Semana 6 Flashcards

1
Q

Qual o mneumônico nos faz lembrar de cefaléias secundárias?

A

S - sintomas, doença sistêmica (febre, sudorese, perda ponderal, imunossupressão);
N - sinais e sintomas neurológicos (alteração do nível de consciência, diplopia, paralisia de nervos cranianos, paresia, ataxia, crises convulsivas);
O - início súbito, sudden onset (lembrar de cefaléias em trovoadas- se a dor atingir seu pico em menos de 1 minuto, pior dor da vida);
O - Older onset (início após os 50 anos de idade)
P(4)- mudança de padrão / prenhez / papiledema / precipitado por Valsalva (cefaléia progressiva que mudou de padrão, ou que muda conforme posição, gestação e puerpério).

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2
Q

Quais os tipos de cefaléia tensional?

A
  • Cefaléia tensional episódica
    • Infrequente:< 1 dia por mes
    • Frequente: 1- 14 dias por mês
  • Cefaléia tensional crônica:
    • > ou = 15 dias por mês por pelo menos 3 meses
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3
Q

Quais as características clínicoepidemiológicas da cefaléia tensional?

A

É a cefaléia primária mais comum, relacionada com estresse emocional (tensão ou físico), com dor à palpação de tecidos miofasciais (trigger points), não sendo incapacitante- intensidade leve a moderada.

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3
Q

Quais as características clínicoepidemiológicas da cefaléia tensional?

A

É a cefaléia primária mais comum, relacionada com estresse emocional (tensão ou físico), com dor à palpação de tecidos miofasciais (trigger points), não sendo incapacitante- intensidade leve a moderada.
- Lembrando que a dor não é incapacitante.

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4
Q

Qual o quadro clínico e tratamento de neuralgia do trigêmio?

A
  • Episódios recorrentes de dor súbita, usualmente unilateral, severa, de curta distribuição , de um ou mais ramos do trigêmio (V2,V3);
  • Ausência de sintomas entre as crises;
  • GATILHOS: Conversar, beber, lavar o rosto, mastigar, escovar os dentes, comer , barbear, etc.
- TTO: 
1ª Linha: Carbamazepina : 300-2400mg/dia
2 oxcarbamazepina: 300-1200mg/dia
3 gabapentina 1800-3600mg/dia
4 Lamotrigina 200-400mg/dia
outras opções: baclofeno, ácido valproico
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5
Q

Qual as características clínicas e epidemiológicas da cefaléia em salvas?

A
  • É mais comum em homens (3:1), com idade entre 20-40 anos, é a cefaléia trigêmio-autonômica mais ocmum (>90%);
  • No máximo 8 episódios por dia;
  • Dura de 15-180min, e >90% são episódicas.
  • Apresenta periodicidade (mais comum à noite ou ao amanhecer) e sazonalidade (mais frequente no outono e primavera);
  • Dor muito forte, em região orbital, supraorbital e/ou temporal, associado , congestão nasal/rinorréia, edema palpebral, miose e/ou ptose, injeção conjuntival e/ou lacrimejamento, Sensação de inquietude ou de agitação.
  • Gatilhos: uso de alcool e nitroglicerina.

Fatores de risco: Tabagismo e TCE.

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6
Q

Qual o tratamento da fase aguda da cefaléia em salvas?

A

1ª linha- Oxigenoterapia sob máscara - 12-15 L/min por 20 min;

  • Sumatriptano injetável (6mg) (mesmo nível de evidência que o oxigênio)
  • Sumatriptano nasal (10mg) - admnistrado contralateralmente a dor;
  • Zolmitriptano nasal (5mg)
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7
Q

Como se da o tratamento completo da cefaléia em salvas? (1 opção para cada)

A
  • Tratamento da fase aguda: Oxigênio (12-15l/min por 20 min) ou sumatriptano nasal ou sumatriptano injetavel ou zolmitriptano nasal
  • Tratamento de transição: Prednisona 60-100mg/dia por 5 dias, e então desmame para 10 mg /dia;
  • Profilático: Verapamil 240-320mg/dia (nível A)
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8
Q

Qual o tratamento para hemicrania paroxística?

A
  • O tratamento agudo ainda não se tem esclarecimento sobre.

- O tratamento profilático é a indometacina 25-300mg/dia;

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9
Q

Qual o quadro clínico da hemicrania paroxística?

