética, seus estágios e seu tratamento..

A

O estresse oxidava causa enfraquecimento da parede vascular dos vasos na retina e assim, precipita a formação de microancurisma, instalando a retinopatia diabética não proliferava leve. Depois, com a piora da glicemia, há a formação de exsudato amarelado e microhemorragias, instalando o quadro de retinopatia diabética não proliferava moderada. Nos 2 casos supracitados, o tratamento consiste no controle da glicemia. Se isso não for feito, há a progressão da doença para uma retinopatia diabética proliferativa, onde há o crescimento e surgimento de neo-vasos devido ao aumento de fatores de crescimento vascular, aumento de citocinas pró-inflamatórias. Pode levar ao descolamento da retina, e hemorragias. O tratamento é uso de injeção intraocular de anti-VEGF e tratamento por laser.

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10
Q

Explique nefropatia diabética.

A

Devido aos danos vasculares causada pela hiperglicemia, o paciente começa perder proteínas na urina. Tudo começa com perdas discretas, microalbuminúria e com a piora da diabetes, há perde progressiva de grandes quantidades de proteínas maiores na urina, progredindo para macro albuminúria e depois, proteinúria franca. A manifestação clínica é a presença de uma urina mais espumosa. Deve ser feita anualmente o exame da urina para analisar a presença ou não de alterações.

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11
Q

Explique a neuropatia diabética.

A

Devido ao dano microvascular, o paciente pode apresentar uma série de alterações nervosa. O mais comum é a polineuropatia sensitivo-motora crônica. Esse afecção atinge as áreas mais distais dos pés e das mãos.

O paciente manifesta sintomas positivas como parestesia, queimação, câimbras, sintomas negativos como ausência de sensação (dormência e anestesia), e outros sintomas como aparecimento do desconforto nos períodos de repouso, exacerbação noturna, anodinia, hiperalgesia (o paciente reclama que não suporta o lençol tocar nos seus pés). Quando há essas manifestações, o paciente corre risco de ter lesões nos pés sem perceber e isso, expõe-o a síndrome de pé - diabético.

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12
Q

Explique a síndrome de pé-diabético

A

Síndrome de pé-diabético é uma situação onde há infecção, ulceração e destruição intensa de tecidos profundos do pé, devido a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores do diabético.

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13
Q

Qual é o fator chave de desenvolvimento da síndrome de pé-diabético? Justifique a sua resposta.

A

O fator chave > neuropatia diabética. Isso porque o paciente tem uma perda de sensibilidade, e assim perda a protetor plantar e propriocepção, não sabe quando se machuca, tem alteração na marcha e disautonomia. A alteração na marcha é devido aos problemas na inervação motora que gera alteração de áreas de contato do pé com o chão, achando áreas de pressão anormais. Nas áreas de pressão maior, há aumento de calosidade e aumento de risco de ulceração por pressão

O envolvimento vascular pode estar presente só que é um fator secundário. Se o paciente tem uma lesão mas tem boa vascularização, ele até pode recuperar e ter uma boa cicatrização. Porém, se ele tiver uma vasculopatia associada à neuropatia, ele não teria uma boa cicatrização e assim, a lesãofica exposta à infecção e pode expor o paciente aos riscos de amputação no futuro.

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14
Q

Quais são as avaliações feitas no síndrome de pé-diabéticos?

A

Avaliação da sensibilidade tátil, avaliação da sensibilidade dolorosa com um palito, avaliação da sensibilidade vibratória com o diapasão de 128Hz, e avaliação de protetor plantar com o monofilamento de 10g, avaliação dos pulsos pediosos e tribais posteriores, além do cálculo do índice tornozelo-braquial.

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15
Q

Quais as orientações deve ser dadas ao paciente com risco de síndrome do pé-diabético?

A

Avaliação diária dos pés, uso de meia de algodão, higiene dos pés, uso de hidratante, evitando a aplicação entre os dedos, uso de calçado adequado e sempre averiguar que não tem corpo estranho, areia, etc, dentro do calçado, evitar usar calçado apertado, cortar as unhas em linha reta, em caso da impossibilidade de avaliar os pés, pedir ajuda

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16
Q

Quais os exames físicos devem ser feitos no diabético?

A

Peso, altura, IMC, avaliação cardiovascular, fundoscopia, exame físico dos pés.

17
Q

Diagnóstico laboratorial de diabetes mellitus

A

Hemoglobina glicada, glicemia venosa, glicemia de jejum, teste oral de tolerância à glicose.

18
Q

Fatores de risco para desenvolver o pé-diabético

A

Úlcera ou amputação prévia, neuropatia sensitivo-motora crônica, trauma, condições socioeconômicas, morar sozinho, doença arterial periférica, quedas, neuropatia diabética, retinopatia diabética.

18
Q

Fatores de risco para desenvolver o pé-diabético

A

Úlcera ou amputação prévia, neuropatia sensitivo-motora crônica, trauma, condições socioeconômicas, morar sozinho, doença arterial periférica, quedas, neuropatia diabética, retinopatia diabética.

19
Q

Características do pé neuropático

A

Pele quente, porém seca, pulsos amplo, boa perfusão, perda ou diminuição de sensibilidade, deformidades presentes, alta pressão plantar em regiões anormais com calosidade e hiperqueratose, úlcera com boa probabilidade de cicatrização

20
Q

Características do pé isquêmico

A

Ausência de pelos, unhas atróficas, má-perfusão e pé cianótico, palidez à elevação, rubor postural, sensibilidade pode estar presente, pulsos fracos ou ausentes, necrose presente principalmente nos dedos, úlceras com baixa probabilidade de cicatrização

21
Q

Quais as medidas são úteis no diagnóstico de obesidade e cite as desvantagens conhecidas das mesmas.

A

IMC - usa os parâmetros do peso altura do paciente. A sua desvantagem é não refletir a distribuição da gordura, se for subcutânea ou visceral, não diferencia a massa magra da massa gorda.

A relação cintura-estatura, a circunferência abdominal, a circunferência braço-panturrilha (usado para medir o estado nutricional).

22
Q

Tipos de obesidade no sexo feminino e masculino.

A

As mulheres tendem a ter o acúmulo de gordura nas cinturas., ou seja, nos quadris, e na região subcutânea. Esse tipo de gordura é metabolicamente menos ativa, assim se chama obesidade ginecoide e ela assume o formato de uma pêra. Já nos homens, eles tendem a acumular gordura na região abdominal, ou seja a gordura visceral. Essa gordura é metabolicamente ativa e estar associada à resistência à insulina.

23
Q

Pontos chave na anamnese de um obeso.

A

Início do ganho de peso, alimentação e atividade física, uso de medicamentos que podem precipitar o ganho, mudança de status como trabalho e casamento, hábito de fumo e de uso de álcool, etc.

24
Q

Exame físico do obeso

A

Peso, altura para o cálculo do seu índice massa corporal, circunferência cervical, que está relacionado ao risco de desenvolver apneia de sono, ausculta cardíaca , pressão arterial, palpação do fígado, presença ou não de acantose nigricans, xantelasmas e xantomas que estão altamente sugestivo de dislipidemia.

25
Q

Complicações associadas à obesidade

A

Desenvolvimento de diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, síndrome de apneia obstrutiva de sono, surgimento de doenças cardiovasculares, surgimento de outras síndromes metabólicas.

26
Q

Qual tratamento é necessitado pelo obeso.

A

Mudança de estilo de vida e padrão alimentar, uso de metas realistas, tratamento medicamentoso, rastreio de comorbidades associadas, avaliação da necessidade ou não de cirurgia bariátrica.