A

Mais comum em mulheres, latejante, em região temporal ou orbital;

  • Gatilhos: Movimentação cervical , acool;
  • Frequência dos ataques: 5-50 com duração 2-30min;
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10
Q

Qual o quadro clínico da cefaléia TGA SUNCT/SUNA ?

A
  • SUNA: Hiperemia conjutival + lacrimejamento;
  • Mais comum em homens, com característica de facada, queimação, latejante;
  • Comum em região orbitária, supraorbitária e temporal;
  • Gatilhos são movimentação cervical, toque cutâneo;
  • 3-200 ataques por dia;
  • Tratamento agudo: Lidocaína EV (TTO OURO)
  • Tratamento profilático: Lamotrigina / Topiramato / Gabapentina;
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11
Q

Quais as características clinica epidemiológicas da migrânea?

A

Epidemiológicas:

  • Maior incidência em mulheres (2:1);
  • Comum ter história familiar;
  • Pico de prevalência 30-50 anos;
  • Atinge até 15 % da população;
  • Sem aura 80% x 20% com aura

Quadro clínico:

  • Fase prodrômica-> Aura -> Cefaléia -> Período Pósdromo.
  • Pródromos: bocejos, fadiga, desejo por alimentos-> Iniciam 48 horas antes da cefaléia;
  • Aura: Sintomas neurológicos reversíveis
    • Alterações visuais (mais comum): 90% escotomas cintilantes, espectro de fortificação), precedem a cefaléia ou aparecem junto, duração de 5-60 min)
  • Dor unilateral, pulsátil, durando de 4-72h, exarcebada por atividades rotineiras e esforço físico, fonofobia e fotofobia associadas, náuseas e vômitos.
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12
Q

Qual a fisiopatologia da migrânea?

A

1- Aura: Ocorre por uma depressão alastrante cortical (ou de Leão): despolarização das membranas celulares neuronais e gliais, seguida de inibição da atividade cortical por até 30 min;
2- Cefaléia: Ativação do sistema trigêminovascular. Vias aferentes do gânglio trigeminal inervam a maioria das estruturas cranianas;
3- CGRP (Peptídeo relacionado ao gene da calcitonina): Envolvido na vasodilatação arterial , inflamação neurogênica, ativação de nociceptores meníngeos.

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13
Q

Qual paciente é candidato ao tratamento profilático de migrânea?

A
  • Pacientes com 2 ou mais crises por mês, durante 3 meses OU quando o tratamento abortivo da crise é ineficaz, está contraindicado ou causa efeitos adversos significativos no doente.
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14
Q

Quais os princípios da terapia profilática em migrânea?

A
  • Checar comorbidades associadas( asma, obesidade, glaucoma, etc);
  • Avaliar se existe indicação (nº de crises por mês);
  • Checar benefícios adicionais ( Efeitos colaterais das drogas contribuindo para o quadro clínico do paciente, obesidade e prescrição de topiramato por exemplo, já que o mesmo apresenta como efeito adverso o emagrecimento);
  • Aguarda PELO MENOS 4-6 SEMANAS ANTES DE CONSIDERAR QUE HOUVE FALHA;
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15
Q

Qual o tratamento profilático da migrânea?

A

TODOS NÍVEL A DE EVIDÊNCIA:

  • B-bloqueadores: Propanolol (20-80mg/dia) e metoprolol (25-100mg/dia)
  • Bloqueadores de canais de cálcio: Flunarizina(3-10mg/dia)
  • Anticonvulsivantes: Topiramato (excelente opção para obesos, 25-100mg/dia, não prescrever em glaucoma e nefrolitíase) / Valproato de sódio (Evitar uso em mulheres jovens, aumento de peso e de pelo, efeito teratogênico, dose de 250-1500mg/dia, riscos de trombocitopenia e hepatotoxicidade);

Antidepressivos:
B de evidencia- Amitriptilina: 12,5-75mg/dia / Venlafaxina: 75-150mg/dia
C de evidência- Nortriptilina 10-75mg/dia

=> Anticorpos monoclonais do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP): Devem ser prescritos em pacientes que tiveram falha com pelo menos 2 drogas, não sendo permitidos em gestantes.

  • > Galcazenumabe- 240mg SC, depois 120mg/mês;
  • > Fremanezumabe- 675mg ataque, depois de 3 meses: 225mg/mês.
  • > Erenumab - 70-140mg/mês SC.

Nível C de evidência:
Anti-hipertensivos BRA e IECA:
=> Candesartana: 8 -16 mg
=> Lisonipril 10-40mg

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16
Q

V ou F?

A dexametasona pode ser prescrita para melhor analgesia na crise de migrânea

A

FALSO

- A dexametasona não tem ação analgésica na migrânea, e sim na redução de recorrência da mesma nas próximas 48h.

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17
Q

Qual o tratamento abortivo das crises de migrânea?

A

Devemos seguir uma escada analgésica da dor: Analgésicos comuns (dipirona, paracetamol => AINES (Ibuprofeno, cetoprofeno, naproxeno) => Triptanos (Sumatriptano, Naratriptano, Rizatriptano, Zolmitriptano) => Dexametasona 10mg( diminuir recorrÊncia, sem ação analgésica) => Clorpromazina EV, Haloperidol (Nível de evidência E + colaterais).

**OBS: NUNCA FAZER OPIÓIDE (SEM EFICÁCIA COMPROVADA, RISCO DE DEPENDÊNCIA).

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18
Q

QUAL O MECANISMO DE AÇÃO DOS TRIPTANOS, E SUAS CONTRAINDICAÇÕES?

A
  • Agonistas dos receptores 5HT-1B e 5HT-1D (relacionados à serotonina);
  • Contraindicado: História de AVC , IAM, DAOP e HAS descompensada;
  • Representantes: Sumatriptano- 25, 50 e 100mg VO, 6mg SC, 20mg IM / Rizatriptano 10mg VO, Zolmitriptano 2,5mg VO, Naratriptano 2,5mg VO.
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19
Q

Qual o quadro clínico epidemiológico da Esclerose múltipla?

A
  • Doença autoimune, desmielinizante e degenerativa do SNC, Caracterizada por ataques recorrentes de disfunção neurológica.
  • Presente em adultos jovens, 20-40anos, pico de incidência dos sintomas de 25 anos;
  • Acomete principalmente mulheres (2-3:1), caucasianas;
  • Maior prevalência + distante da linha do equador;
  • Surtos/Ataques/Exarcebações: Sinais e sintomas característicos de EM, de instalação aguda ou subaguda, COM DURAÇÃO MÍNIMA DE 24 HORAS, com ou sem recuperação, NA AUSÊNCIA DE FEBRE, INFECÇÕES OU DISTÚRBIOS METABÓLICOS.

Quadro clínico: RNM deve ser solicitada

  • Neurite óptica (não confundir com neuromielite óptica): Lesão inflamatória do nervo óptico, frequentemente associada à doenças desmielinizantes. Ocorre um acometimento unilateral com perda parcial da acuidade visual (visão central) com dor retro-ocular associada, ausência de exsudatos retinianos e hemorragias.
  • Mielite aguda: Lesão medular parcial/incompleta, afetando apenas uma parte da seção transversal(assimétrico). Sintomas sensitivos mais proeminentes que os motores. Urgência ou incontinência urinária/fecal. FENÔMENO DE LHERMITTE: Sensação de choque no pescoço e membros ao movimentar a cabeça.
  • Síndrome do tronco encefálico e cerebelo: Diplopia, oftalmoplegia internuclear uni ou bilateral (lesão no fascículo longitudinal medial). Falta de coordenação motora, alteração do equilíbrio e marcha, disartria e distúrbios de deglutição.
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20
Q

Quais os fenótipos da esclerose múltipla?

A
  • EM- Remitente-recorrente (EM-RR): 80% dos pacientes, surtos com recuperação parcial ou total dos sintomas, estável entre os surtos;
  • EM- secundariamente progressiva (EM- SP): Começa como EM-RR, seguida de progressão com ou sem surtos;
  • EM- primariamente progressiva (EM-PP): Doença progride desde o início
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21
Q

Como se faz o diagnóstico de Esclerose múltipla?

A

Quadro clínico compatível (neurite, mielite) + Exames de imagem (RNM) + Exclusão de diagnóstico alternativo.
- Critérios de McDonald 2017;

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22
Q

Na RNM de crânio, quais as características da sequencia em T1, T2 e T2 flair?

A

T1: Gordura em hipersinal (Pode vir com saturação de gordura);
T2: Água em hipersinal (Two-water)
T2 flair: Água em hipersinal com supressão de líquor (importante para visualizar lesões em que a água encontrada é proveniente de edema, inflamação).

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23
Q

Qual a característica radiológica da esclerose múltipla na RNM de crânio?

A
  • Lesões ovalares >3mm, visualizadas em T2 flair, periventriculares, justacorticais, infratentoriais e medula.
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24
Q

Qual o tratamento para esclerose múltipla (surto)?

A

Pulsoterapia=> Fazer ivermectina antes do procedimento, e então fazer 1g/dia metilprednisolona por 3-5 dias.

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25
Q

Qual a fisiopatologia da neuromielite óptica?

A
  • Anticorpos contra o canal de aquaporina 4 (AQP-4), que é uma proteína de canal de água expressa em prolongamento dos astrócitos (astrocitopatia). Ocorre ativação do complemento e migração massiva de leucócitos, é de 4 -9 vezes mais comum em mulheres e NÃO-caucasianas.
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26
Q

Qual o quadro clínico da neuromielite óptica?

A
  • Neurite óptica bilateral, grave e posterior (até quiasma óptico).
  • Mielite longitudinalmente extensa (> ou = 3 corpos vertebrais);
  • Síndrome da área postrema ( náuseas, vômitos e soluços incoercíveis por no mínimo 48 horas);
  • Síndrome aguda de tronco (neuralgia do trigêmeo , alteração oculomotora, prurido, paralisia facial);
  • Narcolepsia (narcolepsia ou hiperssonia secundária a lesões hipotalâmicas);
  • Síndrome sintomática cerebral (LESÕES ENCEFÁLICAS).
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27
Q

QUAL O TRATAMENTO DA NEUROMIELITE ÓPTICA? (SURTO)

A
  • PULSOTERAPIA COM 2G DE METILPREDNISOLONA POR 5 DIAS, OU 1G POR 10 DIAS.
  • SE NÃO HOUVER MELHORA=> PLASMAFÉRESE
  • SEMPRE FAZER IVERMECTINA ANTES.
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28
Q

O QUE SÃO OS SINTOMAS NÃO MOTORES DO PARKINSON?

A

FADIGA, HIPOSMIA, CONSTIPAÇÃO INTESTINAL, DISTÚRBIOS COGNITIVOS (DEMÊNCIA) E PSIQUIÁTRICOS (Depressão, ansiedade), dor crônica.

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29
Q

Qual a fisiopatologia do parkinson?

A
  • Deficiência na transmissão dopaminérgica da via nigroestriatal, secundário ao processo degenerativo dos neurônios mesencefálicos nigrais.
  • Presença de depósitos anormais da alfa-sinucleina, cujo acúmulo na substância negra e no tronco encefálico leva a formação dos corpos de Lewy.
  • A doença de Parkinson é considerada uma sinucleidopatia juntamente com a demência dos corpúsculos de Lewy e atrofia de múltiplos sistemas.
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30
Q

Quais os sintomas CARDINAIS do Parkinson?

A
  • TREMOR, BRADICINESIA, RIGIDEZ E INSTABILIDADE POSTURAL (TARDIO!)
  • LEMBRAR QUE A INSTABILIDADE POSTURAL RARAMENTE ESTÁ PRESENTE AO DIAGNÓSTICO, ATENTAR PARA POSSIBILIDADE DE DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS (+- 10 ANOS DE DOENÇA PARA SE MANIFESTAR).
  • Os sintomas são ASSIMÉTRICOS.
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31
Q

Quais as etiologias do Parkinsonismo?

A
  • Primário/idiopático: 65-78%=> Doença de Parkinson;
  • Secundário (adquirido/sintomático) 8-12%=> Medicamentos
  • Atípico (plus) - 8-13% (Paralisia Supranuclear Progressiva / Degeneração corticobasal / D.corpúsculos de lewy / Atrofia de múltiplos sistemas);
  • Heredodegenerativo 0,5-1,5% - Genético
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32
Q

O que é a micrografia da doença de Parkinson?

A
  • É a escrita progressivamente menor do paciente, o mesmo começa com letras de tamanho normal, progredindo para letras cada vez menores.
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33
Q

V ou F?

A intoxicação de Monóxido de carbono é uma das causas de parkinsonismo secundário.

A

VERDADEIRO

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34
Q

Quando suspeitar de um parkinsonismo atípico?

A
  • Quedas frequentes desde o começo;
  • Parkinsonismo simétrico e rapidamente progressivo;
  • Demência precoce;
  • Disautonomia importante;
35
Q

Qual o quadro clínico da Atrofia de Múltiplos Sistemas?

A
  • Parkinsonismo +/- Ataxia cerebelar + disautonomia;
    Característica do Parkinsonismo: + Comum instabilidade postural precoce, sendo o tremor mais raro.
  • Distúrbio do sono REM;
  • Disfagia e disartria incapacitantes;
    Disautonomia: Hipotensão ortostática, constipação instestinal e disfunção erétil.
  • Parkinsonismo + disfunção autonômica=> Síndrome de SHY-DRAGER;
36
Q

Quais os sinônimos de atrofia de múltiplos sistemas?

A
  • Atrofia olivopontocerebelar / Degeneração estriatonigral / Síndrome de SHY-Drager;
37
Q

Qual a tríade da HPN?

A

Urgi/incontinência urinária, marcha magnética e demência.

38
Q

Qual o quadro clínico da paralisia supranuclear progressiva (PSP)?

A
  • Bradicinesia sem tremor / Distonia cervical (retrocollis) / Instabilidade postural com quedas frequentes / Paralisia do olhar cervical (primeiramente para baixo e depois para cima) / Distúrbios cognitivos importantes (apatia 80% / impulsividade / desinibição , bradifrenia, disfunção executiva).
  • “Fascies de espanto”, “olhos esbugalados” => Hipertonia de musculo frontal.
  • Aplause sign (sinal do aplauso) -> Solicita-se que o paciente aplauda 3 vezes, e o mesmo não para de aplaudir, reverberando o movimento.
  • PSP clássico=> Síndrome de Richardson
39
Q

Qual o quadro clínico da degeneração corticobasal (DCB)?

A
  • Parkinsonismo assimétrico / Grave disfunção cognitiva desde o começo(alteração comportamental) / Afasia / Apraxias / disfunção executiva;
  • Mioclonias / distonias
  • “Fenômeno da mão alienígena (movimento involuntário de um membro e não reconhecimento do mesmo);
  • RM de encéfalo: Atrofia fronto-parietal assimétrica;
40
Q

Qual o quadro clínico da demência por corpúsculos de Lewy?

A

2ª causa de demência a partir dos 65 anos;
- Parkinsonismo / Flutuação cognitiva / Distúrbio comportamental do sono REM / Hipersensibilidade à neurolépticos / ALUCINAÇÕES VISUAIS (COMPLEXAS) / disfunção executiva / déficit de atenção / disfunção visoespacial.

41
Q

Quais os conceitos chaves para o parkinsonismo atípico?

A
  • Disautonomia (hipotensão ortostática grave) => AMS
  • Alucinações visuais complexas + distúrbio do sono REM + demência=> DCL
  • Alterações cognitivas (apraxia, afasia) + mão alienígena = DCB
  • Alterações cerebelares (ataxia, dismetria, etc) + Parkinsonismo (raro tremor) + Paralisia do olhar vertical + retrocolo = PSP
42
Q

Qual a definição de FSSL?

A
  • Febre de até 7 dias em criança cuja história e exame físico cuidadosos não revelam a causa, até 3 anos.
43
Q

Qual a definição de bacteremia oculta?

A

HMC +, associado a febre, sem alteração clínica ou laboratorial.

44
Q

Qual o manejo de uma criança de 30 dias em que se tem uma febre sem foco suspeito?

A
  • Manejo semelhante à sepse: interna, colhe exames (HMG, HMC, UR1, URC, RxTórax, LCR e Pesquisa de vírus) + ATB empírico (cefalosparina 3ª geração com ou sem ampicilina dependendo do líquor).
45
Q

Como se avalia o risco de uma criança ter uma doença bacteriana potencialmente grave? (critérios diagnósticos)

A

Critérios de Rochester + PVR (pesquisa de virus)

  • Se baixo risco=> alta com antitérmico e reavaliação diária
  • Se alto risco=> Manejo igual à crianças <30 dias, ou seja, tratar como sepse.
46
Q

O que é taxa de mortalidade bruta?

A

É o número de óbitos totais, não importando a causa, sobre a população total de um país.

  • (Número de óbitos / população total) x 1000
  • Não pode ser fator comparativo entre regiões, já que é geral.
47
Q

O que é a taxa de mortalidade infantil?

A

(Número de óbitos < 1 ano / nascidos vivos) x1000
- Reflete condições socioeconômicas e infraestrutura ambiental, logo considerando a qualidade da saúde materna e população infantil.
DIVIDIDA EM NEONATAL Nº DE ÓBITOS <27 DIAS (ASSISTENCIA PRÉ-NATAL) E >27 DIAS É O PÓS NEONATAL (REFLETE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS E PARASITÁRIAS.

48
Q

O que é Doença diarréica aguda?

A

Diminuição da consistência e aumento da frequência em comparação habitual, com pelo menos 3 ou mais dejeções ao dia, com um tempo < ou = 14 dias.

49
Q

O que é disenteria?

A

Presença de sangue nas fezes

50
Q

Quais as causas não infecciosas de diarreia mais comuns da pediatria?

A
  • APLV (alergia a proteína do leite de vaca) / Intolerância à lactose / apendicite / intoxicações.
51
Q

Qual a peculiaridade dos planos de reidratação em caso de diarreia aguda em criança quanto a alimentação?

A
  • Suspender TODOS os alimentos EXCETO O LEITE MATERNO.
52
Q

Quando está indicada passagem de SNE (gastróclise) em pacientes submetidos ao plano B de reidratação?

A
  • Quando o mesmo mantem vômitos, não aceita TRO, mantém desidratação à despeito da SRO, ou apresenta IR<20%.
    IR(índice de retenção) = (Peso da chegada / peso atual) x100 / volume ingerido
53
Q

Como é utilizado o índice de retenção nos planos de reidratação em pediatria?

A
  • (Peso da chegada / peso atual x 100) / volume ingerido
  • Se > 20% => Sucesso
  • Se < 20% => Risco de falha
54
Q

Como se faz o plano C de hidratação?

A
  • Divide-se em menores que 5 anos e maiores que 5 anos
  • EXPANSÃO:
    => Menores que 5 anos: 20ml/kg em 30 min, podendo-se repetir caso não haja melhora. *Para RN e cardiopatas: 10ml/kg em 30 min, avaliação seriada em ambos.
    => Maiores que 5 anos: 30ml/kg (SF 0,9%) em 30min e depois 70ml/kg (ringer) em 2h 30min;
  • Manutenção: Ser admnistrado em 24 h
  • até 10 kg: 100ml/kg
  • 10-20kg: 1000 mL + 50ml/kg que ultrapassar 10kg.
  • Acima de 20kg: 1500ml + 20ml/kg que ultrapassar 20kg

=> Qual a solução da manutenção?
Soro glicosado 5% + SF0,9%, proporção de 4:1 + 2ml KCl 10% a cada 100ml.

55
Q

Os antieméticos são recomendados no tratamento da diarréia aguda na pediatria?

A

NÃO. O Ministério da saúde não cita, e a OMS não recomenda. Metoclopramida e dimenidrato proscritos, utilizar ondansetrona se necessário.

56
Q

Qual a dose de Zinco recomendada pelo ministério da saúde nos quadros de diarréia aguda?

A
  • < 6 meses: 10mg/dia por 10-14 dias

- > 6 meses: 20mg/dia por 10-14 dias.

57
Q

Como se trata disenteria na pediatria?

A
  • Assume-se que a disenteria é causada pela Shigella, sendo primeira droga de escolha segundo o MS o Ciprofloxacino 15mg/kg 12/12h por 3 dias;
  • 2ª escolha azitromicina 10mg/kg no primeiro dia e então 5mg/kg nos próximos 5 dias;
  • 3ª escolha: Ceftriaxona 50-100mg/kg/dia EV 3-5 dias;
  • Giardia ou ameba = metronidazol
58
Q

Qual o quadro clínico da pancreatite crônica?

A
  • 80 % com dor abdominal
  • 40% insuficiência exócrina=> diarréia
  • ## 40% insuficiência endócrina=> Diabetes
59
Q

Qual a característica da insuficiência exócrina pancreática?

A
  • Esteatorreia;
  • Perda ponderal
  • Deficiência de vitaminas lipossolúveis (ADEK);
60
Q

Como se da o diagnóstico de pancreatite crônica?

A
  • Clínica sugestiva => TC de abdome com contraste (se alterações aqui se da o diagnóstico) => Sem alterações? = colangiorressonância (encontradas alterações? aqui se da o diagnóstico) => Sem alterações + clínica sugestiva? => Prosseguir com diagnóstico endoscópico (USG endoscópico), caso sejam encontradas alterações temos o diagnóstico, em caso negativo, não se trata de pancreatite crônica.
61
Q

Qual os fatores de risco ambientais para pancreatite crônica?

A
  • Etilismo e tabagismo.
62
Q

Quais são os critérios de Light e para que servem?

A

Servem para classificar o líquido pleural em transudato e exsudato.
consistem na divisão:
Proteína pleural/proteína sérica > 0,5
LDH pleural/ LDH sérico >0,6
LDH pelural > 2/3 sérico
Em caso de algum positivo estamos diante de um EXSUDATO (pleura doente).

63
Q

Quando devemos pensar em toracocentese em pacientes portadores de derrame pleural transudativo?

A
  • Sintomático refratário em tratamento clínico otimizado;

- Fatores atípicos na história clínica;

64
Q

Qual a avaliação de líquido pleural tem maior importância na elucidação diagnóstica da etiologia do derrame pleural?

A
  • Citologia diferencial e oncótica.
  • Lembrar: exsudato em líquido pleural com predomínio neutrofílico = parapneumônico / Predomínio linfocítico : Neoplasia ou TB.
65
Q

Qual a característica do exsudato neutrofílico?

A
  • > 50% de neutrófilos (ganulócitos polimorfonucleares)
  • Injúria pleural aguda
  • Parapneumônico
66
Q

Qual a definição de exsudato neutrofílico complicado?

A
Aquele derrame que necessita de esvaziamento da pleura. Utilizam-se critérios:
Ph<7 (normal 7,2) 
LDH >1000
Glicose <40
Bacterioscopia positiva
Pús (empiema)
67
Q

Como se caracteriza um dreno de grosso calibre e fino calibre, e em qual unidade é medido?

A

> 20Fr (french) grosso calibre
<20 Fr fino calibre

  • Cada French equivale a 0,33mm de Diâmetro Externo do tubo.
68
Q

Como se fecha realmente o diagnóstico de EMPIEMA?

A
  • Bacterioscopia positiva + pús
69
Q

Quais as fases do derrame pleural?

A

Fase 01: FASE EXSUDATIVA OU AGUDA

  • 1-2 semanas de história;
  • Líquido livre;
  • Líquido estéril (colônias bacterianas escassas);
  • TTO: Esvaziamento pleural + antibiótico

Fase 02: FASE FIBRILOPURULENTA

  • 2-3 semanas de história;
  • Líquido turvo;
  • Bactérias presentes;
  • Loculações - Líquido não respeita gravidade;
  • Imagens em favo de mel ao USG;
  • TTO: Videotoracoscopia com deloculação (decorticação, pois apesar de não haver a retirada do cortex da pleura, apenas quebra dos locus, o termo deloculação não existe na tabela de cirurgia torácica);

Fase 03: Fase de organização- Miofibroblastos

  • 3-4 semanas de evolução;
  • Espessamento;
  • Encarceramento;
  • Retração;
  • TTO: Decorticação / Toracostomia / Toracostomia com prótese de Filomeno
70
Q

Qual a definição do exsudato linfocítico?

A
  • > 50 % de linfócitos (mononucleares);
  • Causas mais comuns no mundo: Neoplasia / tuberculose
  • Outras causas: Artrite reumatóide, pós-op;
71
Q

Qual a diferenciação dos principais diagnósticos para derrame pleural com exsudato linfocítico?

A

TB:
- Febre prolongada / Líquido citrino / Jovem / Exposição a BK(fatores de risco) / ADA>35.

Neoplasia:
- Idoso / Tabagista / His. Câncer / Serohemático (líquido pleural) / ADA

  • ADA: Produto da degradação linfocítica;
  • ADA também se eleva no empiema e no derrame neoplásico;
72
Q

Qual o padrão ouro para diagnóstico de neoplasia pleural?

A
  • Biópsia da pleura por videotoracoscopia;
73
Q

Como é feita a biópsia de pleura nos pacientes com suspeita de TB?

A
  • É feito com a agulha de COPE, as cegas, tendo em vista que o acometimento pleural por TB é difuso, não sendo necessário videotoracoscopia para biópsia.
74
Q

V ou F?

A tuberculose pleural nada mais é do que a infecção pelos bacilos de Koch na pleura.

A

FALSO

  • Geralmente o derrame pleural tuberculoso é uma reação de hipersensibilidade da pleura, não havendo bacilo no derrame;
  • Possui alta associação com a forma pulmonar;
  • Acometimento é difuso;
  • Pode ocorrer empiema tuberculoso por erosão de uma cavitação tuberculosa para dentro do espaço pleural, que leva à infecção do espaço pelo bacilo, no entanto não é comum.
75
Q

Quais as causas de derrame neoplásico?

A
  • Primária: Mesotelioma (muito raro), principal etiologia: contato com asbesto;
  • Secundária: Metastático (maioria absoluta);
  • Lembrar do esteriótipo: Tabagista, idoso, característica serohemática do derrame, ADA pode ser positivo;
  • Lembrar : Idoso com exsudato linfocítico = Biópsia;
76
Q

Qual a dica que a tomografia pode nos dar quando se trata de neoplasia pleural?

A
  • Acometimento de pleura mediastinal com espessamento + derrame.
77
Q

Qual o tratamento de neoplasia secundária da pleura?

A

Já que o acometimento vai ser metastático, devemos paliar os sintomas através de:

  • Pleurodese (“Colar pleura visceral e parietal”);
  • Dreno de longa permanência;
  • Toracocentese de repetição;
78
Q

Qual a forma mais comum e efetiva de pleurodese?

A
  • A química, com talco, com eficácia superior a 80%;
79
Q

O que é ducto torácico? cite suas atribuições anatômicas.

A
  • Tamanho 38-45cm;
  • Origina-se na cisterna do quilo (L2, localizaçao abdominal alta, atrás do estômago);
  • Penetra no tórax pelo hiato aórtico;
  • Termino na base do pescoço;
  • Ao nível de T4-T5, cruza pra direita, com intuito de “desembocar” (adentrar para jogar a linfa que transporta) na junção da veia jugular interna esquerda com a subclávia esquerda.
80
Q

O que é o quilo? Quais os seus componentes?

A
  • É a linfa proveniente do intestino, transportada até a junção da subclávia esquerda com a jugular interna esquerda, onde se insere, pelo ducto torácico;
  • Transporta 70% da gordura dos intestinos para circulação sanguínea;
  • 2.4 litros POR DIA;
  • 60% de gordura / Proteínas (imunoglobulinas) / Vitaminas / eletrólitos / Estéril e bacteriostático / Linfócitos / Fatores de coagulação;
81
Q

Quais as consequências do quilotórax?

A
  • Desnutrição severa / Distúrbios hidroeletrolíticos / Imunossupressão / Sepse / Coagulopatia;
82
Q

V ou F?

Quilotórax tem um alto índice de infecções sistêmicas associadas.

A

VERDADEIRO PORRA
- O quilotórax em sí tem baixo índice de progressão para empiema, no entanto, o doente que tem quilotórax tem altas chances de infecções sistêmicas, uma vez que imunoglobulinas são perdidas, desnutrição está associada, imunossuprimindo o doente e o tornando mais propenso a adquirir infecções graves, particularmente com sepse.

83
Q

Qual a etiologia mais frequente de quilotórax?

A
  • Traumática : Iatrogênica(80%): cirurgia torácica / esofagectomia;
  • Não traumática: Linfoma (70%) / Cirrose hepática / Linfangioleiomiomatose / Doença de Gorham;

*A doença de Gorham, também conhecida como síndromede Gorham-Stout, é uma doença idiopática rara, que secaracteriza por uma extensa perda de matriz óssea, que ésubstituída por tecido fibrótico e canais vasculares/linfáticosproliferativos. Existem aproximadamente 200 casos reporta-dos na literatura.

84
Q

Qual o diagnóstico laboratorial de quilotórax?

A
  • Análise do líquido pleural, com solicitação de:
  • Triglicérides >110;
  • Colesterol > 200;
  • Quilomícrons=> PATOGNOMÔNICO DE QUILOTÓRAX

=> PSEUDO-quilotórax (Artrite reumatóide):

  • Triglicérides<50
  • Colesterol >200
  • Cristais de colesterol
85
Q

Qual o tratamento conservador para quilotórax?

A
  • Dieta hipogordurosa com triglicérides de cadéia média;
  • Dieta parenteral;
  • Controle de eletrólitos e hidratação;
86
Q

Qual o tratamento do quilotórax?

A
  • Depende, primeiro identificamos a causa:
    => Não traumático: Tratar causa base + tratamento conservador por 7-14 dias, se houver piora clínica ou persistência acima deste tempo, partimos para abordagem, que seria a Ligadura do ducto, embolização ou pleurodese.

=> Traumático:
>1L/dia de drenagem = embolização, ligadura do ducto torácico ou pleurodese;
<0,5L/dia de drenagem = Conservador por 7-14 dias, caso haja piora clínica ou persistência do quadro = embolização, ligadura do ducto torácico ou pleurodese